ARTÍCULO ORIGINAL Rev. Investig. Altoandin. 2016; Vol 18 Nº 1: 09-18

Documentos relacionados
CONTROLE DE OXIDAÇÃO NO ESTABELECIMENTO in vitro DE GEMAS APICAIS DE AZALEIA RESUMO

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

Efeito do Orthene 750 BR em Tratamento de Sementes no Controle da Lagarta Elasmopalpus lignosellus no Feijoeiro e Algodoeiro

ÁCIDO INDOLBUTIRÍCO E TAMANHO DE ESTACA DE RAIZ NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE BACURIZEIRO (Platonia insignis MART.) INTRODUÇÃO

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

AVALIAÇÃO DA TAXA DE GERMINAÇÃO À CAMPO DA CULTURA DA MAMONA

DOSES DO ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO E CRESCIMENTO DE ESTACAS DE EUCALIPTO (Eucalyptus urophylla)

ÁCIDO INDOLBUTÍRICO EM GEL PARA O ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage x Eucalyptus dunnii Maiden 1

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

ESTATÍSTICA APLICADA. 1 Introdução à Estatística. 1.1 Definição

07 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO SOB DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DO SOLO INITIAL DEVELOPMENT OF SORGHUM IN DIFFERENT SOIL COVERAGE

EFEITO DE NÍVEIS CRESCENTES DE PROTEÍNA NA DIETA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO PEIXE ORNAMENTAL GUPPY (Poecilia reticulata)

ENRAIZAMENTO DE MINIESTACA CAULINAR E FOLIAR NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE CEDRO-ROSA (Cedrela fissilis Vell.) 1

DESENVOLVIMENTO DO CAFEEIRO IRRIGADO POR GOTEJAMENTO SUBMETIDO A DIFERENTES LAMINAS DE AGUA MAGNETIZADA

Palavras-chave: Anacardium occidentale, resistência varietal, praga, Anthistarcha binocularis.

Revista Raízes e Amidos Tropicais, v. 12, nº 1, p ,

CONTROLE DE PLANTAS DE MILHO VOLUNTÁRIO COM A TECNOLOGIA RR EM ÁREAS COM SAFRINHA DE SOJA COM A TECNOLOGIA RR

Crescimento De Plântulas De Sombreiro (Clitoria fairchildiana Howard) Cultivadas Em Diferentes Substratos

Quantidade de oxigênio no sistema

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL CAMPUS PATOS PB

OBSERVAÇÕES DO COMPRIMENTO E NÚMERO DE FRUTOS DO PRIMEIRO CACHO DE TRÊS GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM SENHOR DO BONFIM, BA

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

ATRIBUTOS QUÍMICOS DA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM CV. MOMBAÇA ADUBADA COM PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DA SIDERURGIA E CRIAÇÃO AVÍCOLA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

Fertilização de Soja com Nitrogênio, Cobalto e Molibdênio.

CLOROFILA FOLIAR, CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS COMO INDICADORES DE RUSTICIDADE E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO INICIAL DO POVOAMENTO

Material Teórico - Módulo de Razões e Proporções. Proporções e Conceitos Relacionados. Sétimo Ano do Ensino Fundamental

PERDAS POR APODRECIMENTO DE FRUTOS EM LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA - SAFRA 2005/2006 1

Desenvolvimento de mudas de copo-de-leite submetidas ao pré-tratamento com ácido giberélico e cultivadas em diferentes substratos

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA CLASSIFICADAS EM MESA DENSIMÉTRICA.

ASSOCIAÇÃO DE ISOLADOS DE Trichoderma SPP. E ÁCIDO INDOL-3- BUTÍRICO (AIB) NA PROMOÇÃO DE ENRAIZAMENTO DE ESTACAS E CRESCIMENTO DE MARACUJAZEIRO

ANEXO 1. NOTA TÉCNICA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA UnB FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINARIA - FAV

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

BIOMASSA DE MUDAS DE TOMATEIRO PRODUZIDOS EM SUBSTRATOS A BASE DE CAULE DECOMPOSTO DE BABAÇU

Infestação de Holopotripes fulvus em cajueiro-anão (1).

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

Altura de decepa para estabelecimento de minijardim clonal de nim (Azadirachta indica A. Juss)

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011

GEORREFERENCIAMENTO DOS PONTOS DE OCUPAÇÃO URBANA DESORDENADA AO LONGO DO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO-BRASIL

VII Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 15 de agosto de 2013 Campinas, São Paulo

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

COMPORTAMENTO DE ALGUMAS CULTIVARES DE FIGUEIRA NA REGIÃO DE BEJA (2003)

ATRIBUTOS FÍSICOS DE UM SOLO CONSTRUÍDO EM DIFERENTES ESPÉCIES VEGETAIS. Lizete Stumpf. PPG Manejo e Conservação da Água e do Solo

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS SEMILENHOSAS DE OLIVEIRA SOB EFEITO DE DIFERENTES ÉPOCAS, SUBSTRATOS E CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO 1

DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FILTRAGEM DE UM FILTRO ARTESANAL DE TELA

Revista Brasileira de Ciências Agrárias ISSN: Universidade Federal Rural de Pernambuco Brasil

ATIVIDADE BIOLÓGICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Hyptis marrubioides EPL., UMA PLANTA MEDICINAL NATIVA DO CERRADO BRASILEIRO

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E M I N A S G E R A I S

RESUMO SUMMARY INTRODUÇÃO

SUBSTÂNCIAS HÚMICAS SOBRE QUALIDADE TECNOLÓGICA DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR HUMIC SUBSTANCES ON TECHNOLOGICAL QUALITY OF SOME SUGARCANE VARIETIES

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha

Textura do Endosperma e Maturidade Alteram Parâmetros Físicos de Grãos de Milho

Matéria Seca de Mudas de Schinopsis brasiliensis Engl. Cultivadas em Diferentes Substratos

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE GABIROBA (Campomanesia spp.)

O) DE CAFEEIROS FERTIRRIGADOS NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa

Enraizamento de estacas de Celtis triflora (Kl) Mig sob diferentes coberturas 1

1 Distribuições Contínuas de Probabilidade

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DO CAFEEIRO (Coffea arabica L.) POR MEIO DE ENRAIZAMENTO DE ESTACAS 1

Hewlett-Packard PORCENTAGEM. Aulas 01 a 04. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ramos

Calculando volumes. Para construir um cubo cuja aresta seja o dobro de a, de quantos cubos de aresta a precisaremos?

ALINE SANTANA DE OLIVEIRA

Effect of substrate, indolebutyric acid and root grafting on the propagation of quince (Cydonia oblonga MILL.) cultivar emc by cuttings

DEMONSTRE EM TRANSMISSÃO DE CALOR AULA EM REGIME VARIÁVEL

CINÉTICA DE SECAGEM DE FOLHAS DE ERVA-DOCE EM SECADOR SOLAR EXPOSTO À SOMBRA

Produção de grãos de milho e atributos químicos de solo influenciados pela aplicação de escória de siderurgia em um Latossolo Amarelo distrófico

QUESTÃO 01. O lado x do retângulo que se vê na figura, excede em 3cm o lado y. O valor de y, em centímetros é igual a: 01) 1 02) 1,5 03) 2

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

NO CLIMA DE PIRACICABA. RESUMO

CAPÍTULO 5 UNIFORMIDADE E EFICIÊNCIA DA IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO. Dep. de Eng. Rural - ESALQ/USP, CEP: , Piracicaba - SP J. A.

EFEITO DO MANEJO DA LÂMINA D ÁGUA NAS CARACTERÍSTICAS DE EFLUENTES GERADOS NA PRODUÇÃO DE SUÍNOS

HELICONIA CULTIVATION UNDER SALINE STRESS IN PROTECTED ENVIRONMENT

RESUMO INTRODUÇÃO. 17 Workshop de Plantas Medicinais do Mato Grosso do Sul/7º Empório da Agricultura Familiar

Física Geral e Experimental I (2011/01)

Produção de Cebola em Função da Aplicação de Enxofre no Solo.

AVALIAÇÃO DE NPK E DOSES DE BIOFERTILIZANTE ORGÂNICO NO CRESCIMENTO DO FEIJÃO-CAUPI

PRODUTIVIDADE DE MILHO E FEIJÃO EM SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA INTRODUÇÃO

, Pombal-PB;

UNIDADE II 1. INTRODUÇÃO

Praticidade que atrapalha

REVENG Engenharia na agricultura, viçosa - mg, V.18 N.3, MAIO / JUNHO p.

Calculando volumes. Para pensar. Para construir um cubo cuja aresta seja o dobro de a, de quantos cubos de aresta a precisaremos?

Produção de mudas clonais de eucalipto em espuma fenólica: crescimento inicial e mortalidade

Modelagem da Cinética. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 10/10/2014, Página 1

AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE SEMENTES DE DIFERENTES VARIEDADES DE MAMONA

Trigonometria FÓRMULAS PARA AJUDÁ-LO EM TRIGONOMETRIA

Digitaria horizontalis Control by the Herbicides Glyphosate, Sulfosate and Potassium Glifosate Under Different Post-Application Rainfall Intervals

A atmosfera e a radiação solar

FONTES E TEMPO DE INCORPORAÇÃO DE ESTERCOS NO CULTIVO DA BETERRABA

Mat.Semana. PC Sampaio Alex Amaral Rafael Jesus. (Roberta Teixeira)

AVALIAÇÃO DO MICROCLIMA GERADO NO INTERIOR DE ESTUFAS COBERTAS COM PEBD E PVC NA REGIÃO DE PIRACICABA, SP. RESUMO

Transcrição:

ARTÍCULO ORIGINAL Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nº 1: 09-18 Journl of High Anden Reserch http:hujspt.unp.edu.pe/ri http://dx.doi.org/10.18271/ri.2016.173 Enero - Mrzo - ISSN: 2306-8582 (Versión impres) ISSN: 2313-2957 (Versión digitl) Efeito do extrto quoso de tubérculos de Cyperus rotundus l. n propgção por estqui Jtroph curcs L. Efecto del extrcto cuoso de tubérculos de Cyperus rotundus L. en l propgción por esquejes de Jtroph curcs L. Effect of the queous tubers of Cyperus rotundus L. extrct for propgtion by cuttings Jtroph curcs L. Lun Hmilton de Souz, Lucs Lfrtt Clndrelli b, José Luis Soto Gonzles c,* Fculdde Dinâmic ds Ctrts, UDC, Brsil Universidde Estdul Pulist "Julio de Mesquit Filho", UNESP, Cmpus de Ilh Solteir c Universidde Federl d Integrção Ltino-méric / PR UNILA * Correspondenci e-mil: jlsg_dh@yhoo.es b RESUMO INFORMAÇÕES ARTIGO Artigo Recebido 10-01-2016 Artigo Aprovdo 11-03-2016 Online: 25-03-2016 PALAVRAS CHAVE: Estqui, Fitohormônio, AIB, Auxins, Reguldores. Este trblho foi relizdo n UNESP de Ilh Solteir São Pulo (Brsil), em cs de vegetção, sob condições controlds. O objetivo foi estudr indução do enrizmento de estcs de pinhãomnso (Jtroph curcs L.) com plicção de diferentes concentrções de extrtos quosos de tubérculos de tiriric (Cyperus rotundus L.) em comprção com plicção de uxin sintétic (ácido indolbutírico). O experimento foi instldo no di 15/10/2011, utilizndo delinemento experimentl inteirmente csulizdos nos 4 trtmentos (25g de tubérculos de tiriric por 0,5 L, 1,0 L e 1,5 L de águ destild. E AIB em pó, n concentrção de 1000 ppm) e testemunh, com três repetições por trtmento e 10 estcs por repetição, totlizndo 150 estcs. As estcs de pinhãomnso form pdronizds com 10 cm de comprimento e 6 9 mm de diâmetro. Posteriormente form imerss nos extrtos de tiriric por 30 minutos, e plicdo uxin sintétic, AIB em pó, n bse ds estcs. O plntio foi em jrdineirs contendo substrto. Aos 60 dis pós instlção do experimento, form vlids porcentgem de estcs enrizds, número de rízes por estc, comprimento d mior riz emitid por estcs, e mss d mtéri fresc e sec ds rízes. Concluiuse que o extrto quoso de tiriric n diluição 25g por 1,5L de águ destild, proporcionou mior porcentgem de estcs enrizds, porém o AIB 1000 ppm produziu rízes em mior número e mis vigoross. RESUMEN INFORMACIÓN DEL ARTÍCULO Art. Recibido 10-01-2016 Articulo Aceptdo 11-03-2016 Online: 25-03-2016 PALABRAS CLAVES: esquejes, fitohormons, AIB, uxins, reguldores. Este estudio se relizó en l UNESP de cmpus de Isl Solteir - São Pulo (Brsil), en condiciones de inverndero bjo condiciones controlds. El objetivo fue estudir l inducción de enrizmiento de esquejes de pinhão-mnso (Jtroph curcs L.) medinte l plicción de diferentes concentrciones de extrctos cuosos de tubérculos de tiriric (Cyperus rotundus L.) en comprción con l plicción de l uxin sintétic Ácido indolbutírico (AIB). El experimento fue instldo en 15/10/2011, utilizndo un diseño experimentl completmente l zr con 4 trtmientos (tubérculos de pinhão-mnso 25g por 0,5 L; 1,0 L y 1,5 L de gu destild. Ácido indolbutírico en polvo en un concentrción de 1000 ppm) con un testigo. Se relizó el experimento con tres repeticiones por trtmiento y 10 esquejes por repetición, por un totl de 150 esquejes. Los esquejes de pinhão-mnso se estndrizron con 10 cm de lrgo y 6.9 mm de diámetro. Posteriormente se sumergieron en los extrctos de tiriric durnte 30 minutos y se luego fue incorpord l uxin sintétic en polvo (AIB) en l bse de los esquejes. El plntío fue relizdo en recipientes con substrto. 60 dís después de l instlción del experimento se evluó el porcentje de esquejes enrizdos, número de ríces por cd esqueje, longitud máxim ríz emitid por esquejes y el peso de l ms de mteri fres sec de ls ríces. Se concluyó que el extrcto cuoso tiriric en l concentrción de 25g por 1.5L de gu destild proporciono el myor porcentje de esquejes enrizdos; sin embrgo l AIB en l concentrción de 1000 ppm proporciono ríces en myor número y más vigoros. Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18 -9-

Lun Hmilton de Souz - Lucs Lfrtt Clndrelli - José Luis Soto Gonzles ABSTRACT ARTICLE INFO Article Received 10-01-2016 Article ccepted 11-03-2016 Online: 25-03-2016 KEY WORDS: Cuttings, phytohormone, AIB, uxins, regultors. This study ws conducted t UNESP of Single Islnd - So Pulo (Brzil), in greenhouse under controlled conditions. The im ws to study the induction of rooting pinhão-mnso Jtroph curcs L. by pplying different concentrtions of queous extrcts of tiriric Cyperus rotundus L. compred with the ppliction of synthetic uxin (IBA). The experiment ws instlled on 15/10/2011, using completely rndomized experimentl design in 4 tretments (25g nutsedge tubers by 0.5 L, 1.0 L nd 1.5 L of distilled wter. And AIB powder, t 1000 ppm) nd control with three replictes per tretment nd 10 cuttings per repliction, totling 150 cuttings. The pinhão-mnso cuttings were stndrdized with 10 cm long nd 6-9 mm in dimeter. Subsequently they were immersed in sedge extrcts for 30 minutes nd pplied synthetic uxin, AIB powder t the bse of the cuttings. The plnttion ws in bib contining substrte. 60 dys fter the instlltion of the experiment were evluted the percentge of rooting, number of roots per cutting, length of roots emitted by cuttings, nd fresh weight nd dry roots. It ws concluded tht the queous extrct of sedge dilution 25g for 1.5L of distilled wter showed higher percentge of rooted cuttings, but IBA 1000 ppm produced roots in greter numbers nd more vigorous. INTRODUÇÃO O objetivo do trblho foi estudr indução do enrizmento de estcs de Jtroph curcs L. com plicção de extrtos quosos de tubérculos de Cyperus rotundus L. em diferentes concentrções em comprção com plicção de uxin sintétic, o ácido indolbutírico (AIB). O J curcs L é um plnt pertencente à fmíli Euphorbicee, e compreende proximdmente 8000 espécies, com cerc de 320 gêneros. O gênero Jtroph contém proximdmente 160 espécies de plnts herbáces e rbustivs, ds quis presentm vlor medicinl, ornmentl e outrs produzem óleo, como o Jtroph curcs L. (Nunes & Psqul, 2007). Jtroph curcs L. é um espécie perene, cuj produção de muds por estqui se torn fcilitd devido propensão pr enrizr. É um árvore, de crescimento rápido, cuj ltur norml é de dois três metros, podendo lcnçr té cinco metros em condições especiis (Dis et l., 2007). Plnts propgds por estqui têm como resultdo formção de fenótipos geneticmente idênticos à plnt mãe, podendo-se conservr s crcterístics desejáveis serem repssds pr nov plnt. Induzir s estcs com utilizção de fitorreguldores é importnte pr um mior rpidez e melhor formção do sistem rdiculr ds plnts. A indução pode ser feit por hormônios (fontes nturis) ou fontes de uxins sintétics (fitohormônios) (Hrtmnn; Kester; Dvies, 1997). A tiriric (Cyperus rotundus L.) é conhecid por seus efeitos lelopáticos e tem sido utilizd segundo -10- conhecimento populr e citdos em lguns rtigos como promotores de enrizmento (Leão; Ferreir; Animur, 2004). Devido à quntidde elevd de ácido indolbutírico (AIB), um fitorreguldor específico pr formção de plnts (Lorenzi, 2000) os tubérculos e folhs d tiriric presentm grnde potencil de enrizr estcs, bem como não possuir custos onerosos pr su quisição. Su cpcidde de reprodução é muito eficiente, sendo que em um tubérculo viável, pode-se originr 99 tubérculos (Ro, 1968). A plicção exógen do ácido indolbutírico (AIB) é bem proveitd pr estimulr o enrizmento de estcs em diverss espécies. O fitorreguldor vem sendo utilizdo em lrg escl, pois tem bo eficiênci e não é toxico miori ds plnts, qundo utilizdo em concentrções dequds (Pires & Bisi, 2003). O objetivo do trblho foi estudr indução do enrizmento de estcs de pinhão-mnso (Jtroph curcs L.) com plicção de extrtos quosos de tubérculos de tiriric (Cyperus rotundus L.) em diferentes concentrções em comprção com plicção de uxin sintétic, o ácido indolbutírico (AIB). MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido n cs de vegetção loclizd no Cmpus II d Universidde Estdul Pulist - UNESP, Cmpus de Ilh Solteir SP, sob condições controlds de tempertur e irrigção por spersão ciond dus vezes o di, um pel mnhã e outr o fim d trde, sendo tempertur máxim tingid n prte inferior de 30 ºC e n prte superior de 40 ºC. Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE TUBÉRCULOS DE CYPERUS ROTUNDUS L. NA PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA JATROPHA CURCAS L. O experimento foi conduzido n cs de vegetção loclizd no Cmpus II d Universidde Estdul Pulist - UNESP, Cmpus de Ilh Solteir SP, sob condições controlds de tempertur e irrigção por spersão ciond dus vezes o di, um pel mnhã e outr o fim d trde, sendo tempertur máxim tingid n prte inferior de 30 ºC e n prte superior de 40 ºC. A colet ds estcs de pinhão-mnso (Jtroph curcs L.) foi relizd n Fzend de Ensino, Pesquis e Extensão d UNESP/Ilh Solteir, situd ns coordends 20º22' ltitude sul, 51º22' longitude oeste um ltitude de 335 metros, e loclizd no município de Selvíri - MS. Form coletds estcs picis no di 15/10/2011, no período d mnhã, e pdronizds com 20 cm de comprimento e 6 9 mm de diâmetro, com corte em bisel n bse sendo que s folhs terminis form mntids. Tubérculos de tiriric (Cyperus rotundus) form colhidos no di 15/10/2011 em um áre de hort, em Ilh Solteir SP. Este mteril foi lvdo e efetuou-se retird ds folhs e do excesso do sistem rdiculr. Pr se obter o extrto de tubérculos de tiriric, estes form lvdos e secos com ppel tolh, e posteriormente pesdos. Form utilizdos 25g de tubérculos pr cd trtmento, sendo estes triturdos em liquidificdor, com diferentes quntiddes de águ destild, e posteriormente peneirdos, segundo metodologi modificd de Fnti (2008), que trblhou com pingo-de-ouro (Durnt repens L.). Form pré-estbelecids s quntiddes e concentrções de tubérculos, do extrto e de AIB serem utilizds nos trtmentos. As estcs de pinhão-mnso form imerss té proximdmente 8 cm de su bse por 30 minutos nos seguintes trtmentos: (Testemunh); (25g de tubérculos de C. rotundus em 0,5L de águ destild); (25g de tubérculos de C. rotundus em 1L de águ destild); (25g de tubérculos de C. rotundus em 1,5L de águ destild); (A I B em pó, n concentrção de 1000 ppm). Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18 A uxin sintétic utilizd foi o AIB (Ácido Indol Butírico). Este foi plicdo n form em pó n bse d estc. Jrdineirs de colorção pret e dimensões de 45x20x15 cm, form preenchids com substrto condiciondor d empres TecNutri, de nturez físic freldo, e mntids em cs de vegetção com irrigção por spersão ciond por temporizdor dus vezes o di, sendo um de mnhã e outr o fim d trde. Aos 60 dis pós o plntio ds estcs, o experimento foi vlido qunto s seguintes vriáveis: Comprimento d mior ríz (cm): Mediu-se bse d estc té o finl d riz, com o uso de um régu milimétric; Número de ríz por estc: As rízes com 1 cm de comprimento ou mis, form considerds pr contgem do número de rízes por estc; Mss d mtéri fresc ds rízes: Todo o sistem rdiculr presente ns estcs foi retirdo, e pesdo em blnç nlític, consttndo ssim mss de mtéri fresc ds rízes de cd estc; Mss d mtéri sec ds rízes: Colocds em scos de ppel distintos e mntidos em estuf 65 C de circulção forçd de r té peso constnte. Em seguid form efetuds s pesgens de mss d mtéri sec ds rízes, em blnç nlític; Porcentgem de estcs enrizds: Relizd prtir do número de estcs enrizds. Estcs que form encontrds secs ou podrecids form descrtds ds vlições. Os ddos form submetidos à nálise de vriânci e s médis comprds pelo teste de Tukey, o nível de 10% de probbilidde. O delinemento experimentl foi o de blocos csulizdos com três repetições por trtmento, e 10 estcs por repetição, totlizndo 150 estcs e 15 jrdineirs. RESULTADOS E DISCUSSÃO N Tbel 1 constm os vlores d porcentgem de estcs enrizds, do número e do comprimento (cm) de rízes, pr cd trtmento, os 60 dis pós o plntio. -11-

Lun Hmilton de Souz - Lucs Lfrtt Clndrelli - José Luis Soto Gonzles Jtroph curcs, em cd trtmento, os 60 dis pós o plntio. Ilh Solteir - SP, 2011. Trtmentos % de estcs enrizds p>f C.V. (%) D.M.S. 20,67 20,67 10,77 30,33 20,67 0,6120 47,83 28,72 Número de Rízes Comprimento Rízes (cm) 3,42 b 4,23 b 4,23 b 4,58 b 10,58 0,0515 48,17 6,27 23,91 19,94 19,87 20,21 28,36 0,6572 36,15 19,55 Médis seguids de mesm letr não diferem entre si o nível de 10% de probbilidde pelo Teste de Tukey. = Testemunh, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 0,5 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,0 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,5 L de águ destild, = AIB em pó, n concentrção de 1000 ppm. Observ-se que pr médi d porcentgem de estcs enrizds não houve diferenç esttístic significtiv, porém numericmente o trtmento 4 é quse 3 vezes superior o trtmento 3. N mesm tbel é visto que o trtmento 4 tem um tendênci numéric mior com relção os demis trtmentos, pesr de não presentr diferenç esttístic. Em trblho relizdo por Tglini (2011) foi consttdo que plicção de AIB n concentrção de 1000 mg.l-1 proporcionou médi de enrizmento de 50% pr mini estcs herbáces de pinhão-mnso, e 250 mg.l-1 médi de 34,37%, ou sej, s médis de porcentgens de enrizmento presentds pel Tbel 1 são bixs, e ind, presentd com AIB em concentrção de 250 mg.l-1 chegm vlores próximos o de 25g de tubérculos em 1,5 L de águ destild (30,33%), podendo inferir equivlênci de uxin do trtmento, com AIB n concentrção de 250 mg.l-1. No presente trblho, plicção de AIB 1000 ppm fvoreceu formção de rízes com 20,67% de estcs enrizds. Em trblho relizdo por Arújo, Mtos & Azevedo (2009) com mini estcs herbáces de pinhãomnso, e utilizndo AIB ns concentrções de 500, 1000, 1500 e 2000 mg.l-1 foi observdo que 1000 ppm houve 27,74% de estcs enrizds, e não houve diferenç significtiv entre os trtmentos; o vlor -12- menciondo pr 1000 ppm, no presente trblho, é ¼ menor do que o encontrdo no trblho dos utores cim citdos. Brbos et l. (2011), observrm que melhor dose pr formção de rízes de estcs de pinhão-mnso é de 1000 ppm de AIB, e ind, que doses cim dest cusm um decréscimo n brotção. Em experimento semelhnte, Sntos et l. (2011), consttrm que os extrtos de tubérculos de tiriric, ns diluições de 400; 800 e 1200 g.l-1 presentrm vlores inferiores testemunh pr o enrizmento de estcs de ponteiro do cfeeiro Conilon, sendo que os resultdos deste trblho pontm que o trtmento 4, ou sej, o de menor diluição, presentou porcentgem de estcs enrizds mior que testemunh, contrpondo os utores cim citdos. Coltro et l. (2011) verificrm que s estcs de portenxerto de videir IAC 313 trtds com extrto quoso de tubérculos de tiriric 1%, e imerss 24 hors no extrto presentrm mior porcentgem de estcs enrizds, sendo s menores porcentgens pr testemunh e pr s concentrções de 3% e 5%, semelhnte os resultdos qui presentdos qundo se compr testemunh o trtmento 4, sendo est menor diluição. Anlisndo Figur 1, verificou-se que miores porcentgens de estcs enrizds encontrm-se no trtmento 4 (30,33 %), onde se utilizou 25g de tubérculos de tiriric diluídos em 1,5 litros de águ destild. Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE TUBÉRCULOS DE CYPERUS ROTUNDUS L. NA PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA JATROPHA CURCAS L. igul 8,73, sendo este vlor inferior o encontrdo no trtmento 5 deste trblho (10,58). % estcs enrizds 35 30 25 20 15 % estcs enrizds 10 5 0 Figur 1. Porcentgem de estcs enrizds de Jtroph curcs, 60 dis pós o plntio. Ilh Solteir, São Pulo - Brsil, 2014-2015. = Testemunh, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 0,5 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,0 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,5 L de águ destild, = AIB em pó, n concentrção de 1000 ppm. Médis seguids de mesm letr não diferem entre si o nível de 10% de probbilidde pelo Teste de Tukey. Médis seguids de mesm letr não diferem entre si o nível de 10% de probbilidde pelo Teste de Tukey. A mior ou menor fcilidde de formção de rízes de estcs lenhoss ou herbáces vri com espécie Hrtmmn et l., (1997) e no cso do pinhão-mnso, s estcs herbáces presentrm bix porcentgem de enrizmento (Figur 1). O mu desempenho ds estcs herbáces pode estr relciondo com menor quntidde de reservs e predisposição ds estcs herbáces em perderem águ (Fchinello et l., 1995). N vlição do experimento, pode-se consttr que muits estcs podrecerm n bse e não sobreviverm. Segundo Hrtmmn et l., (1997) o meio de enrizmento idel é quele que permite bo erção, tem elevd cpcidde de retenção de águ, que sej bem drendo, e livre de ptógenos. No presente trblho o substrto utilizdo dquiriu um pequen cmd de musgo superficilmente, o que pode demonstrr um cúmulo de águ, fvorecendo o tque de microorgnismos às estcs, e consequentemente diminuindo porcentgem de enrizmento. Observ-se ind n Tbel 1 que s estcs trtds com uxin sintétic (trtmento 5), tiverm diferenç significtiv em relção s médis do número de rízes qundo comprds os trtmentos 1, 2 e 3. Em trblho relizdo por Bstos (2002) utilizção de AIB 1000 ppm resultou em um número médio de rízes Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18 Trblhndo com estcs de port-enxerto de videir IAC 313 trtds com extrto quoso de tubérculos de tiriric 1%, e imerss 24 hors no extrto, Coltro et l., (2011) verificrm que ests presentrm mior número de rízes por estcs (16,3) qundo comprd com testemunh (15,1) e com s concentrções de 3% (14,7) e 5% (14,4), contrpondo o presentdo neste trblho, onde testemunh presentou o menor vlor pr número de rízes (3,42) e vlores semelhntes entre s diluições dos trtmentos (4,23 4,58). Silv (2007), num experimento de enrizmento com estcs jovens de pinhão-mnso Jtroph curcs, verificou que utilizção de extrto de tubérculos de tiriric n diluição de 20 bulbos (19 g) por 1000 ml de águ resultou em mior número de rízes (17,23) qundo comprdo com testemunh (15,83) e com AIB 1000 ppm (13,03). Por outro ldo, neste trblho o uso de AIB 1000 ppm presentou mior número de rízes (10,58), enqunto o menor resultdo foi pr testemunh (3,42), e os trtmentos com extrto de tubérculos de tiriric obtiverm vlores intermediários (4,23 4,53). O mesmo utor verificou que pr o comprimento de rízes o melhor trtmento foi tmbém pr o extrto de tiriric (17,03 cm), seguido d testemunh (16,07 cm) e posteriormente do AIB 1000 ppm (9,23 cm), o que não é visto no presente trblho, posto que o mior comprimento de rízes foi encontrdo no trtmento 5 (28,36 cm). A plicção de AIB 1000 ppm, no presente trblho, fvoreceu o número e comprimento ds rízes, sendo que o mesmo ocorreu em trblho de Arújo, Mtos & Azevedo (2009), com o uso de mini estcs herbáces de pinhão-mnso, onde ess concentrção (1000 ppm), não houve diferenç esttístic qundo comprdo 500, 1500 e 2000 mg.l-1. De cordo com Antunes et l., (1996) o comprimento e o número médio ds três miores rízes são importntes vriáveis n produção de muds por estcs, à medid que um melhor respost ests vriáveis corresponderá à muds com mior e melhor desenvolvimento rdiculr, onde miores índices de sobrevivênci ocorrerão qundo trnsferids pr o cmpo. Assim resultdos significtivos no número e comprimento de rízes, utilizndo-se AIB, no presente trblho, são -13-

Lun Hmilton de Souz - Lucs Lfrtt Clndrelli - José Luis Soto Gonzles considerdos importntes pr formção de muds com melhores índices de sobrevivênci em cmpo. Hrtmnn et l., (1997) pontm que époc do no em que se coletm s estcs exerce influênci significtiv n formção de rízes, podendo ser um ftor decisivo pr obtenção de êxito n propgção por estqui. No presente trblho s estcs form coletds no finl d primver, e lgums se encontrvm em processo de formção florl, com emissão de inflorescênci. Em plnts de folhs cducs, como o pinhão-mnso, Rúbi (1965) cit que s melhores épocs do no pr colheit de mteril propgtivo é no início d primver, em que plnt present gems bem intumescids, contrpondo époc de colheit ds estcs deste trblho. Luz et l., (2007) vlindo propgção ssexud de hortênsi (Hydrnge mcophyll), destcm que lgums estcs presentrm formção de flores, ocorrendo com mior frequênci ns estcs picis, semelhnte o que ocorre no presente trblho. Possivelmente estcs em mior gru de diferencição florl utilizrm prte de sus reservs pr formção d inflorescênci, fetndo diretmente formção do sistem rdiculr, sendo isso já reltdo por Jnick (1966), e que diz que s estcs com brotções vegettivs tem mior tendênci em formr rízes que s com brotções florífers. N Tbel 2 constm os resultdos ds msss de mtéri fresc e sec ds rízes (g), em cd trtmento, os 60 dis pós o plntio. Tbel 2. Msss de mtéri fresc e sec ds rízes (g), de Jtroph curcs, em cd trtmento, os 60 dis pós o plntio. Ilh Solteir, São Pulo - Brsil, 20142015. Trtmentos Mtéri fresc (g) Mtéri sec (g) p>f C.V. (%) D.M.S. 2,14 1,85 1,80 1,88 3,06 0,1193 26,58 1,37 2,07 1,80 1,75 1,83 2,94 0,1219 26,04 1,31 Médis seguids de mesm letr não diferem entre si o nível de 10% de probbilidde pelo Teste de Tukey. = Testemunh, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 0,5 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. -14- rotundus em 1,0 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,5 L de águ destild, = AIB em pó, n concentrção de 1000 ppm. Observou-se que não houve diferençs esttístics significtivs pr s médis de msss de mtéri fresc e sec ds rízes em cd trtmento. Porém os miores vlores são encontrdos no (3,06g de mtéri fresc e 2,94 g de mtéri sec) e no (2,14g pr mtéri fresc e 2,07g pr mtéri sec), o que mostr que não houve um influenci positiv do extrto. Em trblho relizdo por Rodrigues et l. (2012), utilizndo extrto quoso de tubérculos de tiriric n concentrção de 0, 2,5 e 7,5% em Cordi verbence, os utores não observrm diferençs esttístics pr mss fresc e sec de rízes, sendo que diluição 2,5% presentou metde do vlor dos outros trtmentos, nos resultdos presentdos n Tbel 2, observ-se que testemunh presentou o mior vlor (2,14g e 2,07g) em relção os trtmentos com extrtos (1,80 1,88g e 1,75 1,83g). Fri et l. (2007) trblhndo com enrizmento de estcs semilenhoss de port-enxerto de videir IAC 572-Jles observrm que produção de mss fresc de rízes com AIB 1000 ppm foi superior testemunh (14,5g e 9,4g respectivmente); pr mss sec de rízes foi observdo igul resultdo (1,2g e 0,7g respectivmente), concordndo com o presente trblho. Já Kolling et l. (2011) estudndo o enrizmento de miniestcs de euclipto e utilizndo concentrções de AIB vrindo de 500 8000 ppm e com extrto de tiriric concluírm que o melhor resultdo pr mss de mtéri fresc e sec de rízes foi com 1500 ppm, não hvendo influênci do extrto de tiriric, vindo o encontro do resultdo qui encontrdo pr 1000 ppm em comprção com o extrto quoso de tiriric. Em experimento com estcs de cfeeiro, Sntos et l. (2011) concluírm que os trtmentos com diferentes doses de extrto quoso de tiriric (400, 800, 1200 g.l-1) e testemunh não influencirm n produção de mss sec de rízes, sendo que no presente trblho testemunh presentou mior vlor pr ess vriável do que os trtmentos com o referido extrto. Meguro (1969), relizou testes confirmndo presenç de ácido indol cético (IAA) nos tubérculo de C. rotundus, podendo presentr efeito sinergístico, ou sej, estimulr o efeito do IAA, qundo plicdos em concentrções ótims, pois concentrções muito lts Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE TUBÉRCULOS DE CYPERUS ROTUNDUS L. NA PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA JATROPHA CURCAS L. poderim provocr toxidez às plnts, o que está fvor o encontrdo ns Tbels 1 e 2, onde observ-se que qunto mior diluição do extrto quoso de tiriric, ou sej, qunto mis águ no extrto, miores são s médis ds vriáveis, mesmo não ocorrendo diferençs esttístics. CONCLUSÕES Conclui-se que o extrto de tiriric Cyperus rotundus n diluição de 25g por 1,5L de águ destild, proporcionou mior porcentgem de estcs enrizds, porém o trtmento 5 (AIB n concentrção de 1000 ppm) produziu rízes em mior número e mis vigoross. É necessário mior número de pesquiss n áre, com intuito de fornecer informções dequds e concentrções que melhor respondm o enrizmento do pinhão-mnso, com utilizção do extrto quoso de tubérculos de tiriric. Agrdecimentos A tod comunidde e professores n qul contribuírm de um form ou de outr pr relizção desse trblho n Universidde Estdul Pulist Fculdde de Engenhri de Ilh Solteir (FEIS). s L.) por sementes e miniestcs. 2011. 96 f. Dissertção (Mestri em Ciêncis) Universidde Federl do Prná, Curitib PR, Brsil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Antunes, L. E. C., Hoffmnn, A., Rmos, J. D., Chlfun, N. N. J., Oliveir Júnior, A. F. de. 1996. Efeito do método de plicção e de concentrções do ácido indolbutírico no enrizmento de estcs semilenhoss de Pyrus clleryn. Revist Brsileir de Fruticultur, Cruz ds Alms - BA, Brsil, 18(3): 371-376. Arújo, E. C. E., Mtos, C. H. F. & Azevedo, D. M. P. 2009. Interção entre doses reguldores e consistênci do rmo no enrizmento de mini estcs de pinhão-mnso. Brsíli DF, Brsil. Brbos, A. M., Mrques, T., Silv, I. F., Guidorizi, K. A., Vitolo, H. F. 2011. Propgção de estcs de pinhão mnso em função d plicção de ácido indolbutírico. Colloquium Agrrie (UNOESTE), (7): 107-114. Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18 Bstos, D. C. 2012. Efeito d époc de colet, estádio do rmo e do trtmento com IBA no enrizmento de estcs de crmboleir (Averrho crmbol L.). 2002. 75 f. Dissertção (Mestri em Agronomi) Fculdde de Ciêncis Agráris e Veterináris, Universidde Estdul Pulist, Jboticbl SP, Brsil. Coltro, S., Viecelli, C. A., Broetto, L., Slibe, A. B., Silv, C. T. C. & Rodrigues, T. R. D. 2011. Enrizmento de estcs de videir IAC 313 por extrtos de tiriric (Cyperus rotundus). In: Congresso Brsileiro De Agroecologi, 7, 2011. Anis. Fortlez CE, Brsil: Cdernos de Agroecologi, 6(2). Dis, L. A. S., Leme, L. P., Lviol, B. G., Pllini Filho, A., Pereir, O. L., Crvlho, M., Mnfio, C. E., Sntos, A. S., Sous, L. C. A., Oliveir, T. S., Dis, D. C. F. S. 2007. Cultivo de pinhão mnso (Jtroph curcs L.) pr produção de óleo combustível. Viços MG, Brsil. Ed. D Universidde. Cp 1: 10-11. Fchinello, J. C., Hoffmnn, A., Nchtigl, J. C., Kersten, E., Fortes, G. R. De L. 1955. Propgção de plnts frutífers de clim temperdo. 2. ed. Pelots RS, Brsil. UFPel. 179 p. Fnti, F. P. 2008. Aplicção de extrtos de folhs e de tubérculos de Cyperus rotundus L. (Cypercee) e de uxins sintétics n estqui culinr de Durnt repens L. (Verbenecee). 2008. 69 f. Dissertção (Mestri em Botânic) Universidde Federl do Prná, Curitib - PR, Brsil. Fri, A. P., Roberto, S. R., Sto, A. J., Rodrigues, E. B., Silv, J. V., Schs, P. J. D., Cmolesi, M. R. & Unemoto, L. K. 2007. Enrizmento de estcs semilenhoss do port-enxerto de videir IAC 572-Jles trtds com diferentes concentrções de ácido indolbutírico. Semin: Ciêncis Agráris. Londrin, 28(3): 393-398. -15-

Lun Hmilton de Souz - Lucs Lfrtt Clndrelli - José Luis Soto Gonzles Hrtmnn, H. T., Kester, D. E. & Dvies, F. T. 1997. Plnt progtion: principles nd prctices. 6. ed. New York - USA: Englewood Clipps, 770 p. Jnick, J. 1966. Controle ds condições mesológics d plnt. In: JANICK, J. A ciênci d horticultur. Rio de Jneiro RJ, Brsil: USAID, p. 159-201. Kolling, D., Both, R. B., Grminho, D. & Ljús, C. R. 2 0 11. I n fl u ê n c i d e d i f e r e n t e s fitohormônios (AIA, AIB e Auxin Nturl) sobre o enrizmento de miniestcs de euclipto (Euclyptus benthmii Miden & Cmbge). In: Seminário Integrdo: Ensino, Pesquis E Extensão, 3, 2011, Chpecó. Anis. Chpecó-Sc, Brsil: Unochpecó. Leão, F. P., Ferreir, J. B. & Animur, C. T. 2004. Interferênci do extrto de tiriric n germinção e crescimento de plântuls de tomte. Belo Horizonte MG, Brsil: Ed. d UEMG. Lorenzi, H. 2000. Plnts dninhs do Brsil: terrestres, quátics, prsits e tóxics. 3. ed. Nov Odess SP, Brsil: Instituto de Estudos d Flor, 640 p. Nunes, C. F. & Psqul, M. 2007. Crcterizção de frutos, sementes e plântuls e cultivo de embriões de pinhão-mnso (Jtroph curcs L.). 2007. 78 f. Dissertção (Mestri em Fitotecni) Universidde Federl de Lvrs, Lvrs MG, Brsil. Pires, E. J. P. & Bisi, L. A. 2003. Propgção d videir. In: Pommer, C. V. Uv: tecnologi d produção pós colheit e mercdo. Porto Alegre RS, Brsil: Cinco Continentes, (5): 295-350. RAO, J. 1968. Studies on the development of tuber in nutgrss nd their strch contente t diferente soil depths. Mdrs Agriculturl Journl, Coimbtore Tmil Ndu, Índi, 55: 19-23. Rodrigues, A. K. C., Borsto, A. V., Jorge, M. H. A., Bispo, W., Durn, F. S. & Arrud, K. C. R. 2012. Enrizmento de estcs de Cordi verbence D.C. trtds com Cyperus rotundus L. 3º Seminário de Agroecologi de Mto Grosso do Sul. Corumbá MS, Brsil. Rúbi, A. C. 1965. Enrizmento de estcs de plnts pelos hormônios vegetis. Revist de Agricultur, Pircicb SP, Brsil, 40: 143-149. Luz, P. B., Piv, P. D. O. & Lndgrf, P. R. C. 2007. Influênci de diferentes tipos de estcs e substrtos n propgção ssexud de hortênsi [Hydrnge mcophyll (Thunb.) Ser.]. Revist Ciênci e Agrotecnologi, Lvrs - MG, Brsil, 31(3): 699-703. Sntos, H. A. A., Silv, E. A., Dubbrstein, D., Dis, J. R. M., Leite, H. M. F. & Mot, L. H. S. O. 2011. Enrizmento de estcs de cfeeiro imerss em extrto de tiriric. Cdernos de Agroecologi. Fortlez CE, Brsil. 6(2). Meguro, M. 1969. Substâncis reguldors de crescimento em rizom de Cyperus rotundus L. Boletim de Botânic d Universidde de São Pulo, São Pulo SP, Brsil, (33): 147-171. Silv, C. D. 2007. Enrizmento de estcs de pinhão mnso (Jtroph curcs L.). 2007. 36 f. Monogrfi (Agronomi) Fculdde de Assis Gurgcz FAG, Cscvel - PR, Brsil. Tglini, M. C. 2011. Propgção de pinhão mnso (Jtroph curc -16- Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE TUBÉRCULOS DE CYPERUS ROTUNDUS L. NA PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA JATROPHA CURCAS L. LISTA DE TABELAS Tbel 1: Porcentgem de estcs enrizds, número e comprimento de rízes (cm), de Jtroph curcs, em cd trtmento, os 60 dis pós o plntio. Ilh Solteir, São Pulo - Brsil, 2014-2015. Trtmentos % de estcs Número de Rízes enrizds p>f C.V. (%) D.M.S. 20,67 20,67 10,77 30,33 20,67 0,6120 47,83 28,72 3,42 b 4,23 b 4,23 b 4,58 b 10,58 0,0515 48,17 6,27 Comprimento Rízes (cm) 23,91 19,94 19,87 20,21 28,36 0,6572 36,15 19,55 Médis seguids de mesm letr não diferem entre si o nível de 10% de probbilidde pelo Teste de Tukey. = Testemunh, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 0,5 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,0 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,5 L de águ destild, = AIB em pó, n concentrção de 1000 ppm. LISTA DE FIGURAS Figur 1: Porcentgem de estcs enrizds de Jtroph curcs, 60 dis pós o plntio. Ilh Solteir, São Pulo - Brsil, 2014-2015. % estcs enrizds 35 30 25 20 15 % estcs enrizds 10 5 0 = Testemunh, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 0,5 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,0 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,5 L de águ destild, = AIB em pó, n concentrção de 1000 ppm. Médis seguids de mesm letr não diferem entre si o nível de 10% de probbilidde pelo Teste de Tukey. Tbel 2: Msss de mtéri fresc e sec ds rízes (g), de Jtroph curcs, em cd trtmento, os 60 dis pós o plntio. Ilh Solteir, São Pulo - Brsil, 20142015. Trtmentos Mtéri fresc (g) Mtéri sec (g) p>f C.V. (%) D.M.S. 2,14 1,85 1,80 1,88 3,06 0,1193 26,58 1,37 2,07 1,80 1,75 1,83 2,94 0,1219 26,04 1,31 Médis seguids de mesm letr não diferem entre si o nível de 10% de probbilidde pelo Teste de Tukey. = Testemunh, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 0,5 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,0 L de águ destild, = 25g de tubérculos de C. rotundus em 1,5 L de águ destild, = AIB em pó, n concentrção de 1000 ppm. Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18 -17-

Lun Hmilton de Souz - Lucs Lfrtt Clndrelli - José Luis Soto Gonzles -18- Rev. Investig. Altondin. 2016; Vol 18 Nro 1: 9-18