CASO CLÍNICO Gestante de 41 anos em sua segunda gestação com 34 semanas dá entrada na maternidade referindo cefaleia, peso nas pernas, turvação visual e dor epigástrica. Apresenta face, mãos e MMII edemaciados.
DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS NA GRAVIDEZ Profª Leticia Pedroso
DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS NA GRAVIDEZ Os distúrbios hipertensivos da gravidez que afetam a placenta são considerados as complicações clinicas mais comuns na gravidez, afetando 12 a 22% de todas as gestações. Classificação: 1º - Hipertensão crônica : que está presente e é observado antes da gravidez ou que é diagnosticada antes da 20ª semana de gestação.
2º PRÉ ECLÂMPSIA oinstala-se a partir da 20ª semana, especialmente no 3 trimestre. odeterminado pelo aumento da PA acompanhado de proteinúria. oos aumentos da PA consistem em uma PA sistólica superior ou igual a 140 mmhg ou PA diastólica maior ou igual a 90 mmhg. ohipertensão gestacional é confirmada com base em duas determinações num intervalo inferior a 1 semana. oa proteinúria é a excreção urinária de uma quantidade = ou + a 0,3g de proteína em uma amostra de 24h. oa pré-eclâmpsia é classificada como leve e grave.
PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE opa sistólica igual ou maior a 160 mmhg ou PA diastólica igual ou maior que 110 mmhg. oproteinúria igual ou superior a 2g em 24h. oaumento de nível sérico de creatinina superior 1,2mg/dl. ocefaleia persistente ou distúrbios cerebrais ou visuais. odor epigástrica persistente. ocontagem de plaquetas abaixo 100.000/mm³.
3º SÍNDROME DE HELLP Consiste em hemólise das hemácias, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia. É uma complicação grave da hipertensão induzida pela gravidez. oa hemólise das hemácias é observada na morfologia anormal das células. oa dosagem das enzimas hepáticas está associada a uma diminuição do fluxo sanguíneo para o fígado como resultado de trombos de fibrina. oa plaquetopenia está associada aos vasoespasmo e a adesões plaquetarias. oo tratamento é similar ao da pré-eclâmpsia com monitorização rigorosa da função hepática e de hemorragia. oas queixas variam de mal-estar, dor epigástrica, náuseas e vômitos até sintomas inespecíficos semelhantes aos do síndrome viral.
4º ECLÂMPSIA Hipertensão com convulsões ou coma em uma paciente em préeclâmpsia sem origem neurológica ou febril. O terceiro trimestre e 48h pósparto são as opções mais comuns de ocorrência.
5º HIPERTENSÃO GESTACIONAL oa elevação da PA detectada pela primeira vez na gravidez sem proteinúria. Essa classificação inclui: opacientes com síndrome pré-eclâmpsia que ainda não manifestaram proteinúria. opacientes que não têm a síndrome. oa diferença final se a paciente teve síndrome de préeclâmpsia é determinada pós-parto. ose ela não desenvolver pré-eclâmpsia e a PA tiver retornado ao normal em 12 semanas pós-parto, a paciente recebe o diagnóstico de hipertensão transitória da gravidez. ose a PA permanecer elevada após 12 semanas do parto, a paciente recebe o diagnóstico de hipertensão crônica.
ETIOLOGIA Etiologia: desconhecida, porém fatores imunológicos, genéticos e endócrinos podem contribuir para aparecimento da doença. Geralmente acomete mais em primigesta. Fatores predisponentes: hipertensão crônica, mola hidatiforme, gestação múltipla, poliidrâmnio, obesidade, DM, adolescente (menor 17 anos) e idade superior a 35 anos.
TRATAMENTO Direcionado para diminuição da PA materna por meio do uso de hospitalização ou tratamento conservador e medicações antihipertensivas, e com aumento no teor de proteínas da dieta, se indicado. O parto é a terapia apropriada, entretanto, o parto pode colocar o feto em perigo devido a imaturidade pulmonar fetal.
TERAPIAS FARMACOLÓGICAS osulfato de magnésio diminui a irritabilidade neuromuscular e bloqueio à liberação de acetilcolina na junção neuromuscular; deprime o centro vasomotor; deprime a irritabilidade do SNC. ogluconato de cálcio agente de reversão para toxicidade pelo magnésio. oanti-hipertensivos: hidralazina relaxa as arteríolas e estimula o debito cardíaco. oaldomet onifedipina bloqueador dos canais de cálcio que dimunui a PA bloqueando as vias intracelulares do movimento do cálcio, causando relaxamento da musculatura lisa e vasodilatação.
COMPLICAÇÕES As complicação da pré-eclâmpsia afetam muitos sistemas corporais, incluindo os sistemas cardiovascular, renal, hematológico, neurológico, hepático e uteroplacentário. odpp osíndrome de HELLP oóbito fetal ou materno oedema pulmonar ou cerebral ooliguria - IRA ohemorragia ocegueira oprematuridade
CUIDADOS DE ENFERMAGEM omonitorar SSVV a cada hora. overificar o nível de proteína opesar diariamente quando paciente estiver estável omonitorar sinais de toxidade de sulfato de magnésio ausência de reflexo patelar, depressão respiratória, oliguria. omonitorar rigorosamente a ingesta e o debito de líquidos. oposicionar paciente em decúbito lateral para promover a perfusão placentária omonitorar atividade fetal omanter as graves do leito elevadas oexplicar o processo patológico e o plano terapêutico incluindo sinais e sintomas da doença.
DÚVIDAS??