INFORMAÇÃO N.º 129 Período de 7 a 14 de junho de 2013 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO ALTERAÇÃO À LEI DE ENQUADRAMENTO ORÇAMENTAL Lei n.º 37/2013, de 14 de junho de 2013 RESUMO: Procede à sétima alteração à lei de enquadramento orçamental, aprovada pela Lei n.º 91/2001, de 20 de agosto, e transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2011/85/UE, do Conselho, de 8 de novembro, que estabelece requisitos aplicáveis aos quadros orçamentais dos Estados membros; PREÇOS DOS MEDICAMENTOS Despacho n.º 7527-B/2013, de 11 de junho de 2013 RESUMO: Estabelece disposições complementares relativamente à divulgação dos resultados da comparação de preços dos medicamentos abrangidos pelo disposto no Decreto-Lei n.º 195/2006, de 3 de outubro, bem como ao referencial em procedimentos de contratação pública para efeitos de aquisição do medicamento por parte dos hospitais do SNS; ACESSO DA INICIATIVA ECONÓMICA PRIVADA A DETERMINADAS ATIVIDADES ECONÓMICAS Lei n.º 35/2013, de 11 de junho de 2013 RESUMO: Procede à segunda alteração à Lei n.º 88-A/97, de 25 de julho, que regula o acesso da iniciativa económica privada a determinadas atividades económicas: SISTEMA DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS EM PERIGO E REGIME JURÍDICO DA ADOÇÃO Resolução do Conselho de Ministros n.º 37/2013, de 11 de junho de 2013 RESUMO: Determina a abertura do debate tendente à revisão do sistema de proteção de crianças e jovens em perigo e do regime jurídico da adoção; ACORDO SOBRE A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS Aviso n.º 76/2013, de 7 de junho de 2013 RESUMO: Torna público que foram cumpridas as formalidades internas de aprovação do Acordo entre a República Portuguesa e os Emirados Árabes Unidos sobre a Promoção e a Proteção Recíproca de Investimentos.
JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ADMINISTRATIVA A FISCAL AGENTE JUDICIÁRIO INDEPENDENTE - CONCEITO DE SUJEITO PASSIVO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TRIBUTÁVEL FALTA DE NEXO COM UMA ATIVIDADE PROFISSIONAL REGISTADA E SUJEITA A IVA Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado Tribunal de Justiça da União Europeia Acórdão de 13 de junho de 2013 RESUMO: A Diretiva deve ser interpretada no sentido de que uma pessoa singular já sujeita a imposto sobre o valor acrescentado pela sua atividade de agente judiciário independente deve ser considerada «sujeito passivo» para qualquer outra atividade económica exercida a título ocasional, desde que essa atividade constitua uma atividade na aceção da Diretiva. PROCESSO DE INSOLVÊNCIA VOLUNTÁRIA SUJEITO PASSIVO DESTINATÁRIO DE DETERMINADAS OPERAÇÕES CONCEITO DE PROCESSO DE VENDA COERCIVA Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado Tribunal de Justiça da União Europeia Acórdão de 13 de junho de 2013 RESUMO: A Diretiva deve ser interpretada no sentido de que qualquer venda de um bem imóvel realizada por um devedor de um crédito executivo, efetuada não apenas no âmbito de um processo de liquidação do património do devedor mas também no quadro de um processo de insolvência anterior a esse processo de liquidação, é abrangida pelo conceito de venda coerciva, desde que essa venda seja necessária para satisfazer os credores ou reiniciar a atividade económica ou profissional do devedor. PRINCÍPIO DA TUTELA JURISDICIONAL EFETIVA CRP e CPPT Tribunal Central Administrativo Sul Acórdão de 4 de junho de 2013 RESUMO: A tutela jurisdicional efetiva perante a Administração Pública inclui a eventual adoção de medidas cautelares adequadas a cada caso, as quais visam dar uma regulação provisória aos interesses envolvidos no litígio. Qualquer providência cautelar visa combater o periculum in mora (o prejuízo da demora inevitável do processo principal), a fim de que a sentença se não torne numa mera decisão platónica. É em virtude dessa função própria de prevenção contra a demora, que as providências cautelares têm características típicas a saber, a instrumentalidade, a provisoriedade e a sumariedade. A característica da instrumentalidade se consubstancia na dependência de uma causa principal, embora as providências cautelares possam ser intentadas antes da propositura do processo principal, no momento em que ele é instaurado, ou mesmo na sua pendência. A tutela cautelar só faz sentido em função do processo principal, de modo a assegurar a sua utilidade.
No contencioso tributário, a possibilidade de dedução de providências cautelares tem consagração específica na lei. Os termos em que estas providências são admitidas pelo legislador revelam-se manifestamente exíguos, pois abrangem apenas os casos em que se esteja perante situação de fundado receio de uma lesão irreparável para o requerente, o qual tem o ónus de invocar e provar tal condição, sendo que o prejuízo irreparável se deve reportar ao mesmo requerente da adoção das medidas. CADUCIDADE DE ISENÇÃO Código do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis Informação Vinculativa, Processo n.º 2012000881 IVE nº 3404 RESUMO: Verifica-se a caducidade do benefício de redução de taxa de IMT, se antes de decorrido o prazo de seis anos, previsto no Código do IMT, vier a ser dado ao imóvel destino diferente daquele que determinou aquela redução habitação própria e permanente do sujeito passivo. O imposto é devido tendo em conta o maior dos valores (declarado/patrimonial) e a taxa, à data da liquidação. B CIVIL AVAL Lei Uniforme de Letras e Livranças Tribunal da Relação de Coimbra Acórdão de 21 de maio de 2013 RESUMO: O erro sobre os motivos determinantes da prestação do aval só releva, como causa de anulação do negócio jurídico cambiário correspondente, no caso de reconhecimento, por acordo, da essencialidade desses motivos, não sendo suficiente o conhecimento, pelo declarante, dessa essencialidade. Não é admissível a extinção, por denúncia do avalista, da obrigação cambiária de aval. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE COLETIVA Código das Sociedades Comerciais Tribunal da Relação de Lisboa Acórdão de 16 de maio de 2013 RESUMO: Não é de acolher a identificação dos deveres dos administradores das sociedades para com os credores sociais, com o dever de se comportar com a diligência do bom e avisado comerciante, isto é, com a diligência do gestor criterioso e ordenado. Se a conduta culposa do administrador tiver conduzido a um estado de insuficiência do património social, haverá responsabilidade para com a sociedade se ela for integrada por atos que violem os deveres legais ou estatutários, mas não haverá, em regra, responsabilidade para com os credores sociais. Em regra, os administradores não respondem perante os terceiros, e designadamente terceiros credores, pelo não cumprimento de obrigações da sociedade. No levantamento da personalidade coletiva, desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais, ou superação da personalidade jurídica, estará em causa a eventualidade de sem normas específicas e por exigência do sistema o Direito, em certas situações, passar do modo coletivo ao modo singular, ignorando a presença formal duma pessoa coletiva.
A responsabilidade do administrador para com os credores sociais deve qualificar-se como responsabilidade delitual ou extra-contratual, por não existir, anteriormente ao ato ilícito, um direito de crédito perante o administrador. C LABORAL EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO Código do Trabalho - Supremo Tribunal de Justiça Acórdão de 29 de maio de 2013 - RESUMO: A extinção do posto de trabalho determina o despedimento justificado por motivos económicos, tanto de mercado como estruturais ou tecnológicos relativos à empresa. A impossibilidade prática da subsistência da relação de trabalho assenta na demonstração de factualidade que revele que, extinto o posto de trabalho em apreço, inexiste outro compatível com a categoria do trabalhador, competindo a prova dessa circunstância ao empregador. NOTÍCIAS DE INTERESSE GERAL O Conselho de Ministros aprovou vários diplomas que reconhecem o interesse público do ISLA - Instituto Superior de Gestão e Administração de Santarém, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão Jean Piaget do Litoral Alentejano, e da Universidade Europeia. O Conselho de Ministros deliberou marcar a data das eleições autárquicas para o dia 29 de Setembro.
Relembramos os prazos para cumprimento das obrigações declarativas em sede de IRS e IRC, e o prazo para entrega da contribuição sobre o setor bancário, constantes na Informação n.º 128 (período de 31 de maio a 6 de junho de 2013) Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) 21 195 22 39 marlabras@ajsa.pt O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência de uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.