INFORMAÇÃO PRI NCI PAL LE GISL AÇÃO D O PE RÍ ODO

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1 INFORMAÇÃO N.º 92 P E R Í O D O DE 21 A 27 D E S E T E M B R O DE 2012 PRI NCI PAL LE GISL AÇÃO D O PE RÍ ODO PREÇOS DE REFERÊNCIA DE MEDICAMENTOS - Despacho n.º 12648/2012, de 27 de Setembro de 2012 RESUMO: Aprova os preços de referência unitários dos grupos homogéneos de medicamentos, para vigorar no trimestre civil que se inicia em 1 de Outubro de 2012; AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA - Despacho n.º 12565/2012, de 26 de Setembro de 2012 RESUMO: Procede à extinção da Direção-Geral dos Impostos (DGCI), Direção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) e Direção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), e à consequente fusão destes serviços na Autoridade Tributária e Aduaneira; DIREÇÃO-GERAL DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS - Portaria n.º 292/2012, de 26 de Setembro de 2012 RESUMO: Fixa a estrutura nuclear da referida Direção-Geral; PROCESSO DE CENSO ÀS FUNDAÇÕES - Resolução do Conselho de Ministros n.º 79- A/2012, de 25 de Setembro de 2012 RESUMO: Aprova as propostas de decisão relativas ao processo de censo às fundações e estabelece os procedimentos e as diligências necessários à concretização das decisões de extinção, redução ou cessação de apoios financeiros públicos e de cancelamento do estatuto de utilidade pública; ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS - Decreto-Lei n.º 212/2012, de 25 de Setembro de 2012 RESUMO: Procede à segunda alteração aos estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, transpondo as Diretivas n. os 2009/72/CE e 2009/73/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009, que estabelecem as regras comuns para o mercado interno da eletricidade e do gás natural, respetivamente; ACORDOS DE REGULARIZAÇÃO VOLUNTÁRIA DE CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES DEVIDAS À SEGURANÇA SOCIAL - Decreto-Lei n.º 213/2012, de 25 de Setembro de Campo Grande, 28, 4º A LISBOA Tel: Fax: advogados@ajsa.pt Capital Social: NIPC Ordem dos Advogados n.º 73/10

2 2012 RESUMO: Procede à definição do regime de celebração de acordos de regularização voluntária de contribuições e quotizações devidas à segurança social, autoriza o pagamento diferido de contribuições a regularizar em situações não resultantes de incumprimento e prevê uma dispensa excecional do pagamento de contribuições; CÓDIGO DOS REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL DE SEGURANÇA SOCIAL - Decreto Regulamentar n.º 50/2012, de 25 de Setembro de 2012 RESUMO: Procede à segunda alteração ao Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro, que regulamenta o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social; REPRIVATIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL DA TAP - Decreto-Lei n.º 210/2012, de 21 de Setembro de 2012 RESUMO: Aprova a 3.ª e 4.ª fases do processo de reprivatização indireta do capital social da TAP - Transportes Aéreos Portugueses, S. A.. JURIS PRUDÊN CIA E DO UTRIN A ADMINIS TRATIVA A F I S C A L VERBA 2.27 DA LISTA I ANEXA AO CÓDIGO DO IVA Código do IVA Ofício- Circulado n.º 30135, de 26 de Setembro de 2012, da Área de Gestão Tributária do IVA - Gabinete do Sub-Diretor Geral - RESUMO: Atendendo às dúvidas que têm sido colocadas àquele Serviço, relativas à aplicação à verba 2.27 da lista I anexa ao Código do IVA dos entendimentos sobre a aplicação da verba 2.24 (atual verba 2.27), vertidos nos Ofícios-Circulados n. os e , de , e , respetivamente, da Direção do IVA, pelo presente Ofício-Circulado, o Serviço de Gestão Tributária de IVA procede à unificação, num único Oficio, dos esclarecimentos sobre a aplicação da verba 2.27, e revoga os referidos Ofícios- Circulados. REVERSÃO CPPT Supremo Tribunal Administrativo Acórdão de 12 de Setembro de 2012 RESUMO: O meio processual adequado para o revertido impugnar contenciosamente o despacho que ordena a reversão, com fundamento

3 no facto de não ser o responsável pelas dívidas por ter renunciado à gerência, é a oposição à execução, e não o processo de impugnação judicial. COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS CPPT Supremo Tribunal Administrativo Acórdão de 5 de Setembro de 2012 RESUMO: Nos termos do CPPT, os créditos do executado resultantes de reembolso, revisão oficiosa, reclamação graciosa ou impugnação judicial de qualquer ato tributário, são obrigatoriamente aplicados na compensação das suas dívidas à administração tributária, salvo se pender reclamação graciosa, impugnação judicial, recurso judicial ou oposição à execução da dívida exequenda ou esta esteja a ser paga em prestações, devendo a dívida exequenda mostrar-se garantida nos termos do Código. Estando pendente impugnação judicial e encontrando-se a dívida ali discutida garantida através de garantia bancária, a compensação efetuada pela Autoridade Tributária e Aduaneira viola o disposto no Código, pelo que não pode manter-se. TRABALHADORES FRONTEIRIÇOS - Convenção para evitar a dupla tributação entre Portugal e Espanha Informação Vinculativa, Processo n.º 1445/2010 RESUMO: Nos termos da Convenção para evitar a dupla tributação entre Portugal e Espanha, tem competência para tributar os salários, ordenados e remunerações similares auferidos por trabalhadores fronteiriços (isto é, do trabalhador que tenha a sua residência habitual num Estado Contratante, que não o Estado onde o trabalho é exercido, e ao qual regressa normalmente todos os dias) o Estado da residência. Esta regra só pode ser aplicada quando se verifica o requisito da proximidade geográfica, isto é, quando a distância entre o local da residência e o local do emprego permitem ao trabalhador ir e vir normalmente todos os dias. Apesar de a Convenção não definir nenhum limite específico, há que ter em atenção um critério de razoabilidade. ENTREGA NOS COFRES DO ESTADO DAS RETENÇÕES DA CATEGORIA A - Decreto-Lei nº 42/91, de 22 de Janeiro e Convenção para evitar a dupla tributação entre Portugal e Espanha Informação Vinculativa, Processo n.º 436/2010 RESUMO: Um contribuinte residente em Portugal foi contratado por uma entidade residente em Espanha e sem estabelecimento estável em Portugal, mas com NIPC atribuído pelo Registo Nacional das Pessoas Coletivas para entidade não residente e sem atividade em Portugal. Atendendo a que o trabalhador é residente e executa as suas tarefas em Portugal, e o disposto na Convenção para evitar a dupla tributação

4 internacional celebrada por Portugal e Espanha, a competência para tributar as remunerações desse emprego é exclusiva de Portugal. No que respeita às retenções na fonte, uma vez que a entidade patronal é não residente em Portugal, e não possui estabelecimento estável ao qual possam ser imputáveis as remunerações, não está a mesma obrigada a proceder à retenção na fonte do IRS sobre as remunerações do trabalho, cabendo ao trabalhador o pagamento integral do imposto. B - L A B O R A L VIATURA DE SERVIÇO Código de Trabalho Tribunal da Relação do Porto Acórdão de 17 de Setembro de 2012 RESUMO: A utilização, pelo trabalhador, de um veículo automóvel do empregador, com todos os custos a cargo deste, tanto pode configurar um mero instrumento de trabalho, porque é usado durante e por causa da prestação laboral, como pode configurar uma parcela da retribuição do trabalhador, quando o empregador autoriza o trabalhador a usar o veículo irrestritamente, para além do horário normal de trabalho, maxime, em fins de semana, feriados e férias, como nos dias úteis, fora do horário de trabalho. Mostrando-se provado que o veículo foi atribuído para uso total, profissional e pessoal e que tal uso constituiu um elemento essencial do contrato de trabalho, sem o qual o trabalhador não teria acordado, este tem direito a que o empregador lhe (re)atribua a viatura, caso a tenha retirado. DEVER DE LEALDADE DO TRABALHADOR Código do Trabalho - Supremo Tribunal de Justiça Acórdão de 12 de Setembro de 2012 RESUMO: O dever de lealdade, enquanto dever orientador geral da conduta do trabalhador no cumprimento do contrato, concretiza-se, essencialmente, no dever de não concorrência e no dever de sigilo. O trabalhador de uma sociedade, que desempenhava as funções de Diretor Comercial com a amplitude dos poderes funcionais que lhe estavam cometidos, ao aceitar constituir uma sociedade concorrencial, da qual viria a ser sócio maioritário e gerente, violou o dever de lealdade a que estava contratualmente obrigado, afetando a relação de confiança que o exercício daquelas tarefas pressupõe, justificando-se, por isso, o cominado despedimento.

5 C CI V I L CESSÃO DE QUOTAS - Lei nº 6/2006, de 27 de Fevereiro Novo regime do Arrendamento Urbano (NRAU) e Código Civil Supremo Tribunal de Justiça Acórdão de 11 de Setembro de 2012 RESUMO: A cessão de quotas por atos inter vivos, representativa de mais de 50% do capital social de sociedade arrendatária, ocorrida depois da entrada em vigor do NRAU, confere ao senhorio o direito de denúncia do contrato de arrendamento. A circunstância de a cessão de quotas não implicar a entrada de novos sócios por a cessão haver ocorrido através da cedência da maioria do capital aos sócios anteriormente minoritários, não é impeditiva da aludida faculdade de denúncia. FIANÇA Código Civil e CPC Tribunal da Relação de Guimarães Acórdão de 11 de Setembro de 2012 RESUMO: Estando em causa uma fiança prestada por ambos os cônjuges, a dívida daí emergente é da responsabilidade de ambos e por ela respondem prioritariamente os bens comuns do casal. Verificando-se que foram imediatamente penhorados bens próprios de um dos cônjuges, numa situação em que esses bens apenas respondem subsidiariamente e sem que o exequente alegue e demonstre a inexistência ou insuficiência dos bens comuns, não poderá proceder a oposição deduzida a essa penhora se o executado não indicar os bens comuns que respondem pela dívida exequenda. N O T Í C I A S D E I N T E R E S S E G E R A L O Conselho de Ministros: i) aprovou as Grandes Opções do Plano para 2013, na sequência do parecer aprovado pelo Conselho Económico e Social; ii) autorizou o Ministro de Estado e das Finanças a dar cumprimento aos requisitos inerentes à participação de Portugal no Mecanismo Europeu de Estabilidade. Pelo Decreto do Presidente da República n.º 153/2012, de 27 de Setembro de 2012, o Presidente da República ratificou o recesso por parte da República Portuguesa do Tratado sobre o Estatuto Jurídico da EUROFOR, assinado em Roma em 5 de julho de 2000.

6 Relembramos os prazos para pagamento de IRC e IMI, e o prazo para cumprimento da obrigação declarativa em sede de IVA, constantes das nossas Informações n. o 89 (de 10 de Agosto a 6 de Setembro) e n.º 90 (de 7 a 14 de Setembro). Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) marlabras@ajsa.pt MRB 27/09/2012 O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência de uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.