INFORMAÇÃO N.º 125 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO. Período de 10 a 16 de maio de 2013

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1 INFORMAÇÃO N.º 125 Período de 10 a 16 de maio de 2013 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO SISTEMA REGIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA INVESTIGAÇÃO, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA Decreto Legislativo Regional n.º 16/2013/M, de 14 de maio de 2013 RESUMO: Aprova o regime jurídico do referido sistema regional; PERCENTAGEM A AFETAR AO FUNDO DE ESTABILIZAÇÃO TRIBUTÁRIO Portaria n.º 177/2013, de 13 de maio de 2013 RESUMO: Fixa, para o ano de 2012, a percentagem do montante das cobranças coercivas derivadas dos processos de execução fiscal instaurados pelos serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira a afetar ao Fundo de Estabilização Tributário; REGIMES DA NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA PARA MICROENTIDADES E PARA AS ENTIDADES DO SETOR NÃO LUCRATIVO Decreto-Lei n.º 64/2013, de 13 de maio de 2013 RESUMO: Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de março, que aprova os referidos regimes, através da transposição de duas Diretivas comunitárias; ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2013 Declaração de Retificação n.º 25/2013, de 10 de maio de RESUMO: Retifica o Decreto-Lei n.º 36/2013, de 11 de março, do Ministério das Finanças, que estabelece as normas de execução do Orçamento do Estado para 2013; COOPERAÇÃO ADMINISTRATIVA NO DOMÍNIO DA FISCALIDADE Decreto-Lei n.º 61/2013, de 10 de maio de 2013 RESUMO: Transpõe a Diretiva n.º 2011/16/UE, do Conselho, de 15 de fevereiro de 2011, relativa à cooperação administrativa no domínio da fiscalidade e revoga a Diretiva n.º 77/799/CEE, do Conselho, de 19 de dezembro de 1977; REGIME JURÍDICO DOS ORGANISMOS DE INVESTIMENTO COLETIVO Decreto-Lei n.º 63-A/2013, 10 de maio de 2013 RESUMO: Aprova o novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Coletivo, através da transposição de diretivas comunitárias, e procede ainda à

2 introdução de alterações ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e ao Código dos Valores Mobiliários. JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ADMINISTRATIVA A FISCAL TRATAMENTO FISCAL DOS AJUSTAMENTOS DE TRANSIÇÃO NOS CASOS DE CESSAÇÃO DE ATIVIDADE E DE OPERAÇÕES DE FUSÃO OU CISÃO OCORRIDAS NO DECURSO DE APLICAÇÃO DO REGIME TRANSITÓRIO Sistema de Normalização Contabilística e IRC Informação Vinculativa, Processo n.º RESUMO: Com a aprovação do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), foi necessário proceder à adaptação das regras de determinação do lucro tributável dos sujeitos passivos de IRC, de modo a adequálas aos novos referenciais contabilísticos, o que se concretizou através do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de julho. Dado que a adoção dos referenciais contabilísticos obrigou os sujeitos passivos a proceder a diversos ajustamentos de transição, alguns relevantes para efeitos fiscais, foi necessário criar um regime fiscal transitório (cf. art.º 5.º do referido diploma) para que os efeitos nos capitais próprios resultantes desses ajustamentos não fossem imputados unicamente a um período de tributação, diferindo-os por um período de cinco anos. O regime transitório criado não especifica, porém, qual o tratamento fiscal a dar a esses ajustamentos de transição em situações excecionais, tais como a cessação de atividade ou operações de reestruturação (fusões ou cisões), pelo que pela presente Informação são definidas regras para estes casos. JUROS COMPENSATÓRIOS LTG Supremo Tribunal Administrativo Acórdão de 23 de abril de 2013 RESUMO: Não se encontram insuficientemente fundamentados os atos de liquidação de juros compensatórios dos quais consta, quanto à taxa de juro aplicável ao período, que é a equivalente à taxa dos juros legais fixada nos termos do n.º 1 do artigo 559.º do Código Civil. Se das notas de liquidação de juros compensatórios notificadas ao contribuinte consta, por alegado mas não corrigido erro de impressão, como valor do imposto e dos juros o mesmo valor, mostra-se violado o disposto no n.º 9 do artigo 35.º da LGT, invalidando o ato de liquidação. DISPENSA DE PRESTAÇÃO DE GARANTIA DIREITO DE AUDIÇÃO Supremo Tribunal Administrativo Acórdão de 23 de abril de 2013 RESUMO: Independentemente do entendimento que se subscreva relativamente à natureza jurídica do ato de indeferimento do pedido de dispensa de prestação de garantia ato materialmente administrativo praticado no processo de execução fiscal ou ato predominantemente processual é de concluir que não há, no caso, lugar ao exercício do direito de audiência.

3 Ainda que se admita que para a dispensa da prestação de prova possam ser apresentados ou requeridos outros meios de prova, para além da prova documental expressamente prevista no CPPT, quando tal se mostre imprescindível à demonstração da factualidade suscetível de integrar os requisitos daquele direito, em regra, essa prova terá de ser indicada logo no pedido. PLANO DE INSOLVÊNCIA E CRÉDITO FISCAL CIRE e LGT Tribunal da Relação de Guimarães Acórdão de 23 de abril de 2013 RESUMO: Em face do disposto na LGT, as normas do CIRE não podem prevalecer sobre as normas imperativas que regulam os créditos fiscais. O plano de insolvência, aprovado com o voto contrário da Fazenda Nacional, que inclui redução dos créditos fiscais (perdão da totalidade dos juros vencidos e vincendos e de 90% do capital), bem como uma moratória de 4 anos, é manifestamente violador das normas imperativas plasmadas na LGT. B CIVIL TÍTULO EXECUTIVO CPC Tribunal da Relação de Guimarães Acórdão de 23 de abril de 2013 RESUMO: Os títulos de crédito (letras, livranças e cheques), que não reúnam os requisitos legais, ou estando prescrito o direito de ação cambiária, mantêm a sua natureza de títulos executivos, agora já como documentos particulares, se satisfizerem os requisitos constantes da alínea c) do n.º 1 do art.º 46.º do CPC, desde que o negócio subjacente não seja de natureza formal e o exequente, no requerimento executivo, alegue os factos concretizadores da obrigação. Não satisfaz um dos requisitos constantes do referido normativo um cheque que não contenha o nome da pessoa a quem deve ser paga a quantia nele inscrita (ou seja, a indicação da pessoa do tomador), porque só pode valer como título executivo se dele constar o reconhecimento ou a confissão da dívida a favor do exequente.

4 C LABORAL PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO MEMBRO DE ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS Decreto-Lei n.º 119/99, de 14 de abril, e Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de novembro - Supremo Tribunal Administrativo Acórdão n.º 4/2013, publicado no Diário da República de 15 de maio de 2013 RESUMO: Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: A condição de sócio gerente de uma sociedade comercial, sem direito a qualquer remuneração, de um trabalhador por conta de outrem, cujo contrato de trabalho cessou, não obsta à caracterização da respetiva situação como de desemprego, nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 6.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 119/99, de 14 de abril, e 2.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de novembro, respetivamente. DESPEDIMENTO COLETIVO Código de Trabalho Tribunal da Relação de Lisboa Acórdão de 24 de abril de 2013 RESUMO: Verificam-se os requisitos do despedimento coletivo quando há uma contração significativa do setor de mercado em que opera a empresa que torna previsível uma forte diminuição da sua atividade (motivos de mercado), e o consequente desequilíbrio económico-financeiro pela via da correspondente diminuição das receitas (motivos estruturais). Cumpre verificar materialmente e não de modo formal a existência de um nexo de causalidade entre a redução da atividade e o despedimento coletivo. A seleção dos trabalhadores abrangidos pelo despedimento observa uma bitola de redundância face à diminuição da atividade do empregador: só aqueles cujas tarefas, atual ou prospectivamente, desapareceram, podem ser abrangidos. Havendo, todavia, mais trabalhadores abrangidos pela redundância, devem ser observados entre eles critérios objetivos de escolha (vg. a menor capacidade ou antiguidade), que permitam sindicar a lisura da seleção e nomeadamente a ausência de motivações arbitrárias ou discriminatórias.

5 NOTÍCIAS DE INTERESSE GERAL Recordamos os prazos para cumprimento das obrigações declarativas em sede de IRS, IRC e IVA, bem como o prazo para pagamento do IVA, constantes da nossa Informação n.º 123 (período de 29 de abril a 2 de maio de 2013). Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) marlabras@ajsa.pt O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência de uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.