INFORMAÇÃO N.º 156 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO. Período de 20 de Dezembro de 2013 a 9 de Janeiro de 2014

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1 INFORMAÇÃO N.º 156 Período de 20 de Dezembro de 2013 a 9 de Janeiro de 2014 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO APROVAÇÃO DA DECLARAÇÃO MODELO 10, E RESPETIVAS INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO Portaria n.º 363/2013, de 20 de dezembro, RESUMO: aprova a declaração Modelo 10 para cumprimento da obrigação declarativa prevista no Código do IRS, e respetivas instruções de preenchimento. ACTUALIZAÇÃO DA DECLARAÇÃO DO MODELO 3 DE IRS (DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS) Portaria n.º 365/2013, de 23 de dezembro- RESUMO: proceder à atualização de alguns anexos da declaração Modelo 3 para cumprimento da obrigação declarativa prevista no Código de IRS, bem como atualizar as respetivas instruções de preenchimento. APROVAÇÃO DA DECLARAÇÃO DO MODELO 30 (DECLARAÇÃO DE RENDIMENTO PAGOS OU COLOCADOS À DISPOSIÇÃO DE PESSOAS SINGULARES NÃO RESIDENTES) Portaria n.º 372/2013, de 27 de dezembro RESUMO: Aprova a declaração modelo 30 para cumprimento da obrigação declarativa prevista no Código de IRS e IRC, e respetivas instruções de preenchimento. APROVAÇÃO DA DECLARAÇÃO DO MODELO 13 (DECLARAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, WARRANTS AUTÓNOMOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS) Portaria n.º 373/2013, de 27 de dezembro RESUMO: Aprova a declaração modelo 13 para cumprimento da obrigação declarativa prevista no Código de IRS, e respetivas instruções de preenchimento. FIXAÇÃO DO VALOR MÉDIO DE CONSTRUÇÃO NO TERRITÓRIO NACIONAL Portaria n.º 370/2013, de 27 de dezembro- RESUMO: Estabelece o valor médio de construção por metro quadrado no território nacional, para efeitos do sistema de avaliação de prédios urbanos previsto no Código de IMI.

2 REVISÃO DO REGIME JURÍDICO DAS PRÁTICAS INDIVIDUAIS RESTRITIVAS DE COMÉRCIO Decreto-Lei n.º 166/2013, de 27 de dezembro RESUMO: Procedeu à revisão do regime jurídico das práticas individuais restritivas de comércio, no sentido de clarificar a sua aplicação e de tornar dissuasor o seu incumprimento. ELIMINAÇÃO DE OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS NO ÂMBITO DO IVA Despacho Normativo n.º 11/2013, de 27 de dezembro RESUMO: Com a introdução do anexo relativo ao campo 40 da declaração periódica de IVA, verifica-se que passou a existir uma duplicação da informação transmitida, tendo agora sido revogada a norma que impõe as obrigações declarativas no âmbito do IVA referentes aos pedidos de reembolso de IVA e os termos e condições de acesso ao regime de reembolso mensal, remetidos juntamente com a declaração periódica de IVA. ALTERAÇÃO ÀS BASES DO SISTEMA DA SEGURANÇA SOCIAL Lei n.º 83-A/2013, de 30 de dezembro RESUMO: Procede à primeira alteração ao regime de bases gerais do sistema de segurança social. ORÇAMENTO DE ESTADO Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro RESUMO: Aprova a Lei do Orçamento do Estado para o ano de TAXA DE JUROS DE MORA APLICÁVEIS ÀS DÍVIDAS DO ESTADO E OUTRAS ENTIDADES PÚBLICAS Aviso n.º 219/2014, de 7 de janeiro RESUMO: Fixa a taxa dos juros de mora aplicáveis às dívidas ao Estado e outras entidades públicas em 5,535 %, aplicável desde o dia 1 de janeiro de 2014, inclusive. ELEGIBILIDADE NAS ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU DOS CIDADÃOS DA UNIÃO RESIDENTES NUM ESTADO MEMBRO DE QUE NÃO TENHAM NACIONALIDADE Lei Orgânica n.º 1/2014, de 9 de janeiro RESUMO: Altera a Lei Eleitoral para o Parlamento Europeu, no que se refere a alguns aspetos do sistema de elegibilidade nas eleições para o Parlamento Europeu dos cidadãos da União residentes num Estado membro de que não tenham a nacionalidade.

3 JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ADMINISTRATIVA A FISCAL ABUSO DE CONFIANÇA FISCAL - CONSUMAÇÃO RGIT Tribunal da Relação de Évora- Acórdão de 19 de Dezembro de RESUMO: o momento da consumação criminosa no crime de abuso de confiança fiscal é o momento em que a prestação tributária deveria ter sido paga. O mero pagamento parcial não exclui a punibilidade. Ou seja, consumado o crime, só o pagamento integral das indicadas quantias e no prazo de 30 dias afasta a punibilidade da conduta. O momento chave para verificar o requisito da não entrega de prestações de valores iguais ou superiores a 7.500, é o momento da consumação do crime e não o momento de verificação da condição objectiva de punibilidade, já que estas são duas realidades distintas. Havendo aceitação e eficácia da declaração de rectificação em sede de direito tributário, a quantia que passou a estar em dívida e que deveria ter sido entregue nos cofres do Estado passa a ser a apurada após essa nova declaração, em novo momento de apuramento da ilicitude e culpa. Assim, se face à declaração de substituição apresentada (bem como ao pagamento parcial efetuado até essa data) a prestação tributária em falta é de montante inferior a euros, deixa de ser criminalmente punível. O ilícito fiscal assenta no dever e na realidade declarativa e o erro declarativo é aceite pela lógica e ordenamento fiscal. Esse erro deve ser atendível e, na medida em que aceite pela ordem jurídica como alterando a realidade fiscal prestação em dívida, altera o elemento objectivo de crime. CONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO EM PROCESSO DE IMPUGNAÇÃO JUDICIAL CPPT- Tribunal Central Administrativo Sul - Acórdão de 12 de Dezembro de RESUMO: A prescrição da obrigação tributária pode ser do conhecimento do Tribunal no âmbito da identificada espécie processual, embora para retirar do eventual provimento da mesma excepção não a procedência da impugnação e consequente anulação da liquidação objecto do processo (vertente dos requisitos de validade do acto), mas antes a declaração de extinção da instância devido a inutilidade superveniente da lide, dado que estamos perante acto tributário ineficaz, porque inexigível. Verificando-se a prescrição, a lide impugnatória não tem qualquer utilidade. A prescrição da dívida exequenda constitui fundamento de oposição à execução, consubstanciando excepção peremptória de conhecimento oficioso no âmbito do processo tributário. O termo inicial do prazo de prescrição conta-se em função da ocorrência do facto tributário (sendo computado a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributário, nos impostos periódicos, ou a partir da data em que o facto tributário ocorreu, nos impostos de obrigação única. O prazo de prescrição das obrigações tributárias em geral é actualmente de oito anos.

4 Os factos suspensivos são de natureza duradoura, obstando ao começo e ao decurso do prazo de prescrição enquanto perdurarem. Nas leis tributárias prevêem-se factos especiais a que é atribuído efeito suspensivo, pelo que serão essas as regras a aplicar em matéria de prescrição da obrigação tributária. Concluindo, para além da especificidade dos factos a que é atribuído efeito suspensivo, o regime da suspensão da prescrição da obrigação tributária não tem especialidades no domínio do direito tributário, pelo que, face a qualquer facto com natureza suspensiva, enquanto este surtir efeitos, a prescrição não começa nem corre. A interrupção da prescrição tem sempre como efeito a inutilização para o respectivo regime de toda o tempo decorrido anteriormente, sendo esse efeito instantâneo o único próprio da interrupção, presente em todas as situações. Porém, em certos casos, designadamente quando a interrupção resultar de citação, notificação ou acto equiparado, ou de compromisso arbitral, o novo prazo de prescrição não começa a correr enquanto não passar em julgado a decisão que puser termo ao processo. A aplicação de diferentes regimes no tocante aos prazos prescricionais, não impõe a aplicação de um ou outro regime em bloco, pois só se refere tal normativo à lei que altere o prazo e não aos termos em que se conta, nem a tudo o que releva para o seu curso. B CIVIL INSTITUIÇÃO BANCÁRIA - RESPONSABILIDADE CIVIL- TOMADRO -CHEQUE CÓDIGO CIVIL Tribunal da Relação do Coimbra Acórdão de 10 de Dezembro de 2013 RESUMO: A violação do dever de cuidado da instituição bancária é patente à luz do princípio de que o banco apresentante tem obrigação de só aceitar, com vista à sua cobrança, cheques de uma perfeita regularidade aparente, sendo que se o endosso tem aspecto anormal ou suspeito o banqueiro incorre em falta por se bastar com isso. A caracterização de uma possível responsabilidade do banco perante o tomador do cheque, por referência ao comportamento daquela entidade traduzido na recusa, mesmo que injustificada, de pagamento do montante do título, há que buscá-la no quadro da responsabilidade civil extracontratual, havendo que configurar rectius, alegar e provar enquanto facti species indemnizatório, uma situação na qual o banco sacado, actuando com dolo ou mera culpa, haja violado ilicitamente um direito, dele tomador, ou alguma disposição legal destinada a proteger interesses, dele tomador.

5 CUSTAS DE PARTE: NOÇÃO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Tribunal Central Administrativo Sul Acórdão de 12 de Dezembro de 2013 RESUMO: As custas de parte traduzem-se no quantitativo monetário devido pela parte vencida à vencedora, conforme a proporção do vencimento, com a limitação prevista na lei, por virtude do que a mesma parte vencedora teve de despender com o processo em causa. O requerimento contendo a nota justificativa das custas de parte deve ser apresentado nos termos do Regulamento das Custas Processuais, portanto, até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão final do processo. A reclamação da nota justificativa das custas de parte deve ser apresentada no prazo de 10 dias a contar da respectiva notificação. A dedução da mesma reclamação está sujeita ao depósito da totalidade do respectivo valor, para a reclamação deduzida do acto de contagem do processo. Considerando a letra e o escopo deste normativo, o depósito da totalidade do valor constante da referida nota discriminativa e justificativa das custas de parte deve ocorrer previamente à reclamação e ser documentado juntamente com a apresentação do respectivo instrumento impugnatório. C LABORAL CONVERGÊNCIA DE PENSÕES CRP Tribunal Constitucional Acórdão 19 de Dezembro de 2013 RESUMO: O Tribunal decidiu pronunciar-se pela inconstitucionalidade das alíneas a), b), c) e d) do n.º 1 do artigo 7.º do Decreto da Assembleia da República n.º 187/XII, com base na violação do princípio da confiança, ínsito no princípio do Estado de direito democrático consagrado no artigo 2.º da CRP, designadamente por estarem em causa direitos constituídos, tendo o Estado criado, junto dos pensionistas abrangidos, expectativas da continuidade do direito ao pagamento de pensões fixado na base de critérios determinados, através de lei vigente desde o ano de 1972.

6 NOTÍCIAS DE INTERESSE GERAL O Conselho de Ministro, em comunicado de 9 de janeiro de 2014, decidiu aprovar uma proposta de lei de alteração do Orçamento do Estado para 2014, no sentido de colmatar o problema orçamental de sustentabilidade dos encargos com as pensões aberto pela decisão de desconformidade constitucional relativamente à convergência das pensões da CGA em pagamento, com o regime da segurança social, alargando simultaneamente o patamar da sua incidência de base, que passa a ser as pensões a partir dos 1000 euros, e o da incidência das taxas marginais suplementares de 15% e 40%, que passam respectivamente para pensões acima de 11 (4611 euros) e 17 (7126 euros) IAS. O Conselho de Ministros, no mesmo comunicado, decidiu ainda avançar com a proposta de aumento de 1% dos descontos a efetuar pelos beneficiários dos subsistemas ADSE, Assistência na Doença aos Militares (ADM) e da Divisão de Assistência na Doença (SAD), que será agora objecto de apreciação com os representantes sindicais e associativos dos beneficiários. Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) marlabras@ajsa.pt O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência de uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.