INFORMAÇÃO N.º 226 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA. Período de 22 de maio a 1 de junho de 2015

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1 INFORMAÇÃO N.º 226 Período de 22 de maio a 1 de junho de 2015 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO Sem legislação relevante no período. JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA A FISCAL RECIBO DE RENDA ELETRÓNICO PERGUNTAS FREQUENTES Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ( IRS ) Ofício-Circulado n.º 20177, de 30 de abril de 2015 RESUMO: Procede à divulgação das questões e dúvidas frequentes, apresentadas à Autoridade Tributária, no âmbito do regime da emissão dos recibos de renda eletrónicos e respetiva operacionalização. IRS AVALIAÇÃO INDIRETA PRESSUPOSTOS Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ( CIRS ) Tribunal Central Administrativo Sul Acórdão de 21 de maio de 2015 RESUMO: Cabe à Autoridade Tributária o ónus da prova dos factos constitutivos do afastamento da presunção de verdade, que por conseguinte levam ao preenchimento dos pressupostos de aplicação de correções técnicas (avaliação directa) ou de aplicação de

2 métodos indiretos, no caso de os vícios tornarem impossível o apuramento da matéria coletável. Num segundo momento, comprovados os vícios da documentação ou da declaração de rendimentos, deve ser demonstrado através de um juízo de prognose póstuma, com base em regras de experiência comum, que o vício detetado é causa direta e necessária da impossibilidade de apuramento da matéria coletável com recurso a métodos directos. REVISÃO DO ATO TRIBUTÁRIO ERRO IMPUTÁVEL AOS SERVIÇOS Lei Geral Tributária ( LGT ) Tribunal Central Administrativo Sul Acórdão de 21 de maio de 2015 RESUMO: O dever de a Autoridade Tributária efetuar a revisão de atos tributários, quando detetar uma situação de cobrança ilegal de tributos, existe em relação a todos os tributos, pois os princípios da justiça, da igualdade e da legalidade, que a Autoridade Tributária tem de observar na globalidade da sua atividade, impõem que sejam oficiosamente corrigidos os erros das liquidações que tenham conduzido à arrecadação de quantias de tributos que não são devidas à face da lei. A revisão do ato tributário com fundamento em erro imputável aos serviços deve ser efetuada pela Autoridade Tributária por sua própria iniciativa, mas o contribuinte pode pedir que seja cumprido esse dever, dentro dos limites temporais em que Autoridade Tributária o pode exercer. O objetivo que o legislador teve em vista foi alargar as situações em que é admissível a revisão em casos de autoliquidação, permitindo-a sempre, inclusivamente quando o erro é imputável ao contribuinte, que passou a ficcionar-se como imputável à Autoridade Tributária. INSOLVÊNCIA FORTUITA INSOLVÊNCIA DOLOSA Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas ( CIRE ) Tribunal Central Administrativo Sul Acórdão de 21 de maio de 2015 RESUMO: Distintamente do que ocorre com a qualificação de uma insolvência como culposa, a qualificação daquela como fortuita não traduz qualquer juízo de mérito da conduta (culposa ou não) do responsável subsidiário. Mas, tão só, um juízo de que não foram apurados factos que determinassem que nesse sentido (culposo) fosse averiguada a conduta do responsável pela actividade comercial da insolvente. Seja porque a qualificação de uma insolvência como fortuita não tem efeitos externos ao processo de insolvência, seja porquanto a averiguação ali feita tem pressupostos e enquadramento processual e temporal diversos do processo de Oposição Judicial, a qualificação de insolvência como fortuita não equivale à demonstração de inexistência de culpa em processo de Oposição Judicial.

3 B CIVIL AÇÃO DE REIVINDICAÇÃO TRESPASSÁRIO ARRENDATÁRIO Código Civil ( CC ) Tribunal da Relação do Porto Acórdão de 21 de maio de 2015 RESUMO: O senhorio não pode reivindicar o prédio ao trespassário sem antes resolver o contrato de arrendamento contra o arrendatário cedente (em ação de despejo que também pode ser dirigida contra o trespassário, em litisconsórcio ou coligação passivos com o arrendatário). O trespasse efectuado no âmbito de um processo de execução não tem de ser comunicado ao senhorio. JOGO DE FORTUNA E AZAR MODALIDADE AFIM DOS JOGOS DE FORTUNA OU AZAR Lei do Jogo ( LJ ) Tribunal da Relação do Porto Acórdão de 13 de maio de 2015 RESUMO: Devem ser considerados jogos de fortuna ou azar e como tal proibidos fora dos casinos ou outros locais autorizados os jogos de máquinas que (i) pagam diretamente prémios em fichas ou moedas; (ii) desenvolvem temas próprios dos jogos de fortuna ou azar; e (iii) apresentam como resultado pontuações dependentes exclusiva ou fundamentalmente da sorte. Critérios como a não criação de vício ou de impulso de jogar e a fraca relevância dos valores despendidos não constituem critérios legais de distinção entre jogos de fortuna ou azar e modalidades afins dos jogos de fortuna ou azar.

4 C LABORAL REMUNERAÇÃO PRINCÍPIO DE TRABALHO IGUAL SALÁRIO IGUAL Código do Trabalho Tribunal da Relação de Guimarães Acórdão de 16 de abril de 2015 RESUMO Se, numa mesma organização, dois trabalhadores desempenham tarefas qualitativamente coincidentes e em idêntica quantidade, deve ser-lhes atribuída, por força do princípio constitucional a trabalho igual, salário igual, idêntica remuneração. NOTÍCIAS DE INTERESSE GERAL O Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei de alteração do fundo de compensação do serviço universal de comunicações eletrónicas, previsto na Lei das Comunicações Eletrónicas, destinado ao financiamento dos custos líquidos decorrentes da prestação do serviço universal. Recordamos que termina no presente mês o prazo para o cumprimento das seguintes obrigações declarativas:

5 IRS: Entrega da Declaração Modelo 19, por transmissão eletrónica de dados, pelas entidades patronais que criem ou apliquem, em benefício de trabalhadores ou membros de órgãos sociais, de planos de opções, de subscrição, de atribuição ou outros de efeito equivalente; Recordamos ainda que decorre durante este mês, e até 15 de julho, o prazo para a entrega da Informação Empresarial Simplificada - IES / Declaração Anual, por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos de IRS, que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada, com os correspondentes anexos; IRC: Recordamos ainda que decorre durante este mês, e até 15 de julho, o prazo para entrega da Informação Empresarial Simplificada - IES / Declaração Anual, por transmissão eletrónica de dados, pelos sujeitos passivos de IRC, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil, com os correspondentes anexos. IVA: Entrega, por transmissão eletrónica de dados, do pedido de restituição IVA pelos sujeitos passivos do imposto suportado, no próprio ano civil, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a 400 e respeitante a um período não inferior a três meses consecutivos. Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) marlabras@ajsa.pt O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência e uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.