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Transcrição:

BOLETIM DO SUÍNO nº 85 SETEMBRO 2017

O mercado em agosto Após fraco desempenho em agosto, o mercado suinícola reagiu em setembro. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Sorocaba, Piracicaba, Campinas e São Paulo), o animal vivo se valorizou 5,9% no acumulado do mês. O movimento de alta também foi observado para as carcaças especial e comum no atacado da Grande São Paulo, que se valorizaram respectivos 2,8% e 4,7%. No Norte do Paraná, as cotações do vivo subiram 2,1% entre 31 de agosto e 29 de setembro, enquanto as carcaças apresentaram reação mais tímida, de apenas 0,6% para a especial e de 1,2% para a comum. A demanda interna enfraquecida manteve baixos os preços e o número de negociações no início de setembro. A partir da segunda semana do mês, no entanto, as cotações reagiram, refletindo a redução de animais para abate, cenário que se estendeu até o encerramento do período. No Sul do País, os custos de produção impactaram nas cotações do animal. Em Erechim (RS), a cotações do suíno vivo fecharam a R$ 3,62/kg no último dia de agosto, contra R$ 3,73/kg no encerramento de setembro, valorizando-se em 3% no acumulado do mês. Para o mercado mineiro, essencialmente independente, as altas dos custos de produção não foram repassadas com a mesma intensidade. A proximidade com a região Centro-Oeste garantiu aos produtores mineiros condições melhores para a compra de grãos. Assim, as cotações seguiram praticamente estáveis em Minas Gerais no mês passado. Em Belo Horizonte, o preço encerrou setembro a R$ 4,15/ kg, leve alta de 0,8% no acumulado do mês. O feriado do Dia da Independência (7) alterou a programação de abates nos frigoríficos, que, em geral, tentavam reduzir a oferta de carne suína no mercado com o objetivo de valorizar o produto. No mercado de cortes, portanto, as cotações seguiram a alta do vivo e alcançaram preços maiores. No atacado do Estado de São Paulo, o pernil com osso se valorizou 4,6% no acumulado do mês, encerrando a R$ 6,97/kg, frente a 6,66/ kg em agosto. O carré fechou setembro com média de 6,91/kg, valorização de 3,1% em relação ao mês anterior, quando foi de 6,70/kg. Gráfico 1 - Preço médio da carcaça suína comum no atacado da Grande São Paulo () 8,00 7,50 6,50 5,50 4,50 3,50 2,50 2,00 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Gráfico 2 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ ESALQ - Preços pagos ao produtor ( a ) 5,50 5,20 4,90 4,60 4,30 3,70 3,40 3,10 2,80 2,50 03/10/2016 17/10/2016 28/10/2016 11/11/2016 25/11/2016 08/12/2016 21/12/2016 04/01/2017 17/01/2017 30/01/2017 10/02/2017 23/02/2017 10/03/2017 23/03/2017 05/04/2017 19/04/2017 04/05/2017 17/05/2017 30/05/2017 12/06/2017 26/06/2017 07/07/2017 20/07/2017 02/08/2017 15/08/2017 28/08/2017 11/09/2017 22/09/2017 MG SP PR SC RS 2

Estado BOLETIM DO SUÍNO SETEMBRO DE 2017 - ANO 8, Nº 85 Preços e exportações Tabela 1 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor - setembro/17 Média no mês Mínimo Máximo Minas Gerais 4,19-0,5% 4,02 4,32 São Paulo 5,6% 3,83 4,12 Paraná 3,65 0,3% 3,61 3,68 Santa Catarina 3,46 2,4% 3,39 3,53 Rio Grande do Sul 3,37 3,3% 3,28 3,42 Tabela 2 - Médias regionais do preço do suíno vivo - setembro/17 () Região Média Mínimo Máximo no mês Patos de Minas 4,16-1,0% 3,97 4,33 Belo Horizonte 4,19 0,8% 4,05 4,36 Sul de Minas 4,21 0,9% 4,37 Ponte Nova 4,21-1,4% 4,09 4,30 São José do Rio Preto 3,93 4,6% 3,76 4,05 Avaré 3,94 7,5% 3,78 4,09 SP-5 4,05 5,9% 3,87 4,18 Arapoti 3,83 2,5% 3,74 3,94 SO Paranaense 3,82 2,5% 3,70 3,93 Oeste Catarinense 3,72 10,4% 3,53 3,94 Braço do Norte 3,48 4,2% 3,39 3,58 Erechim 3,67 3,0% 3,62 3,73 Santa Rosa 3,66 2,5% 3,57 3,74 Serra Gaúcha 3,70 3,0% 3,62 3,75 Tabela 3 - Médias dos preços das carnes - atacado da Grande São Paulo - () Estado Média no mês Mínimo Máximo Carcaça Comum 5,87 4,7% 5,70 5,98 Carcaça Especial 6,19 2,8% 5,99 6,31 Lombo 9,70 1,1% 9,49 9,89 Pernil com osso 6,71 4,6% 6,51 7,03 Costela 9,74-4,1% 9,50 10,10 Carré 6,74 3,1% 6,60 6,91 Paleta sem osso 6,97 4,7% 6,77 7,25 Apesar de não superar o resultado expressivo de 67,3 mil toneladas das exportações de agosto, os embarques de carne suína mantiveram o ritmo aquecido em setembro, com total de 60,2 mil t embarcadas. A marca é 10,4% menor que o resultado do mês anterior e 14,1% inferior ao volume registrado em setembro de 2016, período recorde de vendas da proteína ao mercado externo desde agosto de 2006. Neste ano, setembro teve 20 dias úteis, que garantiram embarques de três mil toneladas de carne suína por dia, a melhor média diária de exportações em 2017. Ao mesmo tempo, Hong Kong diminuiu as compras de forma mais contundente. O país havia importado volume recorde em agosto, de 17,8 mil t. Em setembro, porém, reduziu a quantidade adquirida em 19,2%, totalizando 15,8 mil t. Nesse cenário, o setor suinícola gerou R$ 436,1 milhões, montante inferior nas comparações e anual. As receitas de agosto/17 e de setembro/16 superam as de setembro/17 em 11,3% e em 14,5%, respectivamente. A desvalorização do dólar frente ao Real também influenciou o resultado. Segundo dados do Cepea, o câmbio teve média de R$ 3,14 em setembro, queda de 0,4% na comparação com agosto. De modo geral, as exportações costumam apresentar melhores resultados no segundo semestre, e apesar de a tendência se repetir em 2017, os resultados atuais não superam os de 2016. Entre julho e setembro, o Brasil exportou 183,9 mil t de carne suína, queda de 3,7% na comparação com mesmo período do ano anterior. 3

Gráfico 3 - Preços internos (carcaça -Grande SP) e externo (carne in natura), deflacionados pelo IPCA - 11,00 10,00 9,00 8,00 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 Preço Interno ago/16 A carne suína ganhou competitividade em setembro, refletindo a valorização das proteínas concorrentes, bovina e de frango. O cenário colaborou para a melhora da liquidez interna no setor suinícola, que conseguiu se recuperar após um período de demanda enfraquecida em agosto. Na Grande São Paulo, a carcaça especial esteve 1,98 real/kg mais barata que o dianteiro bovino na média do último mês. Essa diferença representa alta de 47,3% frente a agosto, quando foi de 1,35 real/kg. Em relação ao frango, a carcaça suína esteve 2,66 reais/kg mais cara, queda de 10,6% na mesma comparação. No mercado de carne bovina, por sua vez, as cotações subiram em setembro, devido à oferta reduzida de animais para abate e à saída de grandes empresas das negociações no período. Nesse cenário, a média da carcaça casada bovina fechou com média de R$ 9,79/kg na capital paulista, 6% maior frente a agosto, enquanto a alta para o dianteiro foi de 6%, com média de R$ 8,18/kg. O ciclo pecuário, no entanto, indica oferta mais elevada de carne bovina até o próximo ano, devido ao aumento do número de animais. Desta forma, a competitividade da carne set/16 Preço Externo Gráfico 4 - Exportações de carne suína in natura entre outubro/16 e setembro/17 Carnes Concorrentes 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 - suína pode ser influenciada por esse volume extra de proteína no mercado interno nos próximos meses, já que a grande preferência do brasileiro é, tradicionalmente, pela carne bovina, que, neste cenário, pode ficar mais barata. Os preços da carne de frango reagiram em setembro, com o aumento das demandas interna e externa pelo produto. O frango inteiro resfriado no atacado da Grande São Paulo esteve 4,1% mais caro em setembro frente a agosto, com média de R$ 3,53/kg. Quanto ao congelado, a média foi de R$ 3,50/kg em setembro, 4,1% acima das cotações do mês anterior. Agentes do setor informaram que as vendas foram realmente melhores que em agosto, quando a demanda foi muito fraca. Em setembro, as exportações de carne de frango ajudaram a sustentar os preços no mercado interno, enxugando os estoques elevados que se acumulavam do mês anterior, e possibilitando maior competitividade à carne suína. De maneira geral, o consumo de proteínas ainda segue restrito e a competitividade se torna mais sensível às alterações de preços de outras carnes, já que o poder aquisitivo do brasileiro está enfraquecido. Preços mais ba- 1.000 t US$ milhões 4

ratos para os cortes bovinos desfavorecem o consumo interno de carne suína, que não é Gráfico 5 - Preços da carcaça casada bovina, carcaça comum suína e frango inteiro resfriado, no atacado da Grande São Paulo () - outubro/16 a setembro/17 tão elevado se comparado ao de outros países, como a China e membros da União Europeia. 11,00 10,00 9,00 8,00 2,00 Bovina Suína Frango Relação de Troca e Insumos No acumulado de agosto, o poder de compra do produtor registrou queda frente aos principais insumos da cadeia, milho e farelo de soja. Ao final do mês, o suinocultor da região de Campinas (SP) pode adquirir 8,85 quilos de milho ou 4,27 de farelo de soja com a venda de um quilo do animal vivo, apresentando baixas de 11,4% e 1,3%, respectivamente, do início ao fim de agosto. Na região do Oeste Catarinense, o poder de compra do suinocultor também teve quedas, de 3,8% para o milho e 3,9%, para o farelo de soja. No dia 31 de agosto, o produtor conseguiu adquirir 7,9 quilos do cereal e 3,62 quilos do derivado. No mercado de milho, o preço da saca de 60 quilos, em Campinas (SP), fechou agosto a R$ 26,69, valorização de 7,5% no acumulado do mês. Em Chapecó (SC), a cotação seguiu praticamente estável no mês, com alta de apenas 1,3%, passando para R$26,94/sc. Segundo a equipe Grãos/Cepea, as altas estiveram atreladas à retração de produtores nas vendas, fazendo compradores negociarem a preços mais altos. O preço do farelo de soja em Campinas foi a R$ 922,71/t no dia 31 e, na região catarinense, a R$ 980,47/t. No acumulado de agosto, as quedas foram de 3,4% e 2%. As quedas se dão pela menor procura pelo produto, com poucos compradores fazendo estoque de farelo e negociando apenas para consumo imediato. Mesmo com a recente perda no poder de compra para os produtores, as médias de 2017 ainda estão em patamares acima dos vistos no ano passado. Em agosto a relação média em Campinas (SP) foi de 9,6 quilos de milho para cada quilo de suíno, um aumento de 67,8% na comparação com o valor do mesmo mês de 2016, quando era 5,7. Para o farelo, a relação era de 2,9 quilos do derivado por quilo de animal em agosto do ano passado, mas foi para 3,8 em um ano, um crescimento de 34,1%. 5

Tabela 4 - Relação de troca de suíno por milho e de suíno por farelo de soja (kg vivo/kg de insumo) média agosto/17 vivo/milho vivo/ farelo SP 8,51-11,3% 4,28-4,7% MG 9,68-16,7% 4,34-6,4% Gráfico 6 - Relação de troca (kg de suíno/ kg de ração) - MG - out/07 a 7,50 6,50 5,50 4,50 3,50 2,50 2,00 out/07 mai/08 dez/08 jul/09 fev/10 set/10 abr/11 nov/11 jun/12 jan/13 ago/13 mar/14 out/14 mai/15 dez/15 jul/16 13,5 12,0 10,5 9,0 7,5 6,0 4,5 3,0 1,5 0,0 Gráfico 7 - Relação de troca (kg de suíno/kg de milho e kg SP Suíno/Milho MG Suíno/Milho SP Suíno/Farelo MG Suíno/Farelo 6 SEJA UM COLABORADOR DO CEPEA! CONTATO: (19) 3429-8859 suicepea@usp.br EXPEDIENTE Coordenador: Prof. Dr. Sergio Fonte: De Zen Cepea-Esalq/USPJornalista responsável: Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 O Boletim do Suíno é elaborado Equipe: Regina Mazzini R. Biscalchin, Marcos Revisão: mente pelo Cepea - Centro de Debatin Iguma, Fernando Crevelário, Beatriz Bruna Sampaio - Mtb: 79.466 Estudos Avançados em Economia Aplicada Uemura Souza, Claudia Scarpelin, Luiz Gustavo S. Nádia Zanirato - Mtb: 81.086 Tutui, Priscila M. de Moura e Paula O. Rodrigues Flávia Gutierrez - Mtb: 53.681 - ESALQ/USP. Interessados em reproduzir o conteúdo devem solicitar autorização.