expert PDF Trial Palestra SPED - Escrituração Contábil Fiscal Novembro 2013 Elaborado por: José Sérgio Fernandes de Mattos

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Transcrição:

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3824-5487 Email: desenvolvimento@crcsp.org.br web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis 01230 909 São Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nóbrega Gestão 2012-2013 Palestra SPED - Escrituração Contábil Fiscal Elaborado por: José Sérgio Fernandes de Mattos O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Novembro 2013 Acesso gratuito pelo portal do CRC SP www.crcsp.org.br

INTRODUÇÃO As alterações introduzidas pela: Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pela: Lei nº 11.941, de 2009. Que modifiquem o critério de reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na apuração do lucro líquido do exercício definido no art. 191 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976: Não terão efeitos para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica sujeita ao RTT, devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL 1. A escrituração deverá ser composta de contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas, considerando os métodos e critérios contábeis aplicados pela legislação tributária, vigentes em 31 de dezembro de 2007. 2. A partir do ano-calendário de 2014, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão apresentar anualmente a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 3. A ECF deverá ser transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), mediante a utilização de aplicativo a ser disponibilizado no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao anocalendário a que se refira a escrituração. 1

COMPETÊNCIAS ANTERIORES Até o ano-calendário de 2013, permanece a obrigatoriedade de entrega das informações necessárias para gerar o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT), conforme disposto na Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária. Ajustes: LUCRO REAL 1) Adições: Os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real; e Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real. 2

Ajustes: LUCRO REAL 2) Exclusões e Compensações: Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração; Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real; e O prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a compensação a 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para compensação, observadas as demais regras previstas na legislação tributária. LUCRO REAL Não será computado na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL: O valor do prêmio na emissão de debêntures; O valor das subvenções para investimento; E das doações, feitas pelo Poder Público. 3

Ao fim de cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar: Balanço patrimonial, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração do resultado do período de apuração, e Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. Com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007, e transcrevê-los no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur). Disposições específicas do Regime Tributário de Transição: Dos juros sobre o Capital Próprio. RTT Juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). 4

RTT Disposições específicas do Regime Tributário de Transição: Do Investimento Avaliado pelo Valor de Patrimônio Líquido. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido. Disposições específicas do Regime Tributário de Transição: Da Avaliação do Investimento. RTT Em cada balanço, o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor de patrimônio líquido da coligada ou controlada, que deverá fornecer à investidora as informações necessárias. 5

LALUR Livro de Escrituração e Apuração da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real. Demonstração do Lucro Real e Apuração do Tributo: Até o ano-calendário de 2013, em cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando: 1) O lucro líquido do período para fins societários; 2) O lançamento do ajuste específico do RTT; 3) O lucro líquido do período de apuração; 4) Os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período de apuração, de adição, exclusão e compensação, e 5) O lucro real. LALUR Livro de Escrituração e Apuração da Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real. Demonstração do Lucro Real e Apuração do Tributo: A partir do ano-calendário de 2014, em cada período de apuração, o contribuinte deverá elaborar demonstração do lucro real, discriminando: 1) O lucro líquido do período apurado conforme ECF; 2) Os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período de apuração, de adição, exclusão e compensação, com a indicação, quando for o caso, dos registros correspondentes na ECF; e 3) O lucro real. 6

A Escrituração Fiscal Digital do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica (EFD-IRPJ) contemplará as seguintes obrigações acessórias: 1) DIPJ 2) e-lalur 3) Fcont EFD-IRPJ A entrega da EFD-IRPJ, será obrigatória para as pessoas jurídicas sujeitas à apuração do Imposto sobre a Renda pelo Regime do Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado, e também para as Pessoas Jurídicas imunes e isentas. EFD-IRPJ O sujeito passivo deverá informar, na EFD-IRPJ, todas as operações que influenciem, direta ou indiretamente, imediata ou futuramente, a composição da base de cálculo e o valor devido dos tributos, especialmente quanto: 1) À recuperação do plano de contas contábil e saldos das contas, para pessoas jurídicas obrigadas a entregar a Escrituração Contábil Digital (ECD) relativa ao mesmo período da EFD-IRPJ; 2) À recuperação de saldos finais da EFD-IRPJ do período imediatamente anterior, quando aplicável; 3) À associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com plano de contas referencial, definido pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis), por meio de Ato Declaratório Executivo; 4) Ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real, mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo; 7

EFD-IRPJ 5) Ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL, mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo; 6) Aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL; e 7) Aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a observância de preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, quando não devam, por sua natureza exclusivamente fiscal, constar da escrituração comercial, ou sejam diferentes dos lançamentos dessa escrituração. A EFD-IRPJ será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao anocalendário a que se refira. A obrigatoriedade de utilização da EFD-IRPJ terá início a partir do ano-calendário 2014. LUCRO PRESUMIDO Para as pessoas jurídicas sujeitas ao RTT, o lucro presumido deverá ser apurado e proceder-se-á aos seguintes ajustes: 1) Exclusão de valores referentes à receita auferida cuja tributação poderá ser diferida para períodos subsequentes, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles aplicáveis à legislação tributária; e 2) Adição de valores não incluídos na receita auferida cuja tributação fora diferida de períodos anteriores, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles aplicáveis à legislação tributária. Observação: o contribuinte deverá manter memória de cálculo que permita: 1) Identificar o valor da receita auferida em cada período; e 2) Controlar os montantes das respectivas exclusões e adições à base de cálculo. 8

PIS/PASEP e a COFINS As pessoas jurídicas sujeitas ao RTT deverão apurar a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) de acordo com a legislação de regência de cada contribuição e fazer os seguintes ajustes: 1) Exclusão de valores referentes à receita auferida cuja tributação poderá ser diferida para períodos subsequentes, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles aplicáveis à legislação tributária; e 2) Adição de valores não incluídos na receita auferida cuja tributação fora diferida de períodos anteriores, em decorrência de diferenças de métodos e critérios contábeis determinados pela legislação societária, em relação àqueles aplicáveis à legislação tributária. LUCROS ou DIVIDENDOS Os lucros ou dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real não integrarão a base de cálculo: 1) Do Imposto sobre a Renda e da CSLL da pessoa jurídica beneficiária; e 2) Do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física beneficiária. Observação: Os lucros ou dividendos a serem considerados são os obtidos com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007. 9

LUCROS ou DIVIDENDOS No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, poderá ser distribuído, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF): 1) O valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; e 2) A parcela dos lucros ou dividendos excedente ao valor acima determinado, desde que a empresa demonstre, por meio de escrituração contábil fiscal, que o lucro obtido com observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucro presumido ou arbitrado. LUCROS ou DIVIDENDOS A parcela excedente de lucros distribuídos deverá: 1) Estar sujeita à incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte calculado de acordo com a Tabela Progressiva Mensal e integrar a base de cálculo do Imposto sobre a Renda na Declaração de Ajuste Anual do ano-calendário do recebimento, no caso de beneficiário pessoa física residente no País; 2) Ser computada na base de cálculo do Imposto sobre a Renda e da CSLL, para as pessoas jurídicas domiciliadas no País; 3) Estar sujeita à incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte calculado à alíquota de 15% (quinze por cento), no caso de beneficiário residente ou domiciliado no exterior; e 4) Estar sujeita à incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte calculado a alíquota de 25% (vinte e cinco por cento), no caso de beneficiário residente ou domiciliado em país ou dependência com tributação favorecida a que se refere o art. 24 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996. 10

NOVIDADES MP 627/2013 1) Altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à Contribuição para o PIS/PASEP e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS; 2) Revoga o Regime Tributário de Transição - RTT, instituído pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009; 3) Dispõe sobre a tributação da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, com relação ao acréscimo patrimonial decorrente de participação em lucros auferidos no exterior por controladas e coligadas e de lucros auferidos por pessoa física residente no Brasil por intermédio de pessoa jurídica controlada no exterior; e 4) Dá outras providências. NOVIDADES MP 627/2013 Importantes alterações na legislação tributária federal, referentes ao Imposto de Renda e à CSLL das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, presumido e arbitrado, bem como referentes ao PIS/PASEP e à COFINS, ao RTT, adaptação às novas normas contábeis, à tributação em bases universais e ao parcelamento especial. Conteúdos principais: 1) As regras para apuração do IRPJ e CSLL, na adaptação às normas contábeis brasileiras às internacionais; 2) As regras para a tributação em bases universais; 3) Os benefícios para o parcelamento especial do PIS/PASEP e da COFINS de instituições financeiras e do IRPJ e da CSLL apurados sobre lucros de coligadas ou controladas no exterior. 11

NOVIDADES MP 627/2013 Esta Medida Provisória entra em vigor em 1º de janeiro de 2015, exceto em relação: 1) As disposições relativas ao Regime Tributário de Transição (RTT); 2) A opção pelos efeitos para o ano-calendário a partir de 1º de janeiro de 2014 em relação ao arts. 1º a 66 da referida Medida Provisória; e 3) As alterações relativas ao parcelamento especial de débitos para com a Fazenda Nacional relativos ao PIS/PASEP e à COFINS, devidos por instituições financeiras e companhias seguradoras, vencidos em 31 de dezembro de 2012, de que trata a Lei nº 12.865/2013 e as disposições finais. NOVIDADES MP 627/2013 Momento para debate sobre este novo dispositivo legal, que irá proporcionar grandes mudanças em procedimentos técnicos da área Contábil e de Tecnologia de Informação no Brasil. Após seis anos de discussão, enfim, chegamos a um consenso sobre a adoção das IFRS em consonância com o regramento fiscal. Mas, ainda temos muitos desafios, principalmente porque se trata de uma Medida Provisória e que ainda será votada pelo Congresso Nacional, podendo sofrer alterações ensejando possíveis vetos Presidencial. 12

SOBRE A MP 627/2013 1) Fim do RTT (regime tributário de transição, criado em 2008 para eliminar os efeitos fiscais da adoção no Brasil das normas do IFRS) - a mudança decorre em meio aos diversos problemas como a elevação do número de questionamentos judiciais, insegurança jurídica e agravamento da complexidade para as empresas cumprirem as obrigações tributárias; 2) Novas regras de tributação de PJ quanto aos resultados de controladas e coligadas no exterior; 3) Tributação automática dos resultados de controladas estrangeiras de Pessoas Físicas - uma novidade, desde que verificados certos requisitos; 4) Questão dos parcelamentos referentes ao lucro de controladas e coligadas no exterior, interessando grandes empresas brasileiras que tem investimentos externos e 5) Desoneração dos rendimentos auferidos por investidor estrangeiro em fundos de investimentos constituídos para aplicação em depósito à vista ou em ativos que seriam isentos de IR se adquiridos diretamente por investidor estrangeiro. Fonte: InfoMoney BASE LEGAL Instrução Normativa RFB nº 1.353, de 30 de abril de 2013.. Instrução Normativa RFB nº 1.397, de 16 de setembro de 2013. Medida Provisória nº 627, de 11 de novembro de 2013. Regulamento do Imposto de Renda - Decreto nº 3.000/1999. Regulamento do Pis/Pasep e da Cofins - Decreto nº 4.524 de 17.12.2002. 13

BIBLIOGRAFIA E CONTEÚDO Sítio da Receita Federal do Brasil www.receita.fazenda.gov.br. Portal de Serviços Sítio Sped. Fiscosoft Editora Ltda. Escrituração Contábil Fiscal: Introdução; Escrituração; Competências Anteriores à 2014; Lucro Real e seus ajustes; Demonstrações Financeiras; RTT Regime Transitório de Tributação; LALUR Livro de Escrituração e Apuração da Pessoa Jurídica pelo Lucro Real; EFD-IRPJ; Lucro Presumido; Pis/Pasep e a Cofins; Lucros ou Dividendos; Novidades promovidas pela Medida Provisória nº 627. AGRADECIMENTOS Muito Obrigado CONTATO: desenvolvimento@crcsp.org.br 14