TECNOLOGIA EM MEDIÇÃO POR COORDENADAS

Documentos relacionados
TECNOLOGIA EM MEDIÇÃO POR COORDENADAS

TECNOLOGIA EM MEDIÇÃO POR COORDENADAS

Aula Características dos sistemas de medição

Laboratório de Mecânica Aplicada I Estática: Roldanas e Equilíbrio de Momentos

N Sem Bucha. N Sem Acessórios. B14 Flange Tipo C-DIN 211A. B5 Flange Tipo FF. B1 Bucha Simples 311A

N Sem Bucha. B14 Flange Tipo C-DIN. N Sem Acessórios FA42 FA43 FA52. Fxxx Flange de Saída (Ver Opções de Flanges na Tabela de Desenhos)

DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA COMPUTACIONAL PARA CONTROLE DE MEDIÇÕES DIMENSIONAIS COM ÊNFASE NA GARANTIA DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS

Mecânica e Ondas 1º Ano -2º Semestre 2º Exame 06/07/2017 8:00h

62C. B14 Flange Tipo C-DIN 63C. Fxxx Flange de Saída (Ver Opções de Flanges na Tabela de Desenhos) 72C. B1 Bucha Simples. B5 Flange Tipo FF 73C

Capítulo 2 Estatística Descritiva Continuação. Prof. Fabrício Maciel Gomes

CORRELAÇÃO E REGRESSÃO

Método dos Elementos Finitos Aplicado a Peças Esbeltas Sujeitas à Carregamento Axial

Resumo. Palavras-chave. Método energético; ação térmica; concreto armado. Introdução

CARGA MÓVEL. Conjunto de cargas moveis que mantêm uma posição relativa constante.

N Sem Acessórios. B14 Flange Tipo C-DIN. N Sem Bucha 202A 302A. B1 Bucha Simples. B5 Flange Tipo FF

DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO MATEMÁTICO PARA CALCULAR A INCERTEZA NA MEDIÇÃO DE UMA PEÇA-PADRÃO COM MÁQUINA DE MEDIR POR COORDENADAS

Mecânica Aplicada II MEMEC+LEAN e MEAER

ROTEIRO PARA PROJETO / AVALIAÇÃO ACÚSTICA

1. Obtenha o modelo de ½ carro:

1º Exame de Mecânica Aplicada II

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Os redutores são fornecidos com LUBRIFICAÇÃO PERMANENTE POR ÓLEO SINTÉTICO.

Isostática 2. Noções Básicas da Estática

Covariância e Correlação Linear

Mecânica Aplicada II MEMEC+LEAN e MEAER

Torques de até 1300 N.m. IBR q IBR qdr IBR qp IBR r IBR m IBR c IBR p IBR H IBR x variadores TRANS. A Direito. A Direito. N Sem Bucha.

Eletroquímica 2017/3. Professores: Renato Camargo Matos Hélio Ferreira dos Santos.

DETERMINAÇÃO DO FACTOR CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES EM PLACAS UTILIZANDO A EXTENSOMETRIA COM VALIDAÇÃO NUMÉRICA

INTRODUÇÃO À MECÂNICA COMPUTACIONAL. Carlos Henrique Marchi & Fábio Alencar Schneider. Curitiba, dezembro de 2002.

Capítulo 24: Potencial Elétrico

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

Referências: No mínimo, para cada experimento o Caderno de Laboratório deve sempre conter:

Eventos coletivamente exaustivos: A união dos eventos é o espaço amostral.

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Física Experimental. Prof o José Wilson Vieira

Aula 6: Corrente e resistência

Laboratório de Mecânica Aplicada I Determinação de Centros de Gravidade

Ângulo de Inclinação (rad) [α min α max ] 1 a Camada [360,0 520,0] 2000 X:[-0,2065 0,2065] Velocidade da Onda P (m/s)

METROLOGIA E ENSAIOS

Avaliação dos Pavimentos Flexíveis: Condições de rugosidade longitudinal

Estatística II Antonio Roque Aula 18. Regressão Linear

MÉTODO DAS DIFERENÇAS FINITAS PARA SOLUÇÃO DE EQUAÇÃO ESCALAR DE LEIS DE CONSERVAÇÃO

Instruções de segurança VEGAPULS PSWL61. C****H/P/F****

Expressão da Incerteza de Medição para a Grandeza Energia Elétrica

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

1 Objetivo da experiência: Medir o módulo da aceleração da gravidade g no nosso laboratório com ajuda de um pêndulo simples.

Regressão Múltipla. Parte I: Modelo Geral e Estimação

F-128 Física Geral I. Aula exploratória-11b UNICAMP IFGW

TABELAS E GRÁFICOS PARA VARIÁVEIS ALEATÓRIAS QUANTITATIVAS CONTÍNUAS

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

FGE2255 Física Experimental para o Instituto de Química. Segundo Semestre de 2013 Experimento 1. Corrente elétrica

Um modelo para simulação de ensaios oedométricos pelo método dos elementos finitos

2 Incerteza de medição

Instruções de segurança VEGAPULS PSWL61

Física I LEC+LET Guias de Laboratório 2ª Parte

Referências: No mínimo, para cada experimento o Caderno de Laboratório deve sempre conter:

do Semi-Árido - UFERSA

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

F r. PASES 2 a ETAPA TRIÊNIO o DIA GAB. 1 5 FÍSICA QUESTÕES DE 11 A 20

Flambagem. Cálculo da carga crítica via MDF

Um modelo nada mais é do que uma abstração matemática de um processo real (Seborg et al.,1989) ou

Medida de Quatro Pontas Autor: Mauricio Massazumi Oka Versão 1.0 (janeiro 2000)

Cristina Caldeira 97. Tem-se assim uma decomposição da região Q em mkq paralelipípedos rectangulares

ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Fone:

METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DE VAZÃO DE UMA SEÇÃO TRANSVERSAL A UM CANAL FLUVIAL. Iran Carlos Stalliviere Corrêa RESUMO

5 Relação entre Análise Limite e Programação Linear 5.1. Modelo Matemático para Análise Limite

MOQ-14 PROJETO e ANÁLISE de EXPERIMENTOS. Professor: Rodrigo A. Scarpel

Cap. 11 Correlação e Regressão

5 Validação dos Elementos

6 VERIFICAÇÃO DA FISSURAÇÃO VIGAS CONCRETO ARMADO. Escola de Engenharia Universidade Presbiteriana Mackenzie Coordenadoria de Engenharia Civil

Programa de Certificação de Medidas de um laboratório

Dados ajustáveis a uma linha recta

2010 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved. Prof.: Anastácio Pinto Gonçalves Filho

Leis de conservação em forma integral

F-328 Física Geral III

Exercícios de cisalhamento puro e flexão simples - prof. Valério SA Universidade de São Paulo - USP

RM 68 INCERTEZA DE MEDIÇÃO: GUIA PRÁTICO DO AVALIADOR DE LABORATÓRIOS SUMÁRIO 1 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 2 REFERÊNCIAS 3 DEFINIÇÕES 4 METODOLOGIA

REGRESSÃO LINEAR ANÁLISE DE REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA REGRESSÃO CURVILÍNEA FUNÇÃO QUADRÁTICA VERIFICAÇÃO DO AJUSTE A UMA RETA PELO COEFICIENTE 3 X 3

Referências bibliográficas: H. 31-5, 31-6 S. 29-7, 29-8 T Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física

Aula Prática de Calibração de Instrumentos de Medição

Conhecimentos Específicos

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR

Existem: Correcções aos ângulos azimutais e aos azimutes; Correcções às distâncias zenitais ; Correcções às distâncias; Correcções aos desníveis;

Associação entre duas variáveis quantitativas

1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA E ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Informação. Nota: Tradução feita por Cláudio Afonso Kock e Sérgio Pinheiro de Oliveira.

Trabalho e Energia. Definimos o trabalho W realizado pela força sobre uma partícula como o produto escalar da força pelo deslocamento.

Robótica. Prof. Reinaldo Bianchi Centro Universitário da FEI 2016

DETERMINAÇÃO DE VALORES LIMITE DE EMISSÃO PARA SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DA LISTA II DA DIRECTIVA 76/464/CEE

Ajuste de um modelo linear aos dados:

Regressão Linear Simples by Estevam Martins

ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS DE RIGIDEZ E AMORTECIMENTO DOS MANCAIS HIDRODINÂMICOS, ATRAVÉS DAS FORÇAS TRANSMITIDAS PELO FLUIDO

4. ESTÁTICA E PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS 4.1. INTRODUÇÃO

3.1. Conceitos de força e massa

AS MÁQUINAS DE MEDIR POR COORDENADAS (MMC)

Curso de extensão, MMQ IFUSP, fevereiro/2014. Alguns exercício básicos

Transcrição:

TECNOLOGIA EM MEDIÇÃO POR COORDENADAS Prof. Alessandro Marques www.metrologa.ufpr.br

MEDIÇÃO UNI-DIMENSIONAL Paquímetro e Mcrômetro, Máquna de Medção Horzontal, Máquna de Medção Vertcal e Interferômetro Laser

ERROS ASSOCIADOS AS MEDIÇÕES

Prncípo de Abbè. (Journal for Instrumental Informaton Vol. em 1890). Conhecdo também como Prmero prncípo de projeto de máqunas ferramentas e metrologa dmensonal Prncípo de Abbè: A lnha de referênca de um sstema de medção deve ser concdente com a lnha de medção da peça.

Paquímetro Prncípo de Abbè. Exo do nstrumento Braço de Abbé Exo de medção Dstânca real Erro de medção Dstânca medda Exste uma dstânca entre a lnha de referênca e a de medção Braço de Abbè (Abbè offset)

Mcrômetro Prncípo de Abbè. O exo do nstrumento é concdente com a lnha de medção não há Braço de Abbè

Prncípo de Abbè. CAUSAS DE ERROS NAS MEDIÇÕES DE COMPRIMENTO

a: espessura mínma, TN: traços do nôno TM: traços da escala fxa Erro de Paralaxe

Pontos de Ary Quando uma barra está suportada horzontalmente, um bloco padrão ou uma escala por exemplo, a quantdade de flexão devdo ao seu própro peso vara sgnfcantemente dependendo da posção dos seus suportes. Tas pontos são pontos de suporte para obter condções especfcas de flexão.

Pontos de Ary Os pontos de suporte são dados pela segunte fórmula: a N L 2 1 a= 0,5774 * l Onde N é o numero de pontos de suporte

Pontos de Bessel As escalas onde as dvsões são gravadas devem ser apoadas de tal modo que a máxma flecha seja a menor possível. Do estudo da Mecânca aplcada as materas é possível demonstrar que os apoos devem ser smétrcos e dstancados dente s de 0,554l.

FORÇA DE MEDIÇÃO

OUTRO TIPO DE ERRO DEVIDO A FORÇA DE MEDIÇÃO 1 deformação do apalpador 2 e 3 deformação da peça 4 deformação da base

DEFORMAÇÃO DE HERTZ A fórmula de Hertz é empírca, e dá a quantdade de superfíce deformada dentro do lmte elástco quando duas superfíces (esférca, clíndrca ou superfíce plana) estão pressonadas umas contra as outras com uma certa força. Estas fórmulas são utes para determnar a deformação de uma peca causada pela forca de medção em stuações de contato em um ponto e uma lnha.

DEFORMAÇÃO DE HERTZ a) Uma esfera entre dos planos b) Um clndro entre dos planos

DEFORMAÇÃO DE HERTZ Assumndo que o materal é aço: Módulo de Elastcdade : E = 205 GPa 1) Superfíce esférca e plano (um ponto de contato) 3 1 0,82. P D 2 2) Superfíce clíndrca e plano (uma lnha de contato) 2 0,094. P L. 3 1 D Onde: : quantdade de deformação (mm) D: dâmetro da esfera (mm) L: comprmento do clndro (mm) P: força de Medção (N)

DEFORMAÇÃO DE HERTZ 1) Superfíce esférca e plano (um ponto de contato) 3 1 0,82. P D 2 2) Superfíce clíndrca e plano (uma lnha de contato) 2 0,094. Exercíco : Suponha que uma esfera de 1 mm de dâmetro e um clndro de 3 mm de dâmetro e comprmento de 5mm são meddos por uma superfíce plana com força de medção de 9,8 N, quas as deformações? P L 1 3,8 mm 2 0,13 mm. 3 1 D

EFEITOS DA TEMPERATURA T b b' b = b' - b c = c' - c c c' b =. T. b c =. T. c Ferro funddo: 9,2 a 11,8 x 10-6 /K Aço: 10 a 13 x 10-6 /K Bronze: 18,5 x 10-6 /K Alumíno: 23,8 x 10-6 /K Cerâmca (ZrO 2 ): 10 a 11 x 10-6 /K Vdro (Prex): 2,5 x 10-6 /K Invar 1,0 x 10-6 /K Zerodur 0,01 x 10-6 /K

CALIBRAÇÃO DE PAQUÍMETROS E MICRÔMETROS

CALIBRAÇÃO DE MICRÔMETROS Verfcação de Planeza e paralelsmo Plano óptco

NBR NM 216 Paquímetro e paquímetro de profunddade Característcas construtvas e requstos metrológcos

Exemplo de um gráfco de erro de ndcação de um paquímetro com faxa de medção de 0 a 150 mm

INCERTEZA ASSOCIADA AS MEDIÇÕES Caso Geral f = coefcente de sensbldade Pode ser calculado analítca ou numercamente n n n j j j j r u u f f u f G u 1 1 1 1 2 2 2 ), ( ). ( ). ( 2 ) ( ) ( j j e r entre correlação de e coefcent ), ( ),...,, ( 2 1 n f G

ESTIMATIVA DO COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO n n n y y x x y y x x Y r 1 2 1 2 1 ) (. ) ( ) )( ( ), ( sendo r(, Y) estmatva do coefcente de correlação para e Y x e y -ésmo par de valores das varáves e Y y e x valores médos das varáves e Y n número total de pares de pontos das varáves e Y

CÁLCULO DO NÚMERO DE GRAUS DE LIBERDADE EFETIVOS n x c ef x u x f G u 1 4 4 ) ( ) ( O número de graus de lberdade efetvo é calculado pela equação de Welch-Satterthwate:

INCERTEZA PARA MEDIÇÃO A TRÊS COORDENADAS P Z z D Y z y P y x x d ) 2 ( ) 2 ( ) 2 1 2 1 2 1 ( x x y y z z 2

SEMINÁRIOS Capítulos do lvro: Hocken, R. J., Perera, P. H. Coordnate Measurng Machnes and Systems, Second Edton, 2011. Peça desenhada em CAD PRÁTICAS

Bblografa 1) Pfefer, Tlo- Metrology Producton -Oldenbourg Verlag, 2002, 421 págnas, München, ISBN- 3-486-25885-0; 2) Farago, Francs- Handbook of Dmensonal Handbook, 2 nd Edton, Industral Press,1982, New York, ISBN-00 8311-1136-4; 3) Lnk, Walter. Metrologa mecânca Expressão da Incerteza de medção, ISBN 9788 5216 15637, Mtutoyo Edtora, 174 págnas, 2ª edção, ano 2005 4) Lnk, Walter. Tópcos Avançados da Metrologa Mecânca Confabldade Metrológca e suas aplcações, ISBN 9788 5216 15637, Mtutoyo Edtora 263 págnas, 2ª edção, ano 2005