O MERCADO AGRÍCOLA DE COMMODITIES

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Transcrição:

O MERCADO AGRÍCOLA DE COMMODITIES Eu não posso ensinar nada a ninguém. Eu posso apenas fazê-lo pensar. Odilio Sepulcri Paulo Eduardo Bonetti odilio@emater.pr.gov.br www.odiliosepulcri.com.br Telefone : (41)3250-2252 www.emater.pr.gov.br Sócrates (469-400 a.c.) ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO 1. Mudanças no ambiente 2. Cadeia de valor 3. A empresa e seu ambiente 4. O que é mercado 5. Características dos mercados 6. As cinco forças de mercado 7. Como participar dos mercados 8. Modelo agroexportador 9. Mercado futuro 10. O risco cambial 11. Aspectos conjunturais 12. O mercado da soja 13. O mercado do milho 14. O mercado de carnes MUDANÇAS NO AMBIENTE Abertura comercial Redução de barreiras comerciais Competição global Padrões e exigências de consumo Sortimento global Margens menores Cadeia de valor AMBIENTE INSTITUCIONAL: Leis, Tradição, Educação, Cultura, Costumes... Nova cultura e educação: Princípios agroecológicos, comércio justo, economia solidária Nova Base Legal: Mais justa e democrática (exemplo: legislação sanitária) FLUXO DOS PRODUTOS INSUMOS PRODUÇÃO AGROINDUSTRIA DISTRIBUIÇÃO CONSUMO FLUXO DO DINHEIRO Fortalecimento de Redes Sócio Produtivas: ligadas às diferentes formas de organização dos agricultores/produtores familiares (Produtores Agroecologicos, Associações Cooperativas, Agroindústrias (...) Organização dos Serviços Básicos (bases de serviços): Assistência Técnica, Capacitação, Crédito (...) AMBIENTE ORGANIZACIONAL: Associações, Sindicatos, ONGs, Pesquisa, Extensão, Prefeituras... Variáveis Econômicas Variáveis Tecnológicas Variáveis Sociais Clientes Concorrentes AMBIENTE MERCADO UNIDADE AGRÍCOLA Variáveis Ecológicas Variáveis Políticas Fornecedores Reguladores Variáveis Demográficas Variáveis Legais FONTE: CHIAVENATO, 1982 1

CONCORRÊNCIA INTERMEDIÁRIOS COMERCIAIS FORNECEDORES EMPRESA AGÊNCIAS DE PROPAGANDA ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA CLIENTELA CONQUISTA DE MERCADO A Empresa deve decidir: O mercado alvo e produtos a oferecer Os objetivos a serem atendidos no mercado alvo A forma de conquista ou entrada O momento de entrar O plano de marketing Os sistemas do controle de desempenho no mercado alvo. FONTE:WIENS, C.H. et al. MERCADO O que é um mercado? Área geograficamente definida onde compradores e vendedores interagem e determinam o preço de um produto ou de um conjunto de produtos. É um arranjo que aproxima compradores e vendedores, em que há trocas de bens e serviços por dinheiro (socialmente construído). O que é um mercado? Definição de mercado Os parâmetros do mercado devem ser determinados antes que ele possa ser analisado Arbitragem Comprar um produto abaixo do preço em uma localidade e vendê-lo a um preço alto em outro lugar. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. O que é um mercado? Mercado competitivo Devido ao grande número de compradores e vendedores, nenhum comprador ou vendedor pode, individualmente, influenciar o preço de um produto. Exemplo: Maioria dos mercados agrícolas. Tipos: Concorrência pura; Concorrência monopolística; Concorrência monopsônica. O que é um mercado? Mercado não competitivo - Mercados onde os produtores podem, individualmente, influenciar o preço. Exemplo: Fertilizantes, OPEP Tipos: Monopólios Monopsônio FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. 2

O que é um mercado? Preço é a principal variável de mercado Mercados competitivos estabelecem um único preço Mercados não competitivos podem estabelecer vários preços para o mesmo produto. Definição de mercado Quais os compradores e vendedores devem ser incluídos em um determinado mercado? O que é um mercado? Extensão de um mercado define os limites do mercado Geográficos Gama de produtos Exemplos fronteiras geográficas Gasolina: Curitiba versus interior Exemplos leque de produtos Gasolina: comum, super & óleo diesel FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. Preços reais versus preços nominais Preço nominal é o preço absoluto (ou preço em moeda corrente) de uma mercadoria ou serviço no momento de sua venda. Preço real é o preço da mercadoria em relação a uma medida agregada dos preços (ou preço em moeda constante). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é uma medida de nível agregado de preços O estudo dos preços reais permite a análise dos preços relativos. MONOPÓLIO 1. Um vendedor muitos compradores 2. Um produto (ausência de bons substitutos) 3. Barreiras à entrada O monopolista representa o lado da oferta do mercado e tem controle total sobre as quantidades ofertadas. Os lucros serão máximos no nível de produção em que a receita marginal é igual ao custo marginal. O poder de monopólio é determinado, em parte, pelo número de empresas competindo no mercado. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. MONOPSÔNIO Um monopsônio é um mercado no qual há um único comprador. Um oligopsônio é um mercado com poucos compradores. Poder de monopsônio é a capacidade de um comprador afetar o preço do bem, fazendo com que este seja inferior ao preço que prevaleceria em um mercado competitivo. O poder de monopsônio é determinado, em parte, pelo número de compradores que atuam no mercado. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA Características 1. Muitas empresas 2. Livre entrada e saída 3. Produtos diferenciados O tamanho do poder monopolístico depende do grau de diferenciação do produto. Exemplo: produtos orgânicos, certificados e rastreados. FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. 3

OLIGOPÓLIO Características Pequeno número de empresas (Fertilizantes, petróleo) Produtos diferenciados ou homogêneos Barreiras à entrada -Naturais (escala, patentes, tecnologia) -Estratégica (inundação do mercado, controle de insumos) A agricultura é fortemente infuenciada pelos oligopólios. Nº de Firmas Tipo de Produto Atividade da Firma Muitas Muitas Poucas Uma FONTE: MENDES, 2004 Homogêneo Diferenciação Homogêneo ou não Único Venda Compra Competição pura Competição pura Competição monopolística Oligopólio Monopólio Competição monopsonística Oligopsônio Monopsônio FONTE: PINDYCK, R. S. ; RUBINFELD, D. L. Características de quatro tipos de mercado pelo lado da venda Características Competição perfeita Tipos de Mercado Competição monopolística Oligopólio Monopólio Nº de empresas Muito Grande Muitas Poucas Uma Tipo de produto Padronizado Diferenciado Controle sobre os preços Condições de entrada Exemplos FONTE: MENDES, 2004 Padronizado e diferenciado Único Nenhum Pequeno Considerável Muito Sem barreiras Sem barreiras Com barreiras Com barreiras Produtos agrícolas Restaurantes, lojas de varejo Automóveis, aço Energia elétrica, água Mercado: Formação dos Preços Muitos vendendo - Poucos comprando Formação de preço pelos compradores Muitos comprando Poucos vendendo Formação de preço pelos vendedores Muitos vendendo Muitos comprando Formação de preços se dá pela lei da oferta e da demanda www.emater.pr.gov.br AS CINCO FORÇAS DE MERCADO QUE MOLDAM A COMPETIÇÃO Fornecedores (poder de barganha) Novos concorrentes Potenciais (ameaça) Concorrentes do setor (rivalidade de segmento) Compradores (poder de barganha) 1. AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES Economia de escala Diferenciação de produtos Exigências de capital FONTE: Michael E. Porter, 1985 Substitutos (ameaça) Custo de troca de fornecedores FONTE: PORTER Acesso aos canais de distribuição 4

2. PRESSÃO DE PRODUTOS SUBSTITUTOS Xarope de milho x açúcar Margarina x manteiga Amido de trigo x amido de mandioca Carne de frango x carne de boi 3. PODER DE BARGANHA DOS COMPRADORES Compram em grandes volumes Compram produtos padronizados Obtêm baixos lucros Fabricam internamente o produto Dominam todas as informações FONTE: PORTER FONTE: PORTER 4. PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES Concentração de fornecedores O comprador tem poucas opções Os produtos dos fornecedores são únicos Não depende do comprador para vendas significativas 5.RIVALIDADE ENTRE OS CONCORRENTES O crescimento do setor é lento As empresas têm alto custo fixo Alto custo de armazenagem O número de empresas competindo é grande As barreiras à saída são altas FONTE: PORTER FONTE: PORTER PODER DE NEGOCIAÇÃO DOS PRODUTORES COMO PARTICIPAR DOS MERCADOS Número de Compradores Poucos ou apenas um comprador Muitos compradores Bens em estado bruto ou pouco processado Poder de negociação baixo. Não influencia preços e compete por via de redução de custos e de aumento de produtividade. Poder de negociação médio. Não influencia preços e compete por via de redução de custos e aumento de produtividade. Bens especiais Poder de negociação médio. Influencia pouco os preços e compete por via dos atributos de diferenciação. Poder de negociação alto. Influencia preços e compete por via dos atributos de diferenciação. COMMODITIES PRODUÇÃO INTEGRADA PRODUTOS DIFERENCIADOS MERCADO LOCAL MERCADO MERCADO EXTERNO HORTIFRUTI MERCADO INSTITUCIONAL VIRTUAL FONTE: KUPFER, HASENCLEVER, 2002; HALL; LIEBERMAN, 2003; ARBAGE, 2006. 5

FUNCIONAMENTO DO SETOR DE COMERCIALIZAÇÃO Cooperativas Corretoras Varejistas Transportadoras Atacadista s Bolsas Beneficiadores Atacadistas P R O D U T O R E S MERCADO PRIMÁRIO Indústrias Mercados Centrais Atacadista Equilíbrio MERCADO SECUNDÁRIO C O N S U M I D O R E S Concentração Dispersão FONTE: PORTO, fevereiro de 2006 Vantagens e desvantagens das estratégias de conquista de mercado Estratégia de conquista Vantagens Desvantagens Internet Indireta Direta Licenciamento Baixo custo Visibilidade Acessibilidade Compromisso baixo Risco baixo Maior controle Necessidade de maior ênfase nas vendas Sem ou com pouco investimento Rapidez na conquista de mercado Minimiza barreiras tarifárias e não tarifárias Risco baixo Sem contato com o mercado - foco Pouco aprendizado para o exportador Pouco controle Sem contato com o mercado alvo Sem aprendizado para o fabricante Necessidade de estabelecer uma estrutura de exportação Maior necessidade de recursos: RH e R$ Surgimento de barreiras não tarifárias Pouco concorrente Custo de oportunidade potencial Risco de criar um concorrente Limitação ao desenvolvimento de mercado Mercado futuro Origens e evolução Franquia Sem ou com pouco investimento Rapidez na conquista de mercado Motivação gerencial Necessidade de um controle de qualidade Risco de criar um concorrente Controle deficiente ou nulo Joint venture Riscos compartilhados Menor necessidade de recursos Sinergias potenciais Risco de conflitos com parceiros em potencial Perda de controle Risco de criar concorrentes Eliminação de barreiras tarifárias ou não tarifárias Aquisição Controle pleno Acesso a ativos locais Menos concorrentes Custo Risco elevado Investimento individual FONTE: APEXBrasil Criação de uma empresa sem vícios Transferência da cultura empresarial Tempo de instalação da empresa Recursos financeiros elevados GERENCIAMENTO DE RISCOS NO NEGÓCIO Mercado Físico Risco de produção FONTE: BONETTI - BM&F Contratos futuros, a termo, de opções Risco de preço Riscos do Agronegócio Conduta e risco dos contratos Risco de crédito O mercado físico é o local onde se juntam e se comunicam compradores e vendedores e onde se realizam as transações de produtos em si. Este é o mercado onde o preço a vista (spot) é negociado. O ativo-objeto ou ativo subjacente 6

Derivativos agropecuários São aqueles cujas cotações/preços dependem de um outro mercado mais básico, ou seja, seus preços são formados a partir do valor de um produto já cotado. Mercado a Termo Mercado Futuro Mercado de Opções Mercado de Swaps Contrato a termo A origem dos mercados a termo está associada ao problema que a sazonalidade dos mercados agrícolas produz nos preços das commodities. Para se proteger dessas variações de preços, comprador e vendedor acordavam um preço do ativo ou commodity que seria entregue no futuro, em uma data determinada. Como saber que a contraparte honrará sua obrigação no contrato a termo? Como se desfazer de um contrato sem prejudicar a contraparte? O que é o preço futuro? Mercado futuro: suas funções É o preço a vista daqui a alguns dias. É o preço a vista mais a expectativa dos agentes em relação aos fatores que afetam o preço no futuro: custo de manter a soja armazenada, exportações, preço dos bens substitutos (milho, canola, girassol), dólar, clima (safra e entressafra), poder aquisitivo, atitudes dos compradores internacionais,etc. Para que serve o mercado futuro? Para fixar um preço futuro fazendo um seguro de preço, livrando-se das oscilações do preço; O comprador fixa o preço de seu principal produto (soja) para garantir sua rentabilidade; o vendedor fixa o preço de venda de sua mercadoria para cobrir seu custo de produção e sua margem de lucro. Funções do Mercado Futuro Sinaliza os preços no futuro. Auxilia no planejamento da atividade. Fixação antecipada do preço Comprador: um exportador de carne vende para o exterior e precisa fixar o preço de compra do boi gordo, que é sua principal matéria prima. Produtor: conhece o custo, precisa fixar o preço de venda que remunere o custo. 7

Operações no Mercado Futuro Hedge - visa a proteção contra os movimentos adversos de preços do ativo com o qual se trabalha. Especulação - consiste em uma estratégia em que se assume risco para se obter ganho financeiro. Day trade. Arbitragem - procura realizar ganhos aproveitando distorções temporárias dos preços de um ou mais ativos. FUTUROS & OPÇÕES ÍNDICE DE AÇÕESA TAXA DE JUROS TAXA DE CÂMBIO CUPOM CAMBIAL TAXAS DE JUROS X ÍNDICES DE PREÇOS ÍNDICES DE PREÇOS TÍTULOS TULOS DA DÍVIDAD GLOBAL BONDS A BONDS US TREASURY PRODUTOS ESTRUTURADOS ESTRATÉGIAS DE SPREAD VOLATILIDADE O Que se Pode Negociar na BM&F DERIVATIVOS FINANCEIROS DERIVATIVOS DE BALCÃO SWAPS TAXAS DE JUROS TAXAS DE CÂMBIO ÍNDICES DE PREÇO ÍNDICE DE AÇÕESA OURO OPÇÕES FLEXÍVEIS ÍNDICE DE AÇÕESA TAXAS DE CÂMBIO TAXAS DE JUROS FUTUROS & OPÇÕES CAFÉ ARÁBICA CAFÉ CONILLON AÇÚCAR ÁLCOOL ANIDRO ALGODÃO MILHO SOJA DERIVATIVOS AGROPECUÁRIOS RIOS BOI GORDO BEZERRO OURO SPOT ÍNDICES DE AÇÕESA TAXAS DE JUROS DÓLAR FRAs TAXAS DE CÂMBIO Funcionamento do Mercado Futuro Cotações em Bolsa Vencimentos de um contrato Contratos em aberto Posições em aberto (posição líquida) Número de negócios e contratos negociados Preço de abertura, máximo e mínimo Oscilação máxima diária Preço de ajuste Ajustes diários Margem de garantia Cotações em Bolsa É muito importante ressaltar que a Bolsa é o local onde o preço ganha voz, e não onde o preço é definido. Os preços são formados nas suas praças de formação, e sofrerão incrementos ou reduções de valor, devido a sua localização, com relação ao local de formação. Não é a Bolsa quem dita os preços. Vencimentos de um contrato É a data que define qual será o período para o produto ser entregue, ou liquidado financeiramente, os vencimentos não são os mesmos para os produtos agropecuários. Esse mecanismo permite que arbitragens, sejam efetuadas e ganhos com distorções de preços, sejam possíveis de acontecer. Contratos em aberto Contratos em aberto, são contratos ainda não liquidados. São intenções de compra e venda passadas por compradores e vendedores através de corretores. Serão liquidados, ou diante liquidação financeira ou entrega de mercadoria. 8

Posições em aberto Posição no mercado futuro é o saldo líquido dos contratos negociados por um mesmo contratante para um mesmo vencimento por intermédio de operações no mercado futuro. Uma transação para abertura de posições ocorre sempre que alguém toma uma posição compradora ou vendedora, que anteriormente não possuía, em um determinado vencimento de um mercado futuro. Posições em aberto Para que não haja uma manipulação de preços por meio de agentes de mercado, a Clearing criou um sistema onde existe um volume máximo de contratos que podem ser negociados por um único agente. Geralmente esse valor é igual a 20% das posições em aberto, ou Q, onde Q= 3,500 para açúcar; 800 para álcool; 500 para algodão; 900 para bezerro; 700 para boi gordo; 1100 para café, 2700 para milho e 1800 para soja. Posição líquida De acordo com sua posição líquida para determinado vencimento no mercado futuro, classifica-se o participante como: short (vendido): quando o número de contratos vendidos é maior do que o número de contratos comprados; long (comprado): quando o número de contratos comprados é maior do que o número de contratos vendidos. É importante frisar que esse posicionamento líquido está referenciado em contratos de um mesmo vencimento de um mercado futuro Número de negócios e contratos negociados É a quantidade de transações efetuadas e liquidadas, sendo feitas com contratos de compra e venda. O número de contratos negociados, é o somatório de todos os contratos efetuados, sendo compra e venda, inclusive as oriundas de um mesmo agente. Preço de abertura, máximo e mínimo O preço de abertura é o primeiro negócio fechado em pregão. O mínimo e o máximo são divulgados para que o mercado conheça a oscilação do preço naquele dia. É preciso saber se o preço de fechamento ou de ajuste está mais próximo do preço máximo ou mínimo, pois isso pode indicar tendência de alta ou de baixa no dia seguinte. Oscilação máxima diária É a porcentagem máxima de oscilação, tanto para mais, quanto para menos que um ativo pode ter. Esse limite pode ser alterado, aumentando ou diminuindo, pelo Comitê de Risco da Bolsa em casos de necessidade. Cada contrato tem sua oscilação máxima preestabelecida, lembrando mais uma vez que estes valores podem ser alterados a qualquer tempo, a critério da BM&F. 9

Preço de ajuste É o do último negócio registrado durante o call de fechamento, que ocorre nos últimos 15 minutos de pregão do dia, ou a melhor oferta. Se não houver negociação no call de fechamento, o preço de ajuste será o do último negócio do dia. Se não houver negociação durante o dia, o preço de ajuste será a última oferta de compra. Call de fechamento é um leilão eletrônico realizado no encerramento do pregão para os contratos realizados durante o dia. Representa alternativa de definir o preço de ajuste com base no último preço praticado. Ajuste diário Mecanismo pelo qual vendedores e compradores acertam diariamente a diferença, anterior e atual, entre os preços futuros, de acordo com elevações ou quedas no preço futuro da mercadoria. Ao negociarem contratos para um mês futuro, se, no pregão subseqüente, o preço de vencimento em questão variar, vendedores e compradores deverão ajustar suas posições de acordo com a nova realidade, pagando ou recebendo um valor financeiro referente à variação do preço futuro. Margem de garantia É um instrumento de salvaguarda financeira utilizado pelo mercado futuro. Trata-se de depósito exigido de todos os clientes para cobrir o risco de suas posições, dentro de cenários preestabelecidos pelo Comitê de Risco da Bolsa. A margem pode ser: Títulos, ações, Fundo FIF BM&F/BB, cotas de fundos, dinheiro, CPR. A margem de garantia só será utilizada em caso de inadimplência do cliente devedor. Base É a diferença entre o preço de uma commodity no mercado físico e a cotação para o mesmo produto no mercado futuro. A base normalmente reflete custos de transporte entre o mercado local e o ponto de entrega especificado no contrato. Ela também reflete condições locais de oferta e demanda, estrutura de mercado, custos de estocagem, manuseio e impostos. A Base, é de total importância para determinar o preço real a ser entregue, ou recebido. Risco de Base Movimentos imprevisíveis relativos à base. Apesar de os preços futuros e a vista se moverem na mesma direção, esse movimento não é simultâneo e nem ocorre com a mesma intensidade. Dessa forma, o mercado futuro não elimina totalmente o risco relativo aos preços e, sim, o reduz. A operação de hedge no mercado de futuros não oferece proteção perfeita justamente pela existência do risco de base. Queda de Base Isso ocorre quando o preço futuro obtiver crescimento superior ao apresentado pelo preço a vista (ou quando o preço a vista apresentar queda maior que o preço futuro). Essa situação é positiva para aqueles que estão comprados em contratos futuros (long). 10

Aumento da Base Base e convergência de preços Isso ocorre quando o preço a vista do ativo possui aumento maior que o preço futuro (ou quando o preço futuro apresenta queda maior que o preço a vista). Tal situação beneficia os agentes que estão vendidos em contratos futuros (short). Quando o ativo que está sendo hedgeado for igual (em todos os aspectos) ao ativo subjacente do contrato, a base igualará a zero no dia de seu vencimento, pelo princípio da convergência e conforme prescrito pela teoria da arbitragem. Essa situação é comum nos mercados futuros financeiros. Há casos, nos mercados agropecuários, por exemplo, em que o ativo hedgeado pode diferir daquele que referencia o contrato futuro na qualidade ou na localização. Nesse caso, mesmo no dia do vencimento do contrato, preços futuros e a vista podem não coincidir. Futuro de Soja Especificações do contrato futuro de soja e milho ÚLTIMO DIA DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTO Nono dia útil anterior ao primeiro dia do mês de vencimento. MESES DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTOS Março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro e novembro. PREÇO DE REFERÊNCIA Preço posto armazém Paranaguá. LIQUIDAÇÃO DO CONTRATO Mediante entrega, em Paranaguá, ou financeira. OBJETO DE NEGOCIAÇÃO Milho em grão a granel, com odor e aspectos normais, duro ou semiduro, amarelo, da ultima safra, com máximo de 14% de umidade e máximo de 2% de impurezas na peneira de 5mm; máximo de 6% de grãos ardidos, mofados ou brotados; máximo de 12% de grãos quebrados, partidos ou chochos. UNIDADE DE NEGOCIAÇÃO 27 toneladas métricas ou 450 sacas de 60kg COTAÇÃO Reais por saca de 60kg Futuro de Milho Futuro de Milho ÚLTIMO DIA DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTO Sétimo dia útil anterior ao último dia do mês de vencimento do contrato. MESES DE NEGOCIAÇÃO/VENCIMENTOS Janeiro, março, maio, julho, setembro e novembro. PREÇO DE REFERÊNCIA Preço praça Campinas, SP. LIQUIDAÇÃO DO CONTRATO Armazéns credenciados BM&F, em caso de locais diferentes de Campinas, menos frete, ou financeira. 11

Hedge Hedge significa proteção, ou cobertura. O cliente que assim opta, faz uma espécie de seguro de preço na Bolsa, fixando antecipadamente o preço de compra ou de venda para a mercadoria no futuro. Ou seja, o valor que o agente define no contrato, será o valor que ele receberá no vencimento, não importando se o preço no mercado físico ficou maior, ou menor que o preestabelecido. Hedge de venda Feito geralmente pelo agente que detém a mercadoria, e pretende assegurar o preço na hora da entrega. Estratégia usada para evitar possíveis quedas de preço. Exemplo. Um produtor de milho de Campinas, pretende comercializar sua produção em Março de 2008 realizando hedge, vendendo contratos futuros, como ele deve agir? Hedge de compra Esta estratégia é usada por indústrias que usam a matéria prima, e que irão necessitar do produto para seu beneficiamento ou para seu comércio, como indústrias esmagadoras, cooperativas, agentes exportadores, frigoríficos, dentre outros. O risco cambial A estratégia é feita uma vez que este agente evita uma possível alta de preço. Câmbio Um risco que o comprador/vendedor da soja corre, é o de uma valorização, ou desvalorização da moeda nacional frente ao dólar. Com o real valorizado, o comprador tem na época de entrega, um menor capital gerado. Da mesma maneira, este risco existe para o vendedor, que pode perder com uma desvalorização da moeda nacional. Exemplo - Comprador: Início da operação Vencimento R$/US$ 2/1 R$/US$ 2,1/1 - Vendedor: Início da operação Vencimento R$/US$ 2/1 R$/US$ 1,9/1 12

Solução? COMERCIALIZAÇÃO Para ambas as pontas da operação, este risco de preço, pode ser excluído com um Hedge de câmbio. No caso do vendedor de soja, este compra contratos futuros de dólar. No caso do comprador de soja, este vende contratos futuros de dólar. FONTE: ICAgro. COMERCIALIZAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO VIA COOPERATIVAS FONTE: ICAgro. FONTE: ICAgro. ASPECTOS CONJUNTURAIS 13

Potencial de Terra Cultivável Área usada para Agricultura e Pecuária 450000 400000 350000 Potencial de Áreas não utilizadas Área Usada 300000 Area (1000 ha) 250000 200000 150000 100000 50000 0 Brasil USA Federação Russa India China União Européia Congo Australia Canada Argentina Sudão Angola Indonesia Nigéria FONTE: FAO 1975-1990 = 1,1% aa 1991-2000 = 2,6% aa 2001-2011 = 5,7% aa FONTE: IBGE FONTE: IBGE Produção Agrícola - Clientes Produção Consumo x Exportação Produção Agrícola 2013 187,0 MI/T. Produção Consumo x Exportação Destinos das Exportações Brasileiras Complexo de Soja e Milho (2010) 187,0 5º França 2,46 2º Holanda 9º Alemanha 5,10 1,58 (em milhões de toneladas) Belém (PA) Shangai (China) Rota: Canal do Panam á: 20.234,95 km ou 29 dias 3º Espanha 3,30 Belém (PA) Roterdam Rota: Direto: 7.741,36 km (Holanda) ou 11 dias Paranaguá (PR) Roterdam (Holanda) Rota: Direto, 10.282,30 km ou 15 dias Paranaguá (PR) Shangai (China) Rota: Cabo da Boa Esperança 20.577,57 km ou 31 dias 6ºIrã 1,86 4º Tailândia 2,46 10ºJapão 1,18 1º China 20,1 7º Taiwan 1,73 8º Coréia do Sul 1,60 Fonte: Anec(2010) 83 84 14

Porto de Paranaguá Movimentação total 2006 2015 (Milhões T.) FONTE: FUTURO 10 15

(Brasil) 16

MERCADO DO MILHO 17

MERCADO DO MILHO MERCADO DO MILHO MERCADO DO MILHO MERCADO DO MILHO MERCADO DO MILHO MERCADO DO MILHO 18

MERCADO DO MILHO MERCADO DAS CARNES MERCADO DAS CARNES MERCADO DAS CARNES 9,4 milhões de cb. : 2011 MERCADO DAS CARNES MERCADO DAS CARNES 19

MERCADO DAS CARNES MERCADO DAS CARNES Muito Obrigado! Odilio Sepulcri odilio@emater.pr.gov.br www.odiliosepulcri.com.br Telefone : (41)3250-2252 www.emater.pr.gov.br Curitiba, março de 2014. 20