APLICAÇÃO DE PROCESSO ELETROLÍTICO NA REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E DE CORANTES DE EFLUENTES INDUSTRIAIS



Documentos relacionados
I REMOÇÃO DE DQO E DE COR ATRAVÉS DO TRATAMENTO ELETROLÍTICO

Lista de exercícios de resistência ao cisalhamento dos solos

REMOÇÃO DE COR EM EFLUENTES INDUSTRIAIS

II-109 PÓS-TRATAMENTO DE EFLUENTE DE EMBALAGENS METÁLICAS UTILIZANDO REATOR DE BATELADA SEQUENCIAL (RBS) PARA REMOÇÃO DA DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO


UNIFEV MEDICINA - Segundo Semestre CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA

TRABALHOS DE VALIDAÇÃO TÉCNICA. Catalisadores enzimáticos para biodegradações para resíduos sólidos orgânicos.

Granalha De Aço Sablacier

Desenvolvimento e caracterização de filmes de TiO2 para aplicação como fotocatalisadores em processos oxidativos avançados

TECNOLOGIAS DE MICRO-GERAÇÃO E SISTEMAS PERIFÉRICOS. 6 Painéis Solares Fotovoltaicos

Questão 13. Questão 14. alternativa C

Vensis PCP. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

Palavras-chave: Polipropileno, degradação, extrusão reativa, 2,S-dimetil-2,S-di-(t-butil-peróxi)-hexano, 2,S-di-(butilperóxi)-hexino-3.

Sistema FlexNEC SS. Componentes e acessórios modulares para soluções em sistemas industriais de movimentação.

ISCTE. SOCIOLOGIA E SOCIOLOGIA E PLANEAMENTO Ano Lectivo 2003/2004 (2º Semestre) ESTATÍSTICA II. (Interpretação de Outputs de SPSS)

5. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO:

ESTUDO DO PROCESSO DE DIGESTÃO ANAERÓBIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS E APROVEITAMENTO DO BIOGÁS 1

RECUPERAÇÃO ELETROLÍTICA DE COBRE DE SOLUÇÃO CIANÍDRICA CONCENTRADA PROVENIENTE DE EFLUENTE INDUSTRIAL

OBJECTIVO. Ligação segura às redes públicas de telecomunicações, sob o ponto de vista dos clientes e dos operadores;

Questão 46. Questão 47. Questão 48. alternativa D. alternativa B. Dados: calor específico do gelo (água no estado sólido)...

3 Fundamentos do Comportamento dos Hidrocarbonetos Fluidos

Procedimentos Estéticos

3. TIPOS DE MANUTENÇÃO:

DISCIPLINA: Matemática. MACEDO, Luiz Roberto de, CASTANHEIRA, Nelson Pereira, ROCHA, Alex. Tópicos de matemática aplicada. Curitiba: Ibpex, 2006.

UHE SANTO ANTONIO. MARGEM ESQUERDA Análise crítica: Guilherme Todt S D- RT

Transformadores. Transformadores 1.1- INTRODUÇÃO 1.2- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

DETERMINAÇÃO DO ph DE FORMAÇÃO DO. COMPLEXO [ Fe(o-fen)3 ] 2+. Carmem D. Cardoso. Martha Bohrer Adaime e Nádia Suzana S. Vi aro.

QUARTA EXPERIÊNCIA DO LABORATÓRIO DE ONDAS TRANSFORMADORES DE QUARTO DE ONDA EWALDO ÉDER CARVALHO SANTANA JÚNIOR EE TURMA2

SOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO

Instruções para as apresentações científicas

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO MUNICÍPIO DE FORTIM, CEARÁ

Agenda. A interface de Agendamento é encontrada no Modulo Salão de Vendas Agendamento Controle de Agendamento, e será apresentada conforme figura 01.

RECUPERAÇÃO DE ZINCO E CÁDMIO DE RESÍDUO INDUSTRIAL POR LIXIVIAÇÃO/CEMENT AÇÃO

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica

Capítulo VII Projetos de eficiência energética em iluminação pública Por Luciano Haas Rosito*

wo 3, apresentaram extracões de até 99% de tunqstênio.

ISO 9001:2008 alterações à versão de 2000

SOGILUB.NET MANUAL DO UTILIZADOR

Escola de Minas. ** Escola de Farmácia Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto- MG, Brasil

VALIDAÇÃO DO MODELO DE ELETROCOAGULAÇÃO FLOTAÇÃO NO TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL VISANDO À REMOÇÃO DE DQO, UTILIZANDO REATOR EM BATELADA.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ATUAL

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS

é a introdução de algo novo, que atua como um vetor para o desenvolvimento humano e melhoria da qualidade de vida

Processo de envio de de marketing

Segmentação de Imagem

Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação FEEC. Pós-Graduação. Tópicos em Engenharia de Computação I

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Questão 1. Questão 3. Questão 2. Questão 4. Resposta. Resposta. Resposta. ATENÇÃO: Escreva a resolução COM- PLETA de cada questão no espaço reservado

Anexo 03 Recomendação nº 3: estatuto padrão, estatuto fundamental e contrato social

Regulamento para realização do Trabalho de Conclusão de Curso

4 MÉTODO DE CONTROLE DE CUSTOS

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia

Profa. Dra. Silvia M de Paula

Pesquisa Oficial de Demanda Imobiliária SINDUSCON Grande Florianópolis. NÃO ASSOCIADOS Apresentação

DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE ASSIMILAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA PARA A DISPOSIÇÃO FINAL DOS EFLUENTES DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS

Composição química dos seres vivos I

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

APLICAÇÃO DE EXPERIMENTOS FATORIAIS E DE MISTURAS NA OTIMIZAÇÃO DE COLETORES< 01 >

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS Cidade Universitária de Limeira

Soluções. Processo de Dissolução. Conceitos Soluções. Soluto e solvente. Curso: Química Industrial Professora: Liliana Lira Pontes

II LEITOS CULTIVADOS ( CONSTRUCTED WETLAND ): COMPARAÇÃO ENTRE VALORES OBTIDOS PARA UMA MESMA VAZÃO AFLUENTE EM ÉPOCAS DISTINTAS

Vamos estudar as características e determinações do potencial da pilha e dos potenciais padrões do eletrodo e da pilha.

Questão 31. Questão 33. Questão 32. Questão 34. alternativa B. alternativa D. alternativa B

Vensis Manutenção. Rua Américo Vespúcio, 71 Porto Alegre / RS (51) comercial@vensis.com.br

A nova metodologia de apuração do DI propõe que o cálculo seja baseado em grupos de taxas e volumes, não mais em operações.

Seckler Ferreira Filho Sidney 1

REMOÇÃO DE NITROGÊNIO DE UM EFLUENTE ANAERÓBIO DE ORIGEM DOMÉSTICA POR MÉTODO DE IRRIGAÇÃO EM SULCOS RASOS

Exercícios de Eletroquímica

Nome dos membros do grupo: Data de realização do trabalho:

SMART CONTROLE DO ESTOQUE DE GONDOLA

3 Aplicações dos Modelos de Análise de Crédito

EFEITO DA ROTAÇÃO DE CULTURAS SOBRE O TRIGO, EM SISTEMA PLANTIO DIRETO, EM GUARAPUAVA, PR 1. Resumo

Aula 11 Bibliotecas de função

Geoprocessamento integrado à gestão de propriedades rurais piloto COCAMAR em Jussara-PR Autor:

Proposta. Treinamento Lean Thinking Mentalidade Enxuta. Apresentação Executiva

Universidade Federal de Juiz de Fora. e Fitorremediação. Grupo: Juliana Brum Natália Buzinari Samuel l Ferraz Taimara Polidoro

APLICAÇÃO DO SOFTWARE ELIPSE E3 NAS USINAS HIDRELÉTRICAS ILHA SOLTEIRA E ENGENHEIRO SOUZA DIAS (JUPIÁ)

UMG 100. User Media Gateway to E1 and VoIP. Transcoding nos 30 canais. Cancelamento de eco. Suporte SNMP. CDR personalizável

2 Modelagem da previsão de atenuação por chuvas em enlaces GEO

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES CIRCULAR AC Nº 07/2015

NO NORDESTE DO BRASIL (PERIODO ) Maria Marle Bandeira 1 Juan Carlos Ceballos;'~ e Bernardo Barbosa da Silva 2

Eixo Temático ET Tratamento de Efluentes Sanitários e Industriais

DISCIPLINA: Matemática e Matemática Aplicada

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA FLOTAÇÃO POR AR DISSOLVIDO PARA CLARIFICAÇÃO DE ÁGUA COM BAIXA TURBIDEZ

Projetos, Programas e Portfólios

ENSAIO COMPARATIVO PRELIMINAR DE ARROZ DE SEQUEIRO FAVORECIDO-1984/85. O Ensaio Preliminar tem como objetivo selecionar materiais promiss~

A V ALIAÇÃO DAS VARIÁ VEIS ENVOLVIDAS NA PRODUÇÃO DE DIÓXIDO DE MANGANÊS ELETROLÍTICO (DME)

5. Lista de Exercícios - Amplificadores e Modelos TBJ

Unidade 7: Sínteses de evidências para políticas

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa B

Versão 14.0 Junho Contato: Representação mais detalhada da operação em cada estágio: 21 blocos

INDICE DE PREÇOS TURISTICO. Desenvolvido no quadro do Programa Comum de Estatística CPLP com o apoio técnico do INE de Portugal

SEJAFERA APOSTILA EXERCÍCIOS / QUESTÕES DE VESTIBULARES. Matrizes e Determinantes

Multiplataforma expansível que oferece. a exclusiva tecnologia ELOS. Sinergia da Luz e Radiofrequência

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS UTILIZANDO O MÉTODO ELECTRE TRI

Relatório de CCU. 2010/ Aula 1. iservices for the Elderly. Grupo 8. Tiago Castelo Nº Diogo Lacerda Nº João Nunes Nº 54285

Capítulo V. Técnicas de Análise de Circuitos

NORMAS PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO (ESO)

Transcrição:

VI SHMMT I XVIII ENTMME- 01 -Ri de Janeir/Brazil APLICAÇÃO DE PROCESSO ELETROLÍTICO NA REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E DE CORANTES DE EFLUENTES INDUSTRIAIS Ana Cristina Lurenç da Silve/, rwbela Bellt de Suza Wile, Olav Barbsa Filh 3 1 Dutranda d Departament de Ciências ds Materiais e Metalurgia- DCMM/PUC-Ri, Rua Marquês de Sã Vicente, 225, sala 501-L, Gávea, Ri de Janeir, RJ, CEP: 22453-900, Tel: (21)594-9512 I FAX: (21)511-2196-- e-mail: aclsilva@dcmm.puc-ri.br 2 Dutranda d Departament de Engenharia Química/USP, A v. Lucian Gualbert, 3, Trv. 3, Sã Paul, SP, Cep: 05508-900, Te!: (11 )3818-2237 I FAX: (11 )3813-23 e-mail: isabclawill @zipmail.cm.br 3 Prfessr Assistente Dutr d DCMM/PUC-Ri, Rua Marquês de Sã Vicente, 225, sala 501-L, Gávea, Ri de Janeir, RJ, CEP: 22453-900, Te!: (21)594-9512 I FAX: (21)511-2196- e-mail: barbsa@dcmm.puc-ri.br RESUMO O prcess eletrlític pde se cnstituir numa alternativa tecnicamente viável para tratament de et1uentes industriais, mesm cm alguns cass ns quais s trataments cnvencinais nã sã eficientes, cm, pr exempl, etluentcs cm presença de cmpsts recalcitrantes u de substâncias tóxicas e/u inibidras ds prcesss bilógics. Ademais, a grande t1exibilidade d tratament eletrlític permite a sua aplicaçã em situações em que crrem grandes flutuações de vazões e/u de carga rgânica. O presente trabalh teve cm bjetiv estudar a viabilidade técnica da aplicaçã d tratament eletrlític na remçã de matéria rgânica e de crantes de et1uentes industriais. Em ambs s cass estudads, prcediment experimental cnsistiu de ensais de tratament eletrlític, realizads em reatares em batelada utilizand eletrds reativs de aç carbn (ABNT 10) u de alumíni. Os efeits ds seguintes parâmetrs fram avaliads: tip de material d elctrd, distância entre as placas, cndutividade especítica da sluçã, ph e variaçã d ptencial aplicad. Para a avaliaçã d prcess eletrlític, na remçã de matéria rgânica, utilizu-se um et1uente de uma indústria de laticínis. N cas da avaliaçã d prcess eletrlític na remçã de crantes, utilizaram-se sluções sintéticas de crantes sulfurss. Os resultads btids indicam que prcess eletrlític, nas cndições peracinais estudadas, é uma alternativa tecnicamente viável para a remçã de matéria rgânica d etlucnte estudad e de crantes sulfurss. A remçã de matéria rgftnica btida variu entre 60% e %, em terms de DQO, para s dis tips de material de eletrd. A remçã de crantes ticu acima de 96%, utilizand s dis tips de material de eletrd. INTRODUÇÃO O prcess eletrlític pde se cnstituir numa alternativa tecnicamente viável para tratament de efluentes industriais, mesm em alguns cass ns quais s trataments cnvencinais nã sã eticientes, cm, pr exempl, et1uentes cm presença de cmpsts recalcitrantes u de substâncias tóxicas e/u inibidras ds prcesss bilógics. Ademais, a grande t1exibilidade d tratament eletrlític permite a sua aplicaçã em situações em que crrem grandes t1utuações de vazões e/u de carga rgânica (WIENDL, 1998). Em cass cm s enumerads, prcess eletrlític pde se mstrar uma alternativa tecnicamente viável, além de nã depender ds parâmetrs peracinais relacinads cm metablism bacterian (BECK et al., 1974; CENKIN e BELEVTSEV, 1985; DO e CHEN, 1994; FURR, 1992; LIN e PENG, 1994, SIFUENTES, 1992; UHRICH e DEMMIN, 1988). O presente trabalh tem cm bjetiv estudar a viabilidade técnica da aplicaçã d prcess eletrlític na remçã de DQO e de cr a partir de um et1uente de uma indústria de laticínis e de sluções sintéticas de crantes têxteis sulfurss, respectivamente. A indústria de laticínis crrespnde a uma parcela imprtante da indústria de aliments. A prduçã de leite e seus derivads gera etluentes que sã grandes fntes de pluiçã devid a seu alt ter de carga rgânica (ROSTON, 1985). N cas da in,dústria têxtil, a elevada clraçã devid à presença de crantes é um ds principais 425

Ana Cristina Lurenç da Silva, Isabel a Bellt de Suza Will, Olav Barbsa Filh prblemas assciads as et1uentes gerads (COOPER, 1985). MA TERIA IS E MÉTODOS Fnte de Crrente Cntínua Em ambs s cass estudads, prcediment experimental cnsistiu de ensais d prcess eletrlític, realizads em reatares de batelada utilizand eletrds reativs de aç carbn (ABNT 10) u de alurrúni. Os efeits ds seguintes parâmetrs fram avaliads: tip de material d eletrd, distância entre as placas, cndutividade especítica da sluçã, ph e variaçã d ptencial aplicad. N estud de remçã de carga rgânica, et1uente utilizad fi frnecid pela Indústria de Laticínis Cperativa Central ds Prdutres de Leite Ltda. - C.C.P.L., Fábrica Eduard Duvivier, lcalizada n municípi de Sã Gnçal, RJ. A avaliaçã da eficiência d prcess eletrlític n tratament deste etluente baseu-se n parâmetr DQO - Demanda Química de Oxigêni. A DQO é uma medida d xigêni equivalente da quantidade de matéria rgânica de uma amstra, que é susceptível à xidaçã pr um frte agente xidante, tend sid analisada de acrd cm prcediment descrit na seçã 52D, d "Standard Methds fr the Examinatin f Water and Wastewater'', que cnsiste num métd clrimétric, em retlux fechad (AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION, 1975). N estud de remçã de cr, fram utilizadas sluções sintéticas ds f!rantes sulfurss Azul Sdyesul 2GBB ECO líquid e Castanh Sdyesul 7RB ECO líquid, prduzids pela CLARIANT S.A. e gentilmente cedids pel Centr de Tecnlgia da Indústria Química e Têxtil - CETIQT/SENAI. As sluções fram preparadas cm 500 mg/l de crante, 500 mg/l de Antixidante E (CLARIANT S.A.) e 100 mg/l de NaOH. A avaliaçã da eficiência de remçã de cr fi feita através de mediçã de absrbância das sluções. A absrbância fi determinada pr um espectrftômetr PERKIN ELMER, mdel Lambda 12, utilizand cubetas de vidr ótic especial HELLMA Tip 100-0S. Os equipaments utilizads ns ensais de tratament eletrlític estã esquematicamente apresentads na Figura 1 e cnsistem de: uma célula eletrlítica, uma fnte de crrente cntínua marca TECTROL mdel TCA 15-30 BR IA, uma placa agitadra marca CORNING e um medidr de ph marca MICRONAL mdel B371. Sluçã d Cmnle Figura 1 -Esquema d prcess eletrlític. Pta.:e Aç11 tadra CéJia Eletrblica A célula eletrlítica cnsiste de um recipiente de acrílic cm capacidade de 2,0 litrs, n qual sã inserids verticalmente dis eletrds (c a td e and ). Estes eletrds sã placas de aç carbn (ABNT 1 0), cm dimensões de 13,4 cm de altura e 14,5 cm de largura (cm espessura de 0,5 mm), u placas de alumíni, cm dimensões de 16,1 cm de altura e 14,5 cm de largura (cm 1 mm de espessura). As placas fram separadas pr espaçadres (cm 0,5 cm de cmpriment cada), que permitiam a variaçã da distância entre elas. RESULTADOS DOS ENSAIOS DE TRATAMENTO ELETROLÍTICO As bservações experimentais ds efeits ds parâmetrs estudads sã apresentadas a seguir: Efeit d tip de material ds eletrds (alumíni e aç carbn) na eficiência d prcess eletrlític As remções de carga rgftnica, n etluente de laticínis, fram semelhantes para s dis tips de elctrds, u seja, de alumíni u de aç carbn (Figura 2). Para a sluçã de crante castanh, resultads de eficiência de remçã de cr semelhantes fram bservads cm eletrds de alumíni e aç carbn (Figura 3). Para a sluçã de crante azul, bservu-se mair eticiência cm eletrds de aç carbn em ph 7,0 e cm eletrds de alumíni em ph 5,0 (Figura 4). 426

VI SHMMT I XVIII ENTMME- 01 -Ri de Janeir/B:azil Efeit da distância entre placas (eletrds) na eficiência d prcess eletrlític A distância entre placas que pssibilitu melhr remçã de carga rgânica fi de 1,O cm (Figura 5) para s dis materiais de eletrds (alumíni e aç carbn). A distância entre placas que pssibilitu melhr remçã de crantes (castanh e azul) fi de 1,5 cm (Figura 6), utilizand eletrds de aç carbn smente. 100..... " 07 j te.. ph 5,0 ph 7,1) O "" 60 E Ql a: <!. 40 AI Fe AI Fe ph 4,5 ph6,0 Figura 4 - Cmparaçã entre eletrds de alumíni e aç carbn quant à eficiência de remçã de crante azul. Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, distância entre eletrds = 1,5 cm, temp de eletrólise = min. I Aluntli --Aç carb I (a) 60.,-----------------, Figura 2 - Cmparaçã entre eletrds de alumíni e aç carbn quant à eticiência de remçã de carga rgânica (efluente de laticínis). Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, distância entre eletrds = 1,O cm, temp de eletrólise = 15 min. 50 040 "" 8" a: " E30 10... -... ---------------., (.) 100 BO 60 '" <.> E 40 rr. r.: ph 5,0 ph 7,0 0+-------.-----r---- 1,25 1,5 1,75 2 Distância ertre as placas (cm) Figura 5 - Efeit da distância entre placas na remçã de carga rgamca (etluente de laticínis). Cndições experimentais: ddp = 4,0 V, ph = 6,0, temp de eletrólise = 15 min. l--castanh...,... Azul I ligura 3 - Cmparaçã entre eletrds de alumíni e aç carbn quant à eficiência de remçã de crante castanh. Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, distância entre eletrds = 1,5 cm, temp de eletrólise = min. 1.75 2 Distância entre Placas (cm) Figura 6 - Efeit da distância entre placas na remçã de crantes sulfurss (castanh e azul) cm eletrds de aç 427

Ana Cristina Lurenç da Silva, Isabela Bellt de Suza Will, Olav Barbsa Filh carbn. Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, ph inicial = 7,0, temp de eletrólise = 10 min. 100 I-11-Aiumlni --.r-aç Carbn I..,.._.:..-. --- - 1 :::a=:=:::i Efeit da cndutividade específica na eficiência d prcess eletrlític As cndutividades específicas das amstras de efluente de laticínis fram inicialmente ajustadas cm Na 2 S0 4 para s seguintes valres: 2,2; 4,15; 6,42 e 10,37 ms.cm 1 Para s dis tips de material de eletrd, aument da remçã de carga rgânica, devid a aument da cndutividade específica, crreu até cert pnt, frmand um patamar de remçã, qual prvavelmente crrespnde a DQO dis'slvida (Figura 7). N estud d efeit da cndutividade das sluções sintéticas de crantes castanh e azul, verificu-se que aument da cndutividade (cm a adiçã de clret de sódi) prduziu um aument da eficiência de remçã de crante, cm eletrds de alumíni e aç carbn (Figuras 8 e 9). Este fat favrece tratament de efluentes têxteis pel prcess elctrlític, vist que estes efluentes nrmalmente apresentam altas cndutividades. Efeit d ph inicial na eficiência d prcess eletrlític Cm eletrd de alumíni, verificu-se que aument de ph d etluente de laticínis, na faixa estudada (entre 4,5 e 7,0), causu uma diminuiçã na remçã de carga. rgânica. N cas ds eletrds de aç carbn, aument de ph, na mesma faixa mencinada, causu um aument na remçã de carga rgânica (Figura 10). Observu-se uma faixa de ph ótima entre 5,0 e 6,0 para remçã de crante castanh, enquant que para a sluçã de crante azul, bteve-se uma remçã de aprximadamente 99% na faixa de ph de 5,0 a 9,0 (Figura 11). 1-.-- Alurrí1i _,._Aç carbn j "" 70,----------------------------------------. 00 50 g"40 E Ql a: 30 " 10 '.. /..-r,&.-- -=.....:i :... l' 0----------,----------------- 2 4 6 8 10 12 Cnduti..;dade especifica (ms/cm). (.) 60 " 40 a: ;! Cndutividade especifica (ms/cm) Figura 8 - Efeit da cndutividade específica na remçã de crante sulfurs castanh. Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, ph inicial= 5,0, temp de eletrólise = min.. (J 60 " a:: ;! 1--Aiumlni ---;;-Aç Carbn-- 100 --u uuuuunnuuu-.. _ :::._..._ _,.._._._._._._._,._,,, BO 40 Cndutividade especrnca (ms/cm) Figura 9 - Efeit da cndutividade específica na remçã de crante sulfurs azul. Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, ph inicial= 5,0, temp de eletrólise = min. 85 tg 75 <.> E 70 Ql a:?fl. 65 60 55 4 1-.-Aiumhi _._Aç carbn].------------- 5 6 ph,----- 7 8 Figura 10 - Efeit da variaçã de ph na remçã de carga rgftnica (et1uente de laticínis). Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, temp de eletrólise = 15 min. Figura 7 - Efeit da cndutividade específica da sluçã na remçã de carga rgânica (et1uente de laticínis). Cndições experimentais: ddp = 4,0 V, ph = 6,0, temp de eletrólise= 15 min. 428

VI SHMMT I XVIII ENTMME- 01 -Ri de Janeir/Brazil!Azul-..- Castanh I! -e-azul.,._ castanh! 1 (j 99 "O "' 98 - E 97 ([ "' * 96 95+-----------------,------- 7, Figura 11 - Efeit da variaçã de ph na remçã de crantes (cm eletrds de aç smente). Cndições experimentais: ddp = 5,0 V, temp de eletrólise = 1 O min. Efeit da diferença de ptencial aplicada (ddp) na eficit:ncia d prcess eletrlític Cm efluente de laticínis, para s dis materiais de cletrds, ver i ficu-se a tendência à frmaçã de um patamar cm aument da ddp, representand a carga rgftnica residual, cnstituída basicamente de cmpsts rgünics disslvids (Figura 12). A presença deste patamar de DQO residual indicu que smente material rgünic em suspensã fi efetivamente remvid. Cm as sluções de crantes, s resultads indicaram que a ddp ótima para peraçã d reatr eletrlític fi de 5,0 V, na qual se bservu uma remçã de cr de aprximadamente 97'Jf para a sluçã de crante castanh c acima de 9R'; para a sluçã de crante azul (Figura 13). Alumhi ph=4,5 n - Aç carn ph=7,0 I 90 ------ - 70 60 '"' g-s E 21! 40 30 10 ph ' ------...------- ------ ---- ---- --- -----------------1 2 3 4 5 6 7 8 Ptencial aplicad (V) Figura 12 - Efeit da variaçã da diferença de ptencial aplicada na remçã de carga rgünica, para s eletrds de alumíni c aç carbn. Cndil;õcs experimentais: ph = 4,5 (eletrds de alumíni), ph = 7,0 (elctrds de aç carbn), temp de eletrólise = 15 min. " 'O - 60 100. ::: :::;:::. : t.. -. -... /,. a: 40 ;1. / _...------/ / ( I Ptencial aplicad (V) 10 12 Figura 13 - Efeit da variaçã da diferença de ptencial aplicada na remçã de crantes sulfurss (castanh e azul), cm eletrds de aç carbn. Cndições experimentais: ph inicial = 8,0, temp de eletrólise = \0 rnin. CONCLUSÕES Os resultads btids indicam que prcess eletrlític, nas cndições peracinais estudadas, é uma alternativa tecnicamente viável para a remçã de DQO cm suspensã c de cr relacinada cm s crantes sulfitrss. O percentual de remçã de carga rgànica d etluente da indústria de laticínis variu de acrd cm a DQO inicial das amstras cletadas. As características ds etluentes da indústria de laticínis variaram de acrd cm s períds de amstragem, variações essas muit cmuns neste tip de indústria. O percentual de remçã fi de 60 a %, em terms de DQO. Os dis tips de material de elctrd (alumíni e aç carbn) fram igualmente eficientes na remçã da carga rgünica em suspensã. Os resultads de remçã de cr, cm um temp máxim de eletrólise de minuts e uma diferença de ptencial aplicada de 5,0 V, fram de aprximadamente 97% para a sluçã de crante castanh e de 99% para a sluçã de crante azul cm eletrds de aç, enquant que cm eletrds de alumíni, a remçã de cr fi de aprximadamente 96% para as sluções ds dis crantes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMERICAN PUBLIC HEAL TH ASSOCIA TION, Standard M ethds fr the Examinatin f Water and Wastewater, APHA-WPCF, 14 ed., 1975. 429

Ana Cristina Lurenç da Silva, Isabela Bellt de Suza Will, Olav Barbsa Filh BECK, E.C., GIANNINI, A.P., RAMIREZ, E.R. "Eiectrcagulatin Clarifies Fd W astewater", Fd Technlgy, pp. 18-22, Feb. 1974. CENKIN, V.E., BELEVTSEV, A.N. "Electrchemical Treatment f Industrial Wastewater", Effluent and Water Treatment Jurnal, v. 25, pp. 243-247, Jul. 1985. COOPER, P., Clur in Dyehuse Efjluent, England, Sciety f Dyers and Clurists, 1995. DO, J.S., CHEN, M.L. "Declurizatin f Dye-Cntaining Slutins by Electrcagulatin", Jurnal f Applied Electrchemistry, v. 24, n. 8, pp. 785-790, 1994. FURR, B.W. 'The Use f an Electrchemical Cell t Declrize Dye Wastewater". ln: Internatinal Cnference & Exhibitin, Bk f Papers, AATCC, pp. 38-41, 1992. LIN, S.H., PENG, C.F. "Treatment f Textile Wastewater by Electrchemical Methd", Water Research, v. 28,n.2,pp.277-282, 1994. ROSTON, D.M. Estud sbre Tratament de Águas Residuárias de Laticínis, Tese de MSc, Faculdade de Engenharia Agrícla, UNICAMP, 1985. SIFUENTES, E.L.S.E. Estud d Tratament Eletrlític das Águas Residuárias de uma indústria de Petróle. Tese de D.Sc., UNICAMP, Campinas, SP, 1992. UHRICH, KD., DEMMIN, T.R. "Eiectrchemical Treatment f Textile Wastewater". ln: Intern. Cnf. & Exhibitin, Bk f Papers, AA TCC, p. 97-99, 1988. WIENDL, W.G. Prcesss Eletrlítics n Tratament de Esgts Sanitáris, ABES, RJ, 1998. 430