Justificativa para novas abordagens de treinamento de força no futebol.

Documentos relacionados
DP de Estudos Disciplinares Treinamento Personalizado e Musculação

Treinamento de força, potência e velocidade muscular no esporte

24/02/2018. Fisiologia neuromuscular. Treinamento personalizado e musculação. Potencial de ação

Processo para o ensino e desenvolvimento do futebol e futsal: ESTÁGIOS DE INICIANTES, AVANÇADOS E DE DOMÍNIO

Prof. Esp. Ricardo de Barros

Potência Muscular. O que é Potência? O treino de potência nos JDC. EDUARDO ABADE Março Eduardo Abade.

Disciplina: Avaliação da Adaptação Muscular ao Treinamento de Força: Métodos Indiretos

CAPACIDADES FÍSICAS CAPACIDADE

Crescimento e Desenvolvimento Humano

JDC Potência Muscular. Potência Muscular. Potência Muscular POTÊNCIA. Prescrição do treino. Prescrição do treino O que é Potência?

Se você julga as pessoas, não tem tempo de amá-las. (Madre Teresa de Calcutá)

Por que usamos séries e repetições?

FUNCTIONAL TRAINING COACH I (FEV 2017) - PORTO

Se você julga as pessoas, não tem tempo de amá-las. (Madre Teresa de Calcutá)

Combinação das cargas de treinamento no processo de preparação desportiva Carga ondulatória durante o processo de preparação desportiva...

Prof. Ms. Sandro de Souza

Prof. Me Alexandre Rocha

Proprioceptores. Proprioceptores

A FORÇA NO FUTEBOL. Abril

Ciclos de Treinamento. Ricardo L. Pace Jr.

ESTRUTURA E PREPARAÇÃO DO TREINAMENTO RICARDO LUIZ PACE JR.

Memória. Dr. Fábio Agertt

Adaptações Metabólicas do Treinamento. Capítulo 6 Wilmore & Costill Fisiologia do Exercício e do Esporte

ESCOLA DE FUTEBOL PLANET SOCIETY

3.Resistência Anaeróbia

UM EXPERIMENTO PRELIMINAR SOBRE A INFLUÊNCIA DOS JOGOS DIGITAIS NO DESEMPENHO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I

Prezados pais e responsáveis da FCBEscola Rio de Janeiro,

Tipos de Treino de Força

FORÇA E POTÊNCIA! O Levantamento de Peso Olímpico (LPO) para o esporte.

FORÇA E POTÊNCIA! O Levantamento de Peso Olímpico (LPO) para o esporte.

Periodização Táctica

Prof. Dr. Bruno Pena Couto Teoria do Treinamento Desportivo. Encontro Multiesportivo de Técnicos Formadores Solidariedade Olímpica / COI

Metodologia do Treino

FORMAÇÃO DE TREINADORES GRAU I METODOLOGIA DE TREINO

Ações e Mecanismos do Jogo Individual

ARTIGO Psicologia Clínica, Esportiva ou Coaching Esportivo - Entenda as diferenças e semelhanças das formas de atendimento.

Autores que defendem que a ginástica seja ensinada com mais frequência nas escolas recomendam que o professor de Educação Física

PROCESSO SELETIVO PROGRAMA MONITORIA LAZER E ESPORTE- 2018/2019

TEORIA DO TREINAMENTO DE NATAÇÃO

O TREINO DE UM(a) JOVEM MEIO- FUNDISTA

Informações de Impressão

Voltar. Público: 6º ano ao Ensino Médio. Público: 2º ano ao Ensino Médio

SISTEMA NEUROMUSCULAR. Prof.ª Ana Laura A. Dias

TREINO FUNCIONAL: FT COACH II CORE PERFORMANCE (JUN 2017) - PORTO

11/04/2011 Prof. José Figueiredo Minicurso um: UFRN NA COPA

CORPO E MOVIMENTO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

Fase do movimento Fundamental e Especializado A base para a utilização motora

Princípios Científicos do TREINAMENTO DESPORTIVO AULA 5

Efeito das variações de técnicas no agachamento e no leg press na biomecânica do joelho Escamilla et al. (2000)

Quanto mais se tem, mais se busca!!!!!

ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA LEANDRO NASCIMENTO BARBOSA ADAPTAÇÃO NEURAL AO TREINAMENTO DE FORÇA

GABARITO DO CURSO BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA CONHECIMENTOS GERAIS 01 A 02 E 03 A 04 E 05 D 06 B 07 ANULADA 08 B

Área dos Conhecimentos. 7º Ano. 3º Período

Encéfalo. Aula 3-Fisiologia Fisiologia do Sistema Nervoso Central. Recebe informações da periferia e gera respostas motoras e comportamentais.

VELOCIDADE VELOCIDADE - SÍNTESE 13/04/2015 PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS OPERACIONALIZAÇÃO PRÁTICA. Introdução. Definição. A Velocidade no Futebol

PHYSIOTHERAPY EXERCISE (NOV 2017) - PORTO

DESAFIE SUA MENTE 1. Diole Bibiana Prates De Almeida 2, Eugenia Francisconi Reimann 3, Bruna Maçalai 4, Marlene Terezinha Von Mhüler Corneau 5.

Dra Nadia Bossa PALESTRA DISTÚRBIOS DE ATENÇÃO E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Planificação Anual PAFD 10º D Ano Letivo Plano de Turma Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva

CONTROLE MOTOR: DA ATIVIDADE REFLEXA AOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS I - MEDULA ESPINAL -

FUNCTIONAL TRAINING COACH I (JAN 2016) - PORTO

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO NO FUTEBOL: do treino ao jogo. Gibson Moreira Praça Departamento de Esportes EEFFTO/UFMG

METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL DE SALÃO. Osvaldo Tadeu da Silva Junior

Treinamento resistido. Aula 3 Prof. Dra. Bruna Oneda 2013

O macrociclo. Teoria de Matveiev Prof.: Msd.: Ricardo Luiz Pace Júnior

Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem Motora. Profº Gil Oliveira

Sistemas: Distribuição ordenada dos componentes de uma equipe em quadra, visando facilitar a aplicação das diferentes manobras.

Escola Especial Renascer APAE - Lucas do Rio Verde - MT. Futsal Escolar

FORMMA. Equipamentos Fitness

Lucas Hernandes Moreno Atividade Científico-cultural Museu do Futebol

FUTSAL NAS CATEGORIAS DE BASE. CONSTRUÇÃO DO JOGO DEFENSIVO: Conceitos e atividade práticas

FICHA DO PROJECTO. Desporto para todos. Fundação Aragão Pinto - IPSS

Curso de Treinadores de Futebol UEFA C - Raízes / Grau I Cursos Novo Regime /2016. Componente de Formação Geral Didática do Desporto

(CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM BIOMECÂNICA) CONTROLE MOTOR

17/05/2017 PAPEL DOS SISTEMAS SENSORIAIS NO CONTROLE MOTOR SOMÁTICO PAPEL DOS SISTEMAS SENSORIAIS NO CONTROLE MOTOR SOMÁTICO

BIOMECANICOS BIOQUIMICOS FISIOLOGICOS MECANICOS

Prof. Dr. Bruno Pena Couto PLANEJAMENTO A LONGO PRAZO (PERIODIZAÇÃO) Encontro Multiesportivo de Técnicos Formadores Solidariedade Olímpica / COI

Alongamento muscular. Prof. Henry Dan Kiyomoto

CAPACIDADES MOTORAS:

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM GESTÃO ESCOLAR

27. (CONCURSO MAURITI/2018) Sobre o esporte participação é incorreto afirmar. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

FORZZA. Equipamentos Fitness

TREINAMENTO E ENSINO. José Elias de Proença

A evolução natural deu ao cérebro humano muitas características desejáveis que não estão presentes na máquina de von Neumann:

INFORMAÇÃO-PROVA PROVA DE AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS E CAPACIDADES Componente Específica Educação Física. Código da Prova /2015

Iniciação esportiva. Esporte. Comportamento livre, espontâneo e expressivo. Altamente organizados e competitivos.

Introdução. A relevância do futebol como aspecto pedagógico no ensino fundamental (5ºsérie à 8ºsérie).

Desenvolvimento Motor de 5 a 10 anos ACADÊMICOS: FERNANDO FÁBIO F. DE OLIVEIRA CARLOS ALEXANDRE DA SILVA ALEXIA REGINA KURSCHNER

ANO LETIVO 2018/ GRUPO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Curso de Treinadores de Futebol UEFA C - Raízes / Grau I. Componente de Formação Geral Didática do Desporto (2)

Curso : Corrida de Rua Aprenda a Construir Planilhas Eficientes e Personalizadas

Página 2 - Pentatlo Moderno - (Leticia Tormente) Página 3 e 4 - Polo Aquático - (Isabelly do Patrocinio) Página 6 - Remo - (Bianca Almeida)

DANIEL VALPAçOS Daniel Valpaços é Osteopata e Pós-graduado em Osteopatia Pediátrica e Desportiva.

Page 1 O PAPEL DAS ATIVIDADES MOTORAS NO TRATAMENTO DA ASMA CRIANÇA ATIVIDADES MOTORAS ADAPTADAS IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular TEORIA E PRÁTICA DO TREINO DESPORTIVO Ano Lectivo 2014/2015

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2016 /2017

Questões dos 8 anos

METODOLOGIAS DE ENSINO DO HANDEBOL E O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Transcrição:

Justificativa para novas abordagens de treinamento de força no futebol. Introdução. De alguns anos para cá, muitas metodologias importadas da Europa vêm tomando conta do cenário de treinamento no futebol nacional. A maioria destas metodologias são consideradas mais especificas pois foram pensadas para o desenvolvimento do futebol e não para esportes individuais. As metodologias tradicionais perduram por muito tempo no futebol e são oriundas de adaptações de outras metodologias especialmente do atletismo, e promovem a divisão do treinamento nas componentes física, técnica, tática e outras. Tornaram-se então, com o passar dos anos, verdades absolutas, onde os treinos são analíticos e descontextualizados para o desenvolvimento de cada uma destas partes e acredita-se que o somatório destas partes representaria alcançar um bom nível de jogo. Deve-se levar quem consideração que todos os métodos apresentam resultados positivos, porém a questão vai além do resultado, nossa preocupação é otimizar tempo e trabalho afim promover um treinar ideal, e não máximo. Logo, as metodologias contemporâneas vêm encontrando de embasamentos teóricos na ciência moderna, e com o treinamento de força não é diferente. Por isso, a seguir, apresentamos algumas justificavas teóricas para a introdução de uma abordagem holística e sistêmica ao treinamento de força. Plasticidade Neural Diversas linhas de investigação têm surgido no âmbito da neurociência, dentre as quais podemos destacar o interesse particular de leigos e cientistas em conhecer como ocorre o processo de aprendizagem e as transformações cerebrais nele inserido. No campo da neurociência esta capacidade de aprendizado vem sendo atribuída de maneira contundente a plasticidade neural. A plasticidade neural é um processo associacionista, que em boa parte é determinado pela melhoria da eficiência das sinapses neuronais, devido ao aumento dos neurotransmissores e melhora na sincronização dos potenciais de ação.

Um grande exemplo foi verificado em um estudo que envolveu o craque Neymar Jr. Neste estudo, foram testados quatro atletas profissionais de futebol, um atleta de futebol amador e dois nadadores. A avaliação consistiu na realização de um exame de ressonância magnética funcional durante um movimento específico do tornozelo. Os resultados demonstraram que o Neymar Jr ativou uma menor área do córtex cerebral, ou seja, necessitando de uma menor intensidade cerebral, para realizar o mesmo movimento que os demais atletas. Isto nos leva a imaginar que o atleta é capaz de durante uma tarefa motora, analisar outras situações do meio ambiente para solucionar o problema, uma vez que, com um menor esforço cognitivo para realizar uma tarefa, o córtex cerebral pode processar outras informações simultaneamente. O que nos leva a crer que as experiências (treinamentos) vividas durante a formação do atleta criaram marcas positivas ligadas e este tipo de movimento (comum ao desporto futebol), fazendo com que ele melhore as sincronizações e coordenações neurais durante o jogo ou atividade, o que pode ser associado a uma melhor eficiência para tal atividade. Estas marcas positivas que geram adaptações especificas evidenciam a plasticidade do nosso sistema nervoso em se adaptar de acordo com o padrão motor mais frequente, e ao invés de gerarmos mais força, geramos respostas mais rápidas e eficazes. Coordenação Intramuscular A coordenação intramuscular, de forma simples é a capacidade do próprio músculo de recrutar simultaneamente mais unidades motoras e assim gerar mais força. Logo, é vista como um dos principais meios de ganho de força e consequente melhoria das capacidades motoras. O fato de relacionar as adaptações neurais com a melhora da sincronia de ativação das unidades motoras, a velocidade e número das mesmas unidades recrutadas, com o movimento ou tarefa a cumprir, explica em parte o porquê dessa afirmação. Quanto melhor a sincronia entre as unidades motoras envolvidas na atividade maiores serão os níveis de produção de força durante a tarefa motora, assim como quanto mais específico for a atividade em relação ao esporte praticado, melhor será a adaptação para essa mesma pratica.

Podemos dizer que quanto mais unidades recrutadas mais auxilio para realizar a tarefa ou atividade teremos. A mesma afirmação pode ser utilizada para a velocidade da ação muscular, ou seja, este padrão também varia de acordo com a adaptação especifica da atividade. Podemos justificar este fato ao vermos que indivíduos não-treinados não conseguem realizar tarefas motoras simples como, chutar uma bola de fora da área, mas após algumas sessões de treino já conseguem realizar esta tarefa. Esta melhora de desempenho pode ser atribuída a uma melhora no recrutamento das unidades motoras e consequentemente melhora da força. Um exemplo interessante é quando um jogador de futebol é comparado com a um levantador olímpico, não teremos dúvidas que os melhores resultados de força serão alcançados pelos levantadores, porém ao colocarmos os dois para disputarem uma bola em um campo de futebol, ninguém tem dúvidas que o jogador de futebol ganharia, certo? Mas como, se o levantador é mais forte? Neste sentido é importante ressaltar que a força isolada não serve de nada, pois a especificidade da força do jogador gera o recrutamento máximo para aquele tipo de atividade e não para levantar uma barra, assim como o treino de força na academia não tem nenhum tipo de transferência para o campo. Coordenação Intermuscular A coordenação intermuscular ocorre em conjunto com a coordenação intramuscular só que na relação entre os músculos e não mais entre as unidades motoras, é na verdade a relação entre um ou mais músculos afim de executar uma atividade ou tarefa. Podemos definir a coordenação intermuscular não mais que uma relação de cooperação entre músculos ou grupos musculares com objetivo na melhor execução da tarefa com menor gasto energético, ou seja, quanto melhor a sincronia entre os músculos ou grupamentos, menos energia gastamos para a mesma produção de força. Assim como a coordenação intramuscular, a coordenação intermuscular é vista como excelente ferramenta para incremento de força, e tem em sua melhor explicação a questão de relacionar a ação de cada músculo para determinado exercícios de forma máxima, utilizando de maneira efetiva os motores primários e secundários assim como

sinergistas e estabilizadores, de forma harmônica e sincronizada, na ajuda a tarefa, e ao mesmo tempo a inibição ou co-ativação do antagonista. Co-ativação/Inibição reciproca Como dito anteriormente, quando falamos na coordenação intermuscular, a inibição ou co-ativação dos músculos antagonistas é relatada como fator importante na adaptação ao treinamento das capacidades motoras, principalmente a força. A diminuição da coativação, segundo alguns autores, melhora eficiência tanto de agonista como de antagonistas, pois como a melhora do sincronismo entre eles, por exemplo, ao chutar a bola, um atleta deve ter a capacidade de inibir a ativação dos músculos isquiotibiais para melhorar eficiência do chute. Em outras palavras, para qualquer tarefa motora temos sempre um músculo ou grupo muscular principal, chamado a agonista, que para a execução da ação recebe estímulos de encurtamento, neste mesmo momento os músculos contrários a essa ação (antagonistas) recebem um aviso para relaxar e não participar da ação, contudo, muitas vezes esse mecanismo não é eficaz e o músculo ou grupo muscular antagonista apresente algum padrão de ativação, restringindo assim a ação do agonista. Para que realmente o antagonista não participe e o agonista possa produzir força máxima é importantíssimo que as unidades motoras do músculo antagonista sejam desligadas ao mesmo tempos que as unidades motoras do músculo agonista sejam recrutadas de forma máxima, evitando assim qualquer tentativa de co-ativção e uma menor produção de força para a tarefa. Alguns autores concluíram que o treinamento de força bem elaborado traz como fator positivo um aumento na inibição dos antagonistas. Entretanto, diversas são as evidências, que demonstram que o treinamento de força tradicional (na academia) aumenta a ativação do músculo antagonista. O que pode explicar em partes os ganhos de força atribuídos aos fatores neurais.

Conclusão Podemos concluir então que os processos relacionados a adaptações neurais podem influenciar diretamente na performance do jogador ou atleta em geral, alterando de forma direta suas capacidades motoras, tanto a relação intramuscular, intermuscular, quanto a co-ativação e inibição são baseados em adaptações musculares afim de executar da melhor forma e com menor desgaste uma tarefa ou atividade. Outra conclusão óbvia é que quanto mais especifico é o seu treinamento, seja de força ou não, maior serão seus ganhos provenientes de adaptações neurais, devido logico ao princípio básico do treinamento, a Especificidade. Claramente falando, se treinarmos futebol ganharemos adaptações neurais provenientes das coordenações intramusculares, intermusculares, da melhora da relação co-ativação e inibição reciproca, por recrutamentos das unidades referentes a atividade futebol, não adianta melhorar a força geral se não serão as mesmas unidades recrutadas na atividade foco (futebol), pois mudando o estimulo, angulação, velocidade e tempo de execução, mudamos também o número e quais unidades estamos recrutando. O que fazer com os treinos tradicionais? Acabar? Tem solução? Derrubamos a academia?