1ª série (144 p.): Unidade 1. Quem é você?; Unidade 2. A vida em família; Unidade 3. Moradia; Unidade 4. Escola; Unidade 5. Rua, que lugar é esse? 2ª série (144 p.): Unidade 1. O lugar onde você vive; Unidade 2. Paisagens; Unidade 3. Localização; Unidade 4. O município; Unidade 5. Governo e trabalho; Unidade 6. Transporte e comunicação. 3ª série (128 p.): Unidade 1. Orientação; Unidade 2. Representando os espaços; Unidade 3. Espaço: ocupação e transformação; Unidade 4. Espaço rural e espaço urbano; Unidade 5. Economia e trabalho; Unidade 6. Relevo, rios e vegetação. 4ª série (144 p.): Unidade 1. Representação dos espaços; Unidade 2. Clima; Unidade 3. Brasil e seu povo; Unidade 4. Regiões; Unidade 5. Trabalho e indústria; Unidade 6. Tecnologia e comércio. A análise Os pressupostos teórico-metodológicos são claramente explicitados como sendo fruto da experiência em sala de aula, que tem como foco principal o aluno e sua formação para a cidadania. Os processos cognitivos básicos são explorados de maneira diferenciada, considerando a fase de desenvolvimento da criança. Na 1ª e na 2ª séries, por exemplo, as tarefas motoras são estimuladas, mas sem deixar de lado o desenvolvimento dos processos cognitivos mais complexos. Estes se concretizam integralmente na 4ª série, com a problematização dos temas abordados, o que prepara as crianças para a compreensão de conteúdos mais abstratos. A construção histórica do espaço geográfico é trabalhada sistematicamente por meio da noção de temporalidade, priorizando a recuperação progressiva da vivência concreta do aluno em diferentes etapas. A compreensão do espaço vivido é abordada nas séries iniciais até atingir graus maiores de abstração, por meio das relações entre o local, o regional e o global. No livro da 1ª série, parte-se da análise da paisagem local e se estabelecem relações com paisagens de outras épocas para que os alunos percebam as transformações no modo de vida e na construção do espaço geográfico. No volume da 2ª série, os alunos são estimulados a pesquisar o que existia no espaço ocupado pela escola antes de sua construção. No volume da 3ª série, as relações espaçotemporais são enfocadas pela apresentação dos primeiros mapas criados e sugere-se a pesquisa de outros tipos de representação cartográfica em diferentes épocas. No volume da 4ª série, apresenta-se a regionalização do Brasil, a articulação das categorias de espaço e tempo na definição das regiões, a divisão regional criada pelo IBGE e a evolução da divisão política do território nacional. As dinâmicas e os processos constituintes do espaço físico são trabalhados sistematicamente, a partir da 2ª série, embora de maneira mais simplificada em função do nível de desenvolvimento cognitivo dos alunos. Nesse estudo, considera-se o espaço de vivência dos alunos, assim como a interrelação de elementos naturais e humanos. As ações humanas sobre o espaço natural são discutidas a partir de sua associação ao trabalho sistemático das noções de temporalidade. Estas, por sua vez, são analisadas considerando-se as transformações do espaço ao longo do tempo e, conseqüentemente, a transformação da natureza. Os processos socioespaciais são tratados adequadamente, enfatizando-se a forma como a sociedade se organiza e, conseqüentemente, transforma a paisagem. As relações socioespaciais são discutidas a partir de modificações e alterações ocorridas no bairro, 206
tendo por base as questões culturais e históricas da comunidade. A articulação sociedade-natureza oferece subsídios para a compreensão da forma como a sociedade produz e organiza o espaço, por meio do trabalho. No volume da 1ª série, é proposta a discussão acerca do lixo e de seus efeitos sobre o ambiente. No livro da 2ª série, sugere-se que durante um passeio no quarteirão se evidenciem o relevo, a vegetação, a presença de rios, pontes, viadutos, além das construções. O objetivo é valorizar a presença no quarteirão de elementos de ordem natural e social, assumindo como metodologia a observação de campo e os depoimentos de antigos moradores do bairro. Em geral, as informações presentes na obra estão atualizadas, com indicação de sites para pesquisa e de mapas de publicação recente, embora se registrem alguns dados desatualizados, principalmente nos volumes da 1ª e 2ª séries. As noções geográficas básicas são trabalhadas a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, adquiridos em suas experiências cotidianas. No volume da 1ª série, por exemplo, a construção das noções espaciais básicas é feita gradativamente, utilizando-se, inicialmente, o mapa corporal do aluno. No da 3ª série, introduzem-se idéias relacionadas às formas de representação do espaço, partindo-se de desenho do trajeto da casa à escola, passando-se ao globo terrestre, ao mapa-múndi e às plantas de casa. Já no volume da 2ª série, observam-se algumas imprecisões, como na abordagem sobre o tamanho da escola, da sala de aula e do estádio de futebol, em que não se faz referência à necessidade de diminuí-los para que possam ser representados. A construção de conceitos é estimulada por meio de diversas linguagens (verbal, pictórica, corporal). O estágio de desenvolvimento cognitivo das crianças é considerado, partindo-se de noções espaciais mais simples nas séries iniciais para conceitos mais complexos na 4ª série. A localização de fenômenos inicia-se no volume da 1ª série, de maneira ilustrativa, tomando-se como ponto de partida o referencial do aluno sobre si mesmo e seu espaço. Em seguida, passa-se para o espaço da sala de aula, da escola, do bairro, até que, na 4ª série, são estimuladas abstrações, como a distribuição do clima no globo terrestre, os fusos horários e a noção de coordenadas geográficas. Percebe-se a preocupação em contemplar a diversidade sociocultural. Constata-se, igualmente, o respeito às diferentes formações familiares e às condições sociais, bem como a valorização do índio, do negro e do branco na formação da população brasileira, discutindo-se suas condições de vida na atualidade. A questão da construção da cidadania recebe tratamento privilegiado, na medida em que as questões sociais e os problemas enfrentados pela população são enfocados ressaltando-se o fato de que a sociedade vive num espaço e este é compartilhado por outras pessoas que possuem interesses diferentes. As atividades sugeridas são, em geral, ricas e variadas, e se constituem em estímulo à participação dos alunos e aos debates entre os colegas. Há exercícios em que se propõe o traçado de percursos por meio de desenhos, bem como a elaboração de projetos e a realização de diferentes pesquisas. As representações cartográficas, de boa qualidade visual, apresentam-se bem distribuídas ao longo dos volumes. São acompanhadas de indicações de fontes, escalas e da rosa-dos-ventos, e estimulam o desenvolvimento das atividades propostas. De modo geral, as indicações de fontes também estão presentes nos textos, imagens, documentos e dados trabalhados. A exceção 207
fica por conta das fotos que, freqüentemente, carecem dos registros das datas e do local retratado. Os gráficos, tabelas e quadros são em número reduzido, mas os que são apresentados procuram estimular a reflexão, a discussão, a análise e a problematização dos conteúdos. Em relação à estrutura editorial, os textos e as ilustrações são bem distribuídos ao longo da obra, intercalando-se fotos, ilustrações e pequenos textos. Há, como recurso para descanso visual, pequenos quadros ou fundos coloridos. A visualização das ilustrações em sua maioria é boa, embora algumas se apresentem muito escuras ou têm a sua visibilidade prejudicada, por estarem sobrepostas ou muito próximas umas das outras. No manual do professor, encontram-se informações destacadas quanto aos objetivos, procedimentos e recursos didáticos mais indicados para trabalhar as diferentes temáticas. Também são explicitados os pressupostos teórico-metodológicos da obra e a metodologia do ensino da Geografia. A avaliação é tratada como atividade contínua e sistemática que acompanha o processo de ensino-aprendizagem, incluindo reflexões sobre os objetivos, o conteúdo e o método. Tal avaliação deve ser diagnóstica e integral, a partir da análise não apenas dos aspectos cognitivos, mas também das habilidades e procedimentos desenvolvidos. Em sala de aula Ao escolher esta coleção, o professor terá à sua disposição um material que oferece as condições necessárias para o desenvolvimento de um bom trabalho pedagógico. Valoriza-se o papel do docente como mediador entre o aluno e o conhecimento a ser construído, sendo apresentadas valiosas e variadas sugestões e orientações ao seu trabalho. A possibilidade de desenvolver trabalhos interdisciplinares e relacionados aos temas transversais exigirá do professor preparação de material adequado e planejamento integrado às outras áreas de ensino. No manual do professor, orienta-se o desenvolvimento das atividades propostas, com sugestões de leitura e de pesquisa para o aprofundamento dos conteúdos trabalhados. 208
Recomendada Por quê? Na coleção, a aprendizagem é entendida como construção do conhecimento. Assim, o importante não é a quantidade da informação que é apresentada ao aluno, mas como são desenvolvidas as competências que o preparam para fazer, pensar e compreender. Coleção Geografia em Construção Jefferson Luiz Moreira Nelci Lopes da Silva Laércio de Mello Adilar Antônio Cigolini Júlio Cezar Winkler Pretende-se resgatar conceitos geográficos básicos, como espaço, lugar, paisagem e território, com o objetivo de alfabetizar o aluno na leitura do espaço geográfico e levá-lo a compreender a realidade desse ponto de vista. Alguns conceitos e noções básicas da Geografia são bastante simplificados na coleção. Este tratamento facilita o processo de aprendizagem, mas pode prejudicar a construção do conhecimento pelo aluno. Editora Saraiva Por isso, a mediação do professor em todas as etapas de desenvolvimento dos conteúdos é de fundamental importância. A coleção Os temas são desenvolvidos, fundamentalmente, a partir de atividades e exercícios que devem ser realizados individualmente ou em grupo. Em alguns capítulos dos diversos volumes, propõe-se a realização de pesquisa em quadros apropriados, os quais contêm orientações básicas para a realização da atividade. O manual do professor, com 14 páginas, apresenta no sumário os principais tópicos que são desenvolvidos em cada livro. Na Introdução são feitas considerações sobre as correntes do pensamento geográfico e sobre as orientações metodológicas que fundamentam a coleção. São listados também os objetivos das atividades e uma breve consideração sobre a avaliação e os objetivos da coleção. Em Sugestões, apresentadas individualmente por unidades e para cada série da coleção, o docente encontra informações sobre os objetivos específicos, sugestões de atividades e a bibliografia utilizada e recomendada. 1ª série (80 p.): Unidade 1. Na sala de aula; Unidade 2. A escola e seus espaços; Unidade 3. Representando o lugar onde você vive; Unidade 4. De casa para a escola: mapeando caminhos. 209