S U M Á R I O Após longo e intenso período de retração, a economia brasileira consolida o processo de recuperação gradual Perspectivas favoráveis para a inflação permitem com que a taxa Selic permaneça em patamar mais baixo por um período longo de tempo Com retomada do crescimento e juros mais baixos, deve ocorrer aumento do fluxo de recursos para o mercado acionário por parte principalmente de investidores institucionais Principais riscos domésticos são o cenário eleitoral de 2018 e o desequilíbrio fiscal do país Aumento gradual da taxa básica de juros nos EUA é condicionante para a manutenção do ambiente benigno para os mercados emergentes 2
A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A Recuperação da economia ainda é tímida Consumo das famílias lidera o processo liberação do FGTS (1º semestre do ano), inflação baixa, redução dos juros; desalavancagem das famílias e melhoria no mercado do trabalho Ociosidade elevada e risco político restringem crescimento mais forte dos investimentos em 2018 Peso 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 PIB --- 4.0 1.9 3.0 0.5-3.5-3.6 0.8 2.5 Consumo das famílias 63.7% 4.9 3.5 3.5 2.3-3.2-4.2 1.5 3.0 Consumo do governo 19.9% 2.2 2.3 1.5 0.8-1.0-0.6-1.0 1.2 Investimentos 16.4% 6.9 0.8 5.8-4.0-13.9-10.0 0.0 6.0 Exportações líquidas --- -0.6-0.1-0.8 0.2 2.8 1.5 0.0-0.6 3
jan/05 set/05 mai/06 jan/07 set/07 mai/08 jan/09 set/09 mai/10 jan/11 set/11 mai/12 jan/13 set/13 mai/14 jan/15 set/15 mai/16 jan/17 jan/05 set/05 mai/06 jan/07 set/07 mai/08 jan/09 set/09 mai/10 jan/11 set/11 mai/12 jan/13 set/13 mai/14 jan/15 set/15 mai/16 jan/17 A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A Consumo das famílias Redução dos juros e desalavancagem vão reduzir em cerca de R$100 bilhões o comprometimento da renda com o serviço da dívida FGTS liberou R$ 43 bilhões em 2017 Liberação do FGTS também foi usado para reduzir endividamento das famílias (algumas contas indicam que 50% foi usado para consumo e 50% para abatimento de dívida) 14 13 12 11 Comprometimento da renda das famílias - Serviço da dívida (% da renda) 25 24 23 22 50 45 40 Endividamento Serviço da dívida (lado direito) Endividamento das famílias (% da renda) 25 22,5 10 9 8 21 20 19 35 30 20 7 6 5 Amortização Juros serviço da dívida (lado direito) 18 17 16 25 20 17,5 4 15 15 15 Fonte: Banco Central do Brasil Fonte: Banco Central do Brasil 4
mar-11 jun-11 set-11 dez-11 mar-12 jun-12 set-12 dez-12 mar-13 jun-13 set-13 dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16 dez-16 mar-17 jun-17 set-17 A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A QUEDA DA SELIC AINDA NÃO FOI INTEGRALMENTE REPASSADA PARA A ECONOMIA 80 75 Taxas de juros 17 16 70 65 60 55 50 45 40 35 Taxa PF - recursos livres Taxa pré de 1 ano 15 14 13 12 11 10 9 8 30 7 Fonte: Banco Central e B3 5
Jan-04 Sep-04 May-05 Jan-06 Sep-06 May-07 Jan-08 Sep-08 May-09 Jan-10 Sep-10 May-11 Jan-12 Sep-12 May-13 Jan-14 Sep-14 May-15 Jan-16 Sep-16 May-17 Mar-12 Jun-12 Sep-12 Dec-12 Mar-13 Jun-13 Sep-13 Dec-13 Mar-14 Jun-14 Sep-14 Dec-14 Mar-15 Jun-15 Sep-15 Dec-15 Mar-16 Jun-16 Sep-16 Dec-16 Mar-17 Jun-17 Sep-17 A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A OCIOSIDADE ELEVADA DA ECONOMIA Utilização de capacidade instalada - CNI 85 84 83 82 81 80 79 78 77 76 75 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 Taxa de desemprego Fonte: CNI Fonte: IBGE 6
I N F L A Ç Ã O Inflação próxima ao piso da meta em 2017 e perspectivas favoráveis para os dois próximos anos i. Hiato do produto em território desinflacionário ii. Expectativas de inflação ancoradas iii. Inércia desinflacionária iv. Baixo reajuste do salário mínimo v. Safra agrícola favorável (apesar de menor do que a de 2017) vi. Cenário externo benigno 2014 2015 2016 2017 2018 Serviços 8.3 8.1 6.5 4.5 3.8 Bens duráveis 3.0 3.3 1.4-0.8 0.0 Bens semiduráveis 3.9 5.3 4.1 3.5 3.5 Bens não-duráveis 6.9 12.3 9.3-2.5 5.0 Administrados 5.3 18.1 5.5 7.2 4.0 IPCA 6.4 10.7 6.3 2.95 3.75 7
Jul-15 Jul-15 Aug-15 Sep-15 Oct-15 Nov-15 Nov-15 Dec-15 Jan-16 Feb-16 Mar-16 Apr-16 Apr-16 May-16 Jun-16 Jul-16 Aug-16 Aug-16 Sep-16 Oct-16 Nov-16 Dec-16 Jan-17 Jan-17 Feb-17 Mar-17 Apr-17 May-17 May-17 Jun-17 Jul-17 Aug-17 Sep-17 Oct-17 Oct-17 I N F L A Ç Ã O EXPECTATIVAS ANCORADAS E METAS DE INFLAÇÃO CADENTES Mediana Focus BC - IPCA 6,25 6,00 5,75 5,50 5,25 5,00 4,75 4,50 4,25 4,00 3,75 2017 3,09% 3,50 2018 4,03% 3,25 2019 4,25% 2020 4,00% 3,00 2021 4,00% 2,75 2,50 Fonte: Banco Central do Brasil 8
jan/07 mai/07 set/07 jan/08 mai/08 set/08 jan/09 mai/09 set/09 jan/10 mai/10 set/10 jan/11 mai/11 set/11 jan/12 mai/12 set/12 jan/13 mai/13 set/13 jan/14 mai/14 set/14 jan/15 mai/15 set/15 jan/16 mai/16 set/16 jan/17 mai/17 set/17 jan/18 mai/18 set/18 I N F L A Ç Ã O Crescimento gradual Lenta recuperação do emprego + ociosidade Hiato do produto desinflacionário Inflação baixa 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0-2,0-3,0-4,0-5,0 Hiato do produto - função de produção - Preços Livres Hiato do produto IPCA - Preços Livres (lado direito) 9,5% 8,5% 7,5% 6,5% 5,5% 4,5% 3,5% 2,5% 1,5% -6,0 0,5% Fonte: IBGE, FGV e FLAG Asset 9
Jan-03 Aug-03 Mar-04 Oct-04 May-05 Dec-05 Jul-06 Feb-07 Sep-07 Apr-08 Nov-08 Jun-09 Jan-10 Aug-10 Mar-11 Oct-11 May-12 Dec-12 Jul-13 Feb-14 Sep-14 Apr-15 Nov-15 Jun-16 Jan-17 Aug-17 J U R O S R E A I S ASPECTOS CONJUNTURAIS Garantem perenidade dos juros mais baixos nos próximos trimestres ASPECTOS ESTRUTURAIS Expectativas de inflação de médio prazo ancoradas e metas declinantes TLP aumenta a potência da política monetária e reduz a taxa neutra Necessidade da reforma da Previdência 18 Juros reais ex-ante 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Fonte: Banco Central do Brasil e B3 10
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 J U R O S R E A I S Perenidade do juro real em patamar mais baixo Melhora na dinâmica da dívida pública Maior estabilidade econômica (maior crescimento e menor inflação) Dívida Bruta/PIB 120% 110% 100% juro real = 5% juro real = 4% juro real = 3% 113% 90% 95% 80% 70% 79% 60% Fonte: BCB, MF e FLAG Asset * Crescimento do PIB = 2%; Devolução de R$ 180 bi do BNDES ao Tesouro; Primário atinge 0% em 2024 e 2% em 2029. 11
R E F O R M A D A P R E V I D Ê N C I A Reforma previdenciária Essencial para a sustentabilidade da dívida pública 80% Dinâmica de Despesas Previdenciárias (% das despesas totais) 75% 70% Sem reforma Proposta original Proposta atual 76,7% 65% 63,2% 60% 55% 57,5% 50% 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 Fonte: Ministério da Fazenda e FLAG Asset 12
R I S C O S Vitória de um candidato não comprometido com a agenda reformista em 2018 Aumento das incertezas e dos prêmios de risco, depreciação cambial, aumento da inflação e interrupção da recuperação econômica Desequilíbrio fiscal crescente caso não ocorra reforma da Previdência Aceleração da inflação nos EUA acarretando uma política monetária mais restritiva por parte do Fed Hard landing na China 13
MERCADOS 14
M E R C A D O S JUROS Curva de juros apresenta forte inclinação positiva, refletindo riscos políticos e fiscais, além de fatores técnicos Taxa a termo na casa de 9,75% para 2019 e de 11,25% para prazos acima de 2021 Projetamos taxa Selic chegando a 6,75% em fev/18 e mantendo-se neste patamar até, pelo menos, o final do próximo ano Avaliamos que a taxa Selic atual está um pouco abaixo da taxa neutra Não compartilhamos a visão de que a curva de juros refletiria principalmente a perspectiva de um forte aumento da taxa Selic nos dois próximos anos Apesar da proximidade do fim do ciclo de relaxamento monetário, há prêmios interessantes nos segmentos intermediário e longo da curva de juros 15
M E R C A D O S BOLSA Processo de realocação de portfólios está no começo. Alocação dos fundos de pensão em renda variável ainda é muito baixa Tende a se beneficiar da baixa taxa Selic e da recuperação da atividade econômica Melhoria da governança das empresas estatais e do ambiente regulatório Redução do custo Brasil com o avanço das reformas (como a trabalhista) Empresas se tornaram mais eficientes ao longo dos anos de recessão. Ambiente externo favorável, com ampla liquidez, sólido crescimento global e inflação baixa 16
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