Habitação de Interesse Social no Brasil Antecedentes / BNH / Min. Cidades / PNH / Planhab / PMCM

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Transcrição:

Habitação de Interesse Social no Brasil Antecedentes / BNH / Min. Cidades / PNH / Planhab / PMCM Maria Lucia Refinetti Martins LABHAB FAUUSP 2011

PERIODIZAÇÃO DA POLÍTICA HABITACIONAL NO BRASIL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA NO BRASIL População Urb População Rur 30% 20% 10% 0% 1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 1930 1964 1986 2000 Produção rentista Higienismo IAP s FCP Origens da habitação social BNH Consolidação da política de habitação Experiências alternativas MCidades Nova PNH

Habitação de Interesse Social no Basil: a Política Pública e seu debate Origens da habitação social (1930-1964) Desenvolvimentismo e intervenção do Estado para proteger o trabalhador Governo Vargas Origens da intervenção do Estado na habitação Congelamento dos alugueis Facilitação da venda de lote a prestação Produção estatal da habitação: IAP`s e FCP Adoção dos princípios do movimento moderno: habitação como serviço público Crescimento da cidade informal: loteamentos periféricos, favelas, alagados, mocambos, invasões Introdução do serviço social em habitação

Habitação de Interesse Social no Basil: a Política Pública e seu debate PRODUÇÃO INFORMAL DA MORADIA 1964 - Sistema Financeiro da Habitação e Banco Nacional de Habitação CRIAÇÃO DE EMPREGOS SETOR INDUSTRIAL SETOR FINANCEIRO CUSTO REPROD. FT - SALÁRIOS MERCADO IMOBILIÁRIO EQUILÍBRIO SOCIAL HABITAÇÃO CIDADE E URBANISMO IDEOLÓGICO PROPRIEDADE POLÍTICA FUNDIÁRIA ORGANIZAÇÃO SOCIAL CONSUMO COLETIVO MEIO AMBIENTE SEMINÁRIO INTERNO 30/11 E 01/12/2007

Habitação de Interesse Social no Basil: a Política Pública e seu debate Criação do BNH e consolidação da política habitacional (1964 1986) Regime militar Milagre econômico: crescimento e pobreza Sistema Financeiro da Habitação e BNH FGTS e Poupança Recursos orçamentários aplicados em obras viárias Investimentos voltados para a industria da construção civil Planasa Ampliação do saneamento Conjuntos habitacionais nas periferias das cidades, Produção de 4,2 milhões de unidades; baixa renda fica de fora Grande crescimento da habitação informal

Habitação de Interesse Social no Basil: a Política Pública e seu debate Redemocratização e desestruturação da política nacional de habitação experiências alternativas Crise do modelo econômico da ditadura Movimentos sociais e a luta por direitos urbanos e moradia Redemocratização e início da Constituinte Mobilização dos movimentos pela reforma urbana e direito a moradia na Constituinte de 1988 Baixos investimentos da União em habitação e saneamento Estados e municípios criam programas alternativos com recursos não onerosos (orçamentários)

Fechamento do BNH 1986 1985 - Prefeituras com governos populares 1988 - Constituição 2001 - Estatuto da Cidade 2003 - Ministério das Cidades e Política Nacional de Habitação 2005 - Sistema e Fundo Nacional de HIS 2007 - PAC Plano de Aceleração do Crescimento 2008 - Plano Nacional de Habitação (Planhab)

Constituição de 1998 Emenda Popular da Reforma Urbana Art 182 Função Social da Propriedade Urbana Art 183 Usucapião Especial Urbana EC 26 / 2000 Moradia como Direito Social Art 6º

Estatuto da Cidade 2001 Um novo estatuto para a cidade e para a propriedade: Função social da propriedade e da cidade A cidade e a moradia como direitos Relaciona os instrumentos de política urbana Obriga do sistema de controle e acompanhamento Inclui entre as atribuições do ministério público, a ordem urbanística Cria conselho nacional de desenvolvimento urbano

Ministério das Cidades 2003 Política Nacional de Habitação Conselho Nacional das Cidades e Câmara Técnica de Habitação Sistema e Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social Articulação União, Estados, Municípios Exigências para aderir ao SNHIS Fundos e conselhos Estaduais e Municipais Planos Estaduais e Municipais de HIS

PAC Plano de Aceleração do Crescimento mudança na agenda econômica, do controle da inflação e do déficit fiscal, para o o aumento dos investimentos públicos Investimento em Infra-Estrutura: Logística: rodoviária, ferroviária, portuária, hidroviária e aeroportuária Energética: geração e transmissão de energia elétrica, petróleo, gás natural e energias renováveis Social e urbana: luz para todos, saneamento, habitação, metrôs, recursos hídricos Estímulo ao Crédito e ao Financiamento, criação de fundos de investimentos; Desoneração e Aperfeiçoamento do Sistema Tributário; Melhora do Ambiente de Investimento - marco regulatório; Medidas Fiscais de Longo Prazo e valorização do Salário Mínimo

Plano Nacional de Habitação Planhab 2008 Horizonte temporal de 04 quadriênios: até 2023 Desenvolvido sob direção da Diretoria de Habitação do MinCid por consórcio vencedor, formado por OSCIP, Universidade e Consultora CONSIDERA: Déficit, conforme conceito e cálculo Fundação João Pinheiro 2005 Projeções e cenários Capacidade financeira das famílias grupos de atendimento Distribuição do déficit por estratos Tipologia de Municípios EIXOS ESTRATÉGICOS: Modelo de financiamento e subsídios Política urbana e fundiária Desenho institucional Cadeia produtiva da construção civil

DÉFICIT E DA DEMANDA FUTURA POR GRUPOS DE ATENDIMENTO Necessidades futuras 2007-2023 Déficit acumulado até 2006 7,9 milhões 27 milhões Fonte: Consórcio PlanHab/SNH-MCidades

Tipologia de municípios adotada Fonte: Consórcio PlanHab/SNH-MCidades

Fonte: Consórcio PlanHab/SNH-MCidades G 1 G 2 G 3 G 4 ESTRATIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE ATENDIMENTO Capacidade Financeira Famílias com renda líquida abaixo da linha de financiamento - RM SP/RJ: até R$ 800 / Outras RMs: R$ 700 Demais situações: até R$ 600 Famílias que acessam financiamento habitacional, mas requerem subsídio de complemento e equilíbrio RM SP/RJ: de R$ 800 a 1.600 / Outras RMs: de R$ 700 a 1.400 / Demais situações: de R$ 600 a 1.200 Famílias que podem acessar financiamento habitacional, com subsídio de equilíbrio RM SP/RJ: de R$ 1.600 a 2.000 / Outras RMs: de R$ 1.600 a 2.000 / Demais situações: de R$ 1.600 a 2.000 Famílias com capacidade de assumirem o financiamento habitacional de R$ 2.000 a 4.000 Necessidade (em milhões de domicílios) Fontes de Recursos 12,9 FNHIS 11,6 4,8 FGTS e FNHIS Financiamento com subsídio de complemento e equilíbrio FGTS Financiamento com subsídio de equilíbrio 3,7 FGTS G 5 Famílias com capacidade de acesso a um imóvel por meio de financiamento de mercado acima de R$ 4.000 1,9 SBPE e mercado livre

Produto Habitacional Produtos prioritários para atendimento em escala, por tipologia de município Regiões Metropolitanas, Capitais e Municípios com + de 100 mil hab. Municípios com 20 a 100 mil hab. Municípios até 20 mil hab. A B D C E F G H I J K Lote + assistência técnica Lote + Material (32m²) + assistência tecnica Material (32m²) + Assessoria Técnica Unidade Pronta (autogestão / empreiteira)* Unidade em Área Consolidada e/ou central Casa (40 m²) Apartamento (51 m²) Retrofit Vazios Urbanos Fonte: Consórcio PlanHab/SNH-MCidades

Habitação de Interesse Social no Basil: a Política Pública e seu debate PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA Lançado pelo governo federal em abril de 2009 como MP Convertido em Lei 11.997, de 07 de julho de 2009 Objetivos Implementação do Plano Nacional de Habitação, construindo 1 milhão de moradias Aumento do acesso das famílias de baixa renda à casa própria Função anticíclica: geração de emprego e renda via construção civil

Programa Minha Casa Minha Vida LEI FEDERAL Nº 11.997 DE 07 DE JULHO DE 2009 Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas, e dá outras providências CAPÍTULO I DO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA PMCMV CAPÍTULO II DO REGISTRO ELETRÔNICO DE IMÓVEIS E DAS CUSTAS E EMOLUMENTOS CAPÍTULO III DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE ASSENTAMENTOS URBANOS

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA Voltado à produção e aquisição de unidades novas 1 milhão de unidades Distribuição de $ deve seguir distribuição regional do déficit Atendimento 0 a 3 SM (R$ 1.395,00) 400 mil unidades Subsídio ( União R$16 bi) Atendimento 3 a 6 SM (R$ 2.790,00) 400 mil unidades Subsídio (FGTS e União R$3bi) + Financiamento (FGTS) + Fundo Garantidor Atendimento 6 a 10 SM (R$ 4.650,00) 200 mil unidades Financiamento (FGTS) + Fundo Garantidor

INTRODUÇÃO Habitação de Interesse Social no Brasil: a Política Pública e seu debate DÉFICIT HABITACIONAL 7,2 MILHÕES DE MORADIAS Déficit habitacional do País concentra-se por renda: Faixa de 0 a 3 sm 90,9% Faixa de 3 a 6 sm 6,7% Faixa de 6 a 10 sm 2,4% Déficit habitacional do País concentra-se por região: Norte 10,3% Nordeste 34,3% Sudeste 36,4% Sul 12,0% Centro-Oeste 7,0% Déficit habitacional do País concentra-se por tamanho de cidade: Regiões metropolitanas 28,5%

0 a 3 sm Operacionalização União aloca recursos por área do território nacional e solicita apresentação de projetos. Estados e municípios realizam cadastramento da demanda e após triagem indicam famílias para seleção, utilizando as informações do cadastro único. Atribuição por sorteio eletrônico público. ( 2 º do art 3º ). Construtoras apresentam projetos à CAIXA, podendo fazê-los em parceria com estados, municípios, cooperativas, movimentos sociais. Prioridade para municípios que doem terrenos e implementem Estatuto da Cidade Após análise simplificada, a CAIXA contrata a operação, acompanha a execução da obra pela construtora, libera recursos conforme cronograma e, concluído o empreendimento, realiza a sua comercialização.

3 a 6 sm - Operacionalização

Subsídio por Faixa de Renda 0 a 3 sm Máximo 46.000 3 a 6 sm

Valor máximo do imóvel 0 a 3 sm R$ 53 mil Valor máximo do imóvel 3 a 6 sm

Financiamento de Infraestrutura

BNDES Financiamento da Cadeia Produtiva Micro, pequenas e médias empresas: R$ 500 mil por empresa: sistemas construtivos; certificação Qualidade da construção: capacitação técnica de pessoal, sistemas de gestão de qualidade, melhoria de processos e produtos Construção industrializada: implantação, modernização de unidades industriais, desenvolvimento de produtos, máquinas e equipamentos nacionais

Um milhão de moradias para famílias com renda até 10 SM U u U U 34 bilhões, além dos 4,5 previstos no FGTS para linhas já existentes

UNIÃO ESTADO SP MUNICÍPIO MINISTÉRIO DAS CIDADES SECRETARIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO CEH FPHIS FGH SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO CMH FMH SECRETARIA NACIONAL DE HABITAÇÃO CDHU COHAB FNHIS CONCIDADES CGFNHIS A COMPETÊNCIA É COMPARTILHADA ENTRE UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO

Regularização e Registro Cartórios de Registro de Imóveis:

Licenciamento ambiental redução de prazo e procedimento - Procedimento uniforme e simplificado para o licenciamento ambiental, para empreendimentos até 100ha - Licença única para todo o empreendimento - Critério único para todos os entes federados, quando da avaliação dos projetos Regularização Fundiária Cria novo marco legal para regularização fundiária: Capítulo III da Lei

CAPÍTULO III DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE ASSENTAMENTOS URBANOS Art. 51. Para os efeitos deste Capítulo, considera-se: I - área urbana: parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica; II - área urbana consolidada: parcela da área urbana com densidade demográfica superior a cinqüenta habitantes por hectare e malha viária implantada, e que tenha, no mínimo, dois dos seguintes equipamentos de infra-estrutura urbana implantados: a) drenagem de águas pluviais urbanas; b) esgotamento sanitário; c) abastecimento de água potável; d) distribuição de energia elétrica; ou e) limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.

III - demarcação urbanística: procedimento administrativo pelo qual o Poder Público, no âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca imóvel de domínio privado, definindo seus limites, área, localização e confrontantes, com a finalidade de identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das respectivas posses; IV - legitimação de posse: ato do Poder Público destinado a conferir título de reconhecimento de posse de imóvel objeto de demarcação urbanística, com a identificação do ocupante e do tempo e natureza da posse; V - Zona Especial de Interesse Social - ZEIS: parcela de área urbana instituída pelo Plano Diretor ou definida por outra lei municipal, destinada predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo;

VII - regularização fundiária de interesse social: regularização fundiária de assentamentos irregulares ocupados, predominantemente, por população de baixa renda, nos casos: a) que tenham preenchido os requisitos para usucapião ou concessão de uso especial para fins de moradia; b) de imóveis situados em ZEIS; ou c) em áreas da União declaradas de interesse do serviço público. VIII - regularização fundiária de interesse específico: regularização fundiária quando não caracterizado o interesse social nos termos do inciso VII.

Art. 52. A regularização fundiária observará os seguintes princípios: I - ampliação do acesso à terra urbanizada pela população de baixa renda, com prioridade para sua permanência na área ocupada, assegurados o nível adequado de habitabilidade e a melhoria das condições de sustentabilidade urbanística, social e ambiental; II - articulação com as políticas setoriais de habitação, de meio ambiente, de saneamento básico e de mobilidade urbana, nos diferentes níveis de governo e com as iniciativas públicas e privadas, voltadas à integração social e à geração de emprego e renda; III - participação dos interessados em todas as etapas do processo de regularização; IV - estímulo à resolução extrajudicial de conflitos; e V - concessão do título preferencialmente para a mulher Art. 53. O Município poderá dispor sobre o procedimento de regularização fundiária em seu território. Parágrafo único. A ausência da regulamentação prevista no caput não obsta a implementação da regularização fundiária.

Art. 54. A regularização fundiária poderá ser promovida pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e também por: I - seus beneficiários, individual ou coletivamente; e II - cooperativas habitacionais, associações de moradores ou outras associações civis. Art. 55. O projeto de regularização fundiária deverá definir, no mínimo, os seguintes elementos: I - as áreas ou lotes a serem regularizados e, se houver necessidade, as edificações que serão relocadas; II - as vias de circulação existentes ou projetadas e, se possível, as outras áreas destinadas a uso público; III - as medidas necessárias para a promoção da sustentabilidade urbanística, social e ambiental da área ocupada, incluindo as compensações urbanísticas e ambientais previstas em lei; IV - as condições para promover a segurança da população em situações de risco; e V - as medidas previstas para adequação da infra-estrutura básica

Principais inovações e potencialidades - Incorpora a solução de recursos permanentes de financiamento com baixo custo - Subsídios a fundo perdido. FNHIS. Projeto de Lei: 2% - Pela primeira vez há subsídios significativos do OGU para a baixa renda (R$ 16 bilhões entre 0 e 3 s.m.) - Fundo Garantidor - Percentuais definidos para cada faixa de renda - Compreensão da diversidade do país diferentes tipologias valores das unidades - Barateamento do Seguro - Desoneração fiscal

Principais inovações e potencialidades - Construção institucional e programática evolutiva, de muitos anos - Articulação dos entes federativos e sua contrapartida - Avanços importantes em relação à regularização fundiária e custos cartoriais, assuntos até então quase intocáveis no Brasil - Inclui cooperativas e associações como promotores

Produtos Mudança na distribuição dos recursos disponíveis entre as faixas de renda 330 mil unidades contratadas Ativação da indústria da Construção civil

Atendimento por Faixa de Renda 678.876 309.398 134.047 76.408 98.943 100.893 388.198 339.171 127.291 102.815 160.014 87.327 149.029 489.457 143.073 119.963 226.421 544.208 75.495 116.555 352.158 61.486 95.409 521.981 449.810 77.643 86.442 285.725 594.947 65.651 131.076 398.220 Ano 2002 Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006 Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 175.351 ATÉ 5 SM 260.907 ATÉ 5 SM 236.356 ATÉ 5 SM 346.384 ATÉ 5 SM 468.713 ATÉ 5 SM 617.390 ATÉ 5 SM 372.167 ATÉ 5 SM 529.296 ATÉ 5 SM Até 03 SM Entre 03 e 05 SM Acima de 05 SM Fonte : Ministério das Cidades

Distribuição da aplicação do FGTS 84 47 54 47 60 52 46 50 8 8 23 30 16 30 37 37 26 31 22 26 26 14 21 29 30 26 20 Déficit Brasil Ano 2002 Ano 2003 Ano 2004 Ano 2005 Ano 2006 Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 Projetado Até 03 SM Entre 03 e 05 SM Acima de 05 SM Fonte : Ministério das Cidades

Fonte: apresentação CAIXA, 2a Conferência Internacional de Crédito Imobiliário 2010

Fonte: apresentação CAIXA, 2a Conferência Internacional de Crédito Imobiliário 2010

6. Principais desafios, limitações e críticas Dificuldades - O quadro institucional - As emendas parlamentares - Adesão dos municípios e estados (SNHIS) e suas estruturas administrativas - Licenciamentos (lei x realidade e o risco das flexibilizações) - Os Planos (como as leis) nada garantem, na tradição brasileira - A questão da localização adequada no tecido urbano - Qualidade da moradia - Para a faixa de menor renda a habitação é apenas parte da necessidade

Principais desafios, limitações e críticas Críticas - Não inclui o setor público - Fixou-se exclusivamente na produção de unidades prontas, sem lotes urbanizados com assistência técnica -Distribuição do subsidio não privilegia os mais carentes - Limitada aderência ao déficit - Subsidios maiores nas grandes cidades: até 46 mil; no campo 5 mil

Déficit acumulado e metas do MCMV por faixa de renda Faixa de Renda (em R$) Até 1.395 De 1.396 a 4650 Déficit acumulado (em %) Metas do Minha Casa, Minha Vida (em %) Déficit acumulado (valor Abs., em mil famílias) Metas do Minha Casa, Minha Vida (valor abs. em mil unidades) 91% 40% 6.550 400 6% % do déficit acumulado atendido 6% 40% 430 400 93% + 4.651 3% 20% 210 200 95% 100% 100% 7200 1000 14% Fonte: Bonduki (2009) in Teoria & Debate 82

Principais desafios, limitações e críticas Críticas - Questões Centrais Falta de instrumentos para que a oferta de financiamento não se transforme em aumento do preço da terra Dificuldade teórica Existem princípios e conceitos de Reforma Urbana, mas não há um modelo, uma concepção física da cidade do século XXI