Análise Financeira 2º semestre



Documentos relacionados
QUADRO DE INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS

GESTÃO FINANCEIRA. Objectivo

ANÁLISE FINANCEIRA. Objectivo

Análise Financeira 2º semestre

Marketing e Publicidade 2ºANO 1º SEMESTRE

Gestão Financeira Método de analise com recurso a rácios IESF Licenciatura Gestão Financeira Fiscal 2008/2009 Trabalho Wikipedia Rita Pinto Turma: A

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE VISEU DEPARTAMENTO DE GESTÃO LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS GESTÃO FINANCEIRA. 3º Ano 1º Semestre

GESTÃO FINANCEIRA. Demonstração de Fluxos de Caixa

INTRODUÇÃO. Análise Financeira. Gestão Financeira

GESTÃO FINANCEIRA. Objectivo

C O N T A B I L I D A D E

Balanço e análise setorial

Balanço e demonstração de resultados Plus

1. O Fluxo de Caixa para á Análise Financeira

Relatório de Gestão. Exercício de 2014 INSTITUTO CARDIOLOGIA PREVENTIVA DE ALMADA. Audite Gestão Financeira

SPMS, E.P.E. Índice. 1. Enquadramento Orçamento de Exploração Orçamento de Tesouraria Orçamento de Investimentos...

1º Semestre Relatório e Contas 2010

PLANO SUCINTO DE NEGÓCIO

GESTÃO ESTRATÉGICA. Texto de Apoio 1. Análise Económica e Financeira

Rentabilidade Social (RS) Rentabilidade de Exploração. Rentabilidade Global RENTABILIDADE. Resultado / output Valor do Recurso / input investido

DADOS ECONÓMICO-FINANCEIROS

INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS A RENDIBILIDADE EXERCÍCIOS PARA AS AULAS

ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação

DOCUMENTOS DE GESTÃO FINANCEIRA Realizado por GESTLUZ - Consultores de Gestão

31. A DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

MESTRADO EM GESTÃO DE EMPRESAS

O PLANEAMENTO FINANCEIRO A CURTO PRAZO (CP)

ABC da Gestão Financeira

GESTÃO FINANCEIRA. Objectivo. Metodologia de Análise Os rácios Financeiros Qualidade dos Indicadores Sinais de Perigo METODOLOGIA DE ANÁLISE

Indicadores Financeiros 2º semestre

SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta

Relatórios Informa D&B

GESTÃO FINANCEIRA DESEMPENHO ECONÓMICO. Potencial para obtenção de resultados. Análise da rendibilidade e crescimento sustentado

EXEMPLO. Prática Financeira II Gestão Financeira

Empresa Demo 1 PT

Análise Financeira. Universidade do Porto Faculdade de Engenharia Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Economia e Gestão

PARTE I ESCOLHA MÚLTIPLA

Resultado Líquido da Reditus aumenta 57,7% no 1º semestre de 2014

ANO DE 2010 BALANÇO DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

SPMS, E.P.E. Índice 1. Enquadramento Orçamento de Exploração Orçamento de Tesouraria Orçamento de Investimento...

Esclarecimento. De entre as acções dadas em garantia destacam-se as acções Cimpor, correspondentes a 9,58% do respectivo capital social.

O ciclo de estratégia, planeamento, orçamento e controlo

Contabilidade e Controlo de Gestão. 5. Elaboração do orçamento anual e sua articulação. Contabilidade e Controlo de Gestão. Gestão Turística -3º ano

Noções de Contabilidade

Folha de cálculo para Plano de Negócios. 7 de Novembro 2009

CADERNO DE EXERCÍCIOS

Contabilidade Financeira II 2008/2009

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

I B 1:) CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS. Introdução

Análise aos dados recentes das principais empresas do sector Cordoaria e Redes

! " # $%&' (") *+)( *+)* , " # - %. " / 012 $ )"* *+)( 012+"4 "# *+)( 012 5"5 " 6! ! " '.! " 7 . % "' *+)( $%, % " ## *++* -. - ! $ ." )+#.

INTRODUÇÃO À GESTÃO FINANCEIRA ESTGV-IPV

RELATÓRIO E INSTRUMENTOS DE GESTÃO PREVISIONAL

INVESTIMENTOS. Pretende-se: Análise da viabilidade económica do projecto (a preços constantes).

Balanço e Demonstração de Resultados. Conheça em detalhe a Avaliação de Risco. Risco Elevado SOCIEDADE EXEMPLO, LDA AVALIAÇÃO DO RISCO COMERCIAL

Contabilidade II Licenciatura em Economia Ano Lectivo 2007/2008. Contabilidade II. CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A. 2005

ANÁLISE DE FLUXOS A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Contabilidade Financeira II 1G111

ACTIVO VARIAÇÃO Ano de 2006 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO VARIAÇÃO

EGEA ESAPL - IPVC. Orçamentos Anuais Parciais de Actividade

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CONTABILIDADE FINANCEIRA II

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE VISEU DEPARTAMENTO DE GESTÃO LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS GESTÃO FINANCEIRA. 3º Ano 1º Semestre

Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa Ano Lectivo 2013/2014 1º Semestre. 28 de NOVEMBRO de 2013 Duração da prova: 60 minutos

Oficinas E2 Poliempreende Instituto Politécnico de Coimbra. Introdução ao Modelo de Análise Económico-Financeira

MUNICÍPIO DO PORTO SANTO RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE JUNHO DE

GESTÃO FINANCEIRA I LICENCIATURA EM INFORMÁTICA E GESTÃO DE EMPRESAS CAPÍTULO 3 ANÁLISE DA INFORMAÇÃO FINANCEIRA

ANÁLISE ECONOMICO-FINANCEIRA DA PORTUGAL TELECOM

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL (Não Auditada) Sede: R. GENERAL NORTON DE MATOS, 68, PORTO NIPC:

Open Course: Techniques of Financial Engineering

UFCD Introdução ao código de contas e normas contabilísticas

GESTÃO FINANCEIRA UMA ANÁLISE SIMPLIFICADA

Relatório Tipo Dezembro de 20XX

RELATORIO DE GESTÃO 1 - EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA EMPRESA. A actividade da empresa evoluiu de forma satisfatória no exercício de 2004.

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

Regras de utilização. Principais regras de utilização:

João Carvalho das Neves

NCRF 2 Demonstração de fluxos de caixa

Comunicado de Resultados

CONTABILIDADE ANALÍTICA

Trabalho nº1 Análise Económico Financeira. BRISA Auto-Estradas de Portugal, S.A.

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

MESTRADO EM GESTÃO (MBA) (2005/2006)

APSP. Análise do Projeto do Sistema Produtivo. Aula 7. 22/8/2006 Por: Lucia Balsemão Furtado 1

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Finanças Empresariais 1º semestre

Relatório Anual de Contas 2012

Contabilidade Financeira I

Masters in Engineering and Management of Technology Masters in engineering Design Introduction to Entrepreneurship and New Venture Creation

Depósito Indexado, denominado em Euros, pelo prazo de 6 meses (178 dias), não mobilizável antecipadamente.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

Gestão Financeira. Trabalho Realizador Por: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja. Tiago Conceição Nº Tiago Marques Nº 11904

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL relativa à actividade desenvolvida durante o 1º TRIMESTRE DE 2001

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais CONTABILIDADE FINANCEIRA II EXAME FINAL

FUNCIONAMENTO DA GESTÃO DA RESERVA FINANCEIRA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU E RESPECTIVOS DADOS

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 2 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA. Objectivo ( 1) 2 Âmbito ( 2) 2 Definições ( 3 a 6) 2

ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS E A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO FINANCEIRO

Transcrição:

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE VISEU DEPARTAMENTO DE GESTÃO Análise Financeira 2º semestre Texto de Apoio Nº2 O diagnóstico financeiro Luís Fernandes Rodrigues 2011-2012

INDICADORES DE APOIO À ANÁLISE E À GESTÃO OU RÁCIOS Em análise e gestão financeira utiliza-se com frequência uma técnica que consiste em estabelecer relações entre contas e agrupamentos de contas do Balanço e da Demonstração dos Resultados. Estas relações têm muitas denominações rácios, índices, coeficientes, indicadores, etc. O termo mais corrente é o de rácio. Os rácios não são um fim em si mesmos nem dão respostas, são apenas um instrumento de apoio que permite sintetizar uma grande quantidade de dados e comparar o desempenho económico e financeiro das empresas e a sua evolução no tempo. Recorrem a este método todas as pessoas que têm responsabilidades de gestão, os analistas financeiros, os bancos, as sociedades financeiras e as empresas especializadas na venda de informação comercial e financeira. Podem-se construir inúmeros rácios ou relações, conforme o objectivo e o campo de análise e controlo. As realidades e os fenómenos a acompanhar e estudar podem ser de natureza diversa financeira, económica, económico-financeira, técnica, etc. Os rácios podem construir-se com base em diferentes fontes de informação: Documentos contabilísticos históricos Orçamentos Médias do sector de actividade Concorrentes mais importantes, etc. Se são extraídos de documentos financeiros históricos e de estatísticas realizadas, são rácios efectivos ou reais. Se são efectuados sobre orçamentos e previsões, são rácios orçamentais. As centrais de balanços e as bases de dados existentes e muito utilizadas hoje em dia permitem apurar rácios sectoriais. Detenhamo-nos sobre alguns indicadores considerados como centrais, em termos de análise e gestão. A respectiva classificação, por muito difícil, não é homogénea, adoptando-se com frequência uma classificação com base em critérios pragmáticos.

Definição de Alguns Rácios Rácios Solvabilidade apreciam aspectos que têm a ver exclusivamente com aspectos financeiros Estrutura Financeira Capacidade de endividamento Solvabilidade, etc. Estrutura de capital Determina a extensão da utilização de capital alheio no financiamento das actividades da empresa. Várias relações se podem estabelecer. Autonomia Financeira = Capitais Próprios Activos Totais Solvabilidade = Capitais Alheios de longo prazo Activos Totais Estrutura do endividamento = Capitais Alheio de curto prazo Capitais Alheios Cobertura dos Encargos Financeiros Mede o grau de cobertura dos encargos financeiros pelos resultados antes desses encargos e das depreciações. Cobertura dos Encargos Financeiros = EBITDA Encargos Financeiros EBITDA = Res. Antes Enc. Financ. + Depreciações Permite estimar a capacidade de cobertura da dívida, num período não histórico mas prospectivo. Taxa de juro aparente = Encargos Financeiros Passivo

Rácios de Liquidez permitem apreciar os impactos financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração Prazo médio de recebimentos Prazo médio de pagamentos Liquidez Reduzida etc. Liquidez Geral = Activo Corrente Passivo Corrente Sendo o Activo Corrente aquilo que a empresa transforma em dinheiro no prazo de 1 ano (disponibilidades, títulos, dívidas de curto prazo, inventários) e o Passivo Corrente o que a empresa tem de pagar nesse período (dívidas a curto prazo). Liquidez Reduzida = Activo Corrente - Inventários Passivo corrente Liquidez Reduzida = Disponibilidades + Títulos negociáveis Passivo Corrente Prazo médio de recebimentos = Saldo médio de Clientes X 365 dias Vendas Prazo médio de recebimentos = Saldo médio de Fornecedores X 365 dias Compras Rácios de Rentabilidade revelam aspectos mistos, económicos e financeiros Rendibilidade do Activo Rotação do activo Rotação das vendas, etc. Estabelecem relações entre os resultados e as vendas ou grandezas dos capitais próprios.

Rendibilidade Operacional das Vendas (%) = EBIT Vendas Rotação do Activo = Vendas Activo Totais As Rotação do Activo indicam o grau de utilização dos activos. Rendibilidade das Vendas (%) = Resultado Líquido Vendas Rendibilidade dos Capitais Próprios (%) = Resultados Líquidos Capitais Próprios Rendibilidade do Activo (%) = EBIT Activo Totais Rentabilidade versus Risco O Risco é a possibilidade de perda. Nesta acepção, o risco é directamente proporcional à possibilidade de ocorrência da perda. Convém não confundir risco e incerteza. A incerteza existe quando a gestão não consegue estimar objectivamente as probabilidades dos acontecimentos. Só existe risco se houver hipótese de estimativa. Na teoria financeira podemos caracterizar o risco como a provável variação dos fluxos monetários futuros. Se pensarmos no mercado de capitais, para ilustrar esta matéria, podemos dizer, por exemplo, que investir no título X comporta mais risco que no Y, se é mais precisa a estimativa do retorno, ou cash-flow, futuro do primeiro, relativamente ao segundo. Conclusivamente, em cada negócio o risco é tanto maior quanto maior a incerteza na previsão de fluxos monetários gerados. Num enquadramento de mercado aberto em que existem diversas alternativas de aplicação e financiamento, a quantificação do risco assume relevância. É óbvio que se trata de uma matéria complexa que, de acordo com os objectivos do programa e do presente manual, deverá ser tratada do modo mais simples e prático possível. O risco decompõe-se em: Risco não sistemático, Específico, Residual, Risco sistemático ou de mercado

O primeiro é específico da empresa e concorrentes directos. Pode ser reduzido mediante a diversificação. O segundo afecta todas as empresas e prende-se com incertezas globais como a inflação, políticas monetária e cambial, mutações conjunturais, etc. Este último risco conduz naturalmente à exigência de uma remuneração adicional para o investimento em questão, uma vez que para criar valor é necessário que se gerem rendibilidades superiores ao custo de oportunidade do capital. O risco de mercado ou sistemático reflecte-se no risco do capital próprio investido na empresa e decompõe-se em: Risco do negócio - surge ligado à gestão da exploração da empresa, influenciando a variabilidade dos fluxos monetários operacionais; Risco financeiro - conexo à estrutura financeira. Se a empresa se endivida, aumenta o risco sobre os capitais próprios, potencializando a diminuição da respectiva rendibilidade. Analisar o risco significa, em análise e gestão financeira, a utilização de outras duas metodologias (para além das variáveis estatísticas), consoante aquilo a que se recorre uma, baseada apenas no Balanço e na Demonstração dos Resultados e outra, baseada em estatísticas e dados de mercado externos à empresa. Relativamente ao Balanço, procura identificar-se o risco financeiro assumindo que a estrutura tem que ser equilibrada para que a empresa possa funcionar com normalidade. O equilíbrio financeiro surge como teste à capacidade da empresa solver os compromissos para com terceiros, nas respectivas datas, com recurso ao estudo da liquidez, solvabilidade, estabilidade, capacidade de endividamento, etc. Surge ainda como a necessidade de garantir um equilíbrio funcional entre recursos e aplicações. Falamos, então de tesouraria líquida, fundo de maneio e necessidades em fundo de maneio. Com base no referido, o risco operacional pode ser medido (sobre demonstrações contabilísticas sucessivas) com recurso a: Grau de alavanca operacional; O risco varia na proporção directa do peso dos custos fixos na estrutura dos custos. Se estes forem elevados (exº indústrias de capital intensivo), manter-se-ão independentemente do nível da actividade, revelando elevado risco operacional. É precisamente esta relação entre o nível dos custos fixos e o resultado operacional que se designa por alavanca operacional ou económica. Se as vendas aumentarem a alavanca é favorável, pois, vai demonstrar um impacto mais que proporcional nos resultados operacionais. Se as vendas evidenciarem

tendência para decrescerem, o fenómeno é inverso, sendo a alavanca operacional desfavorável. O grau de alavanca operacional pode medir-se pelo rácio Margem de Contribuição Resultado Operacional Ponto crítico das vendas; Se considerarmos uma certa estrutura de custos, o respectivo grau de alavanca operacional é tanto maior quanto o volume de vendas estiver próximo do seu ponto crítico. Daí poder-se trabalhar numa perspectiva do ponto em que as vendas produzem resultado zero para a empresa. Margem de segurança. Decorrente do anterior importa agora saber qual o nível de vendas que a empresa atinge normalmente e qual a diferença para o nível crítico destas. A margem de segurança é a que informa sobre o intervalo de queda das vendas que conduz a empresa ao limite, ou seja, ao ponto crítico. Importa controlar e decidir não apenas ao nível dos resultados operacionais mas igualmente sobre a forma de financiamento do activo (capitais próprios e alheios). É nesta fase que entra a necessidade de converter o Balanço e a Demonstração de Resultados contabilísticos em funcionais, detalhar o ciclo financeiro e os níveis de decisão (estratégica e operacional), conforme referido em pontos anteriores.

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO DE VISEU DEPARTAMENTO DE GESTÃO Análise Financeira 2º semestre Casos Práticos sobre diagnóstico financeiro Luís Fernandes Rodrigues 2011-2012

Exercício nº 8 O uso de rácios económico-financeiros no como enquanto instrumentos fundamentais no diagnóstico financeiro das empresas. O departamento de assessoria financeira da RISK e ASSOCIADOS, Lda. recebeu um pedido de informação respeitante ao risco de crédito da ACEMELSA por parte de uma empresa que está em vias de assinar um importante contrato comercial com a referida empresa. Consequentemente deve ser diagnosticada não só a capacidade da empresa fazer face às suas responsabilidades comerciais no curto prazo (liquidez), mas como esta condição se manterá a médio e longo prazo. O Balanço da empresa ACEMELSA a 31 de Dezembro apresenta-se seguidamente: Activo Passivo Imobilizado corpóreo 28.340 Capital Social 9.000 Amortizações Acumuladas -7.500 Reservas 7.440 Existências 4.500 Devedores 3.000 Empréstimos a mlp 10.500 Títulos negociáveis 2.250 Empréstimos a cp 1.600 Disponibilidades 850 Fornecedores 2000 EOEP 500 Adiant. a clientes 400 Total do Activo 31.440 Total do Passivo + C P 31.440 A Demonstração de resultados da ACEMELSA na mesma data é a seguinte: Vendas 45.225 Compras -38.325 FSE -1.350 Amortizações -1.500

EBIT (RAJI) 4.050 Encargos Financeiros -1.280 RAI 2.770 Imposto s/ rendimento -970 Resultado Líquido 1800 Tenha presente os seguintes Indicadores Sectoriais: Liquidez Geral 2,4 Liquidez Reduzida 1,1 Liquidez imediata 0,56 Rácio de autonomia financeira 0,65 Cobertura de juros (EBIT/EF) 7 Rotação de Existências 8,75 Rotação do Activo Total 2,1 PMR 22 Rentabilidade Económica (EBIT/AT) 16,5% Rentabilidade Financeira (RL/C P) 14,5% Pretende-se Utilize estes indicadores sectoriais comparativamente aos valores assumidos pela empresa para o auxiliar na elaboração de um diagnóstico financeiro, de carácter exploratório, sobre a situação da empresa ACEMELSA. Realce o objectivo e conclusão do seu parecer, assinalando os seus aspectos positivos e negativos ao longo das dimensões de liquidez, solvência e rentabilidade.

Indicadores 1.Liquidez Geral 2.Liquidez Reduzida 3.Liquidez imediata 4.PMR 5.PMR 6. 7.Rácio de autonomia financeira 8. 9.Cobertura de juros (EBIT/EF) 10. 11.Rentabilidade Económica (EBIT/AT) 12.Rotação do Activo Total 13. 14.Rentabilidade Financeira (RL/C P 15. 16. ACEMELSA

Exercício 2 - Análise Financeira Análise Financeira e Identificação de Ineficiências de Gestão Na sequência da ocorrência de baixas taxas de rendibilidade, o Conselho de Administração da TWININGS, S.A. solicitou ao gestor financeiro um parecer sobre a situação económicofinanceiro, com vista a identificar possíveis ineficiências de gestão. No último Balanço e Demonstração de Resultados por Funções figuravam os seguintes valores: Activo Quadro 1 Balanço em 31-12-N Unidades: Euros Capital Próprio e Passivo Activos Fixos 150.000 Capital 76.000 Brutos Amortizações Acumul. (52.000) Reservas 134.00 0 Activos F. Liquidos 98.000 Capital Próprio 210.00 0 Activo Circulante Passivo a Longo Prazo 16.000 Inventários 106.000 Passivo Circulante Clientes 44.000 Fornecedores 60.000 Títulos 22.000 Outros Credores 14.000 74.000 Negociáveis Depósitos à 30.000 202.000 Ordem Total do Activo 300.000 Total do Capital Próprio e Passivo 300.00 0 Quadro 2 Demonstração de Resultados em 31-12-N Unidades: Euros Vendas e Prestações de Serviços 530.000 Custos das Vendas e Prestações de Serviços 440.000 Resultados Brutos 90.000 Custos Operacionais 49.000 Amortizações do Exercício 8.000 Total dos Custos Operacionais 57.000 Resultados Operacionais 33.000 Juros e Custos Similares 3.000 Resultados Antes de Impostos 30.000 Imposto sobre o Rendimento do Exercício 15.000 Resultado Líquido do Exercício 15.000

Os indicadores económico-financeiros da média da Indústria, em 31-12-N, constam da Tabela.3. Imagine-se gestor financeiro da TWININGS,S.A. Recorra à análise de rácios e à Equação de Du Pont com vista a emitir o parecer solicitado, considerando os rácios médios da Indústria e referindo-se aos indicadores que lhe parecerem críticos. Admita que a empresa não efectuou prestações de serviços. Tabela 3 Indicadores Económico-Financeiros da Indústria Liquidez Geral 2 Endividamento 30% TIE (Times Interest Earning) 10 Rotação Inventários a Preços de Venda 10 Prazo Médio de Recebimentos (em dias, ano 29 365 dias) Rotação Activos Fixos Líquidos 6 Rotação Activos Total Líquido 3 Margem Líquida sobre as Vendas 3% ROA (Return on Assets) 9% ROE (Return on Equity) 12,6% Multiplicador do Capital Próprio 1,4

Exercício nº3 Um analista financeiro foi encarregado de redigir um relatório sobre a PKARTE tendo efectuado uma visita à empresa e tido uma reunião com o director financeiro que lhe forneceu os seguintes dados contabilístico-financeiros. A PKARTE explora pedreiras de mármore. Com a pedra extraída a empresa fornece, a empresas de construção civil e armazenistas, materiais para equipar e decorar cozinhas. Dado o êxito dos equipamentos minerais relativamente aos elaboradas com outros produtos, no futuro espera-se que as vendas do sector cresçam de forma estável (ainda que lenta). Contudo, dado que a procura depende da construção de novas casas e da renovação de cozinhas, não se excluem reduções de procura, por causa da crise económica. Dado ao peso do produto, a concorrência é regional (região centro) e nenhuma das empresas da zona dispõe de vantagens decisivas sobre as restantes, tendo acesso a matérias-primas de idêntica características. Esta empresa foi fundada à 35 anos, estando actualmente o seu capital accionista está muito distribuído entre os membros de sete famílias da região (nenhuma delas dispõe de um número suficiente de acções para tomar o controlo da companhia). Desde alguns anos, o director executivo da empresa da empresa tem gerido a empresa com o apoio maioritário dos proprietários. Não são de esperar mudanças radicais na direcção, produção ou estratégia competitiva. Uma empresa de um grupo industrial da região, desejoso de diversificar os seus investimentos está a estudar a aquisição de uma participação na PKARTE. O objectivo deste é obter uma participação de controlo. No anexos ao Balanço e Demonstrações de Resultados encontraram-se as seguintes informações: Com a informação que aparece nos documentos de fim de exercício, apresentados seguidamente (auditados sem reservas). 1. A partir das Demonstrações Financeiras construa uma bateria de rácios para o último triénio. 2. Qual a sua opinião sobre a situação da empresa ao longo do triénio nas suas várias dimensões. 3. Que apresente um relatório de análise financeira em que se apresente a PKARTE e proponha uma opinião provisória sobre a operação. Aconselha-se que siga as seguintes etapas na elaboração do seu dossier de análise: * Identificação do objectivo da análise. * Pronuncie-se sobre a situação da empresa no sector, face a conjuntura nacional actual.

* Detenha-se na com particular atenção sobre os seguintes aspectos: Rentabilidade Solvência Liquidez Balanços 2009 2008 2007 ACTIVO Activo Fixo 16,400 18,700 20,600 Activos Intangiveis 1,300 1,900 2,500 Activos Tangiveis 15,100 16,800 18,100 Activo Corrente 12,400 10,200 9,400 Inventários 3,000 4,000 3,000 Clientes 4,600 3,700 4,400 Outros Instrumentos Financeiros 3,500 1,800 900 Disponibilidades 500 400 400 Diferimentos 800 300 700 ACTIVO TOTAL 28,800 28,900 30,000 CAPITAIS PRÓPRIOS Capital social 7,500 7,500 7,500 Reservas e Res. Transitados 3,200 4,900 5,100 Resultado Líquidos 1,700 200 2,000 PASSIVO Obrigações a largo prazo 6,500 7,500 7,000 Fornecedores de imobilizado 1,000 2,300 3,000 Capitais Permanentes 19,900 22,400 24,600 Passivo Corrente 8,900 6,500 5,400 Fornecedores 1,500 2,300 1,200 Outros credores 4,500 4,200 2,700 Accionistas 1,900 Estado e O.E.Públicos 1,000 0 1,500

RESULTADOS 2009 2008 2007 Rendimentos 57,100 52,200 55,300 Vendas 56,500 51,000 55,200 Variação dos Inventários de Produção 0 1,000 0 Juros e Custos Similares 600 200 100 Gastos 54,400 52,000 51,800 Consumo de Matérias 2,000 1,000 1000 FSE 32,800 31,800 31,500 Gastos com o Pessoal 15,000 14,500 14,000 Depreciação e Amortizaçãoes 1,900 1,900 1,900 Outros Gastos 1,500 1,500 1,500 Gastos Financeiros 1,200 1,300 1,900 Resultado antes de impostos 2,700 200 3,500 Imposto sobre Rendimento 1,000 0 1,500 Resultado Líquidos 1,700 200 2,000 Indicadores N N+1 N+2 Cobertura do Activo Fixo por Capital Perm. Solvabilidade Autonomia Financeira EBIT/Gastos Financeiros Taxa de Juro Aparente Liquidez Geral Liquidez Reduzida Liquidez Imediata Prazo Médio de Recebimento (dias) Prazo Médio de Pagamento (dias) Rentabilidade dos Activos (EBIT/AT) Rentabilidade das Vendas (EBIT/VN) Rotação do Activo Total (VN/AT)

Exercício nº4 A MODEX, S.A. é uma cadeia de armazéns especializada na venda de roupa com implantação em todo o território nacional. A partir de meados dos anos 90 os seus principais competidores foram a INDIGOTEX ode e as GALERIAS FASHION. A aparição de novos competidores, que comercializam marca própria establecem contratos franquias com os pequenos comerciantes, tem reduziu o ritmo de crescimento que a MODEX, tinha demonstrado durante novo milénio. No relatório de gestão, correspondente ao exercício de 2009, os administradores da sociedade manifestaram, que apesar da queda da procura nos últimos cinco anos, a MODEX tem conseguido manter um nível aceitável de resultados e que, sendo previsível que a procura cresça com a retoma da economia portuguesa. A expextativa da recuperaçãodo consumo de uma forma sustentável apesar de com taxaz inferiores ao período antes da recessão, é razoável esperar que a situação não possa nos próximos exercícios. Entusiasmado por estas expectativas favoráveis, o Banco Lusitano, que há alguns anos iniciou uma estratégia de crescimento e diversificação dos seus investimentos com a criação de uma componente industrial no seu grupo, está considerando a possibilidade de adquirir uma participação a longo prazo no capital de MODEX. Para isso, conta com a informação que aparece nos documentos de fim de exercício, apresentados seguidamente (auditados sem reservas). Para além disso a ARA está disposta a satisfazer qualquer petição razoável (e justificada) de informação adicional. Pretende-se: - Que apresente um relatório de análise financeira em que se apresente a ARA, S.A. e se proponha uma opinião provisória sobre a operação. Aconselha-se que siga as seguintes etapas na elaboração do seu parecer: Numa primeira etapa proceda à: Identificação do objectivo da análise. Situação da empresa no sector No corpo do seu relatório procederá ao diagnóstico financeiro da empresa tendo em conta as seguintes dimensões: Rentabilidade Solvência Liquidez

Na fase final do seu relatório elaborará uma conclusão geral, mas com um carácter provisório, que condicionará a um pedido de informação complementar. BALANÇO da MODEX, S.A. (em milhões de ) 2009 %V %H 2008 %V %H 2007 %V %H 20006 Activos Intangiveis 15.00 3.9 100.0 15.00 3.9 100.0 15.00 5.1 100.0 15 Activos Tangiveis 121.69 31.3 112.3 108.36 28.2 114.0 95.04 32.1 125.3 75.85 Investimentos financeiros 32.41 8.3 78.3 41.39 10.8 98.9 41.85 14.2 145.3 28.81 Outras Dívidas a Receber a l.. 6.57 1.7 168.0 3.91 1.0 51.9 7.53 2.5 112.7 6.68 ACTIVO NÃO CORRENTE 175.67 45.2 104.2 168.66 43.8 105.8 159.42 53.9 126.2 126.34 Inventários 98.66 25.4 114.5 86.13 22.4 123.0 70.02 23.7 98.7 70.97 Clientes 87.78 22.6 96.0 91.42 23.8 220.5 41.46 14.0 72.9 56.84 Aplicações financeiras de c/p 20.63 5.3 72.3 28.55 7.4 170.0 16.79 5.7 63.6 26.41 Disponibilidades 0.42 0.1 7.5 5.63 1.5 83.3 6.76 2.3 195.9 3.45 Custos Diferidos 5.45 1.4 123.9 4.4 1.1 343.8 1.28 0.4 15.1 8.49 ACTIVO CORRENTE 212.94 54.8 98.5 216.13 56.2 158.6 136.31 46.1 82.0 166.16 TOTAL DO ACTIVO 388.61 100 101 384.79 100 130 295.73 100 101 292.5 Capital 50 12.9 100.0 50 13.0 70.0 50 16.9 100.0 50 Reservas 162.9 41.9 113.9 142.96 37.2 119.1 120.04 40.6 139.0 86.38 Resultados Líquido 30.48 7.8 98.5 30.94 8.0 94.0 32.92 11.1 75.4 43.64 CAPITAIS PRÓPRIOS 243.38 62.6 108.7 223.9 58.2 110.3 202.96 68.6 112.7 180.02 Dívidas a Instituições crédito 13.6 3.5 117.4 11.58 3.0 514.7 2.25 0.8 22.5 10 Outras dívidas a longo plazo: 50.72 13.1 93.5 54.25 14.1 99.7 54.44 18.4 95.2 57.16 Total das Dívidas a longo prazo 64.32 16.6 97.7 65.83 17.1 116.1 56.69 19.2 84.4 67.16 Total dos Capitais Permanentes 307.7 79.2 106.2 289.73 75.3 111.6 259.65 87.8 105.0 247.18 Fornecedores 32.41 8.3 88.5 36.62 9.5 95.4 38.38 13.0 84.1 45.62 Dívidas a Instituições de Crédito 11 2.8 71.3 15.43 4.0 225.3 6.85 2.3 140.7 4.87 Accionistas 37.5 9.6 87.2 43.01 11.2 147.1 29.23 9.9 72.3 40.45 PASSIVO CORRENTE 80.91 20.8 85.1 95.06 24.7 467.8 36.08 12.2 79.6 45.32 PASSIVO E CAP. PRÓPRIOS 388.61 100 101 384.79 100 579.4 295.73 100 101. 292.5

MODEX, S. A. (em milhões de ) 2009 %V %H 2008 %V %H 2007 %V %H 2006 Volume de negócios 291.68 100 102 286.01 100.0 97.2 294.18 100.0 104.1 282.70 + Outros proveitos da exploração 6.06 2 85 7.12 2.5 84.0 8.48 3 141 6.02 - Consumos 183.97 63 102 180.89 63.2 105.6 171.22 58 111 154.85 - Gastos com o pessoal 62.22 21 104 59.66 20.9 108.4 55.04 19 111 49.65 - Depr. e amortizações de imobilizado 9 3 125 7.18 2.5 111.3 6.45 2 128 5.03 -Variação Imparidades 1.24 0 82 1.52 0.5 380.0 0.4 0 70 0.57 - Outros gastos de exploração 32.94 11 108 30.45 10.6 105.2 28.95 10 103 27.98 = Resultado de exploração 8.37 3 62 13.43 4.7 33.1 40.60 14 80 50.64 - Outros Gastos 0 0 0 0 0.0 0.0 0 0 0 0 + Outros Rendimentos 27.65 0 166 16.64 5.8 4,058.5 0.41 0.1 0 0 = R.A.J.I 36.02 17 120 30.07 10.5 73.3 41.01 0.1 0 50.64 - Gastos financeiros 6.05 2 87 6.98 2.4 111.9 6.24 2.1 89 7.01 + Juros e outros rendimentos similares 6.58 2 49 13.55 4.7 209.8 6.46 2.2 73 8.80 = Resultado antes de impostos 36.55 13 100 36.64 12.8 88.9 41.23 13.9 79 52.43 = Imposto sobre o rendimento do período 6.07 2 106 5.7 2.0 68.6 8.31 2.8 95 8.79 =Resultado Líquido do Período 30.48 10.45 98.51 30.94 10.82 93.99 32.92 11.2 75.44 43.64 MODEX, S. A. Propostas de distribuição dos resultados (em milhões de ) 2009 2008 2007 2006 Resultados do exercício 30,48 30,94 32,92 43,32 Dividendos 13,33 11,00 10,00 9,98 Incorporação em reservas 17,15 19,94 22,92 33,34

Exercício 5- Análise da Gestão do Equilibrio Financeiro A Global, S.A. tem como finalidade a distribuição de bebidas, designadamente, vinhos e bebidas espirituosas. Alguns produtos, em particular os vinhos nacionais, são adquiridos directamente a produtores nacionais, enquanto que a maioria são adquiridos a produtores internacionais. Balanço e Demonstração de Resultados por Funções do Triénio N a N+1 Balanço em 31-12 Exercícios Unidades: Euros N N+1 N+2 Activo Activos Fixos Brutos 350.000 400.000 500.000 Depreciação Acumulada (50.000) (65.000) (90.000) Activos Fixos Líquidos 300.000 335.000 410.000 Inventários Líquidas 7.233 10.608 35.803 Inventários 10.233 17.208 46.903 Imparidades em inventários (3.000) (6.600) (11.100) Clientes 36.164 46.411 106.082 Valor bruto de Clientes 43.164 61.811 131.982 Imparidades em devedores (7.000) (15.400) (25.900) Depósito à Ordem 11.000 12.100 24.200 Activo Circulante 54.397 69.119 166.085 Total Activo 354.397 404.119 576.085 Capital Próprio e Passivo Capital Próprio Capital 150.000 150.000 200.000 Reservas 19.000 25.000 29.104 Resultado Liquido do Exercício 11.000 6.840 17.667 Dividendos antecipados (5.000) (2.736) (1.596) Total Capital Próprio 175.000 179.104 245.175 Passivo Financiamentos bancários a longo prazo 150.000 150.000 200.000 Passivo a Médio e Longo Prazo 150.000 150.000 200.000 Empréstimos bancários a curto prazo 16.000 57.500 70.000 Fornecedores 13.397 17.515 60.910 Passivo circulante 29.397 75.015 130.910 Total do Passivo 179.397 225.015 330.910 Total do Capital Próprio e Passivo 354.397 404.119 576.085

Relativamente aos produtos nacionais não se verificam grandes exigências de stockagem, dada a proximidade geográfica, cabendo aos produtores a responsabilidade de manter níveis de stocks adequados. Quanto aos produtos importados, dados os tempos e custos de transporte, a Global, S.A. tem necessidade de possuir níveis de stocks que satisfaçam de imediato as necessidades dos seus clientes. Demonstração de Resultados em 31-12 Exercícios Unidades: Euros N N+1 N+2 Vendas e Prestação de Serviços 220.000 242.000 484.000 Custo das Vendas e Prestação de Serviços 88.000 96.800 290.400 Resultados Brutos 132.000 145.200 193.600 Custos de Distribuição 20.000 23.000 25.000 Custos Administrativos 40.000 48.000 50.616 Amortizações do Exercício 10.000 15.000 25.000 Depreciação no Exercício 10.000 12.000 15.000 Total Custos Operacionais 80.000 98.000 115.616 Resultados Operacionais 52.000 47.200 77.984 Juros e Custos Similares 30.000 33.520 42.650 Resultados Antes de Impostos 22.000 13.680 35.334 Imposto sobre o Rendimento do Exercício 11.000 6.840 17.667 Resultado Líquido do Exercício 11.000 6.840 17.667 Compras (CVPS - EI + EF) 88.233 103.775 320.095 Dividendos Antecipados 5.000 2.736 1.596 Os clientes da empresa são lojas especializadas no retalho, supermercados e hipermercados. Os últimos responsáveis por 85% das vendas da empresa. Dado o poder negocial destes, o prazo de médio de recebimentos tem vindo a dilatar-se nos últimos 3 anos e não se prevê uma inversão.quando muito espera-se estabilizar tal prazo. A empresa tem feito um esforço considerável para alargar o prazo médio de pagamentos, no entanto, os fornecedores, em particular os estrangeiros, aos quais a empresa compra 65% das mercadorias, têm se mostrado inflexíveis.

Balanço em 31-12 Exercícios Exercicios % do total em coluna Variação Percentual N N+1 N+2 N+1 N+2 Activo Activos Tangiveis Brutos 98,76% 98,98% 86,79% 14,29% 25,00% Depreciações Acumuladas (14,11%) (16,08%) (15,62%) 30,00% 38,46% Activos Tangiveis Líquidos 84,65% 82,90% 71,17% 11,67% 22,39% Inventários Líquidos 2,04% 2,63% 6,21% 46,66% 237,51% Inventários 2,89% 4,26% 8,14% 68,16% 172,57% Imparidades em einventários. (0,85%) (1,63%) (1,93%) 120,00% 68,18% Clientes Líquidos 10,20% 11,48% 18,41% 28,33% 128,57% Clientes 12,18% 15,30% 22,91% 43,20% 113,53% Imparidades em Cliente (1,98%) (3,81%) (4,50%) 120,00% 68,18% Depósitos à ordem 3,10% 2,99% 4,20% 10,00% 100,00% Activo circulante 15,35% 17,10% 28,83% 27,06% 140,29% Total do Activo 100,00% 100,00% 100,00% 14,03% 42,55% Capital Próprio e Passivo Capital Próprio Capital 42,33% 37,12% 34,72% 0,00% 33,33% Reservas 5,36% 6,19% 5,05% 31,58% 16,42% Resultado Liquido Exercicio 3,10% 1,69% 3,07% (37,82%) 158,29% Dividendos Antecipados (1,41%) (0,68%) (0,28%) (45,28%) (41,67%) Total do Capital Próprio 49,38% 44,32% 42,56% 2,35% 36,89% Passivo Empréstimos Bancários a longo prazo 42,33% 37,12% 34,72% 0,00% 33,33% Passivo a Médio e Longo Prazo 42,33% 37,12% 34,72% 0,00% 33,33% Empréstimos Bancários a curto prazo 4,51% 14,23% 12,15% 259,38% 21,74% Fornecedores 3,78% 4,33% 10,57% 30,74% 247,76% Passivo Corrente 8,29% 18,56% 22,72% 155,18% 74,51% Total do Passivo 50,62% 55,68% 57,44% 25,43% 47,06% Total do Capital Próprio e Passivo 100,00% 100,00% 100,00% 14,03% 42,55% A estrutura logística da empresa é composta essencialmente por um edifício onde funciona as actividades comerciais e marketing, a par das actividades administrativa e financeiras. Além do referido espaço, a Global, S.A. possui um armazém de apoio ao armazenamento e à distribuição, bem como uma frota automóvel afectos às actividades comerciais e à distribuição.

Demonstração de Resultados em 31-12 Exercícios Exercicios % do total em coluna Variação Percentual N N+1 N+2 N+1 N+2 Vendas e Prestação de Serviços 100,00% 100,00% 100,00% 10,00% 100,00% Custo das Vendas e Prestação de Serviços 40,00% 40,00% 60,00% 10,00% 200,00% Resultados Brutos 60,00% 60,00% 40,00% 10,00% 33,33% Custos de Distribuição 9,09% 9,50% 5,17% 15,00% 8,70% Custos Administrativos 18,18% 19,83% 10,46% 20,00% 5,45% Amortizações do Exercício 4,55% 6,20% 5,17% 50,00% 66,67% Depreciação no Exercício 4,55% 4,96% 3,10% 20,00% 25,00% Total Custos Operacionais 36,36% 40,50% 23,89% 22,50% 17,98% Resultados Operacionais 23,64% 19,50% 16,11% (9,23%) 65,22% Juros e Custos Similares 13,64% 13,85% 8,81% 11,73% 27,24% Resultados Antes de Impostos 10,00% 5,65% 7,30% (37,82%) 158,29% Imposto sobre o Rendimento do Exercício 5,00% 2,83% 3,65% (37,82%) 158,29% Resultado Líquido do Exercício 5,00% 2,83% 3,65% (37,82%) 158,29% Na sequência de um ano menos bom, Ano N+1, em que se verificou uma deterioração de alguns indicadores económico-financeiros, a empresa optou por mudar a sua estratégia no sentido de conquistar uma maior quota de mercado. A estratégia passou essencialmente por uma maior agressividade na variável preço. Para o efeito, a empresa reduziu a margem bruta de comercializção (margem bruta em percentagem das vendas) de 60%, verificada em N+1, para 40% em N+2. Dada a maior espectativa de vendas, a empresa teve necessidade de investir no aumento da frota automóvel, na capacidade de armazenagem - aumentando a área de armazenamento - e num programa de formação dos agentes comerciais. O investimento ascendeu a 100 000 e foi financiado com 50% de empréstimos bancários a longo prazo e 50% com capital própio. Em N+1 a empresa investiu 50 000 milhares de euros em equipamentos administrativos e optou por os financiar essencialmente com empréstimos bancários a curto prazo. Sabe-se que a taxa de juro anual para empréstimos bancários a curto prazo é de 20%, enquanto que para o longo prazo é de 22%, e que a empresa não registou quaisquer prestações de serviços.

Estruturação dos Indicadores Económico-Financeiros Exercício Sector N N+1 N+2 N N+2 Liquidez 1. Liquidez Geral 1,85 0,92 2,00 2. Liquidez Reduzida 1,60 0,78 1,50 3. Liquidez Imediata 0,37 0,16 0,15 8. Rotação Inventários eplas Venda 21,50 14,06 15,00 9. Prazo Médio de Recebimentos (em dias) 72 93 80 10. Prazo Médio de Stockagem (em dias) 42 65 50 11. Prazo Médio de Pagamentos (em dias) 55 62 75 Solvência 19. Cobertura Fundo Maneio Necessário (17/5) 83,33% (14,93%) 43,44% 100,00% 20. Endividamento 50,62% 55,68% 57,44% 55,00% 21. Solvabilidade Financeira 97,55% 79,60% 74,09% 81,81% 22. Autonomia Financeira 49,38% 44,32% 42,56% 45,00% 23. Peso Passivo no Capital Próprio 102,51% 125,63% 134,97% 122,22% 24. Peso do Passivo a Curto Prazo na Estrutura de Endividam. 16,39% 33,34% 39,56% 20,00% 25. Cobertura Encargos Financeiros (TIE) 1,73 1,41 1,83 2,50 26. Cobertura Alargada Encargos Financeiros 2,40 2,21 2,77 3,00 27. Cobertura do Serviço da Dívida (Capital e Juros) 1,33 0,74 0,89 1,50 Rentabilidade 32. Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 6,29% 3,82% 7,21% 12,00% 35. Rendibilidade do Total do Activo (ROA) 3,10% 1,69% 3,07% 4,00% 36.Resultado Bruta sobre as Vendas 60,00% 60,00% 40,00% 50,00% 40. Rotação do Total do Activo 0,62 0,60 0,84 1,20 Risco 43. Break-Even Point Operacional (em milhares de escudos) 133.333 163.333 289.040 44. Break-Even Point Global (em milhares de escudos) 183.333 219.200 395.665 45. Margem de Segurança Operacional das Vendas 39,39% 32,51% 40,28% 46. Margem de Segurança Global das Vendas 16,67% 9,42% 18,25% 20% 49. Grau de Alavanca Operacional 2,54 3,08 2,48 2,00 50. Grau de Alavanca Financeira 2,36 3,45 2,21 1,50 51. Grau Combinado de Alavanca 6,00 10,61 5,48 3,50 52. Efeito de Alavanca Operacional (0,92) 0,65 53. Efeito de Alavanca Financeira 0,86 0,65 1,06 1,00 RO - Resultados Operacionais; A - Amortizações do Exercício; P - Depreciação no Exercício; I - Imposto sobre o rendimento do exercício; RL - Resultado líquido do exercício 1. Calcule os indicadores económico-financeiros que permitem completar o quadro 4.3 2. Analise a gestão do fundo de maneio de empresa. Tenha em consideração o Balanço e a Demostração de Resultados por Funções, os indicadores económico-finanaceiros e a capacidade de gerar fluxos de caixa no triénio N N+2. 3. Admita que estávamos no final de N-1 e que as demostrações anteriores eram previsionais. Sugira medidas que entende necessárias tendo em vista o equilíbrio financeiro.

Análise Financeira Anexos de Fórmulas

QUADRO DE INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS LIQUIDEZ 1. LIQUIDEZ GERAL Activo Circulante / Passivo Circulante (1) 2. LIQUIDEZ REDUZIDA (Activo Circulante - E) / Passivo Circulante (1) 3. LIQUIDEZ IMEDIATA D / Passivo Circulante 8. ROTAÇÃO EXISTÊNCIAS (PELAS VENDAS) Vendas de Merc. (Prod.) / Existências de Merc. (Prod.) (2) 9. PRAZO MÉDIO RECEBIMENTOS (PMR) (Dias) [ Clientes (C/C e Tít. a Receber) ] / Vendas * 365 (2) 11. PRAZO MÉDIO PAGAMENTOS (PMP) (Dias) Fornecedores (C/C e Tít. a Pagar) / Compras * 365 (2) 10. PRAZO MÉDIO STOCKAGEM (PMS) (Dias) [ E / (CMVMC) * 365 (2) 5. FUNDO MANEIO NECESSÁRIO (FMN) (E + C + EOEP + OD + D) - (F + EOEP + OC) (3) SOLVABILIDADE 18. COBERTURA DO ACTIVO FIXO Capitais Permanentes / Activo Fixo 19. COBERTURA FUNDO MANEIO NECESSÁRIO FM / FMN 6. SITUAÇÃO DE TESOURARIA OU EQUILÍBRIO FINANCEIRO FM - FMN 20. ENDIVIDAMENTO Total Passivo / Total Activo Líquido 21. SOLVABILIDADE FINANCEIRA Capital Próprio / Total Passivo 22. AUTONOMIA FINANCEIRA Capital Próprio / Total Activo Líquido 4. FUNDO MANEIO (FM) Capitais Permanentes - Activo Fixo 23. PESO do PASSIVO no CAPITAL PRÓPRIO Total Passivo / Capital Próprio 24. PESO do PASSIVO C/ PRAZO na ESTRUTURA ENDIVIDAMENTO Passivo Circulante / Total Passivo 25. COBERTURA ENCARGOS FINANCEIROS (TIE) EBIT / Encargos Financeiros 26. COBERTURA ALARGADA ENCARGOS FINANCEIROS (EBITDA) / Encargos Financeiros 27. COBERTURA SERVIÇO da DÍVIDA (Capital e Juros) (EBITDA - I) / (Juros + Amort. Emprést.C/ e M/L Prazo) RENTABILIDADE 28. MEIOS LIBERTOS BRUTOS (MLB) EBITDA 29. MEIOS LIBERTOS LÍQUIDOS (MLL) MLB - I 32. RENDIBILIDADE CAPITAIS PRÓPRIOS (ROE) RLE / Capital Próprio 35. RENDIBILIDADE do TOTAL do ACTIVO (ROA) EBIT / Total do Activo Líquido 37. RESULTADO DAS VENDAS (RB) EBIT / Vendas 40. ROTAÇÃO do TOTAL do ACTIVO Vendas / Total do Activo Líquido

RISCO 43. BREAK-EVEN POINT OPERACIONAL NO ANEXO II 44. BREAK-EVEN POINT GLOBAL NO ANEXO II 46. MARGEM SEGURANÇA das VENDAS NO ANEXO II 49. GRAU de ALAVANCA OPERACIONAL NO ANEXO II 50. GRAU de ALAVANCA FINANCEIRA NO ANEXO II 51. GRAU COMBINADO de ALAVANCA NO ANEXO II 52. EFEITO de ALAVANCA OPERACIONAL NO ANEXO II 53. EFEITO de ALAVANCA FINANCEIRA NO ANEXO II (1) Deve-se considerar os valores líquidos de imparidades. (2) Deve-se considerar os valores brutos. (3) Estas rúbricas devem ser no montante do valore considerados necessários e/ou normal, isto é, fundamentais para o normal funcionamento da organização. D - Disponibilidades C - Clientes OD - Outros Devedores E Existências IP - Imparidades F - Fornecedores OC - Outros Credores EOEP - Estado e Outros Entes Públicos A&D - Amortizações e depreciações no exerc. RO - Resultados Operacionais EBIT- Resultados Antes de Juros e Impostos EBITDA- Resultados Antes de Juros e Impostos Depreciações e Amortizações e I - Imposto sobre o Rendimento de Exercício RLE - Resultado Líquido do Exercício CMVMC - Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas CAPITAIS PERMANENTES = Capital Próprio + Passivo M/L Prazo Activos Intangivei (II) Activos tangiveis (IC) INVESTIMENTOS FINANCEIROS (IF) ACTIVOS FIXOS = II + IC + IF

ANEXO II 43. BREAK-EVEN POINT OPERACIONAL - Ponto Crítico Económico (Operacional) das Vendas Quantidade Crítica Económica (Operacional) - Q" = CFO / (PV - CV) Volume de Vendas Crítico Económico (Operacional) - V" = PV * Q" = CO / MBSV em que : CFO - Custos Fixos Operacionais PV - Preço de Venda Unitário CV - Custos Variáveis Unitários CO - Custos Operacionais (Excluem-se os custos das vendas ou os CMVC) MBSV - Margem Bruta em Percentagem das Vendas 44. BREAK-EVEN POINT GLOBAL - Ponto Crítico Global das Vendas Quantidade Crítica Global - Q = CF / (PV - CV) Volume de Vendas Crítico Global - V = PV * Q = (CO + CFI) / MBSV em que : CF - Custos Fixos (Inclui custos financeiros fixos) CFI - Custos Financeiros 46. MARGEM SEGURANÇA das VENDAS MS - Percentagem em que o volume de vendas actual pode descer até se atingir o volume de vendas crítico global. MS = (V - V ) / V em que : V - Volume de Vendas Crítico Global 49. GRAU de ALAVANCA OPERACIONAL DOL - Grau de Alavanca Operacional (Degree of operating leverage) DOL = Q * (PV - CV) = (MB - COV) [ Q * (PV - CV) * COF ] (MB - COV - COF) Ou: DOL = MB / RO

sendo : MB - COV - COF = RO em que : Q - Quantidade Vendida PV - Preço de Venda Unitário CV - Custos Variáveis Unitários COF - Custos Operacionais fixos MB - Margem Bruta em Valor COV - Custos Operacionais Variáveis RO - Resultados Operacionais Significa que uma variação de +/- X% nas vendas, mantida a estrutura de custos fixos operacionais, implicará uma variação de +/- Y% nos resultados operacionais: +/- Y% = +/- X% * DOL 50. GRAU de ALAVANCA FINANCEIRA Grau de Alavanca Financeira (Degree of Financial Leverage) - DFL = RO / RAI em que : RO - Resultados Operacionais RAI - Resultados Antes de Impostos Significa que uma variação de +/- X% nos resultados operacionais, mantida a estrutura de custos financeiros, implicará uma variação de +/- Y% nos resultados antes de impostos: +/- Y% = +/- X% * DFL 51. GRAU COMBINADO de ALAVANCA Grau Combinado de Alavanca (Degree of Combined Leverage) - DCL = DOL * DFL Significa que uma variação de +/- X% nas vendas, mantida a estrutura de custos fixos operacionais e de custos financeiros, implicará uma variação de +/- Y% nos resultados antes de impostos e nos resultados líquidos do exercício: +/- Y% = +/- X% * DCL 52. EFEITO de ALAVANCA OPERACIONAL EAO = ( RO t / RO t-1 ) / ( V t / V t-1 ) em que: RO t - Variação dos Resultados Operacionais no momento t ( RO t = RO t - RO t-1 )

RO t-1 - Resultados Operacionais do momento t-1 V t - Variação das Vendas no momento t ( V t = V t - V t-1 ) V t-1 - Vendas do momento t-1 O efeito de alavanca operacional procura relacionar os resultados operacionais com o nível de actividade. O fenómeno segundo o qual variações no nível de actividade (aumentos ou reduções) originam variações (acréscimos ou decréscimos, designa-se, justamente, por efeito de alavanca operacional.

EFEITO de ALAVANCA FINANCEIRA MODELO ADITIVO DE MODIGLIANI E MILLER ROE = ROA + (ROA - RRSC) * (D / E) em que em que : ROE - Rendibilidade do Capital Próprio ROA - Rendibilidade do Total Activo Líquido RB - Resultado das Vendas (EBIT / Vendas) RA - Rotação do Total do Activo Líquido (Vendas / Total Activo Líquido) : ROA - (EBIT) / Total Activo Líquido RRSC - Encargos Financeiros / Total Passivo D - Total do Passivo E - Capital Próprio MODELO ADITIVO EAF = (RAI / RO) * (TAL / CP) sendo : RAI / RO - Efeito dos Encargos Financeiros TAL / CP - Efeito da Estrutura Financeira em que : TAL - Total activo Líquido CP - Capital Próprio O recurso a capitais alheios, mantidos os resultados operacionais, é favorável à rendibilidade do capital próprio, quando o efeito de alavanca financeira é superior à unidade: (RAI / RO) * (TAL / CP) > 1 RECURSO A CAPITAIS ALHEIOS É FAVORÁVEL

ANEXO II SCORE Z de Altman Trata-se de um indicador de análise de insolvência financeira potencial. FACTOR Z = X 1 * 1,2 + X 2 * 1,4 + X 3 * 3,3 + X 4 * 0,6 + X 5 * 0,999 em que : Líquido X 1 = FML / Total do Activo Líquido X 2 = Resultados Retidos (Resultados Transitados) / Total do Activo X 3 = RO / Total do Activo Líquido X 4 = VMCP / VMCA X 5 = Vendas / Total do Activo Líquido sendo : FML - Fundo Maneio Líquido (Activo Circulante - Passivo Circulante) VMCP - Valor de Mercado do Capital Próprio (Número Acções Emitidas * Preço de Cotação) VMCA - Valor de Mercado dos Capitais Alheios Hipóteses : Z > 2,99 - Se tudo se mantiver como até então, não há probabilidade da empresa vir a falir nos próximos 2 anos; 1,81 < Z < 2,99 - Nada se pode concluir, sendo que se trata de um intervalo que corresponde a uma zona de indefinição; Z < 1,81 - Se tudo se mantiver como até então, existe uma forte probabilidade da empresa vir a falir nos próximos 2 anos.