MATEMÁTICA I. Ana Paula Figueiredo

Documentos relacionados
Conteúdo programático por disciplina Matemática 6 o ano

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

Os eixo x e y dividem a circunferência em quatro partes congruentes chamadas quadrantes, numeradas de 1 a 4 conforme figura abaixo:

Módulo de Equações do Segundo Grau. Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano

a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

números decimais Inicialmente, as frações são apresentadas como partes de um todo. Por exemplo, teremos 2 de um bolo se dividirmos esse bolo

números decimais Inicialmente, as frações são apresentadas como partes de um todo. Por exemplo, teremos 2 de um bolo se dividirmos esse bolo

POTENCIAÇÃO, RADICIAÇÃO E LOGARITMAÇÂO NOS NÚMEROS REAIS. Potenciação 1

CURSO DE MATEMÁTICA BÁSICA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL CENTRO DE ENGENHARIA DA MOBILIDADE

. B(x 2, y 2 ). A(x 1, y 1 )

Aula 5. Uma partícula evolui na reta. A trajetória é uma função que dá a sua posição em função do tempo:

Matemática Básica Intervalos

Matrizes. matriz de 2 linhas e 2 colunas. matriz de 3 linhas e 3 colunas. matriz de 3 linhas e 1 coluna. matriz de 1 linha e 4 colunas.

TEORIA 5: EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 1º GRAU MATEMÁTICA BÁSICA

=...= 1,0 = 1,00 = 1,000...

O Plano. Equação Geral do Plano:

21- EXERCÍCIOS FUNÇÕES DO SEGUNDO GRAU

FRAÇÃO. Número de partes pintadas 3 e números de partes em foi dividida a figura 5

Prática. Exercícios didáticos ( I)

4.4 Limite e continuidade

Considere as situações:

ÁLGEBRA. Aula 5 _ Função Polinomial do 1º Grau Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora

Probabilidade. Luiz Carlos Terra

I. Conjunto Elemento Pertinência

GEOMETRIA DESCRITIVA... o que é e para que serve!

Comecemos por relembrar as propriedades das potências: = a x c) a x a y = a x+y

Se inicialmente, o tanque estava com 100 litros, pode-se afirmar que ao final do dia o mesmo conterá.

EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS PARA AS DISCIPLINAS INTRODUTÓRIAS DA MATEMÁTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR

Unidade 10 Trigonometria: Conceitos Básicos. Arcos e ângulos Circunferência trigonométrica

PLANO DE ESTUDOS DE MATEMÁTICA 5.º ANO

Módulo de Princípios Básicos de Contagem. Segundo ano

TRIGONOMETRIA CICLO TRIGONOMÉTRICO

Álgebra Linear I - Aula 20

Álgebra Linear Aplicada à Compressão de Imagens. Universidade de Lisboa Instituto Superior Técnico. Mestrado em Engenharia Aeroespacial

SÍMBOLOS MATEMÁTICOS. adição Lê-se como "mais" Ex: 2+3 = 5, significa que se somarmos 2 e 3 o resultado é 5.

Capítulo 4. Retas e Planos. 4.1 A reta

1.10 Sistemas de coordenadas cartesianas

Unidade 3 Função Afim

Questão 1. Questão 3. Questão 2. Resposta. Resposta. Resposta. a) calcule a área do triângulo OAB. b) determine OC e CD.

Aplicações Diferentes Para Números Complexos

PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

2.1 - Triângulo Equilátero: é todo triângulo que apresenta os três lados com a mesma medida. Nesse caso dizemos que os três lados são congruentes.

Exercícios de Aprofundamento Mat Polinômios e Matrizes

CONCURSO DE ADMISSÃO AO COLÉGIO MILITAR DO RECIFE - 95 / 96 QUESTÃO ÚNICA. ESCORES OBTIDOS MÚLTIPLA ESCOLHA

AULA 1 EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 1º GRAU

Recorrendo à nossa imaginação podemos tentar escrever números racionais de modo semelhante: 1 2 =

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ BIBLIOTECA DE OBJETOS MATEMÁTICOS COORDENADOR: Dr. MARCIO LIMA

MATEMÁTICA (11º ano) Exercícios de Exames e Testes Intermédios Equações de retas e planos

Sendo o polinômio P(x), de grau quatro e divisível por Q(x) = x 3, o resto de sua divisão por D(x) = x 5 é

ÁLGEBRA VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA (UFCG- CUITÉ)

Seu pé direito nas melhores Faculdades

141

Actividade de enriquecimento. Algoritmo da raiz quadrada

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática

Resumos para a Prova de Aferição. Matemática

SOLUÇÕES. Fichas de Trabalho de Apoio. FT Apoio 7 ; ; 5.1. [ 30, [ ); 5.2. [, 2[ ; 8.6. FT Apoio 8. 2 e 1; 3.2. por exemplo: 3 ou.

SOLUÇÕES N item a) O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2.

Da linha poligonal ao polígono

CARTOGRAFIA. Sistemas de Coordenadas. Prof. Luiz Rotta

= Pontuação: A questão vale dez pontos, tem dois itens, sendo que o item A vale até três pontos, e o B vale até sete pontos.

Corrente elétrica, potência, resistores e leis de Ohm

FUNÇÃO DO 2º GRAU PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS

M =C J, fórmula do montante

ORIENTAÇÕES: 1) Considere as expressões algébricas dos quadros abaixo: Responda às perguntas:

MATRIZ - FORMAÇÃO E IGUALDADE

Planificação Anual de Matemática 5º Ano

1 - POLÍGONOS REGULARES E CIRCUNFERÊNCIAS

FRAÇÃO Definição e Operações

Proposta de resolução da Prova de Matemática A (código 635) 2ª fase. 19 de Julho de 2010

Algoritmo da raiz quadrada

Escola Secundária Gabriel Pereira. Nome: N.º: Ano Turma

QUESTÕES PARA A 3ª SÉRIE ENSINO MÉDIO MATEMÁTICA 2º BIMESTE SUGESTÕES DE RESOLUÇÕES

Equipe de Matemática MATEMÁTICA

Exercícios e questões de Álgebra Linear

Matrizes e Sistemas Lineares. Professor: Juliano de Bem Francisco. Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina.

Matemática - Módulo 1

8º Ano Planificação Matemática 14/15

UNIVERSITÁRIO DE SINOP CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

12 26, 62, 34, , , 65

EXERCÍCIOS DE REVISÃO MATEMÁTICA II GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA (Ponto, reta e circunferência)

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema II Introdução ao Cálculo Diferencial I Funções Racionais e com Radicais

PROVA DE MATEMÁTICA CONCURSO DE ADMISSÃO 2013/2014 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

TRIGONOMETRIA. AULA 1 _ Os triângulos Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora

Matemática Régis Cortes MÚLTIPLOS E DIVISORES

Fração é uma forma de representar uma divisão, onde o numerador é o dividendo e o denominador é o divisor. Exemplo:

Nesta aula vamos rever operações com frações,

Resumo: Estudo do Comportamento das Funções. 1º - Explicitar o domínio da função estudada

1.2. Recorrendo a um diagrama em árvore, por exemplo, temos: 1.ª tenda 2.ª tenda P E E

NOTAÇÕES. : distância do ponto P à reta r : segmento de extremidades nos pontos A e B

Números inteiros Z ± 7º Ano / 2013

Ficha de Exercícios nº 2

Probabilidade. Evento (E) é o acontecimento que deve ser analisado.

Matemática A. Versão 1. Na sua folha de respostas, indique de forma legível a versão do teste. Teste Intermédio de Matemática A.

Trigonometria. Relação fundamental. O ciclo trigonométrico. Pré. b c. B Sabemos que a 2 = b 2 + c 2, dividindo os dois membros por a 2 : a b c 2 2 2

Aula 3 Função do 1º Grau

Equações paramétricas da Reta

Gabarito de Matemática do 6º ano do E.F.

Matemática. Resolução das atividades complementares. M3 Conjuntos

Transcrição:

I Ana Paula Figueiredo

Números Reais IR O conjunto dos números Irracionais reunido com o conjunto dos números Racionais (Q), formam o conjunto dos números Reais (IR ). Assim, os principais conjuntos numéricos são: IN, Z, Q, IR. IN conjunto dos números naturais. IN = {1, 2, 3,...} Z - conjunto dos números inteiros. Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2,... Q conjunto dos números racionais. Q = Z U { números fraccionários} IR conjunto dos números reais. IR = Q U I IN Z Q IR

IR - números reais Q - números racionais Z - números inteiros IN números naturais

Número Racional Q conjunto de números reais inteiros ou decimais, com número finito de casas e daqueles com infinitas casa decimais, porém, neste caso, seus elementos são iguais ou formam dízimas periódicas. 123 = 11 11,1818181818... Número Irracional I conjunto de números decimais com infinitas casas, cujos elementos aparecem sem estabelecer nenhuma sequência. 3 = 1,732050807568...

Exemplo de números Irracionais Todas as raízes quadradas de números naturais que não sejam quadrados perfeitos, isto é se a raiz quadrada de um número natural não for inteira, é irracional. Logo são irracionais, com n natural e n de um quadrado perfeito. Números representáveis por numerais decimais ou dízimas infinitas não periódicas. = 1,144213562373095048801688724209698078569671

Exemplos de Alguns Números Irracionais famosos: π = 3.1415926535897932384626433832795028841971693993751058209749 1.4142135623730950488016887242096980785696718753769480 Perímetro da circunferência: P = 2πr Medida da hipotenusa

NÚMEROS RACIONAIS Q Um número racional é um número que pode ser escrito na forma onde m e n são números inteiros, devendo n ser diferente de zero. Números racionais podem ser obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais é denotado por Q (quociente). Assim, é comum encontrarmos na literatura a notação: Q = {m/n : m e n em Z, n diferente de zero}

Um facto importante que relaciona os números racionais com os números reais é que todo o número real que pode ser escrito como uma dízima periódica é um número racional. Isto significa que podemos transformar uma dízima periódica numa fração. A transformação de uma fracção num número decimal não oferece dificuldade. No fundo basta dividir o numerador pelo denominador. Exemplos: (no segundo caso teremos uma dízima infinita de período 6)

FRAÇÕES Duas frações dizem-se equivalentes quando se passa de uma para a outra muiltiplicando ou dividindo o numerador e o denominador pelo mesmo número. Exemplos: Simplificar uma fração - é obter uma fração equivalente mais simples. Para isso podemos dividir o numerador e o denominador pelo seu m.d.c. Exemplo:

DÍZIMAS PERIÓDICAS Uma dízima periódica é um número real da forma: m,npppp... onde m, n e p são números inteiros, sendo que o número p se repete indefinidamente, razão pela qual usamos os três pontos:... após o mesmo. A parte que se repete é denominada período. Em alguns livros é comum o uso de uma barra sobre o período ou uma barra debaixo do período ou o período dentro de parênteses. Exemplos de dízimas periódicas: 0,3333333... = 0,(3) 1,6666666... = 1,(6) 12,121212... = 12,(12) 0,9999999... = 0,(9) 7,1333333... = 7,1(3)

Dízima Periódica Simples Numa Dízima Periódica Simples, o período aparece imediatamente após a vírgula. Exemplos: 0,4444 0,125125125 0,68686868 Dízima Periódica Composta Na Dízima Periódica Composta, há um ou mais algarismos entre a vírgula e período, que não entra na composição do período. Exemplos: 0,72222222 0,58444444 0,15262626

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO ALGÉBRICA Se pretendemos adicionar ou subtrair duas frações é necessário que elas se refiram a partes duma mesma unidade dividida em igual número de partes (ou seja que tenham o mesmo denominador) e então adicionam-se ou subtraem-se os numeradores mantendo o mesmo denominador. Exemplos:

Se não tiverem denominadores iguais, isto é não se referirem à mesma unidade, então temos de procurar frações equivalentes às dadas, mas com o mesmo denominador (é mais fácil fazê-lo encontrando o m.m.c. dos denominadores). Exemplos:

MULTIPLICACÃO Para multiplicar duas frações multiplicam-se os numeradores e os denominadores. Exemplo: Exercícios: Efetue os seguintes exercícios, simplificando os resultados:

DIVISÃO A divisão torna-se simples se a transformarmos numa multiplicação: Exemplo: Exercícios: Efetue os seguintes exercícios, simplificando os resultados:

PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES PROPRIEDADES DA ADIÇÃO E MULTIPLICAÇÃO: Propriedade comutativa - quaisquer que sejam dois números reais a e b, temos que: a+ b = b + a e ab = ba Propriedade associativa quaisquer que sejam os números reais a, b e c, temos que: (a + b) + c = a + (b + c) e a (b c) = (a b) c Propriedade distributiva quaisquer que sejam os números reais a, b e c, temos que: a(b + c) = ab + ac e (b + c)a = ba + ca

Elemento neutro existem números únicos reais, representados por 0 e 1, tais que: a + 0 = a e a x 1 = a

Potência Definição Potência de um número é o produto sucessivo de fatores todos iguais (base da potência) e em número igual ao expoente da potência. Assim, b n tal que: é a potência de expoente n do número a e representa um número b n = b x b x b x b...b n fatores A operação através da qual se obtém um potência, é denominada potenciação

Propriedades da potenciação: Após a definição dada anteriormente e convencionando que b 1 = b, passamos às propriedades de gozam as potências: Exemplos b m x b n = b m+n 2 5 x 2 3 = 2 5+3 = 2 8 b m : b n = b m-n (m>n e b 0) 3 7 : 3 5 = 3 7-5 = 3 2 a m x b m = (a x b) m 2 5 x 3 5 = (2 x 3) 5 = 6 5 a m : b m = (a : b) m (Se b 0) 8 4 : 4 4 = (8 : 4) 4 = 2 4 (a m ) n =a mn (4 2 ) 3 = 4 2x3 = 4 6 Em todas estas a e b são números reais (positivos ou negativos) e m e n são números naturais maiores ou iguais a 2.

Potência de expoente nulo: A potência de expoente nulo define-se como se segue: b 0 = 1 qualquer que seja b 0 Exemplos: 3 0 = 1 (- 5) 0 = 1 1 0 = 1 Potência de expoente inteiro e negativo: A potência de expoente inteiro e negativo, define-se do seguinte modo: Exemplo: b -p 1 = (b 0) p b -4 2 = 1 2 4

RADICAIS Definição Chama-se raiz de índice n de um número a, ao número que elevado a n produz a. n a n índice da raiz a radicando À expressão chama-se radical No caso de n= 2, diz-se raiz quadrada. No caso de n= 3, diz-se raiz cúbica. Se n > 3, diz-se raiz de índice n.

Radiciação - é a operação pela qual se determina a raiz dum número. A radiciação é a operação inversa da potenciação. Expoente (índice) Dados Potência (radicando) Radiciação Pedido base (raiz) Potenciação Dados Base Expoente n a = b Pedido potência

Exemplos: 3 8 = 2 pois 2 3 = 8 4 81 = 3 pois 3 4 = 81 De um modo geral, temos: b = n a n a = b

Definições A radiciação é a operação inversa da potenciação, portanto, e atendendo à definição de raiz, temos: ( ) n n n n a a = a = ( a 0, se n é par) Exemplos: ( ) 5 3 3 2 a = a a = a 5 2

POTÊNCIAS DE EXPOENTE FRACCIONÁRIO A potência de expoente fracionário é igual a uma raiz cujo índice é o denominador do expoente e cujo expoente do radicando é o numerador do expoente. n m m a n = a m ( n natural, m racional, a 0, se n é par) Exemplos: 3 2 2 3 5 2 5 a = a 3 = 3 2

SIMPLIFICAÇÃO DE RADICAIS Se multiplicarmos ou dividirmos o índice do radical e o expoente do radicando pelo mesmo número inteiro maior do que zero, o valor do radical não se altera. n n a m = m a = n q m q n q a a m q ( a m 0, se n é par) Exemplos: 3 2 6 4 8 2 a = a 4 3 = 3

ADIÇÃO DE RADICAIS SEMELHANTES Radicais semelhantes são os que apenas diferem no seu coeficiente. Exemplos:

PRODUTO E QUOCIENTE DE RADICAIS COM O MESMO ÍNDICE n n a a n n b b = = n n a b a b ( a, b 0 se n é par) ( a 0, b > 0, se n é par) Exemplos: a 3 2 3 a = a 3 3 = a 2 2 4 3 2 4 3 a b a b b c = a b b c = 3 b c 4 = ab c

RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES Na matemática por vezes temos necessidade de obter fracções cujo denominador não contenha radicais (raizes quadradas, cúbicas, etc.). Dizemos que então temos de racionalizar o denominador. O caminho é por vezes quase imediato, no entanto em alguns casos necessita de cálculos mais trabalhosos. Depende da expressão contida no denominador. O segredo dessa racionalização é transformar o denominador em um produto de radicais de mesmo índice, tal que a soma dos expoentes dos radicais seja igual a esse índice.

RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES Exemplos:

RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES Exemplos: Caso notável: ( a b ) x ( a + b ) = a 2 b 2

RELAÇÕES DE ORDEM Até agora vimos propriedades dos números racionais que envolvem igualdade. Para examinarmos as propriedades que envolvem desigualdades é interessante termos uma visão geométrica do conjunto dos números reais, o que facilitará a compreensão dos resultados. Convenciona-se representar o conjunto dos números racionais por uma reta e sobre ela, escolhe-se um ponto para ser a origem. Neste ponto posiciona-se o número 0. À direita do 0 e em ordem crescente, encontram-se os números positivos e à esquerda, de modo simétrico, os números negativos.

Todo número racional a exceto 0 (zero), possui um elemento denominado simétrico ou oposto a caracterizado pelo facto geométrico de que tanto a como - a estarem à mesma distância da origem do conjunto Q que é 0. Como exemplo, temos que: O simétrico de 3/4 é -3/4. O simétrico de 5 é -5.

Assim, dados dois números racionais distintos a e b, se a está à esquerda de b, dizemos que a é menor que b e indicamos a < b, ou de um modo equivalente, dizemos que b é maior que a e indicamos b > a. Do ponto de vista algébrico, dizemos que b > a se b a > 0 e, analogamente, a é menor que b se a b < 0. Introduzimos a seguinte notação: a b significa a > b ou a = b a b significa a < b ou a = b

REFERENCIAL CARTESIANO DO PLANO Um Referencial cartesiano do plano é constituído por duas retas orientadas concorrentes, em que se fixaram unidades de comprimento. O ponto de encontro das duas retas é a origem do referencial.

REFERENCIAL ORTOGONAL E MONOMÉTRICO Um referencial é ortogonal se os eixos são perpendiculares. É monométrico se a unidade de comprimento for igual nos dois eixos.

COORDENADAS DE UM PONTO As coordenadas de um ponto são os números xa e yb que constituem o par ordenado (xa, yb ) que lhe corresponde. O referencial cartesiano ortogonal e monométrico divide o plano em quatro quadrantes.

A primeira coordenada diz respeito ao eixo horizontal (eixo dos xx) e designa-se por abcissa e a 2ª coordenada diz respeito ao eixo vertical (eixo dos yy) e designa-se por ordenada. P ( 5, -2 ) abcissa ordenada Como IR 2 = IR x IR é o conjunto de todos os pares ordenados formados por números reais, também chamamos ao plano IR 2.

CONDIÇÕES E CONJUNTOS Uma condição define um conjunto. Condição Conjunto x 2-4 = 0 {- 2, 2} 2 < x < 3 ]2, 3[ x > 5 ]5, + [ x 2 < 0 Ø x > - 2 IR O conjunto definido pela condição é o conjunto-solução da condição.

OPERAÇÕES COM CONDIÇÔES Vamos estudar as seguintes operações: CONJUNÇÃO DE CONDIÇÕES é uma condição cujas soluções são os elementos do domínio que verificam simultaneamente as condições dadas. O símbolo de conjunção é Λ (lê-se e ). O conjunto-solução p(x) Λ q(x) é o conjunto interseção dos conjuntossolução de cada uma das condições p(x) e q(x).

Condição Conjunto x 2-4 = 0 P = {-2, 2} x > 1 Q = ]1, + [ x 2-4 = 0 Λ x > 1 P Q = { 2 } 2 0 1 2 À conjunção de condições corresponde a interseção de conjuntos

DISJUNÇÃO DE CONDIÇÕES é uma condição cujas soluções são os elementos do domínio que verificam pelo menos uma das condições dadas. O símbolo de disjunção é V (lê-se ou ). O Conjunto-solução da condição p(x) V q(x) é o conjunto reunião dos conjuntos-solução de cada uma das condições p(x) e q(x).

Condição Conjunto x > 3 P = ]3, + [ x = 3 Q = {-3, 3} x > 3 V x = 3 P U Q = {-3} U [3, + ] -3 0 3 À disjunção de condições corresponde a reunião de conjuntos

NEGAÇÃO DE UMA CONDIÇÃO O símbolo de negação é ~ (lê-se não ). O Conjunto-solução da condição ~p(x) é o conjunto dos elementos de IR (universo) que não são solução de p(x), ou seja, é o conjunto complementar do conjunto-solução de p(x). _ P IR _ P complementar de P _ P

Condição Conjunto x < 5 A = ]-, 5[ ~(x < 5) x 5 A = [5, + [ x 3 B = ]-, 3[ U ]3, + [ ~(x 3) x = 3 B = {3} À negação de uma condição corresponde o conjunto complementar do seu conjunto-solução.

CONJUNTO COMPLEMENTAR DE OUTRO CONJUNTO Chama-se complementar de um conjunto A em relação a B (ou diferença entre B e A) e escreve-se B \ A, ao conjunto dos elementos de B que não pertencem a A. B \ A = {x B : x A} Exemplo: P = ]1, 3[ P\Q = ]1 ; 1,3[ Q = [1,3 ; 5[ Q\P = ]3, 5[ 1 1,3 3 5

Bibliografia Matemática módulo A Areal Editores Matemática módulo A1 - Porto Editora