CUSTOS E DESPESAS
EM NEGÓCIOS DOIS CONCEITOS SÃO FUNDAMENTAIS ECONÔMICO BENS / PATRIMÔNIO RESULTADOS FINANCEIRO DINHEIRO PAGAMENTOS / RECEBIMENTOS LUCROS / PREJUÍZOS TESOURARIA/ CAIXA
PROCESSOS DECISÓRIOS APLICAR RECURSOS CAPTAR RECURSOS OBTER RESULTADOS ECONÔMICO REMUNERAÇÃO DO CAPITAL INVESTIDO RETORNO X FINANCEIRO REFLEXO DAS POLÍTICAS FINANCEIRAS RISCO
DUAS FONTES PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PROPRIETÁRIOS TERCEIROS CURTO PRAZO LONGO PRAZO Deve-se sempre procurar a fonte menos onerosa
PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE (PC) EXIGÍVEL A L P (ELP) Dívidas Salários, fornecedores, água, luz, etc... CAPITAIS DE TERCEIROS Financiamento de longo prazo PATRIMÔNIO LIQUIDO (PL) CAPITAL PRÓPRIO Dinheiro dos sócios
RESULTADO ECONÔMICO depende PREÇO ( - ) CUSTO VARIÁVEL VOLUME DE VENDAS CUSTO FIXO MARGEM ( X ) LUCRO BRUTO ( - ) ( - ) LUCRO OPERACIONAL
CUSTOS depende ESCALA ESCOPO EXPERIÊNCIA VOLUME APLICAÇÕES APRENDIAGEM
PRODUÇÃO INSUMOS SALÁRIOS PRODUTO C. MÉDIO Peças Custo Custo Custo Total Custo Peça 100 200 100 300 3 200 400 180 580 2,9 400 800 300 1100 2,75 800 1600 600 2200 2,75 Produto = Insumos + salário Custo médio = Produto/produção
CUSTOS OPERACIONAIS Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de custos e serviços. São todos os gastos relativos à atividade de produção. DEVEM SEMPRE AGREGAR VALOR AO CLIENTE Exemplificando: Salários do pessoal da produção Matéria-prima utilizada no processo produtivo Combustíveis e lubrificantes usados nos maquinários Amortizações com investimentos em ativos intangíveis Gastos com manutenção das máquinas da fábrica
DESPESAS OPERACIONAIS Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas, mas consumidos para a obtenção de receitas. DEVEM SEMPRE AGREGAR VALOR A ORGANIZAÇÃO Exemplificando: Salários e encargos sociais do pessoal de vendas Salários e encargos sociais do pessoal do administrativo Energia elétrica consumida na sede administrativa Gastos com combustíveis e refeições do pessoal de vendas Conta telefônica da administração e de vendas Aluguéis e seguros da sede administrativa.
PERDAS Gasto não intencional de fatos fortuitos fora da atividade produtiva normal da empresa. Exemplificando: Incêndio Obsoletismo de estoques Enchentes Furto / roubo.
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Os custos podem ser classificados em: Fixos e Variáveis Diretos e Indiretos A classificação em fixos e variáveis objetiva avaliar o risco operacional Fixos: não alteram durante certo período, com a variação de volume de produção Variáveis: alteram com base na variação de volume de produção
Os custos fixos representam um risco para o resultado empresarial. Quanto mais elevado o volume do Custo Fixo, maior o risco empresarial. Na empresa em análise, supondo que as despesas operacionais sejam fixas e os custos dos produtos vendidos variáveis, podemos analisar o impacto no lucro operacional com um possível crescimento das vendas. Como exemplo consideramos um aumento de 10% nas vendas, qual seria o impacto no lucro operacional?
VENDAS 32.000,00 Muda +10% 35.200,00 CPV (Custo Produtos Vendidos) - 20.000,00 Muda +10% 22.000,00 DESPESAS OPER. - 9.000,00 Mantem +0% 9.000,00 LUCRO OPERACIONAL = 3.000,00 Muda +40% 4.200,00 Para um acréscimo de vendas de 10%, o lucro operacional aumentou 40%, o lucro operacional cresceu 4 vezes mais que o crescimento da receita. Podemos dizer então que o lucro operacional obteve uma alavancagem de 4. Grau de alavancagem operacional (GAO) representa o risco da empresa ligado ao custo fixo. Quanto maior o GAO maior o risco, pois se a variação for negativa, o LOP também varia negativamente. GAO = 1 + CUSTO FIXO = LUCRO OPERACIONAL
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS A classificação em Direitos e Indiretos objetiva a formação de preço ou a apuração de resultados por produto. Custos Diretos São aqueles identificáveis com cada produto de maneira clara, direta e objetiva. Custos Indiretos São aqueles alocados a cada produto por meio de critérios de rateio que podem conter subjetividades e grau de precisão da mensuração. São estabelecido critérios julgados como os mais adequados para cada situação de acordo com as características de seus produtos e do seu processo produtivo.
São exemplos de critérios utilizados pelas empresas de acordo com seus produtos ou processos. Volume de produção: quantidade produzida Volume de mão de obra utilizada no período Valor do material direto utilizado Valor da mão de obra direta Horas máquinas consumidas Total de custo direto
ALAVANCAGEM OPERACIONAL Muitas vezes a empresa possui recursos que estão ociosos e com isto torna-se possível aumentar o faturamento da empresa sem aumentar as despesas note que não estamos falando de custos! Ou seja, a alavancagem operacional consiste em tentar aumentar o faturamento da empresa utilizando as mesmas pessoas, mesmas máquinas, mesmas estruturas e qualquer outra despesa que esteja ociosa. O segredo da alavancagem operacional é aumentar a receita bruta, os impostos e os custos variáveis, mas mantendo as despesas fixas. No final você estará aumentando o lucro da empresa.
Agora que já se conhece o efeito dos custos fixos nas operações empresariais, é possível o estudo do Grau de Alavancagem Operacional (GAO). Essa é uma medida que aponta como uma alteração no volume de atividade pode influenciar o resultado operacional de uma empresa. Ou seja, quanto o aumento de 20% nas vendas impacta no lucro operacional desta. Essa média pode ser obtida pela seguinte equação: GAO = Porcentagem da Variação do Lucro. Porcentagem da Variação no Volume da Atividade
A estrutura de custos e despesas da empresa determina o GAO, sendo mais potencial a que tiver maiores custos e despesas fixos em relação aos custos e despesas variáveis. Mas os riscos também são maiores proporcionalmente. Veja o exemplo abaixo: Empresa X Empresa Y Receita de Vendas R$ 200.000 100% R$ 200.000 100% Custos e despesas variáveis R$ 60.000 30% R$ 140.000 70% Margem de Contribuição R$ 140.000 70% R$ 60.000 30% Custos e despesas fixas R$ 120.000 R$ 40.000 Resultado Operacional R$ 20.000 R$ 20.000
Caso as empresa X e Y aumentem em 20% o volume de vendas, qual será o GAO de cada? Empresa X Empresa Y Receita de Vendas R$ 240.000 100% R$ 240.000 100% Custos e despesas variáveis R$ 72.000 30% R$ 168.000 70% Margem de Contribuição R$ 168.000 70% R$ 72.000 30% Custos e despesas fixas R$ 120.000 R$ 40.000 Resultado Operacional R$ 48.000 R$ 32.000 Variação de Vendas 20% 20% Variação no Lucro Operacional 140% 60% GAO 7 3
Percebe-se claramente que um aumento de 20% nas vendas da empresa X eleva o lucro operacional em 7 vezes (140%). Já a empresa Y aumenta 3 vezes (60%). Isto acontece porque os custos fixos se mantiveram e aumentaram a diluição pela elevação do volume de vendas. Como a estrutura da empresa X é mais arriscada, numa hipótese oposta de redução de 20% nas vendas, somente a empresa Y ainda se manterá com lucro.
Caso as empresa X e Y diminuírem em 20% o volume de vendas, qual será o GAO de cada? Empresa X Empresa Y Receita de Vendas R$ 160.000 100% R$ 160.000 100% Custos e despesas variáveis R$ 48.000 30% R$ 112.000 70% Margem de Contribuição R$ 112.000 70% R$ 48.000 30% Custos e despesas fixas R$ 120.000 R$ 40.000 Resultado Operacional R$ - 8.000 R$ 8.000 Variação de Vendas - 20% - 20% Variação no Lucro Operacional - 140% - 60% GAO 7 3
Portanto, a alavancagem operacional é uma decisão complexa, pois aumentando-a, eleva-se proporcionalmente o risco, obrigando um nível de vendas adequado. O lucro aumenta mais rápido em empresas alavancadas, mas no caso de redução no volume vendas, o prejuízo também aumenta rapidamente.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Representa a parcela do preço de venda que não é consumida pelos gastos variáveis (custos + despesas) Essa parcela contribui para a amortização dos custos fixos. Quanto maior a margem de contribuição, menor o risco, na medida em que a empresa está diluindo o Custo Fixo da operações.
MARGEM DECONTRIBUIÇÃO Responde à seguinte pergunta: Como cada unidade vendida pode contribuir para a solidez da saúde financeira da empresa? Apresenta um processo de análise um pouco mais profundo que o da margem bruta. Procura avaliar a criação de valor proporcionada por cada unidade de produto vendida pela empresa, comparando o preço unitário com o custo unitário de produção.
Conhecer a margem de contribuição de cada unidade vendida ou serviço prestado pode contribuir para escolhas da empresa. Nem sempre os produtos mais caros são os que tem a melhor margem de contribuição. Identificar o produto com melhor margem pode auxiliar nas decisões de investimento da empresa.
Exemplo: se determinada mercadoria tem preço de venda de 20 reais e custo unitário de 5 reais, a margem de contribuição será de 15 reais, que é exatamente seu valor agregado. De uma forma mais ampla, a margem de contribuição demonstra quanto o consumidor está disposto a pagar a mais pelo produto do que ele realmente custa para ser feito ou comercializado. Essa margem representa o que a empresa como unidade de produção capaz de tornar o produto uma realidade cria como valor agregado à sociedade e ao próprio negócio.
No exemplo anterior, o administrador financeiro pode ampliar sua análise: sabendo que cada produto vendido cria 15 reais de valor agregado à empresa, é possível calcular quantos produtos serão necessários vender para pagar o aluguel da fábrica, do escritório, o custo de propaganda e os salários, entre outras despesas, e ainda gerar lucro para o dono.
MARGEM OPERACIONAL A margem operacional é um índice de rentabilidade voltado às decisões administrativas da empresa, uma vez que compara o lucro operacional (após o pagamento das despesas administrativas, comerciais e outras) com o faturamento ou seja, a receita da empresa. Baseada nesse índice, a empresa pode tomar decisões quanto à melhoria de sua produtividade administrativa e comercial, comparando sua performance com anos anteriores ou com o desempenho apresentado por empresas do mesmo setor econômico.
Exemplo: o faturamento ou a receita da empresa foi de 100 reais e, após o pagamento de seus custos de 70 reais, obteve lucro bruto de 30 reais. Supondo que as despesas operacionais (comerciais e administrativas) foram de 20 reais, o lucro operacional será de 10 reais. A margem operacional será de:
MARGEM LÍQUIDA Depois da análise de rentabilidade, pode-se descobrir saber quanto sobrou para os donos da empresa (lucro). Compara o lucro líquido da empresa após o pagamento de todos os custos, despesas e impostos com o faturamento. Ou seja, de toda a soma de recursos obtidos pela empresa com a venda de seus produtos ou a prestação de seus serviços, quanto efetivamente sobrou para o dono do negócio.
Exemplo: pelo exemplo anterior, o faturamento ou receita da empresa foi de 100 reais e, após o pagamento de seus custos de 70 reais, obteve lucro bruto de 30 reais. Adicionando suas despesas operacionais (comerciais e administrativas) de 20 reais, seu lucro operacional será de 10 reais. No entanto, se a empresa precisar pagar o Imposto de Renda de 3 reais sobre o lucro operacional, seu lucro líquido será de 7 reais. Assim, a margem líquida será de: 7 reais
PONTO DEEQUILIBRIO Volume de venda necessário para cobrir todos os custos e despesas da empresa (fixos e variáveis). Nesse ponto, as receitas totais se igualam aos Custos totais na empresa. Ponto de equilíbrio Receita Total = Custo Total
Com o calculo do Ponto de equilíbrio (PE), o empresário poderá saber qual a situação real de sua empresa, ou seja, se o que ela esta vendendo é suficiente para, pelo menos, pagar todas as despesas e dessa forma não ter prejuízo. Conhecendo esta informação, poderá optar por, por exemplo, fazer promoções para aumentar as vendas ou reduzir suas despesas para que chegue ao Ponto de Equilíbrio.
Sabendo que a margem de contribuição (MC) é a diferença entre o preço de venda de um produto e os custos e despesas variáveis, e contribui para o pagamento dos custos e despesas fixas. Teremos um Ponto de Equilíbrio quando a soma da Margem de Contribuição de todos os produtos vendidos é igual aos custos e despesas fixas.