Soluções dos Problemas do Capítulo 3

Documentos relacionados
CÁLCULO I. 1 Crescimento e Decaimento Exponencial

Função Exponencial, Inversa e Logarítmica

Exemplos de Aplicações das Funções Exponencial e Logarítmica em Biologia (com uma introdução às equações diferenciais)

MAT Cálculo Resolução parcial da Lista 0 de Cálculo

Guia de Atividades para Introduzir Equações Diferenciais Ordinárias usando o Software Powersim

FUNÇÃO MODULAR, FUNÇÃO EXPONENCIAL E FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Função de Proporcionalidade Direta

Exemplo 1. Suponhamos que a concentração c(t) (em mg/100 ml) de um certo metabólito em um meio líquido de cultura seja expressa pela equação,

Função Exponencial, Inversa e Logarítmica

Notas de Aula Disciplina Matemática Tópico 09 Licenciatura em Matemática Osasco -2010

Material Teórico - Módulo de Função Exponencial. Equações Exponenciais. Primeiro Ano - Médio

Guia de Atividades 2

Hewlett-Packard LOGARITMO. Aulas 01 a 08. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz

FUNÇÃO EXPONENCIAL. Note que uma função exponencial tem uma base constante e um expoente variável.

Crescimento Populacional

PROFMAT AV2 MA

Observe o gráfico da função f(x) = Bx+2. O valor da ordenada do ponto de abscissa igual a B é igual a:

MATEMÁTICA - 1 o ANO MÓDULO 24 FUNÇÃO EXPONENCIAL

Hewlett-Packard LOGARITMO. Aulas 01 a 08. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz

Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional

AULA 7- FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS VERSÃO 1 - MAIO DE 2018

Matemática e suas tecnologias CONTEÚDOS POR ETAPA 1ª ETAPA 2ª ETAPA 3ª ETAPA. Função Afim Função Quadrática Função Exponencial ORIENTAÇÕES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO. Realização:

4(u v) 5. u(u 1) v e) u + v. (10000) é igual a. ax b LISTA EXATAMENTE LOGARÍTMOS

Química Geral e Experimental II: Cinética Química. Prof. Fabrício Ronil Sensato

UNIFEI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ PROVA DE CÁLCULO 1

A Derivada. Derivadas Aula 16. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

Módulo de Círculo Trigonométrico. Relação Fundamental da Trigonometria. 1 a série E.M.

RESUMO - GRÁFICOS. O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e está ligado à inclinação da reta

MATEMÁTICA - 3 o ANO MÓDULO 11 FUNÇÃO EXPONENCIAL

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

MATEMÁTICA A - 12o Ano Funções - Limites e Continuidade Propostas de resolução

Matemática Aplicada à Economia LES 201. Aulas 19 e 20 Funções exponenciais e logarítmicas. Luiz Fernando Satolo

FUNÇÃO EXPONENCIAL. Definição. - {1}, a função f: R!! Chama-se função exponencial de base a, com a Є!! definida por f(x) =!!

Módulo 4 Ajuste de Curvas

Colégio Nossa Senhora de Lourdes. Professor: Leonardo Maciel Matemática APOSTILA 6

26 A 30 D 27 C 31 C 28 B 29 B

1. (Uerj 2001) Mostre que, em 1 de outubro de 2000, a razão entre os números de eleitores de A e B era maior que 1.

Resolução - Lista 3 Cálculo I

Funções I. Funções Lineares Funções Quadráticas

1 2 Queremos calcular o valor de t para o qual se tem T = -18 C. (Q Q 0. ) = m (R R 0 (35 30) (R 2000) ( ) 200 Q 6000 = R 2000 (Q 30) =

b) Aumentando de uma unidade a intensidade do terremoto, por quanto fica multiplicada a energia liberada?

Função Modular. 1. (Eear 2017) Seja f(x) x 3 uma função. A soma dos valores de x para os quais a função assume o valor 2 é a) 3 b) 4 c) 6 d) 7

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Equações Exponenciais e Logarítmicas

Hewlett-Packard FUNÇÃO EXPONENCIAL. Aulas 01 a 06. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz

F129 LINEARIZAÇÃO DE GRÁFICOS LEI DE POTÊNCIA. Prof. Jonhson Ordoñez VERSÃO 14

Logaritmo e Função Logarítmica

Campos dos Goytacazes/RJ Maio 2015

Funções de Uma Variável - 1 a Avaliação - Turma B3 31 de outubro de Prof. Armando Caputi

Equações Lineares de 1 a Ordem - Aplicações

Equação de 2 grau. Assim: Øx² - 5x + 6 = 0 é um equação do 2º grau com a = 1, b = -5 e c = 6.

Continuidade e Limite

FUNÇÕES EXPONENCIAIS Leia e descubra que eu não vim do além

Gabarito P1 - Cálculo para FAU Prof. Jaime Angulo

PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS. Questão 01)

Cinética Química. c) A opção (C) está correta. B 3+ e B 4+ não aparecem na reação global, portanto, são intermediários da reação.

1) (Unicamp) Três planos de telefonia celular são apresentados na tabela abaixo:

1. Considere os conjuntos A = {0; 2} e B = {1; 2; 3}. A respeito de produto cartesiano entre dois conjuntos, assinale a alternativa correta:

ATIVIDADES PARA RECUPERAÇÃO PARALELA - MATEMÁTICA PROFESSOR: CLAUZIR PAIVA NASCIMENTO TURMA: 1ª Série EM

Ciências da Natureza e Matemática

FUNÇÃO EXPONENCIAL. Chama-se função exponencial de base a, com a Є f: R definida por f(x) =

Cálculo Diferencial Lista de Problemas 1.1 Prof. Marco Polo

Algumas Aplicações de Equações Diferenciais de 1 a Ordem

Ciências da Natureza e Matemática

A probabilidade é um estudo matemático que visa prever a chance de determinados acontecimentos de fato acontecerem.

O problema proposto possui alguma solução? Se sim, quantas e quais são elas?

UNIMONTE, Engenharia Laboratório de Física Mecânica

f x a , com a e a 1 em que a é denominada de base da função. h x 3 3

MATEMÁTICA A - 12o Ano Funções - Teorema de Bolzano

Logarítmos básicos. 3 x x 2 vale:

UNIDADE IV FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL do 1 o. GRAU

Aula 10 Regiões e inequações no plano

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS

COLÉGIO APROVAÇÃO LTDA. (21)

Solução Comentada da Prova de Matemática

Funções de Uma Variável - 1 a Avaliação - Turma B3 31 de outubro de Prof. Armando Caputi

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores.

(a) Obtenha o valor de f( 1). (b) Estime o valor de f(2). (c) f(x) = 2 para quais valores de x? (d) Estime os valores de x para os quais f(x) = 0.

5,7 0,19.10, então x é

Podemos verificar as duas condições [1) e 2)] na figura abaixo.

CPV O Cursinho que Mais Aprova na GV

ADA 1º BIMESTRE CICLO I MATEMÁTICA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO 2018

Exponenciais e Logaritmos - Notas de Aulas 3(2016) Prof Carlos Alberto S Soares

CÁLCULO FUNÇÕES DE UMA E VÁRIAS VARIÁVEIS Pedro A. Morettin, Samuel Hazzan, Wilton de O. Bussab.

Lista de Recomendação - Verificação Suplementar Prof. Marcos Matemática

LISTA DE REVISÃO PROVA TRIMESTRAL DE ÁLGEBRA AULAS 30 a 38 FUNÇÕES DE 1ºGRAU

MAT Cálculo para funções de uma variável II. Revisitando a Função Logaritmo

Mat.Semana. PC Sampaio Alex Amaral Rafael Jesus. (Roberta Teixeira)

Função Afim. Definição. Gráfico

Integral Definida. a b x. a=x 0 c 1 x 1 c 2 x 2. x n-1 c n x n =b x

Função Exponencial e Logaritmica

Aula IV. Representação gráfica e regressão linear. Prof. Paulo Vitor de Morais

Equações Exponenciais. 1 ano E.M. Professores Cleber Assis e Tiago Miranda

Biomatemática - Prof. Marcos Vinícius Carneiro Vital (ICBS UFAL) - Material disponível no endereço

Equações Diferenciais

Professora Bruna FÍSICA A. Aula 14 Velocidades que variam sempre da mesma forma. Página 189

Curso de Administração Universidade Católica de Petrópolis. Matemática 1. Funções - Parte II v. 0.1

H1 - Expressar a proporcionalidade direta ou inversa, como função. Q1 - A tabela a seguir informa a vazão de uma torneira aberta em relação ao tempo:

Inequação Logarítmica

Transcrição:

48 Temas e Problemas Soluções dos Problemas do Capítulo 3. A cada período de 5 anos, a população da cidade é multiplicada por,0. Logo, em 0 anos, ela é multiplicada por,0 4 =,084. Assim, o crescimento estimado é de 0,084, ou seja, 8,4%. Está implícito no enunciado do problema, que a população é multiplicada por uma constante em qualquer intervalo de tempo de duração fixa (não necessariamente com a duração de 5 anos). Este é um modelo adequado para crescimento populacional, pois traduz o fato de que o aumento da população, em um certo intervalo de tempo, é proporcional à população no início deste intervalo. Em conseqüência, a população p(t) no instante t é expressa por uma função do tipo exponencial p(t) =ba t, onde b = p(0) é a população no instante inicial. O valor de a pode ser calculado usando o fato de que, em 5 anos, há um crescimento de %. Temos p(5) =p(0) a 5 = p(0),0. Portanto, a =,0 5 e p(t) =p(0),0 t 5. Logo, o crescimento relativo em um período de duração t anos é p(t) p(0) p(0) = p(0),0 t 5 p(0) p(0) =,0 t 5.. Onúmero de bactérias no instante t é da forma f(t) =ba t. Como f(0) = 000, temos b = 000. Como f() = 500, temos 500 = 000 a e, daí, a = 500 = 3 (3 t. Logo, f(t) =000 000 ). Assim, 5 horas após o início do experimento, o número de bactérias será f(5) =000 ( ) 5 3 7594 bactérias. 3. A lei do resfriamento estabelece que a diferença T 0 entre as temperaturas da peça e do ambiente varia, ao longo do tempo, com uma taxa de variação que é proporcional ao seu valor. Isto significa que T 0 é dada por uma função do tipo exponencial do tempo. Ou seja, T 0 = ba t ou, equivalentemente,

Soluções do Capítulo 3 49 T = 0 + ba t. Para calcular a e b, usamos as temperaturas observadas nos instantes t = 0 e t = 0 (estamos escolhendo medir o tempo em minutos). Temos 0 + ba 0 = 0, de onde obtemos b = 00 e 0 + 00a 0 = 80, de onde obtemos a 0 = 60 = 0,6 e, daí, a = 00 0,6 0. Ou seja, a temperatura T ao longo do tempo é dada por T = 0 + 00 0,6 t 0. Após hora (ou seja, para t = 60 minutos), a temperatura será T(60) =0 + 00 0,6 60 0 = 0 + 00 0,6 6 4,7. Ográfico da temperatura ao longo do tempo está na Figura 55. T 0 80 0 t Figura 55 4. A massa de matéria radioativa é dada por m(t) =m 0 a t, onde m 0 é a massa no instante inicial. Como a meia-vida é 5500 anos, temos m(5500) =m 0 a 5500 = m 0. Logo, a5500 = e, portanto, a = ( ) 5500. Assim, a massa de material radioativo que resta após 0000 anos é ( ) 0000 m(0000) =m 0 a 0000 5500 = m 0 = m0 0,84.

50 Temas e Problemas Logo, restam 8,4% do material radioativo original. 5. A massa no instante t é m(t) =m 0 a t. Como m() =0,8m 0, temos m 0 a = 0,8m 0 e, portanto, a = 0,8. A meia-vida é o tempo em que a massa se reduz à metade. É obtida, portanto, resolvendo a equação m 0 0,8 t = m 0, ou seja, 0,8t = 0,5. Assim, log 0;5 t log 0,8 = log 0,5 e, daí, t =. Usando, por exemplo, logaritmos na base 0, tem-se log 0;8 t = 0,3003 = 3,068 anos. 0,0969 6. Segundo a lei de resfriamento, a diferença T 0 entre a temperatura do corpo e a temperatura do ambiente é dada por uma função do tipo exponencial. Assim, T 0 = b a t, ou seja, T = 0 + b a t. Adotando t = 0 como o instante em que a temperatura do corpo foi tomada pela primeira vez e medindo o tempo em horas, temos T(0) =34,8 e T() =34,. Assim, temos 0 + b a 0 = 34,8, o que nos fornece b = 4,8. Em seguida, 0 + 4,8 a = 34,, de onde tiramos a = 4;. Portanto, 4;8 temos T = 0 + 4,8 ( 4; t. 4;8) Para encontrar o instante da morte, devemos determinar t de modo que T = 36,5. Ou seja, devemos resolver 36,5 = 0 + 4,8 ( 4; t. 4;8) Temos ( ) t 4, 6,5 = 4,8 6,5 4,8 = ( 4, 4,8 ) t 4,8 log 6,5 = t log 4, 4,8 Empregando logaritmos na base e, temos 0,0873 = 0,04845t, de onde obtemos t =,4. O sinal negativo indica que o instante em que a temperatura do corpo era de 36,5 é anterior ao momento da primeira medição.

Soluções do Capítulo 3 5 Assim, a morte ocorreu aproximadamente,4 horas, ou seja, horas e 4 minutos antes das 3:30. Isto é, o horário estimado para a morte é :6. 7. É necessário, antes de mais nada, interpretar corretamente as informações fornecidas. A taxa de 0% ao mês não implica em que, ao longo de um mês, 0% da água se evapore. O valor dado se refere à taxa instantânea de evaporação. Ou seja, se a água continuasse a se evaporar a uma taxa constante e igual à do instante inicial, 0% da água se evaporaria em um mês. No entanto, a taxa de evaporação é proporcional à quantidade de água existente e é, portanto, decrescente ao longo do tempo. Como a taxa de evaporação é proporcional à quantidade de água no reservatório, esta é dada por uma função do tipo exponencial. É conveniente expressar esta função na forma q(t) =q 0 e kt, onde q 0 é a quantidade inicial de água no reservatório e k éa constante de proporcionalidade entre a taxa de evaporação e a quantidade de água. O dado do problema é que esta constante de proporcionalidade (logo o valor de k) é igual a 0% = 0, (com o tempo medido em meses). A lei de variação da quantidade de água é, assim, q(t) =q 0 e -0;t. Para achar o tempo necessário para que a água se reduza à /3 de sua quantidade inicial, devemos resolver a equação q 0 e -0;t = q 0 3. Temos 0,t = log e =,0986. Logo, t = 0,986, o que indica 3 que a quantidade de água se reduz a /3 de seu valor em aproximadamente meses. 8. No problema 4, estabelecemos que a massa de C 4 ao longo do tempo é dada por m(t) =m 0 ( ) t 5500. Se a radioatividade da amostra hoje é 0,45 da observada em uma amostra viva do mesmo material, temos que o tempo t decorrido entre a época em que o material estava vivo e os dias de hoje satisfaz ( ) t 5500 m 0 = m0 0,45.

5 Temas e Problemas Logo, ( ) t 5500 t = 0,45, ou seja, log = log 0,45. 5500 Utilizando logaritmos na base e: t ( 0,6935) =,930 5500 Portanto, t 53. Logo, as pinturas foram feitas aproximadamente 5000 anos atrás. 9. A lei de variação da quantidade de droga pode ser expressa na forma q(t) =q 0 e -kt, onde q 0 é a quantidade inicial da droga (0 mg) e k é a razão entre a taxa de eliminação e a quantidade de droga. Neste caso, k = 5 mg/hora 0 mg = 0,5 hora (note a unidade apropriada para k). Assim q(t) =0 e -0;5t. Para calcular a meia-vida t, resolvemos a equação Temos: 0 e -0;5t = 0 e -0;5t = 0,5 0,5t = log e 0,5 t = log e 0,5 =,77 horas e 46 minutos. log e 0,5 0. Empregar uma escala logarítmica para o eixo Y equivale a representar, para cada valor de x, o par (x, log 0 f(x)) no plano cartesiano. Logo, o gráfico será uma reta se e somente se os pontos (x, log 0 f(x)) estão sobre uma reta. Isto ocorre se e só se existem constantes a e b tais que log 0 f(x) =ax + b, ou seja, onde B = 0 b e A = 0 a. f(x) =0 ax+b = 0 b (0 a ) x = B A x,

Soluções do Capítulo 3 53 Na parte b), temos log 0y = ax + b, onde os valores de a e b podem ser encontrados com o auxílio de dois pontos do gráfico. Para x = 0, temos y = 0 e, para x = 4, temos y = 000. Logo log 0 0 = = a 0 + b log 0 000 = 3 = a 4 + b Resolvendo o sistema, encontramos b = e a =. Logo, log 0 y = ( 0 ) x. x +, ou seja, y = 0 x+ = 0. Na solução do problema, vimos que, ao discretizar o fenômeno segundo intervalos de duração t, obtemos: c(t + t) c(t) =c(t) v t V + v t. Logo, c(t + t) c(t) v = c(t) t V + v t. Portanto, a taxa instantânea de variação obtida tomando o limite quando t 0 da expressão acima é igual a c(t) v. V Já no problema 6, vimos que a taxa de variação da quantidade de cloro no instante inicial é igual a -05 g/hora. Logo, v c(0) = V 05. Como V = 00 m 3 e c(0) =000 g, temos v 000 = 05 00 e, portanto, v = 00 05 = 0,5 m 3 /hora. 000. a) No instante 0, é ingerida uma quantidade q. Imediatamente antes do instante h, a quantidade se reduz a q/. É, então, ingerida uma nova quantidade igual a q, elevando a quantidade de droga para q + q = 3q. Ao longo do próximo período de duração h, a quantidade de droga decai segundo a lei q(t) = 3q ( ) t h, onde t é o tempo decorrido a partir do instante h. Logo, a quantidade de droga existente no instante 3h = h + h é 3q ( ) h= h = 3q (). b) Basta analisar o que ocorre imediatamente depois da ingestão de cada dose da droga. Entre estes instantes a quantidade de droga decai à metade de seu valor segundo uma função do tipo exponencial.

54 Temas e Problemas Seja q(n) a quantidade de droga imediatamente após o instante nh. Temos q(0) = q e q(n + ) = q(n) + q, para todo q (observe que, entre os instantes nh e (n + )h a quantidade de droga se reduz à metade, mas é acrescida de uma nova dose igual a q). Assim: q() =q + q ( q() = q ) + q = q 4 + q + q etc. É simples provar, por indução, que ( q(n) =q + ) + + = q ( n n- ) n+ [ = q ( ) ] n+. O valor limite, quando n, da quantidade q(n) de droga no organismo logo após sua injeção é, portanto igual a q. Ográfico da Figura 56 mostra o comportamento da quantidade de droga ao longo do tempo. q q h h 3h 4h 5h Figura 56