ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ASSESSORIA JURÍDICA DA PRESIDÊNCIA



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É o relatório. DECIDO.

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Transcrição:

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ASSESSORIA JURÍDICA DA PRESIDÊNCIA RECURSO ESPECIAL N 2004.003346-4 RECORRENTE: Banco do Nordeste do Brasil S.A. ADVOGADA: Tâmara F. de Holanda Cavalcanti RECORRIDO: João Batista de Souza Amorim ADVOGADO: Ovídio Lopes de Mendonça Vistos etc. O Bando do Nordeste do Brasil S/A, irresignado com o Acórdão emanado da 2a Câmara Cível, fls. 545/553, interpôs Recurso especial, com arrimo no. art. 105, III, alíneas "a" e "c" da Constituição Federal, c/c o 541 do Diploma Processual Civil, invocando, em suas razões de fls. 555/562, a violação ao Decreto-lei n 167/67, sob o fundamento de que o decisum colegiado incorreu em erro, ao aplicar o Código de Defesa do Consumidor à hipótese dos autos, que trata de título de crédito Cédula de Crédito Rural Pignoratícia e Hipotecária e não de contrato de adesão. Em outro norte, suscita a ocorrência de manifesta divergência entre os julgados colacionados e a decisão prolatada, requerendo, nesses termos, o provimento do recurso excepcional. Às fls. 582/590, o recorrido apresentou contra-razões, pugnando pela inadmissibilidade da impugnação aforada. Subsidiariamente, pleiteia a manutenção do Acórdão vergastado e a condenação do recorrente nas iras dos arts. 17 e 18 do Código de Processo Civil. Instada a se pronunciar, a Procuradoria de Justiça suscitou a desnecessidade de intervenção ministerial às fls. 603/605. É o relatório. A princípio, constata-se a incidência dos requisitos genéricos necessários à admissibilidade da súplica aventada. De fato, vislumbra-se o cabimento do recurso, a legitimidade e o interesse recursal do Banco do Nordeste do Brasil S/A, sucumbente em sede da Apelação n 2004.003346-4 (fl. 544), além da tempestividade (fl. 555) e do devido preparo, comprovado à f1.563. O recorrente, com fulcro na alínea "a" do permissivo constitucional, aduziu que o decisum colegiado aplicou indevidamente o Código de Defesa do Consumidor à hipótese dos autos, que trata de título de crédito Cédula de Crédito Rural Pignoratícia e Hipotecária e não de contrato de adesão contrariando, desse modo, o Decreto-lei n 167/67.

Compulsando o Acórdão prolatado, todavia, percebe-se que o Tribunal a quo limitou-se a aplicar a legislação consumeirista, sem tecer qualquer consideração acerca da aplicabilidade ou não do Decreto-lei n 167/67, de modo que se torna inviável, nesse instante, possibilitar que tal matéria venha a ser analisada na Superior Instância, mormente por se tratar de alegação genérica de violação de diploma legal federal, sem declinação dos dispositivos violados,. requisito imprescindível à admissibilidade da impugnação excepcional. Neste aspecto, o Superior Tribunal de Justiça, manifestou-se: "PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMEN TO. FALTA DE INDICAÇÃO EXPRESSA, NO RECURSO ESPECIAL, DO DISPOSITIVO LEGAL APONTADO COMO VIOLADO. SÚMULA N 284/STF. 1. Agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao recurso especial do agravante.2. Acórdão a quo segundo o qual é incabível a discussão sobre o domínio do imóvel na ação de desapropriação, determinando o pagamento da indenização aos expropriados, mesmo em caso de retitulação do bem. 3. Ausência do necessário prequestionamento quanto ao art. 50 do CPC. Dispositivo legal, indicado como afrontado, não abordado, em nenhum momento, no âmbito do aresto a quo, sem que se tenham ofertado aclaratórios para suprir a omissão, porventura existente. 4. Quanto à contrariedade ao DL n 1.414/75, ao Decreto n 76.694/75, às Leis n s 4.947/66 e 9.871/99 e às LCs nc's 76 e 88, recurso, para ter acesso à sua apreciação neste Tribunal, deve indicar, quando da sua interposição, expressamente, o dispositivo e a alínea que autorizam sua admissão. Da mesma forma, cabe ao recorrente, ainda, mencionar, com clareza, as normas que tenham sido contrariadas ou cuja vigência tenha sido negada (AG n 4719/SP, Rel. Min. Nilson Naves, DJ de 20/09/90; REsp n 4485/MG, ReL Min. Nilson Naves, DJ de 15/10/90; REsp n 67021RS, Rel. Min. Fontes de Alencar, DJ de 11/03/91). Assim não ocorrendo, ou se dê de modo deficiente, o recurso torna-se inadmissível (Súmula n 284/STF). 5. Agravo regimental não provido." (AgRg no RESP 644698 / PR ; AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2004/0032258-6, Ministro JOSÉ DELGADO (1105), Ti - PRIMEIRA TURMA, DJ 18/11/2004, DJU 01.02.2005 p. 438) (Grifo nosso) Destarte, ausente o prequestionamento, bem como não tendo a parte recorrente apontado, com a exatidão exigida, o dispositivo legal que foi violado, limitando-se a afirmar que o Acórdão contrariou o Decreto-Lei n 167/67, impõe-se o não recebimento da súplica quanto a esse ponto. No tocante à argüição de manifesta divergência entre os julgados colacionados e o decisum colegiado (art. 105, III, "c", da CF/88), percebe-se o preenchimento dos requisitos legais viabilizadores da remessa do recurso à Instância ad quem, quais sejam, a menção e a exposição satisfatória das circunstâncias que identificam e assemelham os casos confrontados, bem como a juntada da cópia integral do julgado paradigma, consoante se observa às fls. 564/570.

I Ante o exposto, admito parcialmente o recurso especial apenas pela alínea "c" do art. 105 da Carta Magna. devidas cautelas. Remetam-se os autos ao Superior Tribunal de Justiça, com as Publique-se. Cumpra-se. João Pessoa, 15 de fevereiro de 2005. Desembar. dor JU!O AU "O MOREIR COUTINHO P SIDE TE rba

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ASSESSORIA JURÍDICA DA PRESIDÊNCIA RECURSO EXTRAORDINÁRIO N 2004.003346-4 RECORRENTE: Banco do Nordeste do Brasil S.A. ADVOGADA: Tâmara F. de Holanda Cavalcanti RECORRIDO: João Batista de Souza Amorim ADVOGADO: Ovídio Lopes de Mendonça Vistos etc. O Bando do Nordeste do Brasil S/A, irresignado com o Acórdão emanado da 2a Câmara Cível, fls. 545/553, interpôs Recurso extraordinário, com arrimo no art. 102, III, alínea "a" da Constituição Federal, invocando, em suas razões de fls. 574/577, a violação ao art. 5, II da Carta Magna, uma vez que o decisum colegiado deu provimento ao Recurso Adesivo interposto por João Batista de Souza Amorim, para atrelar o pagamento do débito contraído à execução do Projeto de Avicultura, contrariando o princípio do pacta sunt servanda e a Resolução n 2471/98 do Conselho Monetário Nacional. Às fls. 592/601, o recorrido apresentou,contra-razões, pugnando pela inadmissibilidade da impugnação aforada. Subsidiariamente, pleiteia a manutenção do Acórdão invectivado. Instada a se pronunciar, a Procuradoria de Justiça suscitou a desnecessidade de intervenção ministerial às fls. 603/605. É o relatório. Desde logo, ressalto a incidência dos requisitos genéricos necessários à admissibilidade da súplica aventada. De fato, vislumbra-se o cabimento do recurso, a legitimidade e o interesse recursal do Banco do Nordeste do Brasil S/A, sucumbente em sede de Apelação de n 2004.003346-4 (fl. 544), além da tempestividade (fl. 572) e do devido preparo, comprovado à f1.578. O recorrente suscita a violação ao art.5, II, da Carta Magna, porquanto o Tribunal a quo deu provimento ao recurso adesivo aforado pela parte adversa, atrelando o pagamento da dívida ao Projeto de Avicultura, sem atentar para a existência de crédito regular e legalmente avençado entre as partes, bem como desconsiderando que "não pode a seca ser considerada fato extraordinário, tampouco existiu enriquecimento do promovido em face do promovente" (f1.577). Aduz, ademais que, in casu, deveriam ter sido observadas as disposições normativas que regulam as operações bancárias, mormente a Resolução 2.471/98.

X' Como se observa, o Banco do Nordeste do Brasil S/A, almeja, em verdade, a reapreciação dos elementos probatórios que fundamentaram o Acórdão prolatado. A ofensa à Carta Magna, fundamento do recurso aforado, aparece mitigada pela alegação de desrespeito ao contrato realizado entre as partes e à legislação pertinente. Ora, é cediço que a avaliação da prova efetuada pelo órgão. prolator da decisão recorrida, à luz do princípio da persuação racional, não pode ser reavaliada pela instância extraordinária, sob pena de transformá-la em órgão de terceira instância, bem como que a ofensa à Constituição Federal, hábil a proporcionar a admissão do recurso excepcional, há que ser direta e clara, o que, todavia, não ocorreu na presente hipótese. Assim sendo, inadmito o recurso extraordinário em apreço. Publique-se. Cumpra-se. João Pessoa, 15 de fevereiro de 2005. Desemba 10 A - MOREIRA rba

1000 rel.±.22