28 de Outubro de 2013 Juros encerram a semana em queda seguindo comportamento da Treasury; Dólar encerrou a semana em alta de 0,5%, cotado a R$ 2,189; Ibovespa cai na semana contrariando comportamento das bolsas internacionais. As taxas de juros do mercado futuro cederam na semana. A taxa do contrato DI-Jan15 recuou 4bps na semana, cotado a 10,47% ao ano. O recuo nas taxas de juros mais longas foi maior, o vértice do DI-Jan17 recuou 15bps encerrado a semana a 11,28% ao ano.. As taxas futuras dos juros brasileiro seguiram o comportamento da Treasury na semana, diante de dados mais fracos na economia norte-americana. O dólar se apreciou 0,51% frente ao real na semana, cotado a R$ 2,189. O fato de o Banco Central ter rolado no final da semana apenas 1/3 dos US$ 8.9 bilhões em contratos de swap cambial que vencem dia 1º de novembro ajudou a explicar a alta da moeda americana frente ao real na semana. Já a cotação do dólar em relação a uma cesta de moedas negociadas internacionalmente se depreciou 0,57% no mesmo período, diante dos sinais de menor vigor dos indicadores da economia norte-americana divulgados durante a semana passada. O Ibovespa encerrou a semana com queda de 2,2%, cotado a 54.154 pontos. Ao contrário das bolsas internacionais que subiram na semana diante da perspectiva de possível postergação da alta dos juros nos EUA, a bolsa brasileira caiu diante da realização com ações como a OGX.
Indicadores
jan/08 out/11 out/11 jan/08 mai/08 mai/08 set/08 jan/12 jan/12 set/08 jan/09 jan/09 mai/09 mai/09 abr/12 abr/12 set/09 set/09 jan/10 jan/10 jul/12 jul/12 mai/10 mai/10 set/10 set/10 out/12 out/12 jan/11 jan/11 mai/11 mai/11 set/11 jan/13 jan/13 set/11 jan/12 jan/12 mai/12 abr/13 abr/13 mai/12 set/12 set/12 jan/13 mai/13 jul/13 jul/13 jan/13 set/13 mai/13 set/13 out/13 out/13 12,5 11,5 12,5 10,5 11,5 9,5 10,5 8,5 9,5 8,5 7,5 7,5 6,5 6,5 Taxas de juros nominais - Mercado futuro (%) Taxas de juros nominais - Mercado futuro (%) 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 Dólar Jan/14 Jan/17 Jan/21 Jan/14 Jan/17 Jan/21 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 Ibovespa vs S&P500 2.000 1.800 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 Ibovespa S&P500 Fontes: BM&F Bovespa, BCB, BM&F Bovespa e Bloomberg respectivamente. Elaboração: Itaú Asset Management
Por dentro do cenário No Brasil, o déficit em conta corrente foi de US$ 2,6 bilhões em setembro, acima das nossas expectativas, de déficit de US$ 1,7 bilhão e da mediana do mercado, de US$ 2,3 bilhões. Em comparação com as nossas projeções, a principal diferença veio de lucros e dividendos. Até o dia 20 de outubro, o Banco Central disse que havia entrada de US$ 1,3 bilhão, entretanto no mês fechado de setembro a entrada de lucros e dividendos foi de apenas US$ 0,3 bilhão, ante nossa projeção de US$ 0,7 bilhão. O investimento direto estrangeiro (IED) registrou entrada líquida de US$ 4,8 bilhões em setembro, e em 12 meses terminados em setembro o fluxo de IED foi de US$ 61,5 bilhões (+2,74% PIB). Em resumo, as contas externas em 12 meses acumulam déficit de US$ 80,5 bilhões (o que corresponde a 3,6% do PIB). Esperamos que atinjam US$ 81,6 bilhões no ano de 2013. Para 2014 estimamos leve melhora do saldo em conta corrente para US$ 73,7 bilhões, até por conta do real mais competitivo frente á outras moedas (projetamos taxa de câmbio de R$/US$ de 2,40). Os dados do mercado de trabalho continuam emitindo sinal de fraqueza. A elevação da taxa de desemprego (de +0,1p.p. MoM SA para 5,4% em setembro) decorreu da queda na população ocupada (de -0,3% MoM SA), enquanto que a população economicamente ativa (PEA) ficou praticamente estável no período (-0,1% MoM SA). Em contrapartida, houve aumento de renda real em setembro, de 0,9% na mesma comparação acima. Devem se manter voláteis as estatísticas de mercado de trabalho no Brasil. Esperamos elevação da taxa de desemprego de 1p.p. em relação ao atual patamar até o final de 2014. Nos Estados Unidos, os indicadores divulgados na semana passada frustraram as expectativas do mercado que acreditava em uma recuperação mais robusta da atividade econômica norte-americana, sobretudo nos dados de mercado de trabalho (especialmente o payroll de setembro). Isso não ocorreu. E dificilmente ocorrerá ao longo do próximo mês, quando é esperado algum impacto negativo (difícil dizer de quanto) nos indicadores norte-americanos devido ao shutdown. Diante disso, o mercado espera início do programa de redução das compras de títulos a partir do 1T14. Nós esperamos que ocorra a partir de março de 2014. E esperamos alta das taxas de juros a partir de meados de 2015. Agenda - Semana 28 de Outubro a 01 de Novembro Na agenda doméstica, a FGV divulgará (3ªfeira) o índice de confiança do consumidor de outubro e (4ªfeira) o índice de confiança ao consumidor de outubro. O IBGE divulgará (5ªfeira) a pesquisa mensal de emprego de setembro. E o BC deve divulgar (6ªfeira) os dados de conta corrente de setembro. Nos Estados Unidos, tem divulgação (2ªfeira) de vendas de imóveis usados de setembro. Mas o destaque ficará por conta dos dados de mercado de trabalho norte-americanos de setembro (3ªfeira). Além disso, estão previstas divulgações de vendas de novas casas (5ªfeira), e vendas do varejo (ainda sema data definida). Na Europa, o Bank of England deve divulgar (4ªfeira) a ata da última reunião. Os PMIs da Zona do Euro de outubro devem ser divulgados na 5ªfeira e o PIB do Reino Unido do 3T13 na 6ªfeira.
Glossário Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP- M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção das carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pósfixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 IRFM 1+ IMA B5 IMA B5+ LTN e NTN-F com prazo < 1 ano LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano NTN-B com prazo < 5 anos NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Prêmio de Risco Spread over treasury do CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. Variação em bps. Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV SMLL ISE Índice Dividendos Índice Small Cap Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBOVESPA / Elaboração: Itaú Asset Management Disclaimer A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. As informações contidas no informativo foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O Banco Itaú não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações às 17hs30min da 6ª feira (25/10)