Juros recuam diante de dados fracos no Brasil e fala de Janet Yellen nos EUA;
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- Martín Marco Brunelli Weber
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1 18-nov-2013 Juros recuam diante de dados fracos no Brasil e fala de Janet Yellen nos EUA; Sinal de manutenção dos estímulos monetários nos EUA impede alta do dólar; Ibovespa recupera queda da semana anterior, com alta de 2,3% semana passada. As taxas de juros do mercado futuro encerraram a semana em queda. A taxa do contrato DI-Jan15 recuou 16bps na semana, cotado a 10,8% ao ano na 5ªfeira, vérpera do feriado. Nas taxas de juros mais longas a queda observada foi maior. O vértice do DI-Jan17 caiu 28bps encerrando a 5ª feira a 11,8% ao ano. O resultado aquém do esperado pelo mercado do IBC-BR de setembro, que aponta para um PIB negativo no terceiro trimestre deste ano, contribuiu para a queda dos juros futuros na semana passada. Além disso, os comentários da futura Presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no Senado dos Estados Unidos na semana passada, considerados dovish pelo mercado contribuíram para o recuo do dólar no final da semana passada e dos yields dos Treasuries, o que ajudou a manter as taxas de juros no mercado doméstico em baixa. A taxa de juros da dívida americana de 10 anos cedeu 6bps na semana passada, encerrando cotada a 2,69% ao ano. O dólar se manteve praticamente estável em relação ao real (+0,04%) na semana passada, encerrando cotado a R$ 2,32 na 5ªfeira. A queda da cotação da moeda norte-americana ganhou força no final da semana passada, após o discurso da futura presidente do FED, Janet Yellen, em que a percepção de que os estímulos à economia norte-americana persistirão durante mais algum tempo. Os leilões de swap cambial promovidos pelo Banco Central na semana passada também contribuíram para a baixa da cotação do dólar. O Ibovespa encerrou a semana com alta de 2,30%, cotado a pontos. A provável confirmação no Senado americano de Janet Yellen como futura presidente do Federal Reserve, dado o seu apoio à manutenção dos estímulos monetários, fez com que a Bolsa se recuperasse no final da semana passada. Além disso, teve safra de divulgação de balanço das empresas brasileiras do 3T13, com destaque positivo para o resultado da Vale e da Anhanguera.
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4 Por dentro do cenário No Brasil, o IBC-BR, proxy mensal do PIB calculado pelo Banco Central, ficou estável em setembro na comparação mensal (0% MoM SA) e teve alta de 3,3% na comparação interanual. O resultado foi abaixo das expectativas do mercado (de +0,2% MoM e +3,6% YoY), mas não tão baixo quanto as nossas estimativas indicavam (-0,2% e +2,8% respectivamente). Na comparação com o trimestre anterior, o IBC-BR recuou 0,1% no 3T13, na série ajustada sazonalmente, após ter subido 0,8% no 2T13 na mesma comparação. Este resultado está em linha com a nossa estimativa de queda do PIB no 3T13, de -0,3% QoQ SA. Para 2013 mantemos projeção de alta do PIB de 2,5% e para 2014 de 2,2%. O IGP-10 de novembro subiu 0,44%, em linha com nossa estimativa e mediana do mercado, ambas em 0,45%. Em relação a outubro houve forte desaceleração da inflação geral, por conta da dinâmica nos preços do atacado (esvaziamento do impacto da alta nos preços das commodities e pass through da taxa de câmbio). O IGP-10 avançou 1,11% em outubro. Em 12 meses o índice acumula alta de 5,6%, mesma taxa projetada para o IGP no final de Nos Estados Unidos, o saldo da balança comercial de setembro surpreendeu negativamente. O déficit de US$ 41,8 bilhões em setembro foi muito inferior à expectativa de US$ 39,0 bilhões e do registrado em agosto de US$ 38,7 bilhões. As importações subiram 1,2%, com destaque para automóveis (+3,4%), seguidos por bens de capital (1,8%) e bens de consumo (1,4%). Já as exportações caíram -0,2% no período, puxadas principalmente pelo segmento de suplementos industriais que mostrou queda de -3,0%, e bens de consumo com queda de -1,3%. Em termos reais o saldo da balança comercial americana excluindo-se petróleo caiu de um déficit de US$ 41,9 bilhões para -US$ 43,9 bilhões. Com isso, o número preliminar do PIB norte-americano para o 3T13 deve ser revisado em cerca de 0,2 ponto percentual para baixo (o último dado divulgado era 2,8%). Estimamos crescimento do PIB americano de 2,0% para 2013 e de 2,8% para Agenda Semana 18 a 22/Nov: Na agenda doméstica, está prevista divulgação do IPCA-15 de novembro na 3ªfeira (estimamos alta de 0,63%, mesma taxa apontada pela mediana das estimativas do mercado segundo levantamento da Bloomberg). Na 5ªfeira o IBGE divulgará a pesquisa mensal de emprego de outubro e na 6ªfeira o Banco Central deve divulgar as estatísticas de conta corrente também de outubro. Na agenda internacional, destaque para as divulgações nos Estados Unidos da pesquisa de vendas do varejo, CPI e vendas de imóveis existentes todos de outubro (na 4ªfeira). Ainda na 4ªfeira terá divulgação da ata da reunião do FOMC de 30 de outubro. Além disso, durante a semana terá discursos de membros do FED. Na Europa, o Banco da Inglaterra divulgará ata da sua última reunião (4ªfeira), os PMIs da Europa (na 5ªfeira) e o PIB da Alemanha do 3T13 na 6ªfeira.
5 Glossário Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção das carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 IRFM 1+ IMA B5 IMA B5+ LTN e NTN-F com prazo < 1 ano LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano NTN-B com prazo < 5 anos NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Prêmio de Risco Spread over treasury do CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. Variação em bps. Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBOVESPA / Elaboração: Itaú Asset Management Disclaimer A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. As informações contidas no informativo foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O Banco Itaú não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações às 17hs30min da 6ª feira.
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