Sem surpresas, o Copom subiu a taxa Selic em mais 0,5 p.p. (para 8,5% ao ano);

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1 12-jul-2013 Eventos do FED atenuaram aversão ao risco; Sem surpresas, o Copom subiu a taxa Selic em mais 0,5 p.p. (para 8,5% ao ano); Bolsa brasileira não sustentou recuperação. Dois eventos repercutiram sobre a percepção do mercado quanto aos próximos passos do Federal Reserve na condução da normalização da política monetária nos Estados Unidos: a divulgação da ata da última reunião do FOMC e o discurso de Ben Bernanke no evento de comemoração de 100 anos do banco central daquele país. Em linhas gerais, parece não existir ainda um forte consenso entre os membros votantes do comitê sobre a velocidade das mudanças. E, mais variáveis econômicas além do nível da taxa de desemprego precisam fazer parte da avaliação da robustez da recuperação do crescimento. O nosso cenário para o início da diminuição do ritmo de compras das treasuries em setembro de 2013 e finalização do processo em meados de 2014 (seis meses antes do primeiro movimento de alta com a taxa de juros) parece ser a opção básica do FED. Posteriormente, Bernanke ratificou a expressão altamente acomodatícia para qualificar a condição que ainda será vigente para a política monetária por período extenso. Com isso, o rendimento das treasuries de 10 anos recuou de 2,74% ao ano na 6ª feira passada para 2,53%. A redução na inclinação da curva de juros brasileiros seguiu este movimento, com as taxas mais longas embutidas nos contratos de DI futuro caindo em maior intensidade do que as taxas mais curtas. Sobre a 6ª feira passada, as taxas do DI Jan17 e 21 recuaram 0,35 p.p. em média. As taxas do DI Jan14 e 15 recuaram 0,1 p.p. em média. Os dados fracos da atividade econômica em maio no Brasil também ajudaram na queda das taxas de juros que são negociadas no mercado futuro. Já as taxas dos cupons das NTN-Bs longas não mostraram queda correspondente, pois os questionamentos sobre o nível de juro real de equilíbrio no Brasil persistem. Até por isso, os índices de renda fixa da família IMA não se recuperam na semana. O dólar subiu 0,6% na semana até R$ 2,27. Mesmo com os eventos americanos e intervenções do Banco Central no mercado cambial com operações de swap, o real seguiu com tendência de desvalorização. As preocupações com o cenário doméstico, em termos de crescimento baixo e inflação elevada, são influências além do fluxo negativo de recursos estrangeiros. O Ibovespa não conseguiu sustentar a recuperação acima dos 46 mil pontos. Em julho, a Bolsa acumula queda de 4,05%. No mesmo período, as quedas dos demais índices da Bolsa brasileira são: -4,5% SMLL; -2,1% IBX; -1,3% ISE; e -1,1% IDIV. Como influências negativas nós temos: o fluxo de saída de investidores estrangeiros e as dúvidas sobre o crescimento econômico no Brasil no restante de O mercado também assumiu posicionamento cauteloso diante da temporada de anúncios de resultados a partir da próxima semana e da divulgação dos dados de atividade econômica na China.

2 Indicadores de Mercado Nome Unidade Nível % dia % mês % ano % 12m % 24m Fonte Renda Fixa CDI % ao ano 8,22% 0,03% 0,30% 3,74% 7,21% 18,51% CETIP IRFM 1 Índice - 0,02% 0,42% 3,26% 6,83% 20,25% ANBIMA IRFM 1+ Índice - -0,05% 0,84% -0,93% 5,82% 40,20% ANBIMA IMA Ex-C Índice - -0,16% -0,06% -2,38% 4,49% 23,31% ANBIMA IMA B5 Índice - 0,00% 0,05% -0,48% 7,08% 26,77% ANBIMA IMA B5+ Índice - -0,69% -1,70% -13,18% 0,36% 31,73% ANBIMA Inflação IPCA % - - 0,26% 3,15% 6,71% 11,94% IBGE IGP-M % - - 0,75% 1,74% 8,65% 11,77% FGV Prêmio de Risco / Commodities Risco país sot bps 189,99-4,75 81,54 41,33 73,31 BBG CRB Índice 286,66-0,01% 4,00% -2,83% -1,24% -16,73% BBG Moedas Dólar R$ 2,27 0,53% 1,75% 10,79% 11,23% 43,52% BCB Euro USD 1,31-0,24% 0,43% -0,96% 7,07% -6,51% BBG Euro R$ 2,96 0,21% 2,07% 9,39% 19,11% 34,20% BBB Ações - Brasil (em Reais) Ibovespa Índice 45533,24-2,34% -4,05% -25,30% -14,77% -23,74% BM&FBOVESPA Ibovespa USD 20091,44-2,81% -5,52% -32,37% -23,37% -46,86% BM&FBOVESPA IBX Índice 19144,36-1,31% -2,13% -12,91% -2,09% -3,77% BM&FBOVESPA IDIV Índice 3066,54-1,53% -1,00% -13,76% -6,50% 20,47% BM&FBOVESPA SMLL Índice 1252,81-1,88% -4,56% -18,87% -1,39% -5,12% BM&FBOVESPA ISE Índice 2217,66-1,30% -1,18% -8,83% 0,72% 11,12% BM&FBOVESPA Ações - Mundo (Índice - em moeda local) S&P500 EUA 1680,19 0,31% 4,60% 17,81% 25,88% 27,90% BBG FTSE Inglaterra 6544,94 0,02% 5,30% 10,97% 16,70% 11,52% BBG DAX Alemanha 8212,77 0,66% 3,19% 7,89% 27,94% 14,48% BBG Nikkey Japão 14506,25 0,23% 6,06% 39,55% 66,36% 46,15% BBG

3 jan/08 mai/08 set/08 jan/09 mai/09 set/09 jan/10 mai/10 jan/11 mai/11 jan/12 mai/12 jan/13 mai/13 jan/08 mai/08 set/08 jan/09 mai/09 set/09 jan/10 mai/10 jan/11 mai/11 jan/12 mai/12 jan/13 mai/13 dez/10 mar/11 jun/11 dez/11 mar/12 jun/12 dez/12 mar/13 jun/13 13,5 12,5 11,5 10,5 9,5 8,5 7,5 6,5 Taxas de juros nominais - Mercado futuro (%) Jan/14 Jan/17 Jan/21 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0 1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 Dólar Ibovespa vs S&P Ibovespa S&P500

4 Por dentro do cenário A produção física industrial, o número de horas trabalhadas no setor industrial, as vendas do comércio varejista e o indicador mensal da atividade econômica (IBC-br) mostraram fraqueza da economia no 2º trimestre de 2013 até o mês de maio, depois do desempenho decepcionante do PIB no 1º trimestre. Isso reforça o nosso viés de baixa para a projeção do PIB brasileiro em 2013, que recentemente reduzimos de +2,3% para 2,0%. Será de suma importância verificar na ata da reunião do Copom a opinião do Banco Central sobre o estado da atividade econômica. Por ora, o cenário mais provável é o de elevação da taxa Selic até 9,5% ao ano na última reunião do Copom em Mesmo com pressões inflacionárias preocupantes, até porque antes mesmo do maior impacto da desvalorização do real o IPCA já ronda o teto da meta inflacionária de 6,5%, entendemos como pouco provável uma aceleração na velocidade de ajuste da taxa Selic para o ritmo de 0,75 p.p. nas próximas reuniões. O cenário alternativo ainda é o de prolongamento do ciclo de ajuste da taxa Selic. Em maio, segundo o IBGE, as vendas do comércio varejista mostraram estabilidade na comparação com abril. O resultado foi pior do que a nossa expectativa de crescimento em 0,5%. As vendas ampliadas com comércio de veículos e material de construção recuaram 0,8% enquanto projetávamos +0,8%. Os destaques negativos foram vestuário, artigos de uso pessoal e material de construção. Considerando as notícias de que as manifestações sociais acabaram impactando os horários de funcionamento do comércio em junho, podemos afirmar que existem sinais claros de consumo fraco no 2º trimestre. O IBC-br (Proxy mensal para o PIB) recuou 1,4% em maio sobre abril e veio abaixo da nossa projeção (-0,9%) e do consenso das expectativas do mercado (-1,15%). Agenda Na próxima semana, na agenda nacional, destacamos a divulgação pelo Banco Central da ata da reunião do Copom realizada em 10 de julho (na 5ª feira) e a divulgação pelo IBGE do IPCA15 referente ao mês de julho (na 6ª feira). No exterior, na passagem do domingo para a 2ª feira, o mercado recebe os resultados do PIB chinês referente ao 2º trimestre de Este é o destaque na agenda internacional na semana. Existe grande expectativa em torno deste número. O consenso das expectativas do mercado para o PIB chinês é crescimento de 1,8% sobre o 1º trimestre (7,2% em base anualizada) contra +1,6% no 1º trimestre. Avaliamos que exista um viés de baixa para a divulgação.

5 Glossário Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção das carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 IRFM 1+ IMA B5 IMA B5+ LTN e NTN-F com prazo < 1 ano LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano NTN-B com prazo < 5 anos NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Prêmio de Risco Spread over treasury do CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. Variação em bps. Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBOVESPA / Elaboração: Itaú Asset Management Disclaimer O Diário de Mercado é uma publicação da Itaú Asset Management. As informações contidas no informativo foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O Banco Itaú não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações às 17hs15min da 6ª feira.