Juros futuros cedem diante de sinalização de política fiscal menos expansionista;

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1 24-fev-2014 Juros futuros cedem diante de sinalização de política fiscal menos expansionista; Dólar se deprecia com notícias de política fiscal e sinal de menor atividade nos EUA; Risco de racionamento de energia contribui para queda do Ibovespa na semana. Os juros futuros encerraram a semana em queda, acompanhando a queda do dólar frente ao real e dos juros dos títulos do Tesouro Americano. Os juros do contrato DI Jan15 caíram 26 bps, cotado a 11,06% ao ano na 6ªfeira. O DI Jan21-47 bps, encerrando a semana a 12,22% ao ano. Do lado doméstico, o mercado de juros reagiu bem ao anúncio do maior contingenciamento do orçamento fiscal de 2014, o que ajudou a ampliar as expectativas do mercado de redução no ritmo de alta da taxa Selic na reunião desta semana. O dólar se depreciou 1,8% frente ao real na semana, encerrando cotado a R$ 2,35. O movimento do dólar foi ocasionado pela percepção positiva do mercado frente ao anuncio de contingenciamento do orçamento fiscal para 2014 e da surpresa positiva com os dados do investimento direto estrangeiro de janeiro (R$ 5,098 bilhões vs R$ 4,0 bilhões estimado). O Ibovespa encerrou a semana em queda de 1,7%, cotado a pontos. As ações do setor elétrico e siderúrgico foram prejudicadas pelo baixo nível dos reservatórios e consequente aumento da probabilidade de ocorrência de racionamento. Além disso, ações do setor de telecom foram prejudicadas diante dos decepcionantes resultados no 4T13. Do lado positivo, o contingenciamento fiscal anunciado pelo governo foi elemento importante de surpresa. No cenário internacional, os indicadores econômicos mais fracos desse início de ano nos Estados Unidos (housing starts de janeiro e Empire manufacturing e NAHB de fevereiro) sugerem que o ritmo de recuperação da economia pode ser menos intenso do que o apontado até o 4T13. Além disso, de acordo com a ata do FOMC divulgada na 4ªfeira passada, as autoridades do FED teriam começado a discutir em janeiro quando seria apropriado elevar as taxas de juros, sendo que alguns dos membros sinalizaram que a situação poderia ocorrer antes do esperado. Entretanto, a maioria dos membros do FOMC ainda acredita não ser apropriado apertar a política monetária antes de 2015.

2 Indicadores de Mercado Nome Unidade Nível % dia % mês % ano % 12m % 24m Fonte Renda Fixa (d-1 para índices da ANBIMA) CDI % ao ano 10,29% 0,04% 0,58% 1,43% 8,58% 17,18% CETIP IRFM 1 Índice - - 0,82% 1,22% 8,00% 17,12% ANBIMA IRFM 1+ Índice - - 2,27% 1,74% -1,89% 23,58% ANBIMA IMA Ex-C Índice - - 1,99% 1,19% 0,40% 14,24% ANBIMA IMA B5 Índice - - 2,36% 1,55% 4,81% 18,44% ANBIMA IMA B5+ Índice - - 3,96% -0,01% -16,07% 6,52% ANBIMA Inflação IPCA % - - 0,55% 0,55% 5,59% 12,08% IBGE IGP-M % - - 0,48% 0,48% 5,66% 14,02% FGV Prêmio de Risco / Commodities CRB Índice 301,58 0,11% 6,45% 7,64% 2,88% -6,47% BBG Moedas Dólar R$ 2,356-0,76% -2,56% 0,00% 18,90% 36,86% BCB Euro USD 1,374 0,15% 1,88% -0,03% 4,16% 3,82% BBG Euro R$ 3,227-0,78% -0,82% -0,57% 24,08% 43,05% BBB Ações - Brasil (em Reais) Ibovespa Índice 47380,24 0,19% -0,54% -8,01% -15,63% -28,43% BM&FBOVESPA Ibovespa USD 20198,76 1,25% 2,30% -7,37% -29,04% -47,71% BM&FBOVESPA IBX Índice 19519,98 0,29% -0,20% -8,33% -7,25% -10,90% BM&FBOVESPA IDIV Índice 3111,23 0,11% -1,49% -8,63% -6,87% -5,09% BM&FBOVESPA SMLL Índice 1168,04 0,97% -2,51% -10,78% -23,01% -17,03% BM&FBOVESPA ISE Índice 2261,44-0,30% -2,09% -8,80% -4,33% 0,74% BM&FBOVESPA Ações - Mundo (Índice - em moeda local) S&P500 EUA 1837,55-0,12% 3,08% -0,58% 22,31% 34,89% BBG FTSE Inglaterra 6838,06 0,37% 5,03% 1,32% 8,69% 15,35% BBG DAX Alemanha 9656,95 0,40% 3,77% 1,10% 27,34% 39,79% BBG Nikkey Japão 14865,67 2,88% -0,33% -8,75% 31,45% 57,09% BBG

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4 Por dentro do cenário A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostrou mais um mês de bons resultados em janeiro diante das expectativas. Apesar da taxa de desemprego subir de 4,3% para 4,8% em dezembro na série sem ajuste sazonal, ela ficou abaixo da mediana do mercado, de 5,1%, e a nossa estimativa, de 5,2%. Na série ajustada sazonalmente, houve recuo da taxa em janeiro de 5,1%para 4,8%, o menor patamar para o mês de toda a série histórica. A baixa taxa de desemprego decorre do menor crescimento da PEA (população economicamente ativa). A criação de vagas formais de trabalho computadas pelo Ministério do Trabalho (CAGED) mostrou desaceleração na criação líquida de vagas em janeiro. O resultado foi em linha com a nossa expectativa. A desaceleração na criação de empregos foi mais pronunciada nos setores de comércio e agropecuária, e nas regiões não cobertas pela PME. Os salários reais tiveram pequena queda em janeiro. Esperamos que a tendência de moderação na criação de empregos permaneça nos próximos meses. O governo anunciou corte de R$ 44 bilhões nos gastos do orçamento de 2014, com redução da meta de superávit consolidado para R$ 99 bilhões. Isso equivale a 1,9% do PIB, inferior à meta de superávit anterior de 2,1%. O elevado contingenciamento anunciado pelo governo sinaliza intenção de adotar política fiscal menos expansionista. O saldo em conta corrente de janeiro apresentou déficit de US$ 11,6 bilhões, em linha com a nossa estimativa e a mediana do mercado (respectivamente -US$ 11,9 bilhões e -US$ 11,7 bilhões). Em 12 meses, o déficit foi de US$ 81,6 bilhões (3,7% PIB). Os investimentos diretos estrangeiros (IED) registraram entrada líquida de US$ 5,1 bilhões em janeiro e de US$ 65,4 bilhões (2,9% PIB) em 12 meses. O IPCA-15 de fevereiro subiu 0,70%, muito próximo da taxa observada no mesmo período de janeiro, de 0,67%. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,65%. Despesas com matrículas escolares, alimentação, saúde e serviços contribuíram para a alta do índice. A despeito do IPCA-15 ainda alto, o índice de difusão recuou de 75,1% para 70,4% no mês passado. Para o fechamento de fevereiro, elevamos a projeção de 0,62% para 0,67% devido à incorporação dos desvios observados no IPCA-15 (projetávamos 0,64%). Nossa projeção para o IPCA em 2014 está em 6,2%. Para a reunião do COPOM de 26 de fevereiro, esperamos redução do aperto monetário de 0,50 p.p. para 0,25 p.p.. Ou seja, a taxa Selic deve subir para 10,75% ao ano. Para dezembro de 2014, projetamos taxa Selic de 11,50% ao ano e para dezembro de 2015 de 12,50% ao ano. Por fim, o IBGE divulgará o PIB de 2013 na próxima 5ªfeira, dia 27. Projetamos alta de 2,2% no ano e de 0,4% contra o trimestre anterior no 4T13 (ajustado sazonalmente). No 3T13, o PIB se retraiu 0,5% contra o trimestre anterior (ajustado sazonalmente).

5 Agenda da semana 24/fev Brasil EUA Zona do Euro China e Japão 08:00: FGV Consumer Confidence 06:00 - GER: IFO Expectations seg 07:00 - Euro-Zone: CPI (Jan f) 25/fev ter 11:00 - House Price Index (Dec) 04:00 - GER: GDPQoQ (4Q f) 12:00 - Consumer Confidence Index 04:45 - FR: Production Outlook Indicator 26/fev qua BZ: Selic Rate (26/Feb) 12:00 - New Home Sales (Jan) 06:30 - UK: GDP (4Q p) 27/fev 08:00: FGV Inflation IGPM 10:30 - Cap Goods Orders Nondef Ex Air (Jan) 10:30 - Cap Goods Ship Nondef Ex 09:00: GDP QoQ (4Q) qui Air (Jan) 10:30: Total Outstanding Loans (Jan) Central Govt Budget Balance (Jan) 05:00 - SP: GDP QoQ (4Q f) 05:55 - GER: Unemployment Rate 07:00 - Euro-Zone: Consumer Confidence (Feb f) 10:00 - GER: CPI (Feb p) 20:15 - JN: Markit/JMMA Manufacturing PMI 20:30 - JN: Jobless Rate (Jan) 20:30 - JN: Natl CPI (Jan) 20:50 - JN: Industrial Production (Jan p) 28/fev sex Sem data def. 09:00: PPI Manufacturing (Jan) 10:30 - GDP Annualized QoQ (4Q S) 04:45 - FR: PPI (Jan) 10:30: Primary Budget Balance (Jan) 11:45 - Chicago Purchasing Manager 11:55 - Univ. of Michigan Confidence (Feb f) 12:00 - Pending Home Sales (Jan) 12:15 - Fed's Stein, Kocherlakota, Evans and Plosser Speak in New 07:00 - Euro-Zone: Unemployment Rate (Jan) 02/27-03/03 - GER: Retail Sales (Jan) 20:50 - JN: Retail Sales (Jan) 22:00 - CH: Manufacturing PMI

6 Glossário Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção das carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 LTN e NTN-F com prazo < 1 ano IRFM 1+ LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano IMA B5 NTN-B com prazo < 5 anos IMA B5+ NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Prêmio de Risco Spread over treasury do CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. Variação em bps. Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBOVESPA / Elaboração: Itaú Asset Management Disclaimer A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. As informações contidas no informativo foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer

7 momento sem aviso prévio. O Banco Itaú não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações às 17hs30min da 6ª feira.