ELEMENTOS DE TEXTUALIDADE
NOÇÃO DE TEXTO Texto ou discurso é uma ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão. Para ser considerada um texto, uma ocorrência linguística precisa ser percebida pelo recebedor como um todo significativo.
O SHOW Affonso Romano de Sant Ana O cartaz O desejo A música A vibração A participação O pai O dinheiro O ingresso O fim A volta O vazio O dia A preparação A ida O estádio A multidão A expectativa
O que é textualidade Textualidade é o conjunto de características que fazem com que uma sequência linguística seja um texto e não uma sucessão de frases que não compõem um todo significativo.
FATORES SEMÂNTICOS E LINGUÍSTICOS DA TEXTUALIDADE COERÊNCIA COESÃO
COERÊNCIA A coerência é fundamental para a textualidade porque a partir dela se estabelece o sentido do texto. É entendida como o nexo, a lógica entre as diversas ideias apresentadas, a relação entre elas e o contexto.
Período não articulado Para que se possa compreender a necessidade, de forma urgente e eficiente de um bom desempenho intelectual. O país deverá, antes de tudo, sabendo que muitos investimentos devem ser feitos, e que toda ajuda do governo nessa área é de suma importância para o desenvolvimento do país.
ARTICULANDO O O PERÍODO Para que se possa compreender a necessidade de investimentos em uma educação básica e de qualidade, de forma urgente e eficiente, o país deverá priorizar essa área, mesmo ciente de que outras, como saúde e moradia, também têm urgência de recursos. Dessa forma, garantirá o desenvolvimento do país.
COESÃO A coesão é responsável pela conexão interna entre os vários enunciados que compõem um texto. Para que se possa garantir a coesão textual, deve-se ter a ciência dos conectivos, da pontuação e dos elementos coesivos. PRINCIPAIS ELEMENTOS COESIVOS 1. Pronomes 2. Conjunções 3. Preposições 4. Advérbios
FATORES PRAGMÁTICOS DA TEXTUALIDADE Intencionalidade Aceitabilidade Informatividade Situcionalidade Intertextualidade
INTENCIONALIDADE A intencionalidade diz respeito à intenção do produtor de elaborar um texto seja ele oral ou escrito coeso e coerente, de modo a cumprir a função sociocomunicativa. Fator pragmático: Redator/produtor/emissor Satisfazer os objetivos que tem em mente numa determinada situação comunicativa: informar, impressionar, alarmar, convencer, pedir, ofender, etc.
ACEITABILIDADE A aceitabilidade diz respeito à predisposição do receptor de considerar um texto coeso e coerente e colaborar no processo de produção de sentido. Fator pragmático - Receptor/recebedor/leitor (a quem? Para quem?) Conjunto de ocorrências de um texto coerente, capaz de levar o leitor a adquirir conhecimentos ou a cooperar com os objetivos do produtor. A aceitabilidade depende da autenticidade qualidade, veracidade.
INFORMATIVIDADE Chamamos informatividade as informações veiculadas através dos textos escritos ou visuais, como anúncios, artes plásticas, artigos, dentro outros tipos de textos. Fator pragmático Quantidade de informação Suficientes para que seja compreendido com o sentido que o redator pretende. Não é possível nem desejável que o texto explicite todas as informações necessárias; é preciso que deixe inequívocos os dados para o receptor compreender a mensagem. O nível de informação ideal é o mediano, no qual se alternam ocorrências de processamento imediato, que falem do conhecido, mas que trazem informação. Discurso menos previsível mais informativo ( recepção mais trabalhosa, mais envolvente). Discurso mais previsível menos informativo ( tendência a rejeição).
São Paulo, quarta-feira, 02 defevereirode 2011
O grau de informatividade de um texto é medido de acordo com o conhecimento de mundo das pessoas a que ele se destina. Ou seja, dizemos que um texto possui um alto grau de informatividade quando a compreensão mais ampla desse texto depender do repertório cultural do leitor.
São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011
Um texto é mais informativo quanto menor for sua previsibilidade, e viceversa. Para que haja sucesso na interação verbal, é preciso que a informatividade do texto seja adequada ao interlocutor.
São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 2011
Uma grande parcela dos textos de circulação nacional veiculados pela mídia possui um grau médio de informatividade. Desta maneira, eles conseguem prender a atenção do leitor e, ao mesmo tempo, acrescentar-lhe novas informações. Assim, textos contendo relatos de experiência em Química Orgânica, por exemplo, apresentará um alto grau de informatividade, quando direcionado a todos os públicos, pois na verdade ele interessa apenas a um público restrito: aqueles que dominam os conceitos desta área científica.
No entanto, se a informatividade do texto for muito baixa, o leitor pode desinteressar-se por ele, pelo fato de não apresentar nada de novo ou importante. Este tem sido um dos grandes problemas das redações de vestibulares. É necessário que estas produções apresentem um grau médio de informatividade, para que o texto não corra o risco de cair na obscuridade ou relatar o óbvio.
Um exemplo de informação óbvia é o que comumente chamamos senso comum. São argumentos aceitos universalmente, sem necessidade de comprovação. Por exemplo: o homem depende do ambiente para viver, ou ainda a mulher de hoje ocupa um papel social diferente da mulher do século XIX. Informações como estas já foram comprovadas historicamente, não precisam de justificativa. Por apresentarem um grau de informatividade muito baixo, têm um valor persuasivo menor.
Assim, para que se construa um texto dissertativo que contenha informações relevantes ao leitor, é preciso pesquisar e confrontar diversas fontes sobre a mesma temática, a fim de que o texto apresente argumentos suficientes para levar o leitor a compreender seu raciocínio lógico.
SITUCIONALIDADE Diz respeito à adequação do texto à situação sociocomunicativa. Esse fator de textualidade está ligado às expectativas, às crenças e aos objetivos dos agentes envolvidos no processo de interlocução. Fator pragmático Diz respeito aos elementos responsáveis pela pertinência e RELEVÂNCIA - importância da informação do texto quanto ao contexto em que ocorre. É a adequação do texto à situação sociocomunicativa. O contexto pode, realmente, definir o sentido do discurso e, normalmente, orienta tanto a produção quanto a recepção.
São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
INTERTEXTUALIDADE Diz respeito aos fatores que fazem tanto a produção quanto a recepção de um texto dependentes do conhecimento que os agentes envolvidos no processo sociocomunicativo têm de outros textos. Fator pragmático Concerne aos fatores que fazem a utilização de um texto dependente de outro(s) texto(s). Inúmeros textos só fazem sentido quando entendidos em relação a outros textos que funcionam como contexto, pois um discurso constrói-se através de um já-dito em relação a outros textos, que funcionam como seu contexto.
São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Charge São Paulo, terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Focalização: É a maneira como cada leitor vê o texto. Ex.: Um médico, um advogado, um engenheiro... lendo um romance. (cada um terá uma visão).
Inferências: Ideia não exposta, mas subtendida. Conexões que o leitor faz (contexto), tentando alcançar uma interpretação do que lê ou ouve, estabelecendo uma relação não explícita no texto.
Conhecimento de mundo: O texto fala sobre o quê? Conhecimento partilhado: Necessário para a compreensão do texto - emissor e receptor devem ter um conhecimento de mundo com certo grau de similaridade, constituindo o conhecimento compartilhado.
Conhecimento linguístico: é o conhecimento da gramática em si e sua aplicação dentro do texto para que possa ser estabelecida a coerência. Ex.: Uso de artigos, ordem das palavras, conjunções, tempos verbais... Contextualização: Informações sobre localização, data e autor (texto).