CURSO: ATITUDE EMPREENDEDORA SUMÁRIO Introdução...02 Aula 1 Empreendedorismo...03 Aula 2 - Tipos de Empreendedores...05 Empreendedor corporativo...05 Empreendedor externo...05 Empreendedor social...05 Tecnologia responsável...06 Aula 3 - Perfil do Empreendedor na Era do Conhecimento...07 Perfil do empreendedor na área de TI...08 Tecnologia X empreendedorismo...08 Aula 4 - Atitudes Empreendedoras...09 Criatividade...09 Liderança...09 Visão sistêmica...10 Proatividade...10 Aprender a aprender...10 Aula 5 - Benefícios do Empreendedorismo...12 Mandamentos do empreendedor...13 Referências Bibliográficas...14 1
INTRODUÇÃO O desempenho das organizações está mais do que nunca em pauta. A capacidade de posicionar-se corretamente perante aos desafios de um ambiente empresarial, em contínua transformação, exige revisões constantes de metas e estratégias em todas as áreas das organizações. Neste sentido, é cada vez mais claro que o sucesso de planos e estratégias depende de pessoas comprometidas com a missão e com os objetivos das organizações, assim como com o desenvolvimento de uma série de competências para que as pessoas estejam à altura de assumir desafios. Em termos genéricos, poderíamos dizer que toda organização necessita em seus quadros, colaboradores com as seguintes competências: visão empreendedora, visão sistêmica, liderança, orientação para resultados etc. O importante é que essas competências reflitam os objetivos, metas, o espírito da organização e a ajudem a alcançar a excelência organizacional. Atitude empreendedora Quando valorizamos o aprendizado tornamos o conhecimento uma prática, um valor e a atitude empreendedora é um valor em todos os sentidos. Hoje em um cenário com tantas ofertas de produtos e serviços, a inovação é a chave do sucesso em qualquer empresa. 2
AULA 1 Empreendedorismo Programa CIEE de Educação a Distância É a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma idéia por meio da aplicação da criatividade, capacidade de transformação e o desejo de tomar aquilo que comumente se chamaria de risco. Eduardo Bom Ângelo É a capacidade de antever necessidades e satisfazer além das expectativas. O empreendedor e a empresa empreendedora necessitam de um alto grau de criatividade, domínio das tendências do cenário para sair a frente. A ousadia é a marca dessa atitude. É a habilidade de buscar e capturar oportunidades rentáveis de negócios; disposição de correr riscos calculados para atingir os objetivos da organização. Um profissional que demonstra essa competência: Identifica e aproveita oportunidades rentáveis de negócios; Conhece profundamente o negócio, setor e mercado que possam revelar oportunidades no mercado; Demonstra disposição em assumir riscos calculados para atingir resultados; Busca maximização da relação custo X benefício para clientes, fornecedores e parceiros; Estimula e dá apoio ao comportamento empreendedor de outras pessoas. Ontem, as empresas estavam orientadas para a produção, o mercado era amplo, e a concorrência era fraca e negociada. O foco era produzir o maior volume possível e repassar custos aos preços, sem qualquer esforço de otimização, em benefício do consumidor. As estruturas eram hierarquizadas e as pessoas podiam se esconder atrás do tecnicismo, do paternalismo e das fórmulas prontas para resolver os problemas que surgissem. A economia crescia vegetativamente, inchava, mas não evoluía. Quase sem intenção, os resultados apareciam e, assim, gerenciar podia ser, simplesmente, 3
dar-se bem com os outros, tomar conta da equipe e resolver os problemas rotineiros, por vezes incendiários. Hoje, a globalização, faz o mundo competir de verdade, trazendo a disputa pelo consumidor exigente. Inúmeras mudanças já ocorreram em nosso cenário e muitas ainda estão por vir. A constante instabilidade do meio ambiente e o aumento da interação de seus fatores fazem com que a organização passe a estar muito mais sensível e aberta às influências externas, se ela pretende sobreviver. Na economia em rede, tanto a propriedade física quanto a intelectual tem mais probabilidade de serem acessadas pelas empresas do que serem adquiridas. Outra força desta realidade é o capital intelectual, por isso algumas organizações estão apostando em diferentes formas de motivação, reconhecimento e gerenciamento. O momento atual exige ampla transformação e uma nova filosofia de gestão. A capacidade de posicionar-se estrategicamente, diante dos desafios proporcionados por um ambiente em contínua transformação, requer flexibilidade em todas as áreas e da própria organização. Torna-se fundamental ao gestor aprender a criar novas formas organizacionais em torno de equipes e processos. 4
AULA 2 Tipos de empreendedores Programa CIEE de Educação a Distância Empreendedor corporativo É aquele que a partir de uma idéia, dedica-se entusiasticamente em transformá-la em um produto de sucesso. São desbravadores que investem no seu desenvolvimento dentro da organização. São pessoas dotadas de iniciativa, QA, visão de futuro e que favorecem o destaque no mercado de trabalho, da empresa, dos produtos e de si mesmo. Respaldado pela cultura e política organizacional. Exemplos: Abílio Diniz, Silvio Santos, Antonio E. de Moraes, Henrique Meirelles, Eneida Bini (primeira mulher a ser nomeada Presidente Avon Brasil e chegou a Vicepresidência Costumer Service Avon América Latina, iniciou na empresa em 1981 como secretária). Hoje está no cargo de vice-presidente da Herbalife. Andrea Jung (presidente da Avon Mundial. Ela é responsável pela empresa presente em 140 países. É canadense e foi contratada como secretária de um diretor em Nova York. Após 12 anos foi nomeada presidente da empresa). Empreendedor externo Aquele que desenvolve e administra um projeto com foco nas tendências e necessidades do mercado, visando satisfazer determinado público. É um profissional independente que gerencia suas ações sem um vínculo específico com uma organização, ditando sua política, cultura e administrando seus riscos de forma livre. Empreendedor social São aqueles que assumem uma atitude pró-ativa no que diz respeito ao desenvolvimento integrado da sua comunidade, da sua cidade ou do seu país. Ele está voltado ao terceiro setor e a projetos ligados à sociedade e qualidade de vida. Exemplo: Bono Vox, Betinho, entre outros. 5
Tecnologia responsável A tecnologia da informação e o manuseio da informação tornam-se cada vez mais a chave para o êxito da empresa. Mas a informação pode ser uma armadilha para os gerentes. Observa Peter Drucker, em Management: Tasks, Responsabilities, Practices: As atividades relacionadas com a informação são um problema especial nas empresas. Ao contrário de muitas outras atividades geradoras de resultados, elas não dizem respeito a um estágio do processo, mas à totalidade do processo. Por saberem exatamente onde essas informações serão imprescindíveis, os colaboradores permitirão que o fluxo dessas se direcione para onde forem necessárias, fazendo com que a empresa se torne inevitavelmente auto dirigida e horizontal. A empresa que conseguir valorizar esse tipo de atitude será a considerada empresa inteligente. Hoje, o cenário busca profissionais que investem no conhecimento contínuo, ou seja, que se aperfeiçoam, procuram novas habilidades, e através do autoconhecimento, otimizar seus resultados, transformando suas ações em vantagens para a organização. 6
AULA 3 - Perfil do empreendedor na era do conhecimento Para implementar e administrar o seu plano de ação, os empreendedores corporativo e externo, necessitam de ações positivas e orientadas ao Autodesenvolvimento. Confiar em si e vender idéias reais. Ao identificar pontos fracos, você já está buscando o caminho do autodesenvolvimento e autocrítica. Ao questionar, você levanta a possibilidade de recriar. Uma pessoa antenada aos acontecimentos do cenário com vontade de vencer os obstáculos. Características: É autoconfiante e proativo; Aceita e reconhece erros; Faz networking ; Questiona o existente; É curioso, criativo, perseverante, otimista e ousado; Identifica e avalia oportunidades; Quebra paradigmas; Elabora Plano de Ações; Lida com imprevistos; Agiliza o processo decisório O empreendedor identifica erros, problemas, faz avaliação de idéias e questionamentos, sempre inova e conseqüentemente administra os riscos. Elabora plano de ação para vender, está aberto a mudanças, adaptações, são pessoas que estão sempre prontas a implantar realizações e solução. Tempo é dinheiro e geração de oportunidades e o processo decisório está dentro deste conceito. Decisão é escolher o melhor caminho para a melhor solução do processo. É imprescindível conhecer o local onde trabalhamos e personalizar as idéias de acordo com a cultura e a filosofia da empresa. 7
Perfil do empreendedor na área de TI Formação profissional consistente Identificação com a área de Projetos Buscar e desenvolver novas soluções tecnológicas Gestor de processos Competitivo e ágil às respostas Tecnologia x empreendedorismo Evolução: não basta visão de futuro e capacidade de realização, é necessária a observação de mais etapas e processos. Ampliar a competitividade em contraponto à grande velocidade da comunicação, padronização de recursos e insumos com forte pressão para redução de custos. Ser empreendedor foi superado por estar empreendedor. AULA 4 - Atitudes empreendedoras 8
O empreendedor precisa de atitudes para merecer a denominação. As atitudes são práticas com valores respaldadas no conhecimento adquirido e que torna-se prática diária. As principais atitudes são: ler os tópicos do slide e após a dinâmica fundamentar os tópicos com base na atividade realizada. Criatividade Idéias com foco nas necessidades dos clientes e na disposição empresarial. A criatividade organizacional foca a inovação em relacionamentos com os clientes externos e internos, valoriza a negociação, a conquista de objetivos e entende que pessoas são peças fundamentais, portanto o ganha-ganha deve ser valorizado. A criatividade flexibiliza o pensamento, une a lógica e facilita a interpretação dos processos e o trabalho. A empresa inovadora sempre sai à frente em um cenário tão instável como o nosso e as pessoas são as peças chave para implantar essa inovação. Liderança É a arte de saber delegar, transmitindo uma visão clara de objetivos e metas, sabendo motivar os colaboradores a alcançar a excelência no desempenho individual e da equipe. É o processo interpessoal por meio do qual o responsável por resultados identifica recursos, processos e prazos, para o alcance de resultados. Qualquer colaborador deve estar preparado para consumir o papel de líder, desenvolvendo habilidades como a comunicação, relacionamento interpessoal, visão sistêmica, foco nos resultados, entre outras. Há a necessidade de um time comprometido com ações, idéias, resolução de problemas. Assim o líder vai conseguir formar o time através da sua postura persuasiva, empática, motivadora e persistente. Para conseguir a confiança das pessoas, a prática da liderança na atitude empreendedora necessita do seguinte perfil: 9
ser fiel a sua filosofia de vida, buscar a melhoria, delegar decisões, considerar que cada pessoa está em um nível de aprendizado, valorizar problemas e fatos inesperados e transformá-los em oportunidades. Visão Sistêmica No desenvolvimento de um plano de ação ou de um projeto é essencial entender cada ação estabelecida e principalmente se ela se relaciona com o objetivo final. É como se estivesse a cada dia finalizando uma parte do todo. A visão sistêmica é um conjunto de conhecimentos e instrumentos desenvolvidos que têm como objetivo tornar mais claro todo o conjunto e nos mostrar as modificações necessárias para melhorá-lo. Questões como processos, estratégia, fluxo de informações e processos de trabalho devem ser gerenciadas para produzir output (saída) e imput (entrada) de forma eficaz. Aponta um direcionamento claro, facilitando decisões e propiciando o desenvolvimento de pessoas. É uma das principais características do empreendedor. Proatividade É a força propulsora da atitude empreendedora. Mas para a prática desta, é necessária muita leitura, bom relacionamento, atenção às necessidades e trabalhar bastante com a intuição e a empatia. Proatividade é gerar oportunidades e aproveitá-las, ou seja, antecipar-se aos fatos. Aprender a aprender Aprender a aprender é verbo/ação da nossa Era. Estamos em constante interação com o meio e este em profundas mudanças. O que tem valor hoje pode não ter mais amanhã e vice-versa. Conseqüentemente precisamos reavaliar nossas atitudes e valores para nos adaptarmos aos acontecimentos e darmos segmento aos processos, e o conhecimento é a chave para o desenvolvimento desta atitude. 10
Saber ouvir significa estar aberto a novos aprendizados, demonstrando assim flexibilidade de comportamento. É imprescindível valorizar a aquisição do conhecimento e ter foco nas ações, tomando cuidados com a dispersão (perda de tempo). AULA 5 - Benefícios do empreendedor Os benefícios do empreendedor são: 11
Aprender a tirar a idéia do papel e buscar oportunidades; Não pretender mudar tudo e todos, mas se adaptar às instabilidades do cenário; Diante de dificuldades avaliar o processo e implementar melhorias. A determinação, humildade, iniciativa, empatia, foco nas ações, conhecer o todo e desenvolver as partes, estando em constante sintonia com pessoas facilita a prática dos mandamentos do empreendedor. Investir na percepção, conhecer o que quer e acreditar em si, visando ações do presente com foco no futuro e estando compromissado com a qualidade e a inovação é o ponto central para o alcance do sucesso e a prática da atitude empreendedora. As habilidades: iniciativa, conhecimento geral, observação, conhecimento do segmento, confiança, segurança, aberto a novas oportunidades, são as bases para o sucesso. Não adianta praticarmos algo ou visar à mudança de comportamento se não conhecemos os benefícios. A atitude empreendedora nos leva a um caminho promissor, porque na prática aplicamos uma série de habilidades que são fundamentais para o nosso desenvolvimento e aperfeiçoamento. Praticamos a criatividade, iniciativa, concretizamos idéias, resolvemos problemas e flexibilizamos ações. Aceitar as diferenças nas pessoas, nas idéias, nos processos é adaptar-se a tudo isso facilitando a prática das habilidades e o aproveitamento dos benefícios mencionados. O empreendedorismo é considerado, pelos especialistas, como vital para o sucesso profissional, pois considera o desenvolvimento e aperfeiçoamento de atitudes importantes para a gestão de ações perante as incertezas do cenário atual. Assumimos diferentes papéis na sociedade e para cada papel temos inúmeros planos e projetos. Precisamos acreditar em nossas potencialidades e sempre estarmos dispostos e aumentar os limites. Construir constantemente é uma forma de crescer e 12
conquistar os nossos sonhos. O fracasso deve ser entendido como um atraso temporário no alcance de objetivos. Encará-lo como um teste do real valor que atribuímos às nossas metas facilita a execução do processo e a conquista do sucesso! Mandamentos do empreendedor 1. Faça o trabalho que for necessário para que seu projeto dê certo, independentemente de sua função/cargo; 2. Compartilhe os créditos do sucesso; 3. Lembre-se, é preferível errar pela ação do que pela omissão; 4. Trabalhe com motivação e aprenda a gostar do que faz; 5. Peça conselho antes de pedir recursos; 6. Siga sua intuição a respeito das pessoas, trabalhe com os melhores; 7. Prepare-se antes de divulgar sua idéia; 8. Nunca aposte em uma corrida se não estiver participando; 9. Seja verdadeiro com suas metas, mas realista sobre os meios para atingi-las; 10. Seja compromissado com seus superiores, a organização e seus patrocinadores! "No mundo dos negócios todos são pagos em duas moedas: dinheiro e experiência. Agarre a experiência primeiro, o dinheiro virá depois." Harold Geneev 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOM ANGELO, E. Empreendedor Corporativo. Rio de Janeiro: Campus, 2003. CRIPE, E. J. Profissionais Disputados. Rio de Janeiro: Campus, 2003. DORNELAS, J. C. Empreendedorismo Corporativo. Rio de Janeiro: Campus, 2003. GRAMIGNA, Modelo de Competências e Gestão dos Talentos. São Paulo: Makron Books, 2002. KLINK, A. Gestão dos Sonhos: riscos e oportunidades. Salvador: Casa da Qualidade, 2000. LANÇAS, J. N. O Meu Primeiro Emprego. Rio de Janeiro: Campus, 2003. RABAGLIO, M. O. Seleção por Competências. São Paulo: Educator, 2001. WICK, C. W. Os Desafios do Aprendizado. São Paulo: Nobel, 1997. 14