Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Política Cambial)

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Transcrição:

Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2008 Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Política Cambial) Eloi Martins Senhoras Available at: http://works.bepress.com/eloi/68/

Noções de Economia para Relações Internacionais Prof. MSc. Elói Martins Senhoras Material Extra-Classe de Apoio e Ensino Complementar às Aulas 10/31/2008 2 POLÍTICA CAMBIAL 10/31/2008 3 Política Cambial Baseada na administração das taxas de câmbio, promovendo alterações das cotações cambiais e no controle das transações internacionais de um país. Taxa de câmbio: estabelece a conversibilidade de uma moeda em outra. É a quantidade de moeda nacional necessária para adquirir outra moeda. Taxas fixas: têm seu valor atrelado a um ativo padrão (ouro, dólar ou similar). Para manter as taxas fixas, se altera a quantidade de moeda negociada no mercado. Taxas flutuantes: as taxas acompanham as oscilações da economia. Ajustam-se se mediante alterações em seus valores. 10/31/2008 4 Mercado livre de Câmbio Variação Cambial Taxa de Câmbio Oferta de Divisas A DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL ESTIMULA AS EXPORTAÇÕES E ENCARECE AS IMPORTAÇÕES, DESESTIMULANDO ESTA FORMA DE COMÉRCIO. E2 E E1 Demanda de Divisas E = equilíbrio E1 = oferta > demanda E2 = oferta < demanda COM A DESVALORIZAÇÃO, OS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS NO PAÍS GANHAM INCENTIVOS, DADO QUE COM O MESMO VOLUME DE MOEDAESTRANGEIRA É POSSÍVEL ADQUIRIR MAIOR NÚMERO DE RECURSOS NACIONAIS. Quantidade de Moeda 10/31/2008 5 COM A DESVALORIZAÇÃO, OS EMPRÉSTIMOS DO EXTERIOR SE ENCARECEM, DIFICULTANDO O PAGAMENTO DA DÍVIDA. 10/31/2008 6 1

Controle Cambial DEFINE UNILATERALMENTE QUEM PODE OU NÃO TROCAR A MOEDA LOCAL POR MOEDA ESTRANGEIRA. EM GERAL, SE ADOTA O CONTROLE DE CÂMBIOS EM MOMENTOS DE CRISES ECONÔMICAS, PARA EVITAR A FUGA DE DIVISAS. EMBORA JUSTIFICADO NO CURTO PRAZO, O CONTROLE DE CAMBIOS PROMOVE DESCONFIANÇA DA COMUNIDADE INTERNACIONAL E INTERNAMENTE FACILITA A CORRUPÇÃO. Balanço de Pagamentos O Balanço de Pagamentos é um sistema de registros das transações que envolvam ativos externos ou meios de pagamentos internacionais durante dado período de tempo em um país. É o registro sistemático das transações entre residentes e não-residentes de um país durante determinado período de tempo 10/31/2008 7 10/31/2008 8 MÉTODO DE PARTIDAS DOBRADAS CRÉDITOS: toda entrada de divisas Exportações de bens e serviços; Recebimentos de doações e indenizações de estrangeiros; Recebimentos de empréstimos de estrangeiros; Recebimentos de reembolsos de capital do estrangeiro; Vendas de ativos para estrangeiros etc. DÉBITOS: toda saída de divisas Importações de bens e serviços; Pagamentos de doações e indenizações a estrangeiros; Pagamentos de capital emprestado por estrangeiros; Reembolsos de capital a estrangeiros; Compras de ativos de estrangeiros etc. 10/31/2008 9 Tipos de Transações Transações autônomas - acontecem por si mesmas, são motivadas pelos interesses dos agentes (empresas, consumidores, governo). transações compensatórias - destinadas a financiar o saldo final das transações autônomas. As transações compensatórias zeram o saldo do Balanço de Pagamento. 10/31/2008 10 Balanço de Pagamentos A. Balança Comercial Exportações Importações B. Balança de Serviços Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e dividendos, serviços governamentais e diversos C. Transferencias Unilaterais D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C) E. Movimento de Capitais Investimentos, re-investimentos, empréstimos, financiamentos, amortizações, outros F. Erros e Omissões G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F) Características das Principais Contas do Balanço de Pagamentos 1. Balanço Comercial. Registra as exportações e importações de bens e seu saldo é chamado de saldo comercial 2. Balança de Serviços. Registra as transações referentes aos fatores de produção, tais como: fretes, seguros, juros etc. 3. Transferências Unilaterais. Refere-se ao saldo de doações recebidas e remetidas pelos residentes, não sendo, a princípio, pagamento por algum bem ou serviço prestado. u 10/31/2008 11 10/31/2008 12 2

Características das Principais Conta do Balanço de Pagamentos 4. Transações Correntes. É dado pela soma dos saldos da Balança de Pagamentos, Balança de Serviços e Transferências Unilaterais. 5. Movimento de Capitais Autônomos. A Balança de Capitais pode ser dividida em Capitais Autônomos e Capitais Compensatórios. A primeira representa o movimento voluntário de capital entre os agentes econômicos do país e do exterior. Já a segunda, reflete o fluxo de moeda estrangeira mais títulos sobre o controle direto das autoridades monetárias. 6. Erros & Omissões. As somas de créditos e débitos das contas correntes e a de capitais autônomos e compensatórios devem equilibrar-se. As diferenças são registradas nessa conta. 7. Saldo Total do Balanço de Pagamentos. É a soma dos saldos das Transações Correntes, Capitais Autônomos e Erros & Omissões. O saldo final do Balanço de Pagamentos pode ser positivo (superávit) ou negativo (déficit). 8. Movimento de Capitais Compensatórios. O saldo total dos Capitais Compensatórios é igual, com sinal trocado, ao total do Balanço de Pagamentos. Basicamente, reflete o fluxo de meios de pagamentos internacionais sob o controle das autoridades monetárias do país. 9. Variações das Reservas Internacionais. É a seguinte soma: Variações das Reservas Internacionais = Balanço de Pagamentos + Empréstimos do FMI + Atrasados + Contrapartidas. 10/31/2008 13 10/31/2008 14 ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS Dois grandes grupos: (i) Transações Correntes: movimentação de bens e serviços (ii) Movimento de Capitais: deslocamentos de moeda, créditos e títulos representativos de investimento TRANSAÇÕES CORRENTES: 3 GRUPOS (i) Balança comercial: Exportações (+) Importações (-) (ii) Balança de serviços: Não-fatores: viagens, fretes, seguros etc. Fatores: lucros, dividendos, juros etc. (iii) Transferências unilaterais: não existe contrapartida (doações, remessa de imigrantes, reparações de guerra etc.) 10/31/2008 15 10/31/2008 16 CONTA DE CAPITAIS Movimento de Capitais: deve-se distinguir entre o que representa transação operacional e o que corresponde à fonte de financiamento do saldo do BP. CONTA DE CAPITAIS Capitais Autônomos: voluntários (investimento direto, empréstimos, amortizações) Capitais Compensatórios: contas de caixa, empréstimos de regularização e atrasados 10/31/2008 17 10/31/2008 18 3

Mercado de Câmbio Denominações no Brasil Mercado de Câmbio de Taxas Livres. Foi instituído pela Resolução 1.690, de 18-03-1990, do BC. Esse mercado era destinado, principalmente, às operações de exportação / importação e ás operações de financiamento e investimento. Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes. Foi instituído pela Resolução 1.552, de 22-12-1988, do BC. Nesse segmento, eram enquadradas as operações de compra e venda de câmbio a clientes das instituições financeiras e outras operações entre instituições financeiras definidas pelas autoridades monetárias. Política Cambial - Teoria Taxa de Câmbio Nominal. É a taxa de câmbio propriamente dita, ou seja, o preço em moeda nacional de uma unidade de moeda estrangeira. Taxa de Câmbio Real. É a taxa de câmbio nominal descontada da inflação em dado período de tempo. Resolução 2.588 de 25-01-1999. Unificou as posições dos mercados de taxas livres e flutuantes. 10/31/2008 19 10/31/2008 20 Para determinar a taxa de câmbio real temos que considerar a inflação interna e externa ( por exemplo, dos Estados Unidos). A seguinte fórmula apresenta o cálculo básico: 1 + ρ = ( 1 + ε ). ( 1 + π * ) / ( 1 + π ) onde: ρ = variação relativa da taxa de câmbio real. ε = variação relativa da taxa de câmbio nominal. π = taxa de inflação interna. π * = taxa de inflação externa. Taxa de Câmbio Fixa Pura Entende-se o comprometimento formal do governo de que a moeda nacional seja convertida em moeda estrangeira segundo alguma paridade predeterminada. Taxa de Câmbio Flutuante Administrada Permite a variação da taxa de câmbio nominal dentro de determinados limites. A variação é controlada pelo Banco Central. Taxa de Câmbio Livre Quando a taxa de câmbio nominal é formada pelas forças de mercado ( isto é, oferta e demanda) 10/31/2008 21 10/31/2008 22 Sistema Cambial Brasileiro Um Resumo do Passado Recente Sistemas Cambiais no Mundo Padão Ouro ( até 1914) Entre Guerras (1914-1945) Bretton Woods (1946-1971) Atual (1971 - ) 1871-1930 : Padrão-ouro mundial (Câmbio Fixo) 1931-1952 : Depressão, guerras mundiais (Câmbio Flexível). 1953-1961 :Taxas múltiplas de câmbio. 1961-1968 : Unificação cambial (Câmbio Fixo). 1968-1986 : Minidesvalorizações (Câmbio Flexível) 1986-1994 : Planos de ajustamento econômico (Câmbio Flexível) 1994 1999 : Plano Real (Câmbio Fixo). 1999 -...: Câmbio Flexível a) Regime Cambial b) Ativo de Reserva c) Mobilidade do Capital d) Mecanismos de Ajuste e) Instituições Específicas Câmbio Fixo Câmbio Flutuante Câmbio Fixo Cambio Flutuante Ouro (Libra) Ouro (libra, dólar) Ouro, dólar, DES Moedas Fortes (dólar, marco, yen, DES) Plena Liberdade Controles/restrições mobilidade limitada Livre Mobilidade Ajuste Automatico Não Existem Desvalorização Cambial Não Existem Ajuste Automático e Regras do FMI FMI, BIRD (Banco Mundial), GATT Ajuste Automático, Desvalorização Cambial e Regras do FMI FMI, BIRD, GATT (OMC) 10/31/2008 23 10/31/2008 24 4

TAXA DE CÂMBIO Transações entre países requerem compatibilização entre diferentes moedas Taxa de câmbio: relação entre moedas de diferentes países (preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira) 10/31/2008 25 10/31/2008 26 Mercado Cambial Mercado cambial é o mercado em que as moedas dos diferentes países são transacionadas. Quem demanda moeda estrangeira: importadores, pessoas que possuem dívida com o exterior, multinacionais situadas no Brasil, turistas que viajam para o exterior etc. Quem oferta moeda estrangeira: exportadores brasileiros; estrangeiros que querem investir no Brasil, tomadores de empréstimo no exterior; turistas estrangeiros no Brasil etc. VALORIZAÇÃO E DESVALORIZAÇÃO Desvalorização: moeda nacional passa a valer menos em moeda estrangeira Valorização: moeda nacional passa a valer mais em moeda estrangeira 10/31/2008 27 10/31/2008 28 TAXA DE CÂMBIO REAL Relativo de preço entre o produto estrangeiro e o produto nacional DETERMINANTES DA TAXA DE CÂMBIO Longo prazo: competitividade Lei do Preço Único: na ausência de barreiras, produtos homogêneos devem ter o mesmo preço em diferentes países quando medidos na mesma moeda Ajustamento via mercado: concorrência perfeita 10/31/2008 29 10/31/2008 30 5

DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO Curto prazo: Arbitragem Arbitragem: mecanismo pelo qual o retorno dos diferentes ativos se igualam Taxa de câmbio no curto prazo reflete o movimento de capitais ARBITRAGEM Retorno de aplicar no Brasil = i Retorno de aplicar no exterior = i* + cambial Arbitragem: i = i* + cambial Se i > i* + E : entrada de recursos Se i < i* + E : saída de recursos 10/31/2008 31 10/31/2008 32 REGIMES CAMBIAIS Taxa de Câmbio Fixa: Banco Central se compromete a comprar e vender moeda estrangeira à taxa estipulada. Ajustamento do mercado via quantidade: Bacen deve ter reservas suficientes e compromete controle monetário REGIMES CAMBIAIS Taxa de Câmbio Flutuante: taxa se ajusta para igualar oferta e demanda Não existe desequilíbrio no BP Isola política monetária (Fixa X Flutuante: Volatilidade) 10/31/2008 33 10/31/2008 34 OUTROS REGIMES CAMBIAIS Bandas cambiais Flutuação suja Taxa real de câmbio fixa 10/31/2008 35 10/31/2008 36 6

BALANÇO DE PAGAMENTOS US$ Bilhões Saldo da Saldo da Saldo de Saldo do Conta de Ano Exportações Importações Balança Balança de Transações Balanço de Capitais Comercial Serviços Correntes Pagamentos 1978 12,70 13,70-1,00-5,00-5,90 9,40 3,90 1979 15,20 18,10-2,90-7,90-10,70 7,70-3,20 1980 20,10 22,90-2,80-10,20-12,80 9,70-3,50 1981 23,30 22,10 1,20-13,10-11,70 12,80 0,60 1982 20,20 19,40 0,80-17,10-16,30 7,80-8,80 1983 21,90 15,40 6,50-13,40-6,80 2,10-5,40 1984 27,00 13,90 13,10-13,20 0,04 0,20 0,70 1985 25,70 13,20 12,50-12,90-0,20-2,50-3,20 1986 22,30 14,00 8,30-13,70-5,30-7,10-12,40 1987 26,20 15,00 11,20-12,70-1,40-0,70-3,00 1988 33,80 14,60 19,20-15,10 4,20 3,60 7,00 1989 34,40 18,30 16,10-15,30 1,00-3,60-3,40 1990 31,40 20,70 10,70-15,40-3,80-4,70-8,80 1991 31,60 21,00 10,60-13,50-1,40-4,10-4,70 1992 35,90 20,60 15,30-11,30 6,10 25,30 30,00 1993 38,60 25,50 13,10-15,40-0,60 9,90 8,40 1994 43,50 33,10 10,40-14,70-1,70 14,20 12,90 1995 46,50 49,80-3,30-18,60-17,90 29,30 13,50 1996 47,70 53,20-5,50-21,70-24,30 33,00 8,70 1997 52,99 61,38-8,39-26,89-33,05 25,86-7,86 1998 51,12 57,59-6,47-28,80-33,61 29,73-7,97 1999 48,01 49,27-1,26-25,21-25,40 17,38-7,82 2000 55,09 55,78-0,69-25,46-24,64 19,33-2,26 Fonte: Conjuntura Econômica, Junho/2001 10/31/2008 37 INDICADORES DA SITUAÇÃO EXTERNA D í v i d a L í q u i d a / J u r o s / R e s e r v a s / E x p o r t a ç õ e s / P I I m p o r t a ç õ e s / A n o E x p o r t a ç õ e s E x p o r t a ç õ e s I m p o r t a ç õ e s B ( % ) P I B ( % ) 1 9 7 0 1, 5 0 0, 0 9 0, 4 7 6, 4 3 5, 8 9 1 9 7 1 2, 2 6 0, 1 0 0, 5 3 5, 9 1 6, 6 0 1 9 7 2 1, 8 2 0, 0 9 0, 9 9 6, 7 9 7, 2 0 1 9 7 3 1, 3 6 0, 0 8 1, 0 4 7, 3 7 7, 3 6 1 9 7 4 1, 8 5 0, 0 8 0, 4 2 7, 2 2 1 1, 4 2 1 9 7 5 2, 4 3 0, 1 7 0, 3 3 6, 6 7 9, 4 0 1 9 7 6 2, 5 3 0, 1 8 0, 5 3 6, 5 8 8, 0 4 1 9 7 7 2, 5 3 0, 1 7 0, 6 0 6, 8 4 6, 7 8 1 9 7 8 3, 1 8 0, 2 1 0, 8 7 6, 2 9 6, 8 0 1 9 7 9 3, 0 2 0, 2 7 0, 5 4 6, 8 2 8, 0 9 1 9 8 0 2, 8 5 0, 3 1 0, 3 0 8, 4 7 9, 6 5 1 9 8 1 2, 8 5 0, 3 9 0, 3 4 9, 0 1 8, 5 4 1 9 8 2 4, 0 3 0, 5 6 0, 2 1 7, 4 4 7, 1 5 1 9 8 3 4, 0 6 0, 4 4 0, 3 0 1 1, 5 6 8, 1 4 1 9 8 4 3, 3 3 0, 3 8 0, 8 6 1 4, 2 3 7, 3 3 1 9 8 5 3, 6 5 0, 3 8 0, 8 8 1 2, 1 5 6, 2 3 1 9 8 6 4, 6 7 0, 4 2 0, 4 8 8, 6 7 5, 4 5 1 9 8 7 4, 3 4 0, 3 4 0, 5 0 9, 2 9 5, 3 3 1 9 8 8 3, 1 2 0, 2 9 0, 6 3 1 1, 0 5 4, 7 8 1 9 8 9 3, 0 8 0, 2 8 0, 5 3 8, 2 7 4, 3 9 1 9 9 0 3, 6 1 0, 3 1 0, 4 8 6, 6 9 4, 4 0 1 9 9 1 3, 6 2 0, 2 7 0, 4 5 7, 7 9 5, 1 9 1 9 9 2 3, 1 3 0, 2 0 1, 1 6 9, 2 4 5, 3 1 1 9 9 3 2, 9 4 0, 2 1 1, 2 8 8, 9 7 5, 8 8 1 9 9 4 2, 5 1 0, 1 5 1, 1 7 8, 0 2 6, 0 9 1 9 9 5 2, 3 1 0, 1 8 1, 0 4 6, 5 9 7, 0 7 1 9 9 6 2, 5 1 0, 1 9 1, 1 3 6, 1 6 6, 8 8 1 9 9 7 2, 7 9 0, 2 0 0, 8 7 6, 5 6 7, 4 0 1 9 9 8 3, 8 5 0, 2 3 0, 7 7 6, 4 9 7, 3 3 1 9 9 9 4, 2 7 0, 3 2 0, 7 4 9, 0 7 9, 3 1 2 0 0 0 3, 6 9 0, 2 7 0, 5 9 9, 3 7 9, 4 9 F o n t e : I P E A D A T A 10/31/2008 38 INDICADORES DA SITUAÇÃO EXTERNA Importaçãode Bens e Serviços, Exportação de Bens e Serviços, Grau de Abertura e Balanço de Transações Correntes, Países Selecionados, % PIB, 1996. INDICADORES DA SITUAÇÃO EXTERNA 25,00 Importação, Exportação, Grau de Abertura, Brasil, 1980-2000 Importação Exportação Grau de abertura Balanço de Transações Correntes Brasil 9,18 7,12 16,3-3,05 Chile 30,26 28,18 58,44-5,46 China 18,87 21,02 39,89 0,89 Alemanha 22,99 24,2 47,19-0,59 Japão 9,41 9,94 19,35 1,43 Malasia 90,99 92,02 183,01-4,63 Holanda 47,27 53,66 100,93 5,75 Tailandia 13,07 11,58 24,65-8,1 Estados Unidos 45,11 39,28 84,39-1,83 Fonte: WorldBank %PIB 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 Importação Exportação Grau de abertura 1998 1999 2000 10/31/2008 39 10/31/2008 40 Balança Comercial Brasileira - saldo (acumulado 12 meses) 1991-2002(jul) 70000 Balança Comercial Brasileira - Exportações e Importações (acumulado 12 meses) 20000 60000 15000 50000 10000 40000 30000 5000 20000 0 10000-5000 -10000 1990 1991 1992 1993 1993 1994 1995 1996 1996 1997 1998 1999 1999 2000 2001 10/31/2008 41 12 09 06 03 12 09 06 03 12 09 06 03 12 09 06 2002 03 0 1990 1991 1992 1992 1993 1994 1994 1995 1996 1996 1997 1998 1998 1999 2000 2000 2001 2002 12 08 04 12 08 04 12 08 04 12 08 04 12 08 04 12 08 04 Exportações Importações 10/31/2008 42 7

Grau de abertura da economia brasileira 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 1968 1972 1976 1980 1984 1988 1992 1996 2000 X/PIB M/PIB (X+M)/PIB 10/31/2008 43 8