POLÍTICAS MONETÁRIA, FISCAL e CAMBIL
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- Rui Amado Nobre
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1 POLÍTICAS MONETÁRIA, FISCAL e CAMBIL Curso: MBA em Gestão Empresarial Disciplina: Ambiente Globalizado de Negócios Professora: Karina Cabrini Zampronio
2 DEFINIÇÃO Política Monetária: CONJUNTO DE INSTRUMENTOS DE QUE SE VALEM AS AUTORIDADES MONETÁRIAS PARA REGULAR A OFERTA DE MOEDAS E A TAXA DE JUROS, DE MODO A ATINGIR OS OBJETIVOS DA POLÍTICA ECONÔMICA GLOBAL.
3 OBJETIVOS PROMOÇÃO E MANUTENÇÃO DO MA- IS ALTO NÍVEL POSSÍVEL DE CRESCI- MENTO DO PIB, EM BUSCA DO DESEN- VOLVIMENTO ECONÔMICO.
4 OBJETIVOS PROMOÇÃO E MANUTENÇÃO DO MA- IS ALTO NÍVEL DE EMPREGO, SE POS- SÍVEL, ELIMINANDO O DESEMPREGO.
5 OBJETIVOS BUSCAR EQUÍLIBRIO DAS CONTAS EXTERNAS, NOTADAMENTE NO QUE DIZ RESPEITO À CONTA TRANSAÇÕES CORRENTES E, DE FORMA MAIS AM- PLA, AO BALANÇO DE PAGAMENTOS.
6 OBJETIVOS BUSCAR A ESTABILIDADE DE PREÇOS VIA CONTROLE DA INFLAÇÃO.
7 OBJETIVOS PROMOÇÃO DA MAIS EQUITATIVA DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA E DA RENDA.
8 TIPOS DE POL. MONETÁRIA RESTRITIVA: REDUÇÃO DA OFERTA DE MOEDA. EXPANSIONISTA: AUMENTO DA OFERTA DE MOEDA.
9 TIPOS DE POL. MONETÁRIA Restritiva Aumento da Taxa de juros Venda de Títulos pelo BC Aumento da Taxa de Compulsório
10 TIPOS DE POL. MONETÁRIA Expansionista Redução da Taxa de juros Compra de Títulos pelo BC Redução da Taxa de Compulsório
11 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. FIXAÇÃO DA TAXA DE RESERVAS; ASSISTÊNCIA FINANCEIRA DE LIQUIDEZ; OPERAÇÕES DE OPEN MARKET.
12 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. FIXAÇÃO DA TAXA DE RESERVAS VOLUNTÁRIA OU ENCAIXE TÉCNICO RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO
13 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. FIXAÇÃO DA TAXA DE RESERVAS VOLUNTÁRIA OU ENCAIXE TÉCNICO: RECURSOS MANTIDOS PELOS BANCOS EM SEU CAIXA PARA SATISFAZER À NECESSIDADE DE SAQUE DO DIA-A-DIA, EM FUNÇÃO DO SALDO APRESENTADO PELA CONTA DE DEPÓSITOS.
14 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. FIXAÇÃO DA TAXA DE RESERVAS RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO: PARCELA QUE AS INSTITUIÇÕES RECOLHEM AO BANCO CENTRAL, EM FUNÇÃO DO SALDO APRE- SENTADO NA CONTA DE DEPÓSITOS (calculados como um percentual na conta de depósitos).
15 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. ASSISTÊNCIA FINANCEIRA DE LIQUIDEZ REDESCONTO Auxílio financeiro aos bancos que passam dificuldades em seu caixa. EMPRÉSTIMOS DE LIQUIDEZ As Autoridades Monetárias concedem linhas especiais de crédito de Longo Prazo para promover o desenvolvimento de setores ou regiões, sendo operadas a taxa de juros favorecidas; Financiamento de reestruturação bancária.
16 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. OPERAÇÕES DE OPEN MARKET: Compra e venda de títulos pelo Banco Central. OBJETIVOS CONTROLE DIÁRIO DA OFERTA MONETÁRIA; MANIPULAÇÃO DA TAXA DE JUROS A C.P.; APLICAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES DIÁRIAS; CRIAÇÃO DE LIQUIDEZ PARA TÍTULOS FEDERAIS.
17 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. OPERAÇÕES DE OPEN MARKET TIPOS DE MERCADO PRIMÁRIO OPERADO PELO BACEN e PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS CREDENCIADAS. SECUNDÁRIO OPERADO PELOS DEALERS e PELO PÚBLICO EM GERAL (Ex: Bolsa de Valores e Mercado de Balcão)
18 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. OPERAÇÕES DE OPEN MARKET TIPOS DE OPERAÇÕES COMPRA: AUMENTA A OFERTA MONETÁRIA. VENDA: REDUZ A OFERTA MONETÁRIA. Títulos que participam das operação: Títulos públicos: NBC, LTN, NTN. Títulos privados: CDI, CDB e debêntures
19 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. SERVIÇO ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA - SELIC CRIADA EM 1979, VOLTADO A OPERAR COM TÍTULOS PÚBLICOS DE EMISSÃO DO BANCO CENTRAL E DO TESOURO NACIONAL. SISTEMA DE GRANDE COMPUTADOR, QUE TEM POR FINALIDADE CONTROLAR E LIQUIDAR FINANCEIRAMENTE AS OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE TÍTULOS PÚBLICOS E MANTER SUA CUSTÓRIDA FÍSICA E ESCRITURAL.
20 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. CENTRAL DE CUSTÓDIA E LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA DE TÍTULOS - CETIP CRIADA EM 1986 RESPONSÁVEL PELA LIQUIDAÇÃO E CUSTÓ- DIA DOS TÍTULOS PRIVADOS.
21 INSTRUMENTOS DE POL. MONET. OBJETIVOS dos 2 sistemas de liquidação: promover a boa liquidação das operações no mercado monetário, proporcionado maior segurança e autenticidade aos negócios realizados. A taxa de juros formada na SELIC pela compra e venda de títulos, diariamente pelas instituições financeiras é a overnight.
22 POLÍTICAS AUXILIARES POLÍTICA FISCAL
23 DEFINIÇÃO POLÍTICA FISCAL CONJUNTO DE INSTRUMENTOS DE QUE DISPÕ- EM AS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS PA- RA CONDUZIR A ARRECADAÇÃO E OS GASTOS DO SETOR PÚBLICO.
24 OBJETIVOS POLÍTICA FISCAL CONDUÇÃO EFICIENTE DA MÁQUINA ADMINISTRATIVA DO GOVERNO; BUSCAR A PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR DA PO- PULAÇÃO ATRAVÉS DA REALIZAÇÃO DE O- BRAS E DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS; TORNAR EFICIENTE O SISTEMA DE ARRECADA- ÇÃO DE TRIBUTOS, BUSCANDO A MAXIMIZA- ÇÃO DE RESULTADOS A PARTIR DOS GASTOS.
25 ORÇAMENTO POLÍTICA FISCAL DOCUMENTO ENVIADO ANUALMENTE PELO GOVERNO AO CONGRESSO NACIONAL, ONDE SUBMETE À APROVAÇÃO DAQUELA CASA AS RECEITAS PREVISTAS PARA O EXERCÍCIO SE- GUINTE E A FORMA COMO PRETENDE GASTAR.
26 POLÍTICA FISCAL PRINCIPAIS FONTES DE ARRECADAÇÃO TRIBUTOS DIRETOS INCIDEM DIRETAMENTE SOBRE A RENDA (IR). TRIBUTOS INDIRETOS VÊM EMBUTIDOS NO PREÇO DOS PRODUTOS (ICMS, IPI, ISS). TAXAS E CONTRIBUIÇÕES SÃO CRIADAS COM DESTINAÇÃO ESPECÍFICA, VIN- CULADAS A ALGUM TIPO DE SERVIÇOS PRESTADO PELO PODER PÚBLICO À COMUNIDADE (TAXA DO LIXO, TAXA DE ILUMINÇÃO PÚBLICA, CONTRIBUI- ÇÕES PREVIDENCIÁRIAS).
27 POLÍTICA FISCAL TIPOS DE POLÍTICA FISCAL: RESTRITIVA: REDUÇÃO DE GASTOS E/OU AUMENTO DE TRIBUTOS. EXPANSIONISTA: AUMENTO DE GASTOS E/OU REDUÇÃO DE TRIBUTOS.
28 Dívida Pública A dívida pública abrange apenas os empréstimos captados no mercado financeiro interno ou externo, através de contratos assinados com os bancos e instituições credoras. Exclui-se desse conceito as dívidas da Administração relativas a aluguéis, aquisição de bens, etc Dívida Pública pode ser interna ou externa
29 Dívida Interna e Externa Dívida Externa: são os compromissos assumidos pelo governo e empresas aqui instaladas com bancos e investidores estrangeiros, em dólar. No caso da dívida externa pública, é uma espécie de empréstimo que o governo faz, emitindo títulos em que incidem os juros da taxa básica de juros.
30 Dívida Interna e Externa Dívida Interna: é aquela contraída pelo setor público através da emissão de títulos em real. A dívida pública interna possui três origens principais: o financiamento de novos gastos públicos e bens e serviços (despesas com educação, construção de novas obras, etc), os gastos com a dívida pública contraída no período anterior e, no caso do governo, a política monetária e cambial.
31 Evolução da participação dos setores público e privado na dívida externa líquida 100% 80% 80% setor privado 29% 60% 40% 20% 0% 20% setor público empresas estatais estados municípios 71%
32 Plano Real retorno do Brasil ao mercado de crédito internacional aumento da dívida externa e dos investimentos estrangeiros nos mercados financeiros domésticos elevação das taxas internas de juros aumento da dívida interna
33 Evolução do estoque da dívida externa bruta (US$ bilhões) 14 12, % em 7 anos 9, ,2 3,1 3,5 3,7 3,4 3,8 4,4 5,3 6,
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35 POLÍTICAS AUXILIARES POLÍTICA CAMBIAL
36 DEFINIÇÃO POLÍTICA CAMBIAL CONJUNTO DE INSTRUMENTOS DE QUE DIS- PÕEM AS AUTORIDADES PARA REGULAR AS RELAÇÕES DA MOEDA NACIONAL ANTE OS PADRÕES INTERNACIONAIS.
37 OBJETIVOS: POLÍTICA CAMBIAL ADEQUAR O PODER DE PARIDADE DA MOEDA; BUSCAR E PROCURAR MANTER O EQUILÍBRIO DO BALNAÇO DE PAGAMENTOS; BUSCAR OUTROS MECANISMOS DE AJUSTE EXTERNOS, A EXEMPLO DE: SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES; INCREMENTO DE EXPORTAÇÕES; INVESTIMENTOS EXTERNOS; OUTRAS APLICAÇÕES EXTERNAS.
38 POLÍTICA CAMBIAL OBS: OS AGENTES ECONÔMICOS NÃO DEMANDAM MOEDA ESTRANGEIRA COMO RESERVA DE VALOR OU PARA FINS DE TRANSAÇÕES NO MERCADO DOMÉSTICO. EM VEZ DISSO, OS AGENTES ECONÔMICOS SÓ COMPRAM DÓLARES PARA FAZER PAGAMENTOS NO EXTERIOR; AO MESMO TEMPO EM QUE A OFERTA DE MOEDA ESTRANGEIRA É PROVENIENTE DE TRANSÇÕES COM NÃO-RESIDENTES NO PAÍS COMO AS EXPORTAÇÕES.
39 MERCADO DE CÂMBIO É aquele que envolve a negociação de moedas estrangeiras interessados em negociar com essas moedas. É o ambiente onde se realizam as operações com câmbio, entre os agentes autorizados pelo Banco Central e seus clientes.
40 MERCADO DE CÂMBIO O mercado de câmbio é dividido em dois segmentos: Mercado livre/comercial: é o dólar mais utilizados pelas empresas. Neste mercados pode-se realizar operações de exportações/importações; empréstimos e financiamentos, despesas realizados por órgãos públicos. Mercado flutuante/turismo: pequenas encomendas, viagens internacionais, aquisição de medicamentos, cursos e congressos, doações. Mercado Paralelo/negro: onde se realizam operações de câmbio entre pessoas não autorizadas pelo Bacen. Sendo assim, todas as operações realizadas neste mercado, bem como a posse da moeda estrangeira, sem origem justificada, são ilegais e sujeitas a penas previstas em lei.
41 TAXA DE CÂMBIO Taxa de câmbio (E) é a relação de valor entre duas moedas. É o valor da moeda estrangeira medido em unidades da nacional. Preço da moeda estrangeira é representada pelo quociente da moeda local dividido pela moeda estrangeira, no nosso caso: E = R$/US$ O preço em moeda doméstica (Pm R$ ) de um bem ou serviço resulta do produto do preço de dólares (Pm US$ ) pela taxa de câmbio (E). Pm R$ = Pm US$ x (E)
42 SISTEMAS DE TAXAS FIXAS DITADAS PELA AUTORIDADE COMPETENTE; UTILIZADAS PELAS ECONOMIAS ESTABILIZADAS; DIFICULTA AJUSTE NO BALANÇO DE PAGAMENTOS. A MANUTENÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO NO NÍVEL FIXADO TORNA-SE UMA RESPONSABILIDADE DAS AUTORIDADES MONETÁRIAS O BANCO CENTRAL DEVE ESTAR DISPOSTO A INTERVIR PASSIVAMENTE NO MERCADO DE CÂMBIO PARA VENDER ( NO CASO DE ESCASSEZ DE DIVISAS NO MERCADO) OU COMPRAR ( NOCASO DE ABUNDÂNCIA) MOEDAS ESTRANGEIRA À PARIDADE OFICIAL E PARA QUE POSSA DESEMPENHAR ESTE PAPEL O BACEN DEVE POSSUIR UM ESTOQUE SUFICIENTE DE RESERVAS EM MOEDA ESTRANGEIRA. ENTRE AS EXPERIÊNCIAS DE CÂMBIO FIXO PODEMOS DESTACAR: PADRÃO-OURO INTERNACIONAL: ; ; CONSELHO DA MOEDA (CURRENCY BOARDS) EM PAÍSES COMO ARGENTINA (DESDE 1991) E HONG KONG (DESDE 1993). E MAIS RECENTEMENTE TEMOS A CRIAÇÃO DO EURO, RESULTADO DA UNIÃO MONETÁRIA EM 1999, ATRAVÉS DO ESTABELECIMENTO DE PARIDADES IRREVOGÁVEIS ENTRE 11 MOEDAS EUROPÉIAS. Currency Boards: paridade fixa permanente entre a moeda nacional e uma moeda estrangeira (dólar ou marco alemão), constituição prévia de um lastro em divisas para o estoque da base monetária e a determinação de que o Bacen só pode emitir moeda para comprar reservas internacionais.
43 SISTEMAS DE TAXAS FLEXÍVEIS OU FLUTUANTES: A TAXA DE CÂMBIO É DETERMINADA EXCLUSIVAMENTE ATRAVÉS DAS FORÇAS DE MERCADO. (NO BRASIL A PARTIR DE 1999) BANDAS CAMBIAIS: LIMITE MÍNIMO E MÁXIMO DE PREÇO QUE A MOEDA PODE FLUTUAR ( ).
44 O REGIME CAMBIAL E O MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL Antes do lançamento do Plano Real em 1994, o Brasil adotou, durante duas décadas e meia um regime de minidesvalorizzações cambiais passivas, com breves interregnos associados à safra de planos fracassados de estabilização dos anos 80 e início dos 90. O objetivo dessa política era manter estável a taxa de câmbio real, de forma a preservar a competitividade externa da economia, através de pequenas desvalorizações periódicas que acompanhavam o ritmo da inflação passada.
45 O REGIME CAMBIAL E O MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL A política de bandas cambiais passou por várias fases de ajuste no início do Plano Real. A partir de 1996 ela se cristalizou num sistema de crawling peg ativo, por meio do qual o Banco Central desvalorizava em intervalos curtos ( em 1998 eram 7 vezes por mês) a taxa de câmbio nominal em torno de 0,6% ao mês independente da inflação passada. A partir de 1999 passou para regime de flutuação administrada ou suja, em que o Bacen intervém para evitar volatilidade excessiva da taxa de câmbio.
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