Sedação e Analgesia em Pediatria. Glaucia Macedo Lima

Documentos relacionados
WorkShop Anestesia Intravenosa. Dr. Daniel Volquind TSA/SBA

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DO SONO. Marco Aurelio Soares Jorge

Opioides: conceitos básicos. Dra Angela M Sousa CMTD-ICESP

23/07/14 AGENTES GERAIS INTRAVENOSOS. Que são Anestésicos Gerais Intravenosos? Objetivos da Anestesia Geral Intravenosa

Medicação Pré-anestésica Medicação Pré-anestésica (MPA) Medicação Pré-anestésica Considerações Importantes

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Carlos Caron

DOR - Quinto sinal vital. Dra. Lenny Rojas Fernandez. Disciplina de Anestesiologia Dor Terapía intensiva.

Estes fármacos são amplamente utilizados na indução e na sedação transoperatória, além de facilitar a ventilação mecânica em UTIs.

Anestesia fora do Centro Cirúrgico

Sedação e Analgesia. Introdução

17 de janeiro de 2011 ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA

Álcool e Drogas na Terceira Idade. UNIAD/UNIFESP Elton Pereira Rezende GERP.13

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron

Tempo de meia vida tramadol

Tab. 1. Propriedades físico-químicas dos anestésicos locais

ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS

É indicado para o alívio da dor de intensidade moderada a grave

25 de janeiro de 2010

IMIPRAMINA HCL. Antidepressivo Tricíclico

PROTOCOLO DE SEDAÇÃO

Drogas que atuam no sistema cardiovascular, respiratório e urinário

PRÁTICA. Anestesia Venosa Total No Idoso. Leonardo Teixeira Domingues Duarte CREMESP: Controle e Precisão ao seu alcance.

Terapêutica Medicamentosa em Odontopediatria: ANSIOLÍTICOS

Dor Aguda em Usuário Crônico de Opióides: Como Tratar?

16/03/2012 BARBITÚRICOS INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO. Indicações Farmacológicas dos Barbitúricos: Introduzida na terapêutica em 1903 barbital

INTRODUÇÃO. Introduzida na terapêutica em 1903 barbital. Fenobarbital usado como anticonvulsivante

FARMACOLOGIA Aula 3. Prof. Marcus Vinícius

Hipnóticos, Sedativos e Ansiolíticos

Dormire. Midazolam. FORMA FARMACÊUTICA: Comprimidos - 15 mg. APRESENTAÇÃO: Cartucho contendo 2 blisteres com 10 comprimidos.

Disciplina de Medicina Intensiva e Emergências Pediátricas HC FMB - UNESP

UTILIZAÇÃO DA INFUSÃO CONTÍNUA DE MORFINA (MLK) OU FENTANILA (FLK), ASSOCIADOS À LIDOCAÍNA E CETAMINA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

FÁRMACOS USADOS EM AMINAIS DE LABORATÓRIO ANESTÉSICOS E ANALGÉSICOS

Opióides 27/05/2017 AAS. Aguda e crônica. Periférica e Visceral. Vias Inibitórias Descendentes. Opióides. Neurônio de transmissão DOR.

CUIDADOS PERI-OPERATÓRIOS, DIAGNÓSTICO E CONTROLE DA DOR

FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL I (Ansiolíticos e hipnóticos) Prof. Igor Bomfim

Drogas sedativo-hipn e ansiolíticas

Medicamentos que atuam no sangue e sistema nervoso central

Ansiedade Edvard Munch 1894


Analgésicos Opióides

Opióides 09/06/2016 AAS. Aguda e crônica. Periférica e Visceral. Vias Inibitórias Descendentes. Opióides. Neurônio de transmissão DOR.

ANESTÉSICOS VENOSOS. Otávio Terra Leite, R1 Getúlio R de Oliveira Filho MD, PhD Comitê de Educação da WFSA Sociedade Brasileira de Anestesiologia

PROPOFOL SEDATION DURING ENDOSCOPIC PROCEDURES: SAFE AND EFFECTIVE ADMINISTRATION BY REGISTERED NURSES SUPERVISED BY ENDOSCOPISTS

Drogas que afetam o sistema nervoso. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

MODELO DE BULA USO ADULTO E/OU PEDIÁTRICO (ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE)

Desordens Pisiquiátricas

Essencial para prática cirúrgica*

Opióides. Histórico ANALGÉSICOS OPIÓIDES. Peptídeos opióides Endógenos AGONISTAS PARCIAIS AGONISTAS TOTAIS

Anestesia. em cirurgia cardíaca pediátrica. por Bruno Araújo Silva

Anestesia Peridural em Pediatria. Daniela Tchernin Wofchuk

Medicações de Emergências. Prof.º Enfº Diógenes Trevizan Especialista em Docência

MANEJO DO ALCOOLISMO ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO

A sedação excessiva e o delirium são condições que, se não detectadas e tratadas precocemente, estão associadas ao aumento de morbimortalidade.

DESCRITOR: Página:! 1/!

PROTOCOLO DE ANALGESIA

Autor: Ângela Bento Data:8/11/2017 ANALGESIA DE PARTO ANALGESIA ENDOVENOSA E BLOQUEIOS PERIFERICOS

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim.

Cirurgia colorretal esraeurope.org/prospect 1

XILONIBSA 2% com epinefrina contém lidocaína base 31,14 mg/1,8 ml e epinefrina base 0,0225 mg/1,8 ml.

Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde. Antiepilépticos. Manoelito Coelho dos Santos Junior.

ANTI-ARRÍTMICOS TMICOS

Desenvolvidos na década de 60, os primeiros foram clordiazepóxido e diazepam.

Flumazil. flumazenil. Solução injetável 0,1 mg/ml. Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME) EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA

Diretrizes para Prática Clínica da Gestão da Dor, Agitação e Delirium em Pacientes Adultos na Unidade de Terapia Intensiva

A morfina é um opióide natural derivado do fenantreno. A morfina é a droga utilizada como medida central para comparação entre opióides.

CIMETIDINE. Antagonista dos receptores H2 da histamina, antiulceroso, inibidor da secreção ácida gástrica

Flunexil flumazenil. Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Ltda. Solução injetável 0,1 mg/ml

Introdução. Existem três termos utilizados em relação à percepção da dor:

Anestesias e Anestésicos. André Montillo

FEXODANE Cloridrato de fexofenadina

ESTADO DE MAL CONVULSIVO (EMC) NA CRIANÇA ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA CRISE

P ERGUNTAR ( o máximo possível):

MINOTON. Blau Farmacêutica S.A. Solução Injetável 24 mg/ml. Blau Farmacêutica S/A.

Proporcionam alívio que conduz à ansiedade até hipnose, anestesia, coma e morte.

Módulo: Tratamento dos Transtornos de Ansiedade

- Mortalidade em equinos é muito alta (1:100) se comparadaà observ ada em pequenos animais (1:1000) e em humanos (1: )

Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde COREMU. Edital nº: 21/2015 ProPPG/UFERSA

MODELO DE BULA DO PACIENTE

Medicação Pré-Anestésica

DEXTROCETAMINA NA ANESTESIA E ANALGESIA DO ADULTO

aminofilina Solução injetável 24mg/mL

ARRITMIAS CARDÍACAS. Dr. Vinício Elia Soares

Difenidrin (cloridrato de difenidramina)

zopiclona Medicamento genérico, Lei n o , de 1999

Farmácia Teoria e Exercícios

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO. Prof.ª Leticia Pedroso

LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO.

Resultados da Validação do Mapeamento. Administrar medicamentos vasoativos, se adequado.

USO DE HIDRATO DE CLORAL PARA SEDAÇÃO EM UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO PEDIÁTRICA: INDICAÇÕES, EFEITOS ADVERSOS E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS

R1CM HC UFPR Dra. Elisa D. Gaio Prof. CM HC UFPR Dr. Mauricio Carvalho

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência

Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento. Frisium clobazam

A Importância do Uso dos Medicamentos no Processo de Acolhimento. Dr. George E. da Silva

ASMAPEN (aminofilina)

cloxazolam Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.

CLORIDRATO DE ONDANSETRONA dih 2 O

FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA CONCEITOS PRELIMINARES EVENTOS ADVERSOS DE MEDICAMENTOS EAM. Ação do medicamento na molécula alvo;

flumazenil União Química Farmacêutica Nacional S.A. Solução injetável 0,1 mg/ml

Ropi. cloridrato de ropivacaína. Solução injetável 2mg/mL 7,5mg/mL 10mg/mL. Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda. MODELO DE BULA PARA O PACIENTE

Transcrição:

Sedação e Analgesia em Pediatria Glaucia Macedo Lima glaucia@vm.uff.br

Sedação e analgesia em Pediatria Quando, como e qual o sedativo e/ou analgésico a ser indicado para crianças?

Dor/tensão/ansiedade X Estratégia de alívio 26ª semana de vida fetal: há maturidade do sistema de condução de dor. Dor/Tensão: atraso de recuperação e aumento de morbidades Intervenções usuais em unidades de terapia intensiva ou em salas de emergência Considerar: idade, história, estado clínico e tipo da dor. Analgesia and sedation in emergency situations and in the pediatric intensive care unit Sfoggia A, Knight G, Ramelet AS, Duncan AJ Pediatr 2003;79(Supl.2):S223-S230

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À INTENSIDADE DA DOR PROCEDIMENTOS NÃO DOLOROSOS Ecocardiografia Ressonância nuclear magnética Provas com radioisótopos Radioterapia Eletroencefalografia Eletrocardiograma PROCEDIMENTOS MODERADAMENTE DOLOROSOS Cateterização venosa periférica ou arterial Venopunção Punção lombar Endoscopias PROCEDIMENTOS MUITO DOLOROSOS Biópsias percutâneas (medula óssea-hepática-renal) Desbridamentos (feridas-queimados) Procedimentos ortopédicos Toracocentese - Paracentese - Artrocentese Acesso venoso central - Implantação de cateteres

Então... Qual analgésico e/ou sedativo? Quando iniciar? Quando parar?

A escolha... o fármaco ideal teria: rápido início de ação vida média curta metabolização e eliminação por órgãos pouco suscetíveis de insuficiência (fígado e rim) mínimos efeitos secundários ausência de repercussão hemodinâmica ou respiratória ausência de interação com outros medicamentos antídoto específico.

A escolha... o fármaco ideal: Ao escolher a medicação... Ponderar: a farmacodinâmica, a vida de administração, efeitos secundários, idade do paciente, patologia de base, ventilação mecânica, estado nutricional, funções renal e hepática, custo, etc

Avaliação X Dificuldades Escalas / escore de Dor Ex: (falhas) Cças farmacologicamente paralisadas reações hemodinâmicas... lacrimejamento... Diferenças de farmacocinética: absorção, distribuição e metabolismo nos diversos órgãos. Analgesia and sedation in emergency situations and in the pediatric intensive care unit Sfoggia A, Knight G, Ramelet AS, Duncan AJ Pediatr 2003;79(Supl.2):S223-S230

Quando iniciar? Então...

AVALIAÇÃO DA ANALGESIA DURANTE A REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS EM PEDIATRIA NÍVEL 1: Recusa ao procedimento de infiltração ( anestesia local) com movimentos e/ou choro vigorosos NÍVEL 2: Recusa ao procedimento de infiltração (anestesia local) com movimentos e/ou choro débeis NÍVEL 3: Não recusa o procedimento de infiltração (anestesia local), mas apresenta movimentos e/ou choro muito débeis NÍVEL 4: Ausência de movimentos ou choro durante a infiltração com anestesia local e durante o procedimento * Indica-se o inicio do procedimento nos níveis 3 a 4

BENZODIAZEPÍNICOS EFEITOS FARMACOLÓGICOS: 1. Diminuem ansiedade, sedação e induzem sono 2. Reduzem o tônus muscular e a coordenação 3. Efeitos anticonvulsivantes MECANISMO de AÇÃO: Aumentam neurotransmissores inibitórios que se ligam a receptores GABA causando resistência à excitação neuronal.

BENZODIAZEPÍNICO - MIDAZOLAN Hidrossolúvel RÁPIDO INÍCIO DE AÇÃO e MEIA VIDA CURTA METABOLISMO HEPÁTICO / renal: efeitos sedativos prolongados por acúmulo de metabólitos na insuficiência hepática e renal 4 X MAIS POTENTE QUE O DIAZEPAN Sedativo de eleição na SRI

BENZODIAZEPÍNICO / MIDAZOLAN Depressão respiratória é dose dependente (se associado a opióde) HIPOTENSÃO pode ocorrer em pacientes com choque hipovolêmico. Não possui propriedade ANESTÉSICA Interação: cimetidina, eritromicina e teofilina Uso prolongado induz à tolerância e abstinência: tremores, taquicardia, sudorese... VO, IV, Via nasal e retal. Dose: 0,1 0,5 mg /kg Antídoto: FLUMAZENIL 0,01 mg/kg IV (max = 1mg)

BENZODIAZEPÍNICO DIAZEPAN Pouco hidrossolúvel: Administração IM é forma errada e incompleta Metabolismo hepático Início de ação de 2 a 3 minutos e meia vida longa (doses repetidas podem levar à sedação prolongada / acúmulo de metabólitos ativos). Dose: 0,3 mg /kg VO / retal Depressão respiratória e hipotensão Altamente esclerosante de veia Antídoto: FLUMAZENIL 0,01mg/kg IV (max = 1mg)

Hidrato de Cloral

HIDRATO DE CLORAL Agente hipnótico e sedativo, sem efeito analgésico VO ou retal - Dose : 30-50 mg/kg 6/6h 8/8h. Dose > 50mg/kg é hipnótica Início de ação: lento Tem efeito cumulativo... sedação profunda... (depressão respiratória) INDICAÇÃO: 1. sedação suplementar na ventilação mecânica (qdo há tolerancia a outras medicações) 2. Indutor de sono noturno (ambiente hospitalar) 3. Coqueluche

CETAMINA Indicações: 1. Em asmáticos / BRONCODILATAÇÃO 2. INSTABILIDADE CARDIOCIRCULATÓRIA (CHOQUE) Efeitos colaterais: Aumenta secreções em vias aéreas (sialorréia). Na SRI usa-se com atropina ( 0,01mg/kg) Hipertensão arterial e intracraniana. Alucinações (utilizar com Benzodiazepínico)

CETAMINA ANALGESIA + SEDAÇÃO RAPIDA + AMNÉSIA Anestésico dissociativo com marcado efeito analgésico e propriedades amnésicas (paciente parece acordado embora inconsciente) METABOLISMO HEPÁTICO Promove analgesia prolongada sem problemas respiratórios Início de ação : 1 a 3 minutos

OPIÓIDES Promovem analgesia e sedação sem amnésia Frequentemente associadas a benzodiazepínicos Efeitos indesejáveis: 1. Induzem à tolerância em poucos dias de uso 2. Abstinência com diminuição ou retirada abrupta após uso prolongado 3. Liberadores de HISTAMINA com efeito local (prurido/urticária) e sistêmico(broncoespasmo/ hipotensão) Altas doses podem provocar bradicardia e retenção urinária

OPIÓDES EFEITOS FARMACOLÓGICOS SOBRE O SNC 1. Analgesia 2. Euforia 3. Depressão respiratória 4. Depressão do reflexo da tosse 5. Náuseas e vômitos 6. Miose EFEITOS SOBRE O TGI 1. Reduzem motilidade gastrointestinal/constipação 2. Estase promove redução da absorção de drogas

Quando iniciar? Então...

SITUAÇÕES MÉDICAS ASSOCIADAS COM UM MAIOR RISCO DE COMPLICAÇÕES CARDIORESPIRATÓRIAS APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE OPIÓIDES OU SEDATIVOS Crianças < 3 meses de idade Crianças prematuras < 60 semanas de idade pós concepção História de apnéia ou alteração do controle da respiração (apnéia do sono) Alterações das vias aéreas (hipertrofia de adenóide, alteração anatômica da via aérea) Doença respiratória aguda ou crônica ( displasia broncopulmonar, fibrose cística, hiperreatividade bronquica) Doença cardiovascular aguda ou crônica (instabilidade hemodinâmica, cardiopatias congênitas, miocardiopataias) Obnubilação Doença neuromuscular Lesão neurológica ou condição neurológica crônica Hipertensão intracraniana Doença hepática ou renal

OPIÓIDES 1. MORFINA Potente analgésico Manutenção da VM Meia-vida: 2 a 4 horas Eliminação renal Início de ação: 10 a 15 minutos Evitada em casos de instabilidade hemodinâmica e broncoespasmo IV, IM, SC, VO

2. FENTANIL OPIÓDES Opióde semi-sintético 100x mais potente que a Morfina Não causa instabilidade cardiovascular: agente de escolha no politrauma Meia-vida: 1 a 2 horas Inicio de ação em 1 a 2 minutos Efeito adverso mais temido: RIGIDEZ DA PAREDE TORÁCICA ( dose > 5mcg/kg em infusão rápida) Tto: relaxante muscular + naloxone

OPIÓDES 3. MEPERIDINA / PETIDINA 10 x mais potente que a Morfina Após o uso freqüente devido ao efeito cumulativo do metabólito ( dose >1g/d), torna-se tóxico ao SNC 4. METADONA Usada no tratamento e prevenção da abstinência e da dependência Meia-vida > 24h Início de ação lento Efeito acumulativo pode levar à sedação prolongada

OPIÓIDES DROGAS FENTANIL ALFENTANIL SULFENTANIL REMIFENTANIL POTÊNCIA 100 X MORFINA 1/5 FENTANIL 10 X FENTANIL < DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA SIMILAR AO FENTANIL**

OPIÓDES - antídoto - NALOXONE Antagonista de opióde puro Reverte depressão respiratória, sedação,hipotensão IV, IM, SC, IT Início de ação: 2min Meia-vida: 2-4h Metabolismo hepático Indicação: Tto da superdosagem de opiódes Em Rn cuja mãe recebeu opióde antes do parto ***Não se deve administrar em Rn c/ mãe dependente de opióde, pois pode desencadear abstinência com convulsões

PROPOFOL Anestésico de ação ultra- rápida induzindo a sedação imediata com rápido despertar Hipnose + amnésia anterógrada Início de ação: 40s Meia vida: curta ( rapidamente metabolizado) Indicação: 1. Sedação por curto prazo para procedimentos dolorosos 2. Situações em que seja necessário rápido despertar para avaliação neurológica

PROPOFOL Seu uso prolongado em infusão contínua não é recomendado devido à associação com síndrome clínica: *Acidose metabólica, lipidemia, ICC, arritmias e PCR (Síndrome de infusão do propofol) EFEITOS COLATERAIS: Hipotensão arterial / não usar no CHOQUE Dor local Não associar fentanil/depressão cardiorespiratória

TIOPENTAL Anestésico potente com ação imediata estado de mal epilético refratário (1-5mg/kg/h) Pós operatório TCE (proteção cerebral) Altamente lipossolúvel / atravessa a BHE Solução instável/ dissolver antes do uso Início de ação: 20segundos DOSE: 1-5mg/kg Meia-vida longa: metabólito se acumula no tecido gorduroso e é metabolizado lentamente Efeito colateral: HIPOTENSÃO (depressão do miocárdio).não usar em instabilidade hemodinâmica Efeito prolongados em insuficiência hepática /renal

Quando parar? Então...

TOLERÂNCIA É a diminuição do efeito da droga com o passar do tempo ou necessidade de um aumento na dose do fármaco para se obter o mesmo efeito

DEPENDÊNCIA É a necessidade do organismo em continuar recebendo a droga, para evitar abstinência: 1. Ansiedade 2. Insônia 3. Palpitação 4. Sudorese 5. Náuseas 6. Confusão 7. Sensibilidade aumentada a luz e sons 8. Convulsão ( raro)

ABSTINÊNCIA Aparecimento de sinais físicos e sintomas tais como: 1. Taquicardia 2. Sudorese 3. Agitação 4. Tremores 5. Febre... em resposta à retirada ou redução abrupta droga Riscos de abstinência: Fentanil: por mais de 5 dias em dose >1,5mg/kg Midazolan em dose > 60 mg/dia CLONIDINA tto abstinência/opióide (3-5mg/kg)

TRATAMENTO BENZODIAZEPÍNICOS ABSTINÊNCIA É UM QUADRO MAIS RARO E MENOS GRAVE MENOS DE 7 DIAS: RETIRADA LENTA EM 2 DIAS MAIS DE 7 DIAS: RETIRADA COM LORAZEPAM

Quando parar? Então...

SUGESTÃO PARA A ESCOLHA DE DROGAS PARA UTILIZAÇÃO EM PRONTO SOCORRO PROCEDIMENTO 1ª ESCOLHA 2ª ESCOLHA 3ª ESCOLHA Flebotomia, acesso arterial e EMLA Lidocaína intravenoso Cateterização uretral, sonda Lidocaína viscosa nasogástrica Punção lombar, de medula EMLA + Midazolam Midazolam + fentanil / oral Tomografia computadorizada, Eletroencefalograma Midazolam Hidrato de cloral Ressonânica magnética Midazolam ou hidrato de cloral Propofol Exame pélvico Midazolam Midazolam + Fentanil Laceração pequena bem vascularizada pouco vascularizada TAC Lidocaína Lidocaína Óxido nitroso Fentanil / Oral Laceração grande Cetamina + Atropina + Midazolam + Fentanil Lidcaína 0,5% Midazolam Artrocentese Midazolam + Fentanil EMLA + Fentanil Incisão e drenagem de abscesso Midazolam + Fentanil Cetamina + Atropina + Midazolam Redução de luxações Midazolam + Fentanil Midazolam + Cetorolac Redução de fraturas Midazolam + Fentanil Ou Fentanil Oralet Debridamento de queimadura Cetamina + Atropina + Midazolam Cetamina + Atropina + Midazolam Midazolam + Fentanil ou Fentanil /Oral

+ Asma aguda grave: cetamina 2 mg/kg% BZD

Fentanil / Midazolan

Sem SRI

VM SRI (hipnótico + curare)

TCE com aumento da PIC: Tiopental 3-5 mg/kg

Morfina SC Depressão respiratória aguda IOT Naloxone IT

Então...

Fentanil / Midazolan