UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA CAPACIDADES FÍSICAS. Prof. Drd. Daniel Bocchini

Documentos relacionados
QUALIDADES FÍSICAS RELACIONADAS A APTIDÃO FÍSICA. BASES DO TREINAMENTO CORPORAL I

Educação Infantil. A importância do lúdico ligado às habilidades motoras. Entendendo o Princípio da aprendizagem por meio do lúdico.

3. DIFERENÇAS METODOLÓGICAS

MÉTODOS DE TREINO FLEXIBILIDADE

Consiste em uma série de movimentos realizados com exatidão e precisão.

BE066 Fisiologia do Exercício. Prof. Sergio Gregorio da Silva. É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular

FLEXIBILIDADE CONCEITO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

17/11/2009. ROM: Range Of Movement (amplitude de movimento)

CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA INSTRUTOR E PROFESSOR DE TAEKWONDO GRÃO MESTRE ANTONIO JUSSERI DIRETOR TÉCNICO DA FEBRAT

CAPACIDADES FÍSICAS CAPACIDADE

DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES FÍSICAS A FLEXIBILIDADE

Desenvolvimento Motor de 5 a 10 anos ACADÊMICOS: FERNANDO FÁBIO F. DE OLIVEIRA CARLOS ALEXANDRE DA SILVA ALEXIA REGINA KURSCHNER

Prof. Me Alexandre Rocha

A IMPORTÂNCIA DA FLEXIBILIDADE NO TAEKWONDO

ALONGAMENTO MUSCULAR

Educação para a Saúde

Crescimento e Desenvolvimento Humano

Disciplina: Ginástica Geral Capacidades Físicas. Prof. Dra. Bruna Oneda 2012

Alongamento. O que se precisa para um alongamento? Técnicas Oscilatórias graduadas

Sistema muscular Resistência Muscular Localizada Flexibilidade Osteoporose Esteróides Anabolizantes

Formação treinadores AFA

CAPACIDADES MOTORAS:

Associação de Futebol da Guarda

FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA JOSÉ EDUARDO POMPEU

Métodos treinamento das valências físicas relacionadas à Saúde. Prof Paulo Fernando Mesquita Junior

Introdução e Classificação das Habilidades Motoras. Prof.ª Luciana Castilho Weinert

23/3/2008. Planejar, organizar, aplicar e avaliar aulas coletivas de flexibilidade e hidroginástica. Unidade I FLEXIBILIDADE E ALONGAMENTO.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

CENTRO DE CONVIVÊNCIA ESCOLA BAIRRO

Educação Física 1ºs anos CAPACIDADES FÍSICAS

Modelos de Desenvolvimento Motor

Educação Física - 6º AO 9º ANO

25/05/2017 OBJETIVOS DA AULA AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE CONCEITO CONCEITO. O que é Flexibilidade? Flexibilidade x Alongamento

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA FACULDADE DE PEDAGOGIA

Área dos Conhecimentos. 7º Ano. 3º Período

Aula 5 Análise da Flexibilidade

Valências Físicas EDUCAÇÃO FÍSICA. Apostila 6. A importância das valências físicas inerentes às atividades físicas realizadas

CRONOGRAMA ANUAL DA ATIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA

ANÁLISE FUNCIONAL DO PILATES. Turma 13 Módulo III 17/06/2016

Voltar. Público: 6º ano ao Ensino Médio. Público: 2º ano ao Ensino Médio

Biomecânica. A alavanca inter-resistente ou de 2º grau adequada para a realização de esforço físico, praticamente não existe no corpo humano.

DIRETRIZES CURRICULARES INFANTIL III, IV e V EDUCAÇÃO FÍSICA

17/05/2017 PAPEL DOS SISTEMAS SENSORIAIS NO CONTROLE MOTOR SOMÁTICO PAPEL DOS SISTEMAS SENSORIAIS NO CONTROLE MOTOR SOMÁTICO

Processo para o ensino e desenvolvimento do futebol e futsal: ESTÁGIOS DE INICIANTES, AVANÇADOS E DE DOMÍNIO

Potência Muscular. O que é Potência? O treino de potência nos JDC. EDUARDO ABADE Março Eduardo Abade.

CIRCUITO FUNCIONAL CONTOURS

JDC Potência Muscular. Potência Muscular. Potência Muscular POTÊNCIA. Prescrição do treino. Prescrição do treino O que é Potência?

TREINO DE GUARDA-REDES, PREPARAÇÃO FÍSICA E METODOLOGIA DE TREINO

COLÉGIO DE SANTA DOROTEIA LISBOA ANO LETIVO 2018/2019

PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Aprendizagens Essenciais e Programa de Educação Física

Aspectos Gerais do Treinamento Aeróbio: Planificação, Periodização e Capacidades Biomotoras

FLEXIBILIDADE É A AMPLITUDE DE MOVIMENTO DISPONÍVEL AO REDOR DE UMA ARTICULAÇÃO OU DE UMA SÉRIE DE ARTICULAÇÕES. A FLEXIBILIDADE É IMPORTANTE NÃO

Proprioceptores. Proprioceptores

Propriocetividade e Treino Propriocetivo

Ginástica de Academia

Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura.

Prof. Esp. Ricardo de Barros

DIRETRIZES CURRICULARES 1º ao 5º ANO EDUCAÇÃO FÍSICA

A PREPARAÇÃO FÍSICA DO ÁRBITRO DE BASQUETEBOL SÉRGIO SILVA

ESTRUTURA E PREPARAÇÃO DO TREINAMENTO RICARDO LUIZ PACE JR.

Assim, uma habilidade motora pode corresponder a um gesto técnico,

TEORIA E PRÁTICA DO TREINAMENTO TREINAMENTO PRINCÍPIOS PIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO AULA 2

Ficha de Avaliação e Evolução Educação Física

Componentes Psicomotores: Tônus e Equilíbrio

Recomendações e orientações para a prática de exercícios físicos no idoso. Prof. Dra. Bruna Oneda

Centro de Gravidade e Equilíbrio e Referenciais Antropométricos. Prof. Dr. André L.F. Rodacki

Recomendações e orientações para a prática de exercícios. Prof. Dra. Bruna Oneda

AF Aveiro Formação de Treinadores. Fisiologia do Exercício

Planificação Anual Atividade Física e Desportiva. "O rigor e a alegria de Brincar combinam?".

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

Alongamento muscular. Prof. Henry Dan Kiyomoto

FORÇA TIPOS DE FORÇA. Fatores que influenciam a FORÇA. Fatores que influenciam a FORÇA. Fatores que influenciam a FORÇA 25/02/2014

Prof. Ms. Sandro de Souza

Sobre o Trabalho de Flexibilidade em Ginástica

MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS COMPONENTES ANATÔMICOS VENTRE MUSCULAR FÁSCIA MUSCULAR TENDÕES E APONEUROSES BAINHAS TENDÍNEAS / SINÓVIAIS

PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL

Associação Portuguesa de Osteogénese Imperfeita Sónia Bastos, Fisioterapeuta

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANDE EB 2,3 DE SANDE Departamento de Expressões - Educação Física Planificação 2.º Ciclo - Ano Letivo 2017/2018

Atividade. Cuidar da Saúde é uma atitude para toda a vida. física

Articulação Vertical de Expressão Motora/ Educação Física

SISTEMA NEUROMUSCULAR. Prof.ª Ana Laura A. Dias

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Centro de Gravidade e Equilíbrio e Referenciais Antropométricos

Universidade do Vale do Paraíba Faculdade de Educação e Artes Curso de Educação Física

AVALIÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR DOS ALUNOS DO 5º ANO DA ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCA BIANCHI RESUMO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

ALAVANCAS. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Ergonomia. Prof. Izonel Fajardo

Faculdade de Motricidade Humana Unidade Orgânica de Ciências do Desporto TREINO DA RESISTÊNCIA

Os Benefícios da Atividade Física no Tratamento da Dependência Química. Benefícios Fisiológicos

Capacidades Motoras 5 e 6

Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas

Sistema Vestibular Equilíbrio (movimento e posição)

ENSINO DAS CAPACIDADES FÍSICAS E PERCEPTIVO MOTORAS NO ENSINO FUNDAMENTAL RESUMO

Treinamento Funcional

DESPORTO E SAÚDE. Um encontro com Adultos do processo RVCC

Introdução. Introdução. Introdução. Locomoção. Introdução. Introdução à Robótica Robótica Móvel Locomoção

Composição Celular do Músculo

Transcrição:

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA * CAPACIDADES FÍSICAS Prof. Drd. Daniel Bocchini

Definições: É uma característica humana com a qual move-se uma MASSA (seu próprio corpo ou um implemento esportivo); capacidade de dominar ou reagir a uma resistência pela ação muscular. Meusel (1969). Força é a habilidade para gerar tensão sob determinadas condições determinadas pela posição do corpo, pelo movimento no qual se aplica a força, pelo tipo de ativação e pela velocidade. Harman (1993). Capacidade de exercer tensão contra uma resistência que ocorre por meio de diferentes ações musculares. Barbanti (2003).

FORÇA ESTÁTICA DINÂMICA FORÇA MÁXIMA FORÇA POTÊNCIA FORÇA DE RESISTÊNCIA

FORÇA ESTÁTICA Existe o processo da contração muscular, mas não ocorre a movimentação articular (MA). FORÇA DINÂMICA Existe o processo da contração muscular, e ocorre a movimentação articular (MA).

FORÇA MÁXIMA É a maior força muscular possível que um indivíduo pode desenvolver, independente do seu peso corporal e do tempo que se emprega para realizar esse trabalho. Manifesta-se normalmente em desportos com momentos de solicitações dinâmicas máximas, ou seja, em desportos acíclicos. Ex: judô, luta greco romana, etc.

FORÇA POTÊNCIA Capacidade que o sistema neuromuscular tem de superar resistências com a maior velocidade de contração possível. Comum em manifestações desportivas como o vôlei, basquete e prova de velocidade no atletismo, natação.

FORÇA DE RESISTÊNCIA Capacidade que o músculo possui de resistir ao cansaço através de repetidas contrações com trabalho de duração de força. SISTEMA AEROBIO DURAÇÃO X INTENSIDADE SISTEMA ANAEROBIO

* Qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão. *(DANTAS, 1999)

Segundo Rodrigues e Carnaval (1985) *Melhorar a elasticidade muscular; *Aumentar a mobilidade articular; *Melhorar o transporte de energia; *Aumentar a capacidade mecânica do músculo; *Permitir um aproveitamento mais econômico da energia mecânica; *Prevenir lesões musculares; *Reduzir o choque de impacto nos esportes de contato e nas quedas; *Aumentar a amplitude dos movimentos inerentes à atividade; *Promover o relaxamento muscular; *Oferecer a possibilidade e capacidade ao atleta de aperfeiçoar com maior rapidez técnica.

Mobilidade: grau de liberdade de movimento de uma articulação; Elasticidade: estiramento elástico dos componentes musculares; Plasticidade: grau de deformação temporária que estruturas musculares e articulares deverão sofrer para possibilitar o movimento; Maleabilidade: modificações das tensões parciais da pele para acomodações necessárias ao segmento considerado. (DANTAS, 1999)

*Idade; *Sexo; *Individualidade biológica; *Somatotipo; *Estado de condicionamento físico; *Tonicidade muscular; *Respiração; Concentração.

Hora do dia; Temperatura ambiente; Exercício. *Exercícios de aquecimento *Exercícios que levam a fadiga

*Osso. *Articulações. *c) Ligamentos e tendões e ligamentos que envolvem as articulações. *d) Músculos. *e) Proprioceptores *Articulares servem principalmente para tornar consciente a posição dos segmentos corporais *Musculares sensores influenciáveis pela ação da musculatura, são um dos mais importantes fatores influenciadores da flexibilidade.

*Alongamento é a forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível. *Flexionamento é a forma de trabalho que visa a obter uma melhora da flexibilidade através da viabilização de amplitudes de arcos de movimento articular superior às originais.

FLEXIONAMENTO ALONGAMENTO * Presença de dor * Ausência de dor * Aumento a flexibilidade * Manter a flexibilidade Ativo Passivo FNP ou 3 S Métodos Voltado para a especificidade da modalidade esportiva Soltura Suspensão Estiramento Métodos Voltado para a qualidade de vida

Para Dantas (1998) alongamento é a forma de trabalho que visa à manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível.

*Segundo Achour Júnior (1996) existem três tipos de alongamentos que são: *- Alongamento Estático: move se o membro lentamente, mantendo se o segmento muscular determinado pela tensão muscular logo acima da amplitude do movimento habitual. *- Alongamento Passivo: é feito com a ajuda de forças externas (aparelhos, companheiros), em um estado de relaxamento da musculatura a ser alongada. *- Alongamento Ativo: é determinado pelo maior alcance do movimento voluntario, utilizando se a força dos músculos agonistas e o relaxamento dos antagonistas.

Para Dantas (2005), o alongamento consiste em três tipos de ação: SOLTURA SUSPENSÃO ESTIRAMENTO

Para Dantas (2005), o alongamento consiste em três tipos de ação: *Soltura: consiste no balanceamento dos membros, que se realizados por outra pessoa, podem ser acompanhados de leve tração. *Suspensão: neste tipo de alongamento, não há movimento das articulações. Assim os ligamentos e os músculos que circundam as articulações são tracionados por meio da ação da gravidade. *Estiramento: é a execução de um determinado movimento à custa da ação do antagonista, de outros grupos musculares ou da ação de terceiros. Equivale a um empreguiçamento amplo e completo.

Para Dantas (1998) flexionamento é a forma de trabalho que visa obter uma melhora na flexibilidade através da viabilização de amplitudes de arcos de movimentos articular superiores as originais, ou seja, o alongamento visa a realização dos movimentos com mais eficácia e com menor gasto energético, ao passo que o flexionamento visa conseguir maiores arcos articulares de movimentos.

*Método ativo ou flexionamento dinâmico: consistem na realização de exercícios dinâmicos, que devido a inércia do segmento corporal, resultam num momento de natureza balística, provocando trabalho nas estruturas do movimento. *Método passivo ou flexionamento estático: chega ao limite do arco articular forçando suavemente além desse limite e aguarda um tempo realizando um novo forçamento suave procurando alcançar maior arco de movimento possível.

Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP): desenvolvido, inicialmente, com fins terapêuticos. Ele utiliza a influência recíproca entre o fuso muscular e o Órgão Tendinoso de Golgi de um músculo entre si e com os do músculo antagonista, para obter maiores amplitudes de movimento.

FLEXIONAMENTO ALONGAMENTO * Presença de dor * Ausência de dor * Aumento a flexibilidade * Manter a flexibilidade Ativo Passivo FNP ou 3 S Métodos Voltado para a especificidade da modalidade esportiva Soltura Suspensão Estiramento Métodos Voltado para a qualidade de vida

*A Criança possui muito maior capacidade de adquirir e manter altos graus de flexibilidade do que o adulto. Além disso, a aquisição da flexibilidade, pela exploração dos arcos extremos de mobilidade, possibilita maior noção dos limites do corpo, facilitando alcançar a consciência corporal, o que tanto mais benéfico se torna, quanto mais precocemente ele for obtida. (DANTAS, 1999)

Cientistas e doutores em medicina esportiva tem afirmado que o exercício de alongamento diminui a incidência e a severidade das lesões articulares e músculo tendíneas, sendo assim, a flexibilidade vista como um dos meios mais eficientes para evitar lesões ( ELLIOTT; MESTER, 2000). Pensando nisso, é que as empresas vêm enfatizando um modelo de administração inteligente, onde funcionários saudáveis representam negócios saudáveis, com maiores lucros e retornos, desde que sejam aptas, criativas, motivadas e sadias (NASCIMENTO e MORAES, 2000).

Exercícios de alongamento bem orientados por profissionais de atividades físicas podem ser aplicados sem acompanhamento após aprendizagem da técnica, seja no lar, seja nos períodos de pausa durante o trabalho, no entanto, a presença e o acompanhamento profissional são fundamentais para o aperfeiçoamento dos exercícios. Sugere se que realizem exercícios de alongamento pelo menos uma vez por dia. Entretanto, exercícios de alongamento com suavidade e pouco tempo de duração devem ser recomendados, várias vezes por dia para reduzir o estresse corporal e as tensões do trabalho (ELLIOTT; MESTER, 2000).

Programas de flexibilidade aplicados à população devem responder às necessidades de flexibilidade das pessoas de acordo com as exigências de trabalho e num índice considerado normal, mediante avaliação, pois não se participa de um programa de flexibilidade somente para aumentá la, mas também para conservar os índices já existentes. Um programa de treinamento de flexibilidade pode resultar em relaxamento muscular; melhor aptidão corporal, simetria e postura, alívio de cãibras musculares, redução de risco de lesão ou de dores lombares e diminuição do estresse e da tensão (ALTER, 1999).

Capacidade física que permite ao indivíduo controlar qualquer posição do corpo sobre uma base de apoio, quer esteja estacionária ou em movimento. É alcançado quando ocorre uma combinação de ações musculares com a intenção de assumir e sustentar uma posição corporal, em interação com a força da gravidade. (GOBBI et al.,2005)

Todo corpo possui um centro de gravidade (CG), ponto imaginário resultante de todas as forças internas e externas que atuam sobre o corpo, um ponto imaginário de equilíbrio. Quanto mais baixo e centralizado estiver o CG e quanto maior for a base de sustentação, mais estável será o equilíbrio. (GOBBI et al.,2005). BASE BASE ÁREA DE BASE

Equilíbrio estático: É o estado de equilíbrio do corpo quando não ocorre deslocamento espacial e não ocorre a movimentação articular. Fatores que influenciam o equilíbrio estático:. Distância ente o CG e a base de apoio.. Tamanho da base de apoio

Equilíbrio dinâmico: é o estado do equilíbrio do corpo quando ocorre deslocamento espacial através da movimentação articular. Fatores que influenciam o equilíbrio dinâmico:. Posição do CG e o seu deslocamento;. Ambiente no qual está sendo realizado o movimento.

Equilíbrio Recuperado: Quando ocorrer o deslocamento do corpo, acompanhado de uma fase aérea em seguida a recuperação.

Sistema somatossensorial (Propriocepção): em todo nosso corpo existem receptores que enviam informações ao cérebro sobre a posição do nosso corpo no espaço e das forças que atuam sobre ele. Tais informações irão gerar respostas no sentido de controlar o equilíbrio.

Sistema vestibular o aparelho vestibular localizado no labirinto do ouvido interno, é responsável pelo controle do equilíbrio, principalmente no que se refere as alterações da posição da cabeça em relação ao corpo contribuindo com a manutenção do equilíbrio.

Sistema visual capta informações referentes à posição do corpo no espaço, fornece informações sobre a posição da cabeça e do corpo em relação aos objetos e ao meio ambiente.

IMPORTÂNCIA: Atividades da vida diária; -Qualidade de vida; - Adaptação ao meio. (FERREIRA, 1996) Benefícios de um melhor nível de equilíbrio: Prevenção de quedas e possíveis lesões; -Aquisição da posição bípede; - Prática de atividades motoras (atividade e exercício físico)

É a capacidade do cérebro em equilibrar o corpo e coordenar os movimentos. Para que haja um trabalho de coordenação é necessário que se tenha um canal de entrada de informações (input) e um canal de saída para execução (output) dos comandos vindos do cérebro. O canal input é preenchido pelo sistema receptor, ou seja, os sentidos visual, tátil, cinestésico, auditivo, e vestibular. Enquanto que o canal output é composto pelo Sistema locomotor completo (membros superiores, membros inferiores e tronco ).

Coordenação Motora Geral A coordenação motora geral nada mais é do que a capacidade que as pessoas têm de usar os músculos esqueléticos da melhor maneira possível.

Coordenação Motora Específica Coordenação motora específica permite que as pessoas e as crianças possam controlar os movimentos específicos para realizar um tipo determinado de atividade. Por exemplo, para chutar uma bola, para jogar basquete.

Coordenação Motora Fina Coordenação motora fina é responsável pela capacidade que nós temos de usar de forma precisa e mais eficiente os pequenos músculos que estão no nosso corpo para que assim eles produzam movimentos mais delicados e bem mais específicos que os outros tipos de coordenação motora. A coordenação motora fina é usada quando vamos costurar, escrever, recortar algo, acertar um alvo (não importa qual o tamanho) ou até mesmo para digitar.

Consiste em uma série de movimentos realizados com exatidão e precisão. Gallahue, 2008 Atos motores que surgem dos movimentos da vida diária do ser humano e dos animais, expressa um grau de qualidade de coordenação de movimentos. Barbanti, 2003

Estabilizadores Locomotores Manipulativos Combinações destes

Habilidades manipulativas Habilidades locomotoras Habilidades de estabilização Arremessar Andar Flexionar Quicar Correr Equilibrar-se Chutar Saltar Estender Lançar Saltitar Girar Rebater Escorregar Posições invertidas Cabecear Agarrar Rolar a bola Escalar Rolar-se Desviar

Qualquer movimento no qual algum grau de equilíbrio é necessário Girar, virar-se, empurrar, puxar Qualquer movimento que tenha como objetivo obter e manter o equilíbrio em relação a força da gravidade

São aquelas nas quais o corpo é transportado em uma direção vertical ou horizontal de um ponto para o outro. Atividades como andar, correr, saltar, saltitar são consideradas movimentos locomotores fundamentais. Quando essas habilidades fundamentais tornam-se elaboradas e mais profundamente refinadas, podem ser aplicadas a esportes específicos. Gallahue, 2008

Grupo de habilidades no qual os executantes transladam o corpo através do espaço de um lugar para o outro. Barbanti, 2003 *

Movimentos que envolvem mudanças na localização do corpo relativamente a um ponto fixo na superfície Caminhar, correr, saltar, saltitar

Habilidades Manipulativas abrangem movimentos grossos e finos. Manipulação motora grossa refere-se aos movimentos que envolvem dar força a objetos ou receber força dos objetos. Arremessar, receber, chutar, agarrar e rebater são consideradas habilidades motoras fundamentais manipulativas grossas. As habilidades manipulativas do esporte são uma elaboração com um aprofundado refinamento destas habilidades básicas. Gallahue, 2008

Manipulação motora fina refere-se às atividades se segurar objetos, que enfatizam o controle motor, a precisão e exatidão do movimento. Amarrar os sapatos, colorir, cortar com tesoura são exemplos de habilidades motoras fundamentais manipulativas finas. Arco e flecha, tocar violino e jogar dardos têm aspectos motores finos e são atividades que requerem habilidades motoras finas especializadas. Gallahue, 2008

Habilidades grossas que envolvem as mãos e os pés para produzir força em objetos ou receber forças dos objetos, frequentemente para ganhar controle sobre eles. Um tipo de habilidade motora fundamental junto com as habilidades locomotoras e não locomotoras. Incluem arremessar, apanhar, chutar, volear, agarrar, driblar etc. Barbanti, 2003

Habilidade motora fina: Em aprendizagem motora é um tipo de habilidade executada por uma pequena musculatura particularmente das mãos e dedos. Habilidade motora grossa: Tarefa motora que requer a participação de grandes massas musculares ou quando se movimenta o corpo no espaço. Barbanti, 2003

Refere-se tanto à manipulação motora rudimentar (MMRU) quanto à manipulação motora refinada (MMRE) MMRU- envolve aplicação de força ou a recepção de força de objetos MMRU- arremessar, apanhar, chutar, derrubar um objeto, prender e rebater

MMRE- envolve o uso intricando de músculos da mão e do punho MMRE- costurar, cortar, digitar

*Pular corda *Locomoção: saltar *Manipulação: girar a corda *Estabilização: manter o equilíbrio *Jogar futebol *Locomoção: correr e saltar *Manipulação: driblar, passar, chutar e cabecear *Estabilização: esquivar-se, atingir, girar e virar-se

Barbanti V. J. Dicionário da Educação Física e do Esporte. Manole, 2 Ed., Barueri, 2003. Gallahue D.L. Donnelly F.C. Educação Física Desenvolvimentista para todas as crianças. Phorte, 4 Ed., São Paulo, 2008. GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 2a. ed. São Paulo: Phorte Editora, 2003.