EST029 Cálculo de Probabilidade I Cap. 6: Caracterização Adicional de Variáveis Aleatórias

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Transcrição:

EST029 Cálculo de Probabilidade I Cap. 6: Caracterização Adicional de Variáveis Aleatórias Prof. Clécio da Silva Ferreira Depto Estatística - UFJF

Motivação Suponha que tenhamos um experimento onde a probabilidade de sucesso de um evento A seja igual a p. Considere a v.a. X: nº de tentativas até obter o 1º sucesso (o evento A ocorrer). Em média, quantas tentativas você deve realizar até obter o 1º sucesso? Exemplo, se p =0.2, qual seria a resposta? Agora, seja X: nº de tentativas até obter o k-ésimo sucesso. Qual será o número médio de tentativas até obter o k-ésimo sucesso? 2

Modelos Determinísticos e Aleatórios Exemplo: Considere a equação de uma reta: y = ax+b. -a e b são parâmetros - para cada a e b, temos uma reta diferente -a: determina a inclinação -b: intercepto (valor da abscissa onde a reta corta o eixo y Em modelos aleatórios, também temos parâmetros que caracterizam a distribuição de probabilidade. Exemplo: Seja X uma v.a. contínua com fdp f(x) = ke -k x, x 0. Mostre que f(.) é uma fdp e trace seu gráfico. Mostrar no R! Aleatoriedade: a variável X pode ocorrer em qualquer valor positivo, dependendo da massa de probabilidade (fdp). X é denominada distribuição exponencial, com parâmetro k. Utilidade: determinar a vida útil de equipamentos ou componentes. 3

Outros exemplos Exemplo 1: Admita-se que peças sejam produzias indefinidamente em uma linha de montagem. Sejam p: probabilidade de uma peça ser defeituosa v.a. X: nº de peças inspecionadas até encontrar uma defeituosa. R X : {1,2,3,...} Verifique que sua função de probabilidade é dada por p k = P(X=k) = (1-p) k-1 p, k =1,2,3,... Obs.: Essa distribuição de probabilidade é conhecida como distribuição geométrica. Mostrar no R! Exemplo 2: Uma máquina de cortar arame corta o mesmo conforme um comprimento especificado de 12 polegadas. Em virtude de certas imprecisões, o comprimento do arame cortado (em polegadas) pode ser considerado como uma variável aleatória uniformemente distribuída no intervalo [11,5; 12;5]. Seja X: v.a. determinando o comprimento do pedaço cortado. Se 11,7 X 12,2, o arame é vendido com um lucro de US$0,25. Se X 12,2, o arame pode ser recortado, obtendo um lucro de US$0,10. Se X < 11,7, o arame é refugado com uma perda de US$0,02. Em N pedaços cortados, obtenha um equação para o lucro total e por pedaço. 4

Valor Esperado de Variáveis Aleatórias Discretas Definição: Seja X uma v.a. discreta com valores possíveis em R X = {x 1, x 2,...,x n...} (ou seja, pode ser finita ou infinita enumerável). Seja p(x k ) = P(X = x k ), k=1,2,3,... Então, o valor esperado de X (ou esperança matemática de X) é definido como (se a série convergir absolutamente, isto é, ) E(X) pode também ser definida como o valor médio de X. 5

Valor Esperado - Observações a) Se X tomar um nº finito de valores,, ou seja, E(X) é uma média ponderada de X. Ainda, se os valores são igualmente prováveis (p(x k ) =1/n), E(X) é a média aritmética, E(X) = b) Lançamentos de um dado. E(X) = (1+2+...+6)/6 = 3.5 (note que E(X) não necessariamente é um nº inteiro). Em v.a. discretas, E(X) média dos resultados obtidos em infinitas realizações do experimento. Mostrar no R! c) Média ponderada: Se existirem z 1, z 2,..., z n, onde z 1, z 2,..., z k, ocorrem n i vezes, i=1,2,..,k, então fazendo f i =n i /n, para i =1,2,...,n, teremos que a média ponderada de z 1, z 2,..., z k é definida como 6

Exemplos 1) Exemplo 7.4 Meyer: Um fabricante produz peças, sendo de 10% a chance das mesmas serem defeituosas. Se uma peça defeituosa for produzida, ele perde US$1, enquanto uma peça nãodefeituosa lhe dá um lucro de US$5. Se X é a v.a. lucro do fabricante por peça, calcule seu valor esperado. 2) Mostre que, se X ~ Binomial (n,p), E(X) = np. 3) Exemplo 7.5 Meyer: Uma máquina impressora tem uma probabilidade de 0,05 de entrar em pane, um uma dia qualquer. Se a máquina não apresentar panes durante uma semana, um lucro de $S será obtido. Se 1 ou 2 panes ocorrerem, um lucro $R será alcançado (R<S). Se 3 ou mais panes ocorrerem, um lucro de $(-L) será obtido. Admitindo que: R, S e L sejam maiores que 0; que se a máquina der pane, ela ficará parada todo o dia; e que a máquina entre em pane de forma independente entre dias, calcule o valor esperado do lucro (em função de R,S e L) nos 5 dias úteis. 7

Valor Esperado de Variáveis Aleatórias Contínuas Def.: Seja X uma v.a. contínua com fdp f(.). O valor esperado de X é definido como desde que. Comentários: - E(X) pode ser interpretado como o centro de gravidade (ou o centro da distribuição de X). - E(X) é uma medida de posição ou de tendência central de X. 8

Exemplos 1) Exemplo 7.6 Meyer: Seja a v.a. X: tempo (em minutos) durante o qual um equipamento elétrico seja utilizado em máxima carga, em um certo período de tempo especificado. Sua fdp é dada por Construa o gráfico da fdp de X e seu valor esperado. 2) Exemplo 7.7 Meyer: Seja a v.a. X: conteúdo de cinzas (em %) no carvão. Sua fdp é dada por Construa o gráfico da fdp de X e seu valor esperado. 3) Calcule o valor esperado de X ~ U(a,b). 9

Quantis e mediana Def.: Seja p um número real tal que 0<p<1. O quantil X p de uma v.a. contínua é um número real tal que P(X X p ) = p. O quantil X p é o valor (em X) que acumula probabilidade igual a p à sua esquerda. Se a fda de X é estritamente crescente, então. O quantil é considerado uma medida de posição ou de tendência central. Casos particulares: p=1/4(1º quartil); p=1/2(2º quartil ou mediana, X 0,5 = Md); p=3/4 (3º quartil) p=0,1; 0,2;...,0,9: decis p=0,01; 0,02;...,0,99: percentis. Exemplo: Seja X ~ exp(β). Ou seja, f(x β) = βe -βx, x 0, β>0. Calcule o quantil p de X, 0<p<1. 10

Relação entre valor esperado e mediana Distribuições simétricas: Distribuições com assimetria Distribuições com assimetria Positiva (à direita): Negativa (à esquerda): 11

Esperança de uma Função de Variável Aleatória Teorema: Seja X uma v.a. e seja Y = H(X). a) Se X for uma v.a. discreta, com p(x i ) = P(X = x i ), temos que b) Se X for uma v.a. contínua com fdp f(.), temos que Comentário: Para sabermos o valor esperado de Y=H(X), não precisamos conhecer sua distribuição, apenas a de X. 12

Exemplos Exemplo Ross, pág. 164: Seja X uma v.a. discreta da forma P(X=-1)=0,2; P(X=0)=0,5 e P(X=1)=0,3. Seja Y=X 2. Calcule o valor esperado de Y, a partir de sua distribuição e pelo teorema anterior. Exemplo 7.8 Meyer: Seja V a velocidade do vento (em milhas/hora) e suponha V ~ U(0,10). A pressão (W), em libras/pé quadrado, na superfície da asa de um avião é dada por W=0,003V 2. Calcule o valor esperado de W, a partir da distribuição de W e pelo teorema anterior. Exemplo 7.9 Meyer: Seja X uma v.a. com fdp dada por Calcule o valor esperado de Y= X, a partir da distribuição de Y e pelo teorema anterior. 13

Propriedades do Valor Esperado P1. Se X = c (uma constante), E(X) = c. P2. Se X é uma v.a. e c uma constante, Y=cX, então, E(Y)=cE(X). P3 (Corolário). Se X é uma v.a., a e b constantes, Y=aX+b, então E(Y)=aE(X)+b. P4. Sejam n v.a. s X 1, X 2,..., X n. Então, se Y=, E(Y) =. P5(Corolário). Sejam n v.a. s X 1, X 2,..., X n. Então, se Y=, onde a i são constantes, E(Y)=. Comentário: Você não precisa construir a distribuição da v.a. Y para calcular seu valor esperado. 14

Exemplos Exemplo 1: Se X ~ Binomial(n,p), Y=, onde X i ~ Bernoulli(p), ou seja, X i = {0,1}, com probabilidades 1-p e p, respectivamente. Assim, pela propriedade 4, E(Y)= = = np. Exemplo 2: Seja X ~ Poisson(λ), ou seja, P(X=k) = e -λ λ k /k!, k=0,1,2,..., λ>0. Sabemos que se X i ~ Poisson(λ), então Y = ~ Poisson(n λ). Outros exemplos (essas distribuições serão vistas nos capítulos 7 e 8): Somas de Geométricas => Binomial Negativa, Somas de Normais => Normal, Somas de Qui-quadrado => Qui-quadrado, entre outras. 15

Variância de uma Variável Aleatória As 3 densidades no gráfico têm a mesma média (valor esperado), mas a concentração em torno desta média é diferente para cada densidade. Ou seja, a variabilidade é diferente. Precisamos de uma medida para quantificar esta característica das distribuições. 16

Definição de variância Def.: Seja X uma variável aleatória. Definimos a variância de X, denotada por V(X) (σ 2 X ou Var(X) em outros livros) como V(X) = E{[X-E(X)] 2 } A raiz quadrada da variância é denominada desvio-padrão, denotado por σ X. Obs.: A variância de X é expressada em unidades quadradas de X. Logo, o desvio-padrão, sendo raiz, é expressado na mesma unidade de X. Exemplo: Se X é medida em cm, V(X) é medida em cm 2 e σ X é medido em cm. Variância é uma medida de variabilidade de X em torno de sua média. Variância é o inverso da precisão. Quanto maior a variância, menor é a precisão. 17

Definição de variância II Def.: Definimos o k-ésimo momento centrado da v.a. X como μ k = E{[X - E(X)] k }. Assim,Variância é um caso particular de momentos. Pela definição acima, V(X) = μ 2 (ou seja, o segundo momento centrado). Outra forma (mais fácil) de V(X): E(X 2 ) E(X) 2. (Provar!) Se E(X) pode ser interpretado como o centro de gravidade da unidade de massa distribuída sobre uma reta, V(X) pode ser interpretado como o momento de inércia dessa massa, em relação a um eixo perpendicular que passe pelo centro de gravidade da massa. 18

Exemplos Ex. 1: Seja a v.a. X: face voltada para cima no lançamento de um dado. Calcule a variância de X. Ex. 7.16 (Meyer). Seja a v.a. X com fdp Construa o gráfico de f(x). Calcule E(X) e V(X). Ex. 3. Se X ~ Poisson(λ), calcule E(X) e V(X). 19

Propriedades da Variância de uma Variável Aleatória Sejam X e Y variáveis aleatórias e c uma constante qualquer. P1. Dada uma constante c, V(X+c) = V(X). P2. V(cX) = c 2 V(X). P3. Se X e Y são v.a. s independentes, V(X+Y) = V(X) + V(Y). Definição: A covariância entre duas v.a. s X e Y é definida como Cov(X,Y) = E[(X-E(X))(Y-E(Y))] = E(XY)-E(X)E(Y). Assim, quando X e Y são independentes, Cov(X,Y) = 0, ou seja, E(XY) = E(X)E(Y). P4. Sejam X 1 X 2,..., X n v.a. s independentes. Então. 20

Exemplos 1. Se X ~ Bin(n,p), mostre que V(X) = np(1-p). 2. Se X ~ U(a,b), mostre que V(X) = (b-a) 2 /12. 3. Exercícios 10, 24, 26 e 27 (fazer após próximo slide). 21

Desigualdade de Tchebycheff Teorema: Seja X uma variável aleatória com E(X) = μ e seja c uma nº real qualquer. Então, se E(X-c) 2 for finita e ε for qualquer nº real positivo, teremos. Se escolhermos c = μ, obtemos. Se escolhermos c = μ e ε = kσ, onde σ 2 = V(X), obtemos Interpretação: O teorema define um limite superior (e inferior) para a variação de X em torno de c. Olhando para a última inequação, determinamos as probabilidades máximas da distância de X em relação à média, em função de k desvios-padrão.. 22