15-dez-2014 Taxa de juros a curva de juros subiu; Taxa de câmbio o dólar valorizou-se 3,1% frente ao real; Bolsa de Valores o Ibovespa fechou a semana em queda de 5,0%. Na semana passada todos os vencimentos da curva de juros subiram. Enquanto o Contrato DI Janeiro 15 se manteve constante em 11,59%, os demais (DI Janeiro 16, 17 e 21) variaram positivamente em 0,14, 0,26 e 0,44 ponto percentual, respectivamente. As taxas alcançaram, em ordem crescente de vencimento: 12,55%, 12,55% e 12,38%. Com a inflação resiliente ao redor do topo da meta e com a expectativa desta se elevar acima da banda superior em 2015, o mercado segue apostando em uma alta da Selic-Meta. O dólar fechou a semana valendo R$ 2,659, apresentando uma desvalorização na semana de 3,1% e no ano de 12,9%. Mesmo assim, segue se valorizando frente a várias moedas, incluindo o real. Além disso, internamente, o Brasil continua apresentando déficit em transações correntes relevante, corroborando o cenário de haver valorização das moedas estrangeiras frente ao real. O Ibovespa alcançou 48.002 pontos, apresentando uma queda de 5,0% na semana. No ano, a bolsa teve uma queda de 6,8%, invertendo um cenário de alta no ano até então. As quedas consecutivas nos preços do petróleo e do minério de ferro têm afetado a projeção de lucro da Petrobras e da Vale, ambas com elevadas participações no índice.
Informativo Indicadores de Mercado Nome Unidade Nível % dia % mês % ano % 12m % 24m Fonte Renda Fixa (d-1 para índices da ANBIMA) CDI % ao ano 11,59% 0,04% 0,43% 10,23% 10,72% 19,52% CETIP IRFM Índice - - -0,50% 10,92% 10,50% 18,61% ANBIMA IMA Ex-C Índice - - -1,14% 11,66% 11,89% 11,27% ANBIMA IMA B5 Índice - - -0,09% 11,49% 11,91% 15,21% ANBIMA IMA B5+ Índice - - -4,29% 15,01% 15,04% -3,38% ANBIMA Inflação IPCA % - - 0,51% 5,58% 6,56% 12,71% IBGE IGP-M % - - 0,98% 3,05% 3,66% 9,47% FGV Prêmio de Risco / Commodities CRB Índice 243,75-0,68% -4,18% -13,00% -13,00% -17,05% BBG Moedas Dólar R$ 2,659 0,30% 3,58% 12,86% 13,73% 27,68% BCB Euro USD 1,246 0,38% 0,05% -9,35% -9,42% -4,21% BBG Euro R$ 3,305 0,58% 3,50% 1,85% 3,03% 22,28% BBB Ações - Brasil (em Reais) Ibovespa Índice 48001,98-3,73% -12,28% -6,81% -4,23% -19,49% BM&FBOVESPA Ibovespa USD 18085,97-3,80% -15,21% -17,06% -15,79% -36,95% BM&FBOVESPA IBX Índice 19880,20-3,61% -11,91% -6,64% -4,08% -8,04% BM&FBOVESPA IDIV Índice 2660,12-2,90% -15,08% -21,88% -20,10% -21,85% BM&FBOVESPA SMLL Índice 1057,00-2,13% -9,91% -19,27% -17,62% -28,65% BM&FBOVESPA ISE Índice 2306,82-2,84% -10,87% -6,97% -4,66% -2,02% BM&FBOVESPA Ações - Mundo (Índice - em moeda local) S&P500 EUA 2009,16-1,29% -2,82% 8,70% 13,16% 40,72% BBG FTSE Inglaterra 6300,63-2,49% -6,28% -6,64% -2,24% 6,34% BBG DAX Alemanha 9594,73-2,72% -3,87% 0,45% 6,41% 26,42% BBG Nikkey Japão 17371,58 0,66% -0,51% 6,63% 13,23% 82,37% BBG Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management
jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 Informativo Taxas de juros nominais - Mercado futuro (%) 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 Jan 15 Jan 17 Jan 21 Cotação do Dólar (em reais) 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0 1,9 Ibovespa vs S&P500 65.000 60.000 55.000 50.000 45.000 40.000 2.100 2.000 1.900 1.800 1.700 1.600 1.500 1.400 Ibovespa S&P 500 Fonte: Banco Central do Brasil (BCB), BM&F Bovespa e Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management
Informativo Por dentro do Cenário O ano de 2014 está quase no fim. Embora a dinâmica da economia não tenha ainda apresentando uma inflexão positiva, é possível visualizar um futuro mais esperançoso, com a nova equipe econômica implementando as medidas pretendidas. Na semana que passou, no entanto, os números continuam mostrando que a atividade segue fraca. O emprego na indústria em outubro, por exemplo, recuou pelo sétimo mês consecutivo em 0,4% (sazonalmente ajustado - SA), de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES do IBGE). Este número é o resultado tão somente da redução de 0,4%, comparando com o mês anterior, na indústria de transformação, uma vez que o emprego na indústria extrativa subiu 0,1%. Dos 18 setores pesquisados, 16 apresentaram fechamento de vagas no mês. O custo unitário do trabalho (CUT) segue em nível elevado e, apesar das demissões, a folha de pagamento real cresceu no período. O CUT em nível elevado segue reduzindo a competitividade da indústria nacional e torna ainda mais difícil uma recuperação neste setor. Ainda sobre CUT, vale comentar o estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) que mostra que o indicador subiu 11,6% desde 2010. Tal aumento resultou do crescimento de 11,9% do custo real da hora trabalhada, que não foi acompanhado pelo aumento da produtividade (com variação de 0,2% no período). O encarecimento da mão de obra foi disseminado entre os segmentos industriais, alcançando 13 dos 15 pesquisados, com destaque para os segmentos de meios de transporte e têxtil, com altas próximas a 30%. Em uma comparação internacional, isso tornou a indústria nacional menos competitiva, uma vez que essa pressão salarial observada no Brasil superou o exibido em países desenvolvidos como os EUA, a França e o Reino Unido, e mesmo o registrado em outras nações da América Latina, como México e Colômbia (onde houve queda do CUT de 6,3% e 12,7% no período, respectivamente). Outro dado relevante, por ser coincidente da Produção Industrial Mensal, é o fluxo de veículos nas estradas pedagiadas referente a novembro (ABCR), que caiu 0,4% com relação a outubro (SA), após alta de 1,1% observada em outubro. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve queda de 0,5%. A abertura do índice mostrou queda do fluxo tanto de veículos leves (- 0,4% em comparação com Out/14) como de pesados (-0,3% em comparação com Out/14). Os índices de preço e volume de comércio exterior de novembro (FUNCEX) também seguem apontando um cenário de comércio internacional desafiador. Comparativamente ao mês anterior (SA), houve queda de preços de importação (-0,6%) e exportação (-1,3%), o que levou à queda de 0,6% nos termos de troca brasileiros pelo sexto mês consecutivo. No ano, os termos de troca acumulam queda de 3,0%. O volume exportado avançou 1,0%, mas no ano acumula queda de 1,2%. O principal responsável pelo recuo no ano foi a classe de manufaturados, que já recuou 12%, afetada tanto pela crise na Argentina quanto pelo menor número de plataformas de petróleo exportadas. O volume importado avançou 5,7%, mas no ano houve queda de 2%. Por fim, pela Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio Contínua (PNADC) referente ao terceiro trimestre de 2014 (realizada pelo IBGE, que divulga os dados trimestrais de desemprego e que tem uma metodologia mais abrangente do que aquela feita pela PME/IBGE), a taxa de desemprego foi de 6,8% na passagem do segundo para o terceiro trimestre (sem ajuste sazonal), ante 6,9% no mesmo trimestre de 2013. Ao comparar a taxa de desemprego da PNAD Contínua e da PME, as duas pesquisas indicam estabilidade na taxa de desemprego no 3T14 comparando com o 2T14. A sazonalidade favorável (evidenciada nas duas pesquisas) colaborou para a estabilidade da taxa de desemprego nesse patamar, uma vez que, de Julho a Setembro ocorrem as primeiras contratações de final de ano. Em suma, apesar dos dados mais fracos da semana passada, o futuro pode apresentar surpresas positivas, uma vez que a nova equipe econômica tem como objetivo reverter esta dinâmica.
China e Japão Zona do Euro EUA Brasil Informativo Agenda segunda terça quarta quinta sexta domingo 15 dezembro 16 dezembro 17 dezembro 18 dezembro 19 dezembro 21 dezembro sem definição 08:30 - Economic Activity MoM 08:30:00 - Economic Activity YoY 09:00 - IBGE Inflation IPCA-15 MoM 09:00 - IBGE Inflation IPCA-15 YoY 15/12-22/12 - Formal Job Creation Total 09:00 - Unemployment Rate 10:30 - Current Account Balance 12:15 - Industrial Production MoM 11:30 - Housing Starts 11:30 - CPI MoM 12:15 - Capacity Utilization 11:30 - Building Permits 11:30 - CPI Ex Food and Energy MoM 12:15 - Manufacturing (SIC) Production 17:00 - Fed Summary of Economic Projections 17:00 - FOMC Rate Decision (Upper Bound) 17:00 - FOMC Rate Decision (Lower Bound) 06:00 - FR: Markit France Manufacturing PMI 07:30 - UK: Bank of England Minutes 06:30 - GE: Markit/BME Germany Manufacturing PMI 07:30 - UK: Jobless Claims Change 07:00 - EC: Markit Eurozone Manufacturing PMI 07:30 - UK: Average Weekly Earnings 3M/YoY 23:45: CH - HSBC China Manufacturing PMI 07:30 - UK: CPI YoY 07:30 - UK: CPI Core YoY 07:30 - UK: ILO Unemployment Rate 3Mths 07:30 - UK: Employment Change 3M/3M 08:00 - EC: CPI YoY 08:00 - EC: CPI Core YoY 02:30 - JN: All Industry Activity Index MoM 18/12-19/12: JN - BOJ Annual Rise in Monetary Base 18/12-19/12: JN - Bank of Japan Monetary Policy Statement Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management
Informativo Glossário Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção da carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 IRFM 1+ IMA B5 IMA B5+ LTN e NTN-F com prazo < 1 ano LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano NTN-B com prazo < 5 anos NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Prêmio de Risco Spread over treasury do CDS (Credit Default Swap) de 5 anos. Variação em bps. Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBOVESPA / Elaboração: Itaú Asset Management Disclaimer A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. A Itaú Asset Management é o segmento do Itaú Unibanco especializado em gestão de recursos de clientes. As informações contidas no informativo foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura. Todas as recomendações e estimativas aqui apresentadas derivam de nosso julgamento e podem ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O Itaú Unibanco não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações às 18h00min da 6ª feira.