MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA



Documentos relacionados
TRABALHO DE TOPOGRAFIA LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO

Desenho Técnico, Método Manual. Alex Mota dos Santos

= i= Com a aplicação ou uso da primeira expressão obtém-se 18,50m 2. Area=(1*(1 5 )+ 3*(2 6)+ 5*(5 5)+ 7*(6-4) + 9*(5-2)+4*(4-1)+3*(2-2))/2= 18,50m 2.

SOLUÇÕES N item a) O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2.

DESENHO TÉCNICO I. Prof. Peterson Jaeger. APOSTILA Versão 2013

Aula 5 Projetos elétricos

Microsoft Word - DTec_05_-_Escalas-exercicios_2-questoes - V. 01.doc

3º Ano do Ensino Médio. Aula nº09 Prof. Paulo Henrique

FSP FACULDADE SUDOESTE PAULISTA. Curso: Engenharia Civil. Prof.ª Amansleone da S. Temóteo APONTAMENTO DA AULA

CURSO TÉCNICO DE ENSINO MÉDIO INTEGRADO / SUBSEQUENTE

Imagine que você queira conhecer alguns pontos do Brasil e vai utilizar este mapa. Vamos lá! - Baía de Guanabara G6 - Porto Velho C3 - Belém F2

ESCOLA ESTADUAL DR. JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA - ANO 2013 RECUPERAÇÃO ESTUDOS INDENPENDENTES

Nome: N.º: Endereço: Data: Telefone: PARA QUEM CURSA O 9 Ọ ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2016 Disciplina: MATEMÁTICA

TEORIA 5: EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 1º GRAU MATEMÁTICA BÁSICA

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 1. Erros e Tolerâncias

Escalas ESCALAS COTAGEM

60 a 105 m/min A B AU OPH LU X Y1 (1) Y2 (3) (3) (3) (3)

MATRIZ - FORMAÇÃO E IGUALDADE

b) 1, 0. d) 2, 0. Página 1 de 10

Levantamento Topográfico Planialtimétrico

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

A primeira coisa ao ensinar o teorema de Pitágoras é estudar o triângulo retângulo e suas partes. Desta forma:

UNESP DESENHO TÉCNICO: Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD. Parte 6/5: Prof. Víctor O. Gamarra Rosado

MATEMÁTICA PROVA 3º BIMESTRE

Desenho Técnico e Geometria Descritiva Construções Geométricas. Construções Geométricas

Trigonometria. Relação fundamental. O ciclo trigonométrico. Pré. b c. B Sabemos que a 2 = b 2 + c 2, dividindo os dois membros por a 2 : a b c 2 2 2

2) Escreva um algoritmo que leia um conjunto de 10 notas, armazene-as em uma variável composta chamada NOTA e calcule e imprima a sua média.

Módulos Combinatórios

TECNOLOGIA DO BETÃO. Exemplo de cálculo duma composição pelo método de Faury

SISTEMA/MÓDULO: SYSMO S1 / LOGÍSTICA - WMS LIBERAÇÃO DE PRODUTOS VERSÃO: 1.00 DATA: 25/11/2006

REPRESENTAÇÃO TOPOGRÁFICA

MÓDULO 2 ÓPTICA E ONDAS Ronaldo Filho e Rhafael Roger

Calculando distâncias sem medir

Resposta Questão 2. a) O N O b) Linear

Aula de Laboratório de Materiais de Construção Civil Professora: Larissa Camporez Araújo

ENCERRAMENTO DE SALDOS (ZERAMENTO) DAS CONTAS DE RESULTADO

Projeto arquitetônico: Cortes Professora Valéria Peixoto Borges

TERMO DE REFERÊNCIA: IMPLANTAÇÃO DE TRILHAS RETAS E PARCELAS EM CURVA DE NÍVEL EM FLORESTAS NA REGIÃO DE SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA.

Conjuntos mecânicos I

21- EXERCÍCIOS FUNÇÕES DO SEGUNDO GRAU

Conjuntos mecânicos II

Matemática Básica Intervalos

Parte 05 - Técnicas de programação (mapas de Veitch-Karnaugh)

Aula 4 Função do 2º Grau

números decimais Inicialmente, as frações são apresentadas como partes de um todo. Por exemplo, teremos 2 de um bolo se dividirmos esse bolo

REPRESENTAÇÃO DO RELEVO

Infraestrutura das Construções

Fenômenos de Transporte

ESTATÍSTICA PARTE 1 OBJETIVO DA DISCIPLINA

TECNÓLOGO EM CONSTRUÇÃO CIVIL. Aula 6 _ Função Polinomial do 2º Grau Professor Luciano Nóbrega

ORIENTAÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS ARQUITETÔNICAS

Movimento uniformemente variado. Capítulo 4 (MUV)

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP LABTOP Topografia 1. Coordenadas UTM

Profa. Luciana Rosa de Souza

Capítulo 6 ESCALAS E DIMENSIONAMENTO

A Derivada. 1.0 Conceitos. 2.0 Técnicas de Diferenciação. 2.1 Técnicas Básicas. Derivada de f em relação a x:

1.10 Sistemas de coordenadas cartesianas

Apostila de Matemática 16 Polinômios

Resumo: Estudo do Comportamento das Funções. 1º - Explicitar o domínio da função estudada

a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

MREditor Editor de Impressos

FUNÇÃO DO 2º GRAU PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Câmpus Ponta Grossa. Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em. Automação Industrial

XXXII Olimpíada Brasileira de Matemática. GABARITO Segunda Fase

MATEMÁTICA - 3 o ANO MÓDULO 24 CIRCUNFERÊNCIA

O Método do Lugar das Raízes Parte 2. Controle de Sistemas I Renato Dourado Maia (FACIT)

5. Derivada. Definição: Se uma função f é definida em um intervalo aberto contendo x 0, então a derivada de f

[ Elaborado por Rosário Laureano ] Análise Matemática II

01) 45 02) 46 03) 48 04) 49,5 05) 66

MANUAL DE CONCEITOS, REGRAS GERAIS E HIPÓTESES EXEMPLIFICATIVAS:

Sistema Operacional. Implementação de Processo e Threads. Prof. Dr. Márcio Andrey Teixeira Sistemas Operacionais

As constantes a e b, que aparecem nas duas questões anteriores, estão ligadas à constante ρ, pelas equações: A) a = ρs e b = ρl.

PERÍMETRO URBANO. Lei nº451/2009

Utilização dos Instrumentos de Desenho Técnico e Normas

números decimais Inicialmente, as frações são apresentadas como partes de um todo. Por exemplo, teremos 2 de um bolo se dividirmos esse bolo

Projeto Jovem Nota 10 Geometria Analítica Circunferência Lista 3 Professor Marco Costa

Traçado e desenho de curvas de nível

Se a força de tração de cálculo for 110 kn, a área do tirante, em cm 2 é A) 5,0. B) 4,5. C) 3,0. D) 2,5. E) 7,5.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROJETO PIBID FUNÇÃO AFIM ROTEIRO DE AULA

CONSUMO DE MATERIAIS MADEIRAS E FERROS

Onde: A é a matriz do sistema linear, X, a matriz das incógnitas e B a matriz dos termos independentes da equação

Equilíbrio de um corpo rígido

para x = 111 e y = 112 é: a) 215 b) 223 c) 1 d) 1 e) 214 Resolução Assim, para x = 111 e y = 112 teremos x + y = 223.

SENSORIAMENTO REMOTO. Tipos de Fotografias Aéreas. Geometria de Fotografias Aéreas. Sensores Aerofotográficos PARTE II

Metodologia Científica ILUSTRAÇÕES DAS NORMAS DA ABNT ADAPTAÇÃO DA NORMA NBR 14724: REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

Medidas de Tendência Central

1 05 Voo o Ho H r o i r z i o z n o t n al, l, Voo o Pla l na n do, o, Voo o As A cend n ent n e Prof. Diego Pablo

Semana 7 Resolução de Sistemas Lineares

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA APOSTILA 4

Matrizes e Sistemas Lineares. Professor: Juliano de Bem Francisco. Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina.

Instituto Federal Fluminense Campus Campos Centro Programa Tecnologia Comunicação Educação (PTCE)

05. COMUNICAÇÃO VISUAL EXTERNA

Unidade 3 Função Afim

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

O que é Histerese? Figura 1. A deformação do elemento elástico de um tubo tipo Bourdon.

FRAÇÃO. Número de partes pintadas 3 e números de partes em foi dividida a figura 5

CARTOGRAFIA LINHA DE APOIO

Medida de ângulos. Há muitas situações em que uma pequena

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL

Transcrição:

Gerência da Construção Civil, Geomática e Meio Ambiente. Professor: Cristiano Nascimento APOSTILA 5 Desenho Técnico Topográfico (Método Manual) Fone: (48) 050

DESENHO TÉCNICO TOPOGRÁFICO (MÉTODO MANUAL) 8.0. Determinaç ão do formato/posiç ç ão e escala na confecç ão do desenho topográfico. Dada as coordenadas dos vé rtices de uma determinada poligonal a ser desenhada: 6 COORDENADAS PONTOS 5 X(m) Y(m) 56 7 4 74 4 3 6 0 4 30 5 5 46 68 3 6 00 80 8. Determinaç ão da Posiç ão do Desenho da Poligonal no Papel A posiç ão do desenho no papel é determinada em funç ão das diferenç as de coordenadas máximas e mí nimas, ou seja: a) Posiç ão vertical quando, (XM ) < (YM ) b) Posiç ão horizontal quando, (XM ) > (YM ) onde: XM abscissa maior obtida na coluna das coordenadas (56m) abscissa menor obtida na coluna das coordenadas (30m) YM ordenada maior obtida na coluna das coordenadas (80m) ordenada menor obtida na coluna das coordenadas (0m) Fone: (48) 050

No exemplo da planilha terí amos que: XM 56 30 6m YM 80 0 60m Sendo que, 6 > 60, então o desenho ficará sua maior parte na posiç ão horizontal. 8.. Área útil da Folha Trata-se do espaç o reservado para a confecç ão do desenho topográfico na folha. Este espaç o nada mais é do que o valor encontrado da subtraç ão do tamanho da folha (papel utilizado), pelas margens e espaç o utilizado para textos, convenç ões (legendas), mapa de situaç ão, etc. 8.3. Escala a ser definida Trataremos nesta parte, apenas da escala de reduç ão, pelo fato de ser esse tipo de escala utilizada em desenhos topográficos. A fim de se estabelecer a escala para efetuar o desenho em determinado formato de papel, deve-se, primeiramente, conhecer a posiç ão do papel. Considerando a como medida útil do papel no sentido das abscissas (X), e b a medida útil no sentido das ordenadas (Y), isto para qualquer que seja a posiç ão estabelecida anteriormente. Como já dito anteriormente, poderemos determinar duas escalas, sendo uma para as abscissas e outra para as ordenadas, escalas essas denominadas prováveis, visto haver necessidades da adoç ão de uma única escala a fim de não deformar a figura, isto é, de forma que a representaç ão conserve a proporç ão do objeto representado. Fone: (48) 050

Epx Escala provável para as abscissas Epy Escala provável para as ordenadas E Escala a ser adotada a medida útil do papel (horizontalmente) b medida útil do papel (verticalmente) Epx a ; XM Epy b YM Observaç ão: Epx pode ser maior, igual ou menor que Epy Para adoç ão da escala toma-se sempre a de menor valor numé rico, e estando o módulo (M) em desacordo com a ordem normal, soma-se um valor (delta) que pode variar, por assim dizer de 0 (zero) ao infinito, igual à diferenç a do módulo encontrado e do módulo ascendente mais próximo na classificaç ão normal. Exemplificando com os dados da planilha terí amos: como foi determinada, a posiç ão horizontal para o papel. O dimensionamento escolhido na sé rie A, o A4 para exemplo, a87mm e b 00mm. Então, terí amos: a 0,87 Epx ; XM 6 M Epy b YM 0,00 60 M 300 Neste caso Epx < Epy porque < 300 Motivo pelo qual a escala a adotar deverá ser a Epx; todavia, o módulo da mesma está em desacordo com a classificaç ão normal razão por que devemos somar um valor em Epx até o enquadramento do mesmo na classificaç ão normal. Fone: (48) 050

Da classificaç ão normal temos: 300 400 500 etc. O módulo encontrado em Epx é de, sendo, portanto, o 500 o módulo mais próximo ascendente na classificaç ão normal e conseqüentemente o módulo a adotar para a escala do trabalho. Neste caso foi de 6, porque: Epx M Epx M 6 500 8.4. Determinaç ão das Coordenadas Centrais São coordenadas simé tricas do centro da poligonal (considerando unicamente os extremos XM, e YM, ). Estas coordenadas correspondem conseqüentemente ao centro do papel (Área útil) e das coordenadas encontradas. Xc significa a abscissa referente ao centro do papel e da coordenadas, sendo obtida atravé s das semi-somas das abscissas extremas: XM 56 30 Xc Xc 93 m Yc significa a ordenada referente ao centro do papel e da poligonal. É obtida atravé s das semisomas das ordenadas extremas: YM 80 0 Yc Yc 50 m Sabendo-se a escala a ser adotada, qual a área útil do papel e as coordenadas centrais do levantamento, inicia-se então a confecç ão do desenho topográfico propriamente dito. Deve-se traç ar, com o auxilio do jogo de esquadros duas linhas, uma no sentido horizontal e outra no sentido vertical, exatamente na metade da área útil do papel, ou seja, se em um desenho tivé ssemos no sentido horizontal 0cm como espaç o útil, traç aria-se então uma linha na metade deste espaç o, que seria 5cm, e no sentido vertical cm, sua metade seria 6cm. Estas duas linhas traç adas nada mais são do que nossas coordenadas centrais do desenho topográfico a ser executado. Assim, para facilitar a confecç ão do desenho, sabe-se que geralmente as coordenadas centrais são números fracionários (Ex.: X45,4 / Y3,478), busca-se traç ar linhas paralelas ao eixo X e Y com valores inteiros das abscissas e das ordenadas, e em seguida quadricula-se o espaç o da área útil, para facilitar a confecç ão de todos os pontos topográficos, a partir de suas coordenadas. Fone: (48) 050

9. Desenhando uma Planta Topográfica a partir de escalas pré -estabelecidas 9.. Formato do Papel Neste caso, o elemento pré -estabelecido é a escala. As dimensões do papel serão obtidas multiplicando-se as diferenç as das coordenadas extremas pela escala. a (XM ).E b (YM ).E Após o que o enquadraremos a um formato de papel recomendado pela ABNT. Exemplo: - Escala pré -estabelecida :50 da planilha XM 6m YM 60m 6 a 6 0,504 m 504 mm 50 50 60 b 60 0,4 m 40 mm 50 50 Sendo então as dimensões do requadro de 40x504mm. Obedecendo-se as normas recomendadas, adotaremos o formato, ou o comporemos como sugere o presente exemplo, a fim de economizar papel: Fone: (48) 050

No caso de se estabelecer margem mí nima, somaremos o duplo da mesma as dimensões encontradas a e b, ou seja: F folga estabelecida a E( XM ) F b E( YM ) F Como já se sabe qual a área útil a ser utilizada, acha-se o centro desta área, desenhandose a traç os leves uma linha para o eixo X e outra para o eixo Y. Para facilitar a confecç ão do desenho, subtrai-se estas coordenadas centrais de coordenadas inteiras. Exemplo: para x: 00 93 7m para y: 50 50 0m Agora a partir dos eixos traç ados levemente, que equivalem as coordenadas centrais aumenta-se mais 7 metros para se encontrar a coordenada 00. Coincidentemente, em nosso exemplo, nossa coordenada central foi 50, não precisando fazer nenhuma alteraç ão. A partir daí, o processo para a confecç ão dos próximos pontos topográficos a partir das coordenadas ficará mais prática. Fone: (48) 050