W-4 2,áfpà PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAIBA GABINETE DO DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS



Documentos relacionados
357 VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR APELAÇÃO CÍVEL PROCESSO Nº ANA MARIA PEREIRA DE OLIVEIRA

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des, Genésio Gomes Pereira Filho

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE KELLY BORCHARDT GREGORIS CLARO DIGITAL S/A A CÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos

esj-urâ ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA Porto Velho - Fórum Cível Av Lauro Sodré, 1728, São João Bosco,

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA

ACÓRDÃO. São Caetano do Sul, em que são apelantes GAFISA S/A (E. OUTROS(AS)) e ABYARA BROKERS INTERMEDIAÇÃO

E M E N T A: RESPONSABILIDADE POR DANO MORAL. DÍVIDA PAGA. TÍTULO INDEVIDAMENTE PROTESTADO. ILEGALIDADE. PROVA. PRESUNÇÃO DO DANO.

O julgamento teve a participação dos MM. Juízes EGBERTO DE ALMEIDA PENIDO (Presidente), LUIS EDUARDO SCARABELLI E CLAUDIA THOMÉ TONI.

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO DES. SAULO HENR1QUES DE SÁ E BENEVIDES

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

APELAÇÃO CÍVEL N ( ) COMARCA DE AURILÂNDIA APELANTE

+t+ Ammg *ESTADO DA PARAÍBA. PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

APTE: FLAVIO COELHO BARRETO (Autor) APTE: CONCESSIONÁRIA DA RODOVIA DOS LAGOS S.A. APDO: OS MESMOS

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ART. 557, DO CPC.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

: Des.Saulo Henriques de Sá e Benevides Apelante

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores RUBENS RIHL (Presidente) e JARBAS GOMES. São Paulo, 18 de setembro de 2013.

TURMA RECURSAL ÚNICA J. S. Fagundes Cunha Presidente Relator

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

EMENTA CIVIL - DANOS MORAIS - NEGATIVA NA CONCESSÃO DE PASSE LIVRE EM VIAGEM INTERESTADUAL - TRANSPORTE IRREGULAR - INDENIZAÇÃO DEVIDA.

ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA GERÊNCIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR PROCON-MA

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PAULO ALCIDES. São Paulo, 12 de julho de 2012.

DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL

D E C I S Ã O. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 4ª CÂMARA CÍVEL Relator: Desembargador SIDNEY HARTUNG

Superior Tribunal de Justiça

- O possuidor de imóvel rural que o recebeu em doação através de escritura particular, tem z) interesse processual para ajuizar ação de

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 1ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores ALVARO PASSOS (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA APELAÇÃO CÍVEL N

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Gabinete da Desa. Maria das Graças Morais Guedes

RECURSOS IMPROVIDOS.

Relator: Desembargador CELSO LUIZ DE MATOS PERES

Superior Tribunal de Justiça

2ª TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA Porto Velho - Fórum Cível Av Lauro Sodré, 1728, São João Bosco,

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Primeira Câmara Cível

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS PODER JUDICIÁRIO BELO HORIZONTE 10ª TURMA RECURSAL DE BELO HORIZONTE

QUINTA CÂMARA CÍVEL Apelação Cível nº Relator: DES. HENRIQUE CARLOS DE ANDRADE FIGUEIRA

A=C=Ó=R=D=Ã=O Vistos e etc.

^ Cipii[46:41,112 ft,,c ;

Mjs. ,fr. (s. r'sg ;.5k. f 1$01. ()PUè ~TM 01.1(

, n rt dão0h1c, C,1 d h me ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DO DES. JÚLIO PAULO NETO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR LUIZ SÍLVIO RAMALHO JÚNIOR

PODER JUDICIÁRIO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ACÓRDÃO

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRI3UNAL DE JUSTIÇA GAB. DES. MANOEL SOARES MONTEIRO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Apelante: R W Factoring Fomento Mercantil Ltda Apelado: Beauty Dental Clinic Ltda Apelado: Egberto Jose Hallais França Carneiro Junior

(6) Apelação Cível nº

Dados Básicos. Ementa. Íntegra

&fada da gcnatga,9)ad e fadicid,da,9.7roatta1 de ficetiça Çaii~ da 9ka. ~troa a Souto

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

,4 ff4b. Hal. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Des a Maria das Neves do Egito de A. D.

SENTENÇA. Maxcasa Xii Empreendimentos Imobiliários Ltda

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Décima Sexta Câmara Cível

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

PROCESSO Nº ORIGEM: SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO REQUERENTE: INSS REQUERIDO:

SENTENÇA. Processo Digital nº: Classe - Assunto Procedimento Ordinário - Espécies de Contratos Requerente: Requerido:

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL RELATOR: DES. MARCOS ALCINO DE AZEVEDO TORRES

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Wi4rsgrrriS.0. 9)a4ex judicid,da da Eetada da [Pcvtat'ea figifiand de jugiça

ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Des. José Di Lorenzo Serpa

QUINTA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO Nº 22290/ CLASSE CNJ COMARCA CAPITAL WANIA APARECIDA OLIVEIRA BRAGA - ME APELADO: BANCO ITAÚ S. A.

+1*\ JiiiI. ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho. VISTOS, relatados e discutidos os presentes

Preparo comprovado às fls. 49/52.

LUIZ ANTONIO SOARES DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D.

23 a Câmara Cível / Consumidor do Tribunal de Justiça

' r, ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DES. JORGE RIBEIRO NÓBREGA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

Nisnmgro' Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de

MN* -- ESTADO DA PARAÍBA ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N /001. .é41 kat 4,0' -44

Processo nº Requerente: Elivaldo de Castro Moreira e outra. Requerido: Banco Bradesco S/A. Natureza: Anulatória SENTENÇA

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GAB. DES. SAULO HENRIQUES DE SÁ E BENEVIDES. Apelação Cível n Relator Apelante Advogado Apelado Advogado

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº /SC CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR AGRAVANTE : FILIPI BUENO DA SILVA ADVOGADO : ELIANE EMÍLIA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO JUIZ FRANCISCO CAVALCANTI

Inteiro Teor (714425)

Transcrição:

ACÓRDÃO W-4 2,áfpà PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAIBA GABINETE DO DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS APELAÇÃO CÍVEL N 001.2008.016188-6/001 Juizo da 38 Vara Cível da Comarca de Campina Grande Relator: Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos Apelantes: Telemar Norte Leste S/A. e TNL PCS S.A. Advogado: Caio César Vieira Rocha Apelada: lana Albuquerque Andrade Advogado: Tânio Abílio de Albuquerque Viana APELAÇÃO CÍVEL SERVIÇO DE TELEFONIA FIXA E MÓVEL COBRANÇAS INDEVIDAS CANCELAMENTO DAS FATURAS EMITIDAS INDEVIDAMENTE, CONCESSÃO DO DIREITO À REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS IRRESIGNAÇÃO ALEGAÇÃO DE INADIMPLÊNCIA DO CONSUMIDOR NÃO VERIFICAÇÃO: MIGRAÇÃO ENTRE PLANOS DE TELEFONIA OFERTADOS PELAS EMPRESAS APELANTES MIGRAÇÃO QUE, REALIZADA, NÃO FOI CONSIDERADA PELAS RECORRENTES CONSEQUÊNCIA: COBRANÇAS REALIZADAS INDEVIDAMENTE REJEIÇÃO DAS TESES DE EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO E DE CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA (INEXISTÊNCIA DE INADIMPLÊNCIA) DIREITO DA APELADA À ANULAÇÃO DAS FATURAS EMITIDAS INDEVIDAMENTE E À REPETIÇÃO DO INDÉBITO BLOQUEIO DA LINHA TELEFÔNICA COMPROVAÇÃO DO ATO ILÍCITO, DO DANO E DO NEXO CAUSAL DEVER DE INDENIZAR INSURGÊNCIA CONTRA O VALOR INDENIZATÓRIO ARBITRADO DESNECESSIDADE DE REDUÇÃO: VALOR FIXADO ADEQUADAMENTE DESPROVIMENTO DO APELO. Provado que o consumidor, além do bloqueio ilegal de sua linha telefônica, sofreu cobranças indevidas, haja vista não se qualificar devedor da empresa de telefonia, descortina-se o seu direito à anulação das faturas de cobrança emitidas indevidamente, à repetiç - indébito, bem como à indenização por danos morais. A jurisprudê ta do Superior Tribunal de Justiça é uníssona no sentido de qáe o dano moral in re 47sa dispensa a prova de sua ocorrência para fins de imposição do respectivo deve-, indenizatório.

Provado que o valor indenizatório se revela adequado, pois fixado de acordo com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, não possuindo o condão de gerar enriquecimento indevido, impõe-se denegar a pretensão de sua redução. acima identificados. VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos ACORDA a Egrégia Terceira Câmara Cível do Colendo Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em negar provimento à apelação eive). RELATÓRIO Telemar Norte Leste S/A, interpôs Apelação Cível (fls. 362/382) contra lana Albuquerque Andrade, visando modificar a sentença de mérito que, julgando a demanda parcialmente procedente, cancelou "todas as faturas de telefone fixo, bem assim do Plano 01 Conta Total 2 originário e as cobranças da assinatura básica mensal de telefonia fixa e do aluguel do modem posteriores a 23/04/2008 (...) bem assim para condenar a Telemar Norte Leste S/A. e a TNL PCS S.A a restituir. à promovente, em dobro, o valor da fatura de fl. 26, no valor de R$ 313,87 (trezentos e treze reais e oitenta e sete centavos), com correção monetária pelo INPC e juros de mora de I% a.m. a partir da cobrança indevida (08/06/2008 data do vencimento) e. também, ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de danos morais, corrigidos a partir desta data pelo INPC e acrescidos com juros de mora de I% ao mês. estes devidos desde a citação" (fls. 360). Em suas razões recursais, a apelanté esclarece que a apelada "assinou o PLANO 01 CONTA TOTAL 2 em 24 de março de 2007, o qual tinha a duração de 01 ano, dando direito a: uma assinatura da linha fixa com ligações ilimitadas de fixo para fixo; conexão para internei Veloz de até I M com modem grátis; 200 min de ligações de 01 il/ióvel para qualquer número, do fixo para oi ou outra. operadora, DDD com 31 do I MÓVEL ou do OI FIXO para o Brasil e ainda 01 (um) dependente no 01 MÓVEL." (fls. 367). Prossegue afirmando que "na data de 22/04/2008, de acordo com o protocolo n. 8530978013, após o tempo limite de fidelidade do plano (após 1 ano), a parte recorrida entrou em contato com as empresas, requerendo o cancelamento do plano, ficando ciente do cancelamento dos números dos celulares e de que.ficaria com a linha fixa e a internei Velox a sua disposição" (fls. 367). Diz, ainda, que "na fatura ombatida, incidiram as cobranças dos serviços do dia 22/04 a 30/05 de 2008, erent ao período no qual a apelada esteve na situação de não cadastrada e plano algu da Telemar, sendo a posteriori automaticamente cadastrada no plano le 200 minutos, onde foram cobrados: aluguel de modern, equipamento este que per-nce a empresa por não mais possuir, no período, o OI CONTA TOTAL 2; de assinatu a de uso residencial; ligações locais para celular: ligações de longa distância naciona ; assinatura VELOX; e juros de mora e multa por giras do pagamento da conta referente a janeiro de 2008" (fls. 368).

Afirma que a cobrança se revela regular exercício de direito, porquanto diz que as cobranças decorreram de culpa exclusiva da recorrida, haja vista sua inadimplência. Adiante, suscita a inexistência de comprovação dos danos morais, razão por que, em sua ótica, a concessão de indenização se revela causa de enriquecimento indevido. Com fulcro nessas razões, requer o provimento do apelo para que a demanda seja julgada improcedente, ao tempo em que, através de pedido subsidiário, pugna pela redução do valor indenizatório arbitrado a título de danos morais. O recurso veio instruído com documentos de fls. 383/419. A apelada ofertou contrarrazões recursais às fls. 422/428. Propugna pelo desprovimento do recurso. A Procuradoria de Justiça, através de manifestação às fls. 4341436, assentou a desnecessidade de oferta de parecer por ausência de interesse público na lide. É o Relatório. VOTO: Inicialmente, cumpre asseverar que, através de ação conjunta de ambas as empresas, a recorrida passou a utilizar de serviços de telefonia fixa (Telemar Norte Leste SIA.) e móvel (TNL PCS S.A.), sendo-lhe prestado, ademais, serviço de acesso à internet. Analisando os autos, vejo restar provado que a apelada, inicialmente, contratou o Plano OI Conta Total 2 em 24 de março de 2007 (fls. 101/102, telas inferiores). Posteriormente, a recorrida cancelou o Plano OI Conta Total, precisamente em 22 de abril de 2008 (fls. 103, tela inferior), migrando para o Plano 01 Conta Total Mães 2008 no dia seguinte: 23 de abril de 2008 (fls. 28/29). Em que pese a comprovada migração do plano de telefonia, revela-se fato incontroverso que a apelada recebeu cobranças indevidas, consoante bem observado pelo juízo sentenciante (fls. 357): "De outra senda, não obstante o fato de a promovente haver renovado o plano de telefonia com a Telemar Norte Leste S.A em 23 de abril do ano de 2008 (contrato de fls. 28/29), a mesma passou a receber faturas cobrando os serviços oferecidos no plano contratado em faturas avulsas da linha telefônica fixa, especialmente a assinatura básica mensal e o aluguel do modem de acesso à internet, os quais já estão inclusos no plano contratado [renovado]." Referidas cobranças são reconhecidas pelas empresa recorrentes que, ao tentar justificá-las, expuseram (fls. 368): "Na fatura combatida, i diram as co anças dos serviços do dia 22/04 a 30/05 de 2008, refer tes ao período n qual a apelada esteve na situação de não cadastra em plano algu Telemar, sendo a posteriori automaticament cadastrada no plano de 200 minutos, onde foram cobrados: aluguel de mo em, equipamento este que pertence a empresa por não mais possuir no pe iodo o OI CONTA TOTAL 2; de assinatura de uso residencial; ligações loc s para celular; ligações de longa distância nacional; assinatura VELOX; e juros de mora e multa por atraso do pagamento da conta referente

a janeiro de 2008." Entretanto, não convence a alegação de que as cobranças decorreram da ausência de migração / cadastramento da recorrida em outro plano de telefonia e que, por isso, restariam autorizadas as cobranças de: (a) aluguel de modem; (b) assinatura de uso residencial; (c) ligações locais para celular; (d) ligações de longa distância nacional, (e) assinatura VELOX. É que, conforme exposto acima, existe prova da migração da apelada do Plano 01 Conta Total para o Plano 01 Conta Total Mães. Por conseguinte, também perfilho a fundamentação exposta pelo juízo monocrático no particular (fls. 357): "Destarte (...) a Telemar e a TNL PCS S.A. erraram em desconhecer a renovação do Plano 01 Conta Total, o qual aglutina os servicos de internet, telefonia fixa e móvel, além de ligações de longa distância pelo prefixo 31, efetuando a cobrança em duplicidade, pelo menos, da assinatura básica mensal em faturas do plano renovado e do telefone fixo, conforme se observa das faturas de fls. 25/26,46/60 e 214/312" Cumpre ressaltar, ademais, que a transferência de plano não permitia a cobrança pelo uso do modem, haja vista o disposto na Cláusula n. 3.9 do contrato referente à promoção "Oi Conta Total Mães 2008" (fls. 31): "Clientes que contratarem o Oi Conta Total, em qualquer de suas modalidades, e que também sejam novos clientes do serviço Oi Veloz, terão o direito de receber gratuitamente em regime de comodato, um modera ADSL, cujas especificações serão escolhidas a critério exclusivo da Prestadora SCM. Os atuais clientes Velox que possuem modens alugados junto a Prestadora SCM. Os atuais clientes Velox que possuem modens alugados junto à prestadora SCM, ao contratarem o Oi Conta Total serão, por mera liberalidade, isentados do pagamento dos aluguéis, durante o período em que permanecerem como assinantes do Oi Conta Total." Pelo exposto, vejo que a realização de cobranças indevidas, bem como o bloqueio da linha telefônica fixa da apelada (fato incontroverso, fls. 85), denotam a prática de ato ilícito passível de ressarcimento ex vi do art. 14 do CDC: "Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparacão dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos." No que tange ao dano moral, reputo-o existente, não se tratando de mero aborrecimento, vez que o litígio perpetuou-se, vindo a ser sanado apenas na via judicial. Ademais, a Telemar Norte Leste S/A. admitiu, em desfavor da apelada, "o bloqueio de seu aparelho uma consequência de s..1 resultando também, por conseguinte, na ineficiência do serviço intern. ELOX qu está intimamente atrelado à linha.fixa" (fls. 85). Enfim, prova o que a apelada, além do bloqueio ilegal de sua linha telefônica, sofreu cobrança indevidas, haja vista não se qualificar devedora das empresas de telefonia, desci rtina-se o seu direito à anulação das faturas de cobrança emitidas indevidamente, à repetição do indébito, bem como à

indenização por danos morais, razão por que reputo que a sentença, no particular, foi proferida com acerto. Quanto aos danos morais, reputo-os danos in re ipsa, razão por que estes não necessitam serem processualmente provados, haja vista decorrerem do próprio fato ilegal. Abre-se, pois, possibilidade para a devida concessão indenizatória: "PROCESSUAL CIVIL (...) COMPROVAÇÃO DE DANO MORAL. (...) DANO IN RE IPSA. DESNECESSIDADE DA COMPROVAÇÃO DO PREJUÍZO NÃO PATRIMONIAL. (...). (...). 5. Mesmo que assim não fosse, pacificou-se nesta Corte Superior o entendimento seg,undo osual o dano moral é in re ipsa, ou seja, dispensa comprovação acerca da real experimentação do_prejuízo não patrimonial por parte de quem o alega, bastando, _para tanto, que se demonstre a ocorrência do fato ilegal. (...). (...)." (AgRg no Ag 1271858/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/04/2010, ale 16/04/2010) Ad linalizandurn, cumpre rechaçar a pretensão de redução do v alor indenizatório. Com efeito, o valor indenizatório de R$ 10.000,00 (dez mil reais) revela-se adequadamente fixado, pois: a) revela-se condizente com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade e, por isso, não dá ensejo a enriquecimento indevido; h) a empresa ré possui vultoso porte econômico, devendo a sanção civil sopesar referido fato; c) trata-se de valor em consonância com os precedentes deste Tribunal de Justiça. Em suma: provado que o valor indenizatório se revela adequado, pois fixado de acordo com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, não possuindo o condão de gerar enriquecimento indevido, impõe-se denegar a pretensão de sua redução. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO AO APELO para manter a sentença de mérito em todos os seus termos. É como voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos, presidente em exercício. Participaram do julgamento, o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos, o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides e o Dr. Aluizio Bezerra Filho, juiz convocado para substituir o Exmo. Des. Genésio Gomes Pereira Filho. Procurador de Justiça. Presente ao julgamento o Exmo. Dr. Doriel Veloso Gouveia, Joã eiro d 2012. cio Murilo da Cunha Ramos. Relator

opeask toelà t!1 1\491) 0.10.9V 1 b sc-nç'acs