As contribuições do trabalho voluntário para o desempenho executivo Profª. Drª. Daniela Carnio C. Marasea 07/08/2013
Professora Universitária em cursos de graduação, MBA e Mestrado; Graduação, mestrado e doutorado em Psicologia, área de Liderança e Qualidade de Vida nas organizações pela FFCLRP-USP; Graduada em Administração pela UNAERP; Consultora de Empresas na Área de Gestão de Pessoas treinamentos (internos e externos com dinâmicas de grupo, paintball, rafting), programas de gestão do desempenho, plano de carreira, coaching dentre outras atividades; Conselheira Independente Grupo Savegnago. 2
Agenda Desempenho Executivo; Responsabilidade Social; Trabalho Voluntário; O trabalho do executivo e o voluntariado. 3
Gestão de Pessoas: Presente e Futuro 4
VÍDEO 1 http://www.youtube.com/watch?v=lihzi18py wi&feature=results_main&playnext=1&list=pl 779DD06F3BCD9B02 Decisões baseadas em instintos ou impulsos 5
Habilidades Personalidade Desempenho do Executivo Pode fazer? Conhecimento Desempenho no trabalho Motivação Fará? 6
Metáfora do Iceberg: Subjetividade X Objetividade Influência Externa do Social Objetividade Hábitos Subjetividade Constituição própria do ser humano 7
Desempenho do Executivo Os executivos, denominados também como gerentes, são considerados os responsáveis pelo trabalho dos outros empregados nas organizações e, para o exercício desta responsabilidade, devem apresentar um conjunto de habilidades e competências que os subsidiem; O desempenho do executivo diz respeito à concepção de que os resultados gerais de uma organização são obtidos a partir da qualidade, abrangência, assertividade, incluindo-se o gerenciamento de outras pessoas. 8
Desempenho do Executivo Bauer (1999) propõe a reflexão de que o desempenho do executivo envolve fatores racionais e emocionais, pois o gestor tem que conviver com o caráter contingencial e caótico das organizações, assim, deve adquirir expertise em dimensões técnicas e também em dimensões como a intuição, o ilógico, a emoção, a espontaneidade, o irracional e a criatividade. 9
Responsabilidade Social Responsabilidade social é quando as empresas decidem, voluntariamente, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. 10
Responsabilidade Social O conceito de responsabilidade social pode ser compreendido em dois níveis: o nível interno relaciona-se com os trabalhadores e todas as partes afetadas pela empresa e que podem influenciar no alcance de seus resultados. O nível externo são as consequências das ações de uma organização sobre o meio ambiente, os seus parceiros de negócio e o meio em que estão inseridos; Responsabilidade Social Empresarial está intimamente ligada a uma gestão ética e transparente que a organização deve ter com suas partes interessadas, para minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e na comunidade. 11
Responsabilidade Social Empresarial Várias empresas desenvolvem projetos e envolvem seus executivos nos mesmos, na realização de atividades de cunho social, e a percepção destas empresas é de que esse tipo de atividade, além de preencher a necessidade afetiva dos funcionários, desenvolve vantagens competitivas naqueles que as praticam. (FISCHER E FALCONER, 2001) 12
Trabalho Voluntário Ser voluntário é doar seu tempo, trabalho e talento para causa de interesse social e comunitário e com isso melhorar a qualidade de vida da comunidade. (www.voluntariado.org.br/2013) Estudo realizado pela organização britânica Charities Aid Foundation CAF, o World Giving Index 2012 A global view of giving trends mostra que o Brasil, embora ocupe apenas a 83ª posição no ranking dos países mais generosos em doações (liderado pela Austrália), está entre os dez países com o maior número de voluntários - cerca de 18 milhões. 13
Trabalho Voluntário Brasil está entre os 10 países com maior número de voluntários. 14
Trabalho Voluntário Alguns autores, a exemplo de Fischer (2002), colocam que o trabalho dos voluntários ampliam o leque de competências pessoais e profissionais através da oferta de capacitação e da vivência de situações onde as habilidades de comunicação e relacionamento interpessoal são desenvolvidas; A participação em processos decisórios, em negociações, na coordenação de atividades, logística e liderança auxiliam no desenvolvimento do voluntário como pessoa, como profissional e ampliam as habilidades de trabalho em equipe; Acima de tudo, tornam as pessoas mais humanas. 15
VÍDEO 2 http://www.youtube.com/watch?v=m3gfi-5- Lw4 Força versus gentileza 16
PESQUISA: contribuições do trabalho voluntariado Dentre os 100 executivos pesquisados, 30% são diretores ou presidentes de suas empresas, 35% possuem funções de gestão/supervisão, 25% são consultores; 50% deles realizam atividade voluntária por solidariedade, 30% por valores pessoais, 15% por credibilidade e confiabilidade, 5% por inspirações e influências. 17
PESQUISA: contribuições do trabalho voluntariado A capacidade reflexiva foi apontada em 75% dos casos como habilidade gerencial mais favorecida pela prática do voluntariado, seguido de trabalho em equipe com 65%, depois liderança, criatividade, relacionamentos; negociação e comunicação ficaram com 50%; resolução de conflitos, gerenciamento, empreendedorismo e planejamento ficaram com 30% de contribuição. 18
PESQUISA: contribuições do trabalho voluntariado Quanto à contribuição efetiva do trabalho voluntário para o desempenho executivo, verificou-se acentuada correlação entre as formas pelas quais os executivos são avaliados em suas empresas e em sua percepção de como o trabalho voluntário atua em seu desenvolvimento; O aprendizado executivo transfere-se para a organização. 19
Comprometimento SUBJETIVIDADE OBJETIVIDADE COMPROMETIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES 20
VÍDEO 3 http://www.youtube.com/watch?v=wafrgxm HV0A Um par de sapatos velhos 21
Considerações Finais Pode-se inferir, para os executivos pesquisados, que o trabalho voluntário apresenta contribuições para o desempenho, motivado pela necessidade que as pessoas apresentam em serem reconhecidas e se autorrealizarem; Assim, o trabalho voluntário acaba sendo uma forma para o desenvolvimento dos executivos que o praticam e também um poderoso instrumento para a gestão de recursos humanos; Revela-se como um forte elemento de desenvolvimento de competências pessoais, em especial habilidades de liderança, trabalho em equipe, relacionamento, criatividade, negociação e comunicação, perfis desejáveis aos gestores contemporâneos. 22
REFERÊNCIAS AUSTIN, J.E. Parcerias: fundamentos e benefícios para o terceiro setor. Futura, 2001. BAUER, R. Gestão da Mudança: caos e complexidade nas organizações. São Paulo: Atlas, 1999. BRASIL, Lei 9608 de 18 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a regulamentação do trabalho voluntario. Diário Oficial da União, Brasília, DF. CORULLON, M.B.G, MEDEIROS FILHO, B. Voluntariado na empresa: gestão eficiente da participação cidadã. Fundação Peirópolis, 2002. CVSP Centro de voluntariado de São Paulo, disponível em:http://www.voluntariado.org.br/, acesso em agosto de 2013. FISCHER, R.M.; FALCONER, A.P. Voluntariado Empresarial: estratégias de empresas no Brasil. Segundo Encuentro de la Red Latinoamericana y del Caribe, de la Sociedad Internacional de Investigacion del Tercer Sector, Santiago de Chile, setiembre de 1999, disponible em: http://www.icd.org.uy/mercosur/informes/2000/fisher1.html MARASEA, Daniela C.C; ROSA, Keli Cristina Responsabilidade Social e o Papel do Voluntariado em Comprometimento com a Organização: um estudo de caso na Gerel Ribeirão Preto. Trabalho apresentado no 5 Congresso de Iniciação Científica e Pesquisa da Universidade de Ribeirão Preto, realizado em Ribeirão Preto SP no dia 11 de novembro de 2004. 23