Adenomas hepatocelulares Novos conceitos e classificação molecular

Documentos relacionados
Curso Continuado de Cirurgia Geral Capítulo de São Paulo Colégio Brasileiro de Cirurgiões

Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas. Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP

Adenoma hepático Como abordar?

Normas de Orientação Clínica da EASL sobre a abordagem dos tumores hepáticos benignos

CONCEITOS ATUAIS SOBRE OS ADENOMAS HEPATOCELULARES

AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DAS NEOPLASIAS HEPÁTICAS PRIMÁRIAS

Lesões simuladoras de malignidade na RM

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013

O Papel da Ressonância Magnética na Avaliação da Hepatocarcinogénese das Lesões Nodulares do Fígado Cirrótico

Adenomas Hepáticos: do Genótipo à Clínica Pedro Pinto 1

Mesa redonda Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) DHGNA/NASH: diagnóstico Invasivo x não invasivo

RAFAEL HENRIQUE DOS SANTOS. Fortaleza, 02 de maio de 2016.

Imagenologia das Lesões Hepáticas

INFILTRAÇÃO ESTEATÓSICA HEPÁTICA: PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO E DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

Avaliação Clínica do Paciente com Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica

HISTOPATOLOGIA DA DHGNA Esteatose x Esteato-hepatite Indice de atividade histológica

Róger Menezes XXVIII JORNADA GAÚCHA DE RADIOLOGIA

Doença hepática gordurosa nãoalcoólica

Epidemiologia e história natural da DHGNA. Prof Ana LC Martinelli Depto Clinica Médica Gastroenterologia FMRP-USP

Imagem da Semana: Ressonância magnética (RM)

Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado

DIAGNÓSTICO DIFERÊNCIAL POR IMAGEM DOS TUMORES HEPÁTICOS

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos

O ácido gadoxético (Gd-EOB-DTPA) é um contraste usado na ressonância magnética para

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012

Journal Club (set/2010)

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DO PACIENTE COM DHGNA VICTORINO SPINELLI TOSCANO BARRETO JCPM,

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2

DHGNA Transplante de Fígado

Fígado Professor Alexandre

Pericárdio Anatomia e principais patologias

NECESSIDADE DE BIOPSIA HEPÁTICA EM DHGNA: Argumentação contrária

LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso?

Caracterização de lesões Nódulos Hepá8cos. Aula Prá8ca Abdome 2

FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ

e38 CAPÍTULO Atlas de Biópsias Hepáticas CAPÍTULO e38 Atlas de Biópsias Hepáticas Jules L. Dienstag Atul K. Bhan 38-1

Contraste hepatobiliar: diagnóstico diferencial das lesões hepáticas focais, armadilhas e outras indicações *

Aplicação de métodos nãoinvasivos

Tratamento cirúrgico do adenoma hepático roto: experiência de 17 anos. Surgical treatment of ruptured hepatocellular adenoma: 17 years of experience

DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO. Helma Pinchemel Cotrim

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA

Fat in the liver: diagnosis and characterization

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA MULTIPARAMÉTRICA DO FÍGADO

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

Diagnóstico Invasivo e Não Invasivo na Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica. Ana Lúcia Farias de Azevedo Salgado 2017

FÍGADO E TRATO BILIAR

HISTOPATOLOGIA DA HEPATITES VIRAIS B e C. Luiz Antônio Rodrigues de Freitas Fundação Oswaldo Cruz (CPqGM Bahia) Faculdade de Medicina da UFBA

O papel do ácido gadoxético como meio de contraste paramagnético na caracterização e detecção da lesão hepática focal: uma revisão *

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE

Imagem da Semana: Tomografia computadorizada (TC)

Mudanças hepáticas secundárias ao processo de envelhecimento.

Protocolo. Prevalência da mutação do gene ABCB4 em doentes com colelitíase sintomática antes dos 30 anos de idade

HIPERTROFIA MIOCÁRDICA

ESTEATOSE HEPÁTICA RELACIONADA AO CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E OBESIDADE

Artigo Original: Gustavo de Souza Portes Meirelles; Dario Ariel Tifares; Giuseppe D Ippolito

Unidade Curricular: Processos Patológicos Gerais Período: 3º Currículo: Co-requisito: Grau: Bacharelado EMENTA

GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA LICA DIAGNÓSTICO HELMA PINCHEMEL COTRIM FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

RECOMMENDATIONS FOR THE MANAGEMENT OF SUBSOLID PULMONARY NODULES RECOMENDAÇÕES NO MANEJO DO NÓDULO PULMONAR SUBSÓLIDO

Tumores Sólidos do Pâncreas

Recomendações de vigilância no cirrótico e não cirrótico

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: CIRROSE X ESQUISTOSSOMOSE

Relato de Caso. Gabriela Azevedo Foinquinos

ECOGRAFIA COM CONTRASTE EM PATOLOGIA ABDOMINAL

CARACTERIZAÇÃO DO HEMANGIOMA HEPÁTICO ATRAVÉS DA RESSONANCIA MAGNÉTICA E TOMO- GRAFIA COMPUTADORIZADA: UMA REVISÃO NA LITERATURA

APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE B. Maio

MR Imaging of Hypervascular Lesions in the Cirrhotic Liver: A Diagnostic Dilemma

BAÇO O ÓRGÃO ESQUECIDO. Rodrigo Philippsen. Departamento de Radiologia Abdominal do Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre

Condição patológica em que o excesso de gordura corpórea altera o estado de saúde do indivíduo. IMC Circunferência abdominal DCNT: obesidade

QUINTA-FEIRA 22/08/19 (TARDE) ABERTURA 15 minutos Aulas de 15 minutos

Conceito e Uso do PET/CT em Cabeça e Pescoço. Carlos Eduardo Anselmi

Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica

QUINTA-FEIRA 22/08/19 (TARDE) ABERTURA 15 minutos Aulas de 15 minutos

Doença gordurosa do fígado: correlação entre aspectos clínicos, ultrassonográficos e histopatológicos em pacientes obesos

Diagnóstico laboratorial das infecções por HBV e HCV

TÍTULO DO PROJECTO (PROJ. N º)

MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM IMAGEM DA MAMA: CONCEITOS BÁSICOS. Diagnóstico Por Imagem 5 o Período FEPAR Prof. Lucas Gennaro

Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar. Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018

Márcio Soriano. Patologia Mamária

CURSO DE ODONTOLOGIA Autorizado pela Portaria no 131, de 13/01/11, publicada no DOU no 11, de17/01/11, seção 1, pág.14

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

Cirrose Hepática 1. Definição. Fígado. Achados de imagem

Especializanda: Renata Lilian Bormann - E4 Orientadora: Patrícia Prando Data: 16/05/2012

Perfil Hepático FÍGADO. Indicações. Alguns termos importantes

Thomaz de Figueiredo Mendes 10 de agosto de 1911

O CORAÇÃO DA DIABETES

TEMÁTICA. 08 de Outubro Cristina Roque Ferreira (Interna de Radiologia 3º ano)

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

O CORAÇÃO DA DIABETES

Carcinoma hepatocelular. Departamento de Cirurgia Hospital das Clínicas FMUSP. Prof. Dr. Marcel Autran C. Machado

Venopatia portal obliterativa (VPO): achados de imagem na TC

PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO. Dr. Mauro Esteves -

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA PLANO DE ENSINO

HEPATOTOXICIDADE MEDICAMENTOSA

Manejo da anticoagulação na trombose portal

Transcrição:

Serviço de Imagem Médica Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Direcção: Prof. Doutor Filipe Caseiro-Alves Adenomas hepatocelulares Novos conceitos e classificação molecular Marta Barros IFE do 4ºano de Radiologia do CHUC 27 de Setembro de 2017

Objetivos Epidemiologia e etiologia; Novo sistema de classificação dos HCA; Manifestações clínicas.

Objetivos Epidemiologia e etiologia; Os adenomas são cada vez mais comuns devido à obesidade/s. metabólico, mas a incidência atual é desconhecida. Novo sistema de classificação dos HCA; 8 classes: 3 de alto risco, 5 de baixo risco. Mulheres: benefício clínico. Homens: benefício clínico duvidoso. Manifestações clínicas. Homens: Alto risco de malignidade, independentemente do subtipo e tamanho. Mulheres: baixo risco se < 5 cm

Adenoma Hepático Tumor benigno; Histologicamente são caracterizados por proliferação de hepatócitos pleomórficos Lesões bem circunscritas, podendo ter uma pseudocapsula fibrosa. Sensíveis ao ambiente hormonal: ACO, esteróides anabolizantes. Maioria solitários (70-80% casos) e podem ser de grandes dimensões (5-15 cm) Adenomatose hepática (>10 adenomas) Lesões múltiplas nos casos de doenças de armazenamento do glicogénio (D. von Gierke).

Fatores de risco (estabelecidos) ACO de 1ª geração ( estrogéneos) Androgéneos D. Genéticas raras D. armazenamento do glicogéneo Poliposose adenomatosa familiar MODY 3 HCA D. Vasculares raras S. Budd-Chiari syndrome Agenesia da veia porta

Fatores de risco (novos) ACO de 1ª geração ( estrogéneos) Nova geração de ACO (níveis fisiológicos de estrogéneos)? Androgéneos D. Genéticas raras D. armazenamento do glicogéneo Poliposose adenomatosa familiar MODY 3 D. Vasculares raras S. Budd-Chiari syndrome Agenesia da veia porta HCA?? Álcool Obesidade/ S. Metabólico D. Hepática crónica Esteatose Esteatohepatite Fibrose Cirrose

A epidemiologia dos adenomas está a mudar HCA,women Relative Incidence HCA, men 1970 Now Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

Classificação Molecular 2006

Adenoma Inflamatório Molecular: Ativação JAK/STAT População: ACO Obesidade/S. metabólico Esteatose, NASH Glicogenose Álcool? Histologia: Inflamação Dilação sinusoidal Artérias distróficas ± Esteatose ± Fibrose Clínica: Hemorragia 50% Immunohistoquímica: PCR + Amilóide A +

Adenoma Inflamatório Lesão iso/discretamente hiperintensa em T1; Sem perda de sinal da fase para a oposição de fase; Hipersinal em T2; Realce intenso após contraste que persiste na fase portal e tardia. Laumonier H, Bioulac-Sage P, Laurent C, Zucman-Rossi J, Balabaud C, Trillaud H. Hepatocellular adenomas: magnetic resonance imaging features as a function of molecular pathological classification. Hepatology 2008;48(3):808 818.

Susanna M. van Aalten, MD, Maarten G. J. Thomeer, MD, Türkan Terkivatan, MD, PhD, Roy S. Dwarkasing, MD, Joanne Verheij, MD, PhD, Robert A. de Man, MD, PhD, and Jan N. M. IJzermans, MD, PhD. Hepatocellular Adenomas: Correlation of MR Imaging Findings with Pathologic Subtype Classification. Radiology: Volume 261: Number 1 October 2011 Adenoma Inflamatório Sinal do Atol Presente em cerca de 50% dos casos Hipersinal em T2 à periferia da lesão, com centro isointenso com o restante parênquima (dilatação sinusoidal)

Venkata S. Katabathina, MD, Christine O. Menias, MD, Alampady K. P. Shanbhogue, MD, Jaishree Jagirdar, MD, Raj Mohan Paspulati, MD, and Srinivasa R. Prasad, MD. Genetics and Imaging of Hepatocellular Adenomas: 2011 Update. RadioGraphics 2011; 31:1529 1543

Adenoma com mutação β-catenina Molecular: Ativação da via β- catenina População: Esteróides anabolizantes Glicogenose Polipose adenomatosa familiar Clínica: Malignização 10-15% Histologia: Atipia arquitetural e celular ~HCC bem diferenciado Immunohistoquímica: Sintetase da glutamina + ± β-catenina

Adenoma com mutação β-catenina Presença de cicatriz central Áreas de hipersinal em T2 mal delimitadas e heterogéneas Sem perda de sinal da fase para a oposição de fase Laumonier H, Bioulac-Sage P, Laurent C, Zucman-Rossi J, Balabaud C, Trillaud H. Hepatocellular adenomas: magnetic resonance imaging features as a function of molecular pathological classification. Hepatology 2008;48(3):808 818. Ahmed Ba-Ssalamah, MD Célia Antunes, MD Diana Feier, PhD, MD2 Nina Bastati, MD Jacqueline C. Hodge, MD Judith Stift, MD Maria A. Cipriano, MD Friedrich Wrba, MD Michael Trauner, MD Christian J. Herold, MD Filipe Caseiro-Alves, MD. Morphologic and Molecular Features of Hepatocellular Adenoma with Gadoxetic Acid enhanced MR Imaging. Radiology: Volume 277: Number 1 October 2015

Laumonier H, Bioulac-Sage P, Laurent C, Zucman-Rossi J, Balabaud C, Trillaud H. Hepatocellular adenomas: magnetic resonance imaging features as a function of molecular pathological classification. Hepatology 2008;48(3):808 818. Adenoma com mutação β-catenina Discretamente hipointenso em T1 Em T2, a lesão é isointensa com áreas hiperintensas na periferia, mal delimitadas. No estudo dinâmico, observa-se realce heterogéneo que mostra wash-out na fase portal e tardia.

Adenoma Inflamatório com mutação β- catenina 5% Clínica: Hemorragia Malignização

A retenção de ácido gadoxético foi observada tanto nos adenomas inflamatórios como nos adenomas com mutação b-catenina. Apresentam aumento da expressão do transportador biliar OATP1B1/B3 Ahmed Ba-Ssalamah, MD Célia Antunes, MD Diana Feier, PhD, MD2 Nina Bastati, MD Jacqueline C. Hodge, MD Judith Stift, MD Maria A. Cipriano, MD Friedrich Wrba, MD Michael Trauner, MD Christian J. Herold, MD Filipe Caseiro-Alves, MD. Morphologic and Molecular Features of Hepatocellular Adenoma with Gadoxetic Acid enhanced MR Imaging. Radiology: Volume 277: Number 1 October 2015

Adenoma com inativação HNF1α Molecular: Inativação do gene HNF1α População: Mulheres D. genéticas (não glicogenose) Diabetes MODY3 Adenomatose hepática Clinica: Indolente 30-35% Histologia: Esteatose Sem atípia Immunohistoquímica: Ausência da proteina LFABP

Venkata S. Katabathina, MD, Christine O. Menias, MD, Alampady K. P. Shanbhogue, MD, Jaishree Jagirdar, MD, Raj Mohan Paspulati, MD, and Srinivasa R. Prasad, MD. Genetics and Imaging of Hepatocellular Adenomas: 2011 Update. RadioGraphics 2011; 31:1529 1543

Adenoma com inativação HNF1α Discreto hipersinal em T1 com perda de sinal da fase para a oposição de fase gordura microscópica; Discreto hipersinal em T2; Muito ligeiro realce após contraste. Laumonier H, Bioulac-Sage P, Laurent C, Zucman-Rossi J, Balabaud C, Trillaud H. Hepatocellular adenomas: magnetic resonance imaging features as a function of molecular pathological classification. Hepatology 2008;48(3):808 818.

Adenomas não classificáveis 10%

O Paradigma está a mudar 1970 a 2000 Agora Uma lesão com várias faces Distintos subtipos moleculares Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

1948 1973 1985 2006 2017 Associação com ACO 1ª Descrição de HCA Adenomatose Classificação de Bordeaux Nova classificação dos HCA

Classificação Molecular 2017

2006 Classificação de Bordeaux 2017 Nova classificação dos HCA HNF1A HNF1A β-hca β-hca ex 7/8 β-ihca ex 7/8 IHCA Não classificados 4 Subtipos - Subtipos β-hca e IHCA são heterogéneos; - 10% não classificados. IHCA β-ihca ex 3 β-hca ex 3 sh-hca Unclassified 8 Subtipos - β-hca eihca foram redefinidos; - sh-hca é novo; - 7% não classificados. Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

Adenoma com mutação Sonic Hedgehog M. Ronot. Imaging hallmarks with pathological correlation. Lecture Session, ESGAR 2017.

HCA lassification H-HCA 34% β-hca ex 7/8 4% β-ihca ex 7/8 5% IHC IHC A IHCA A 30% 30% β-ihca ex 3 8% 30% β-hca ex 3 8% sh-hca 4% Unclassified Unclassifi ed 7% 7% Molecular pathway HNF1A inactivation Weak β-catenin activation JAK/STAT pathway activation β-catenin activation Sonic hedgehog activation No association Mutation(s) HNF1A biallelic CTNNB1 exons 7 or 8 IL6ST, STAT3, FRK, GNAS, JAK1 CTNNB1 exon 3 INBHE/GLI1 fusion No association Histology Steatosis Microadenoma Less hemorrhage Atypia No malignant transformation Hemorrhage Cholestasis Inflammation Sinusoidal dilation Dystrophic arteries Fatty liver Atypia ± Malignant transformation Cholestasis Hemorrhage Fatty liver No association IHC Negative livertype fatty acid binding protein Faint glutamine synthase Positive C- reactive protein Positive serum amyloid A Positive glutamine synthase Positive prostaglandin D syntyhase No association Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

HCA lassification Risk factors H-HCA 34% Most are sporadic HNF1A germline mutations (MODY) Not glycogenosis β-hca ex 7/8 4% Unknown β-ihca ex 7/8 5% IHC IHC A IHCA A 30% 30% β-ihca ex 3 8% 30% Obesity Alcohol Glycogenosis OCP? β-hca ex 3 8% Androgens Vascular disorders sh-hca 4% Obesity OCP? Unclassified Unclassifi ed 7% 7% No association resentation Female Adenomatosis Female Young Male or female Older Asymptomatic Inflammatory syndrome (labs): high GGT, alk. phosphatase Male or female Young Malignant transformation Female Bleeding No association Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

HCA lassification Risk factors H-HCA 34% Most are sporadic HNF1A germline mutations (MODY) Not glycogenosis β-hca ex 7/8 4% Unknown β-ihca ex 7/8 5% IHC IHC A IHCA A 30% 30% β-ihca ex 3 8% 30% Obesity Alcohol Glycogenosis OCP? β-hca ex 3 8% Androgens Vascular disorders sh-hca 4% Obesity OCP? Unclassified 7% No association resentation Female Adenomatosis Female Young Male or female Older Asymptomatic Inflammatory syndrome (labs): high GGT, alk. phosphatase Male or female Young Malignant transformation Female Bleeding No association Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

HCA lassification Risk factors H-HCA 34% Most are sporadic HNF1A germline mutations (MODY) Not glycogenosis β-hca ex 7/8 4% Unknown β-ihca ex 7/8 5% IHC IHC A IHCA A 30% 30% β-ihca ex 3 8% 30% Obesity Alcohol Glycogenosis OCP? β-hca ex 3 8% Androgens Vascular disorders sh-hca 4% Obesity OCP? Unclassified Unclassifi ed 7% 7% No association resentation Female Adenomatosis Female Young Male or female Older Asymptomatic Inflammatory syndrome (labs): high GGT, alk. phosphatase Male or female Young Malignant transformation Female Bleeding No association High-Risk HCA Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

HCA lassification Risk factors H-HCA 34% Most are sporadic HNF1A germline mutations (MODY) Not glycogenosis β-hca ex 7/8 4% Unknown β-ihca ex 7/8 5% IHC IHC A IHCA A 30% 30% β-ihca ex 3 8% 30% Obesity Alcohol Glycogenosis OCP? β-hca ex 3 8% Androgens Vascular disorders sh-hca 4% Obesity OCP? Unclassified Unclassifi ed 7% 7% No association resentation Female Adenomatosis Female Young Male or female Older Asymptomatic Inflammatory syndrome (labs): high GGT, alk. phosphatase Male or female Young Malignant transformation Female Bleeding No association Non-High-Risk HCA High-Risk HCA Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

Manifestações clínicas Mulheres Hemorragia 14-71% Malignidade 0-18% HCA Homens Hemorragia 5-6% Malignidade 41-65%

Diagnóstico diferencial dos Adenomas baseado no contexto clínico Mulheres sob ACO Mulheres obesas Homens obesos H-HCA IHCA β-ihca β-hca Não classificável ++ ++ + + + + ++ ++ + + ++ ++ Androgéneos Álcool Alt.vasculares Glicogenose Polipose adenomatosa familiar MODY 3 ++??? ++ + + ++ + + Claude Sirlin, MD. Dept. of Radiology, US San Diego

Adenomas Pigmentados ( dark adenomas ) Descritos apenas 11 casos na literatura 1 ++ Homens Adenomas hepatocelulares com pigmento Dubin-Johnson like (derivado da lipofuscina e pigmentos biliares) Associados ao aumento do risco de atípia e malignidade Descrito previamente em HCC! 1 Taofic Mounajjed, Saba Yasir, Patrice A Aleff and Michael S Torbenson. Pigmented hepatocellular adenomas have a high risk of atypia and malignancy. Modern Pathology (2015) 28, 1265 1274; doi:10.1038/modpathol.2015.83; published online 24 July 2015

Adenoma hepatocelular inflamatório com mutação da β-catenina, siderótico e com pigmento de lipofuscina.

Obrigada