PROPOSTA DE INDICADORES SISTÊMICOS PARA AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES, ATRAVÉS DO PENSAMENTO SISTÊMICO

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Transcrição:

PROPOSTA DE INDICADORES SISTÊMICOS PARA AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES, ATRAVÉS DO PENSAMENTO SISTÊMICO O crescimento da dinâmica na indústria, e o fenômeno da internacionalização da economia, têm alavancado um acirramento da competição entre as organizações, forçando-as a ajustarem suas estratégias, de modo a assegurarem a permanência e sobrevivência no mercado mundial. Para manter sua competitividade, as organizações precisam aumentar sua capacidade de criar novos produtos e de manter ou inovar os existentes. Também, há a necessidade constante de otimizar seus processos produtivos, além de assegurar que as expectativas de seus clientes sejam atendidas, tanto ao produto, quanto ao seu desempenho de fornecimento. Diante disso, as organizações que desejam atingir e manter resultados satisfatórios necessitam tomar decisões que possam interferir de modo positivo no seu processo de amadurecimento, e que possibilitem perpetuar o seu negócio. A vida das organizações, e das pessoas que nelas trabalham, é sujeita a interferências inerentes a esse crescimento, tais como insucessos, falências, dissolução das organizações, fusões entre empresas, mudanças de core business, demissões, perdas de mercado, entre outros. Para que as organizações possam manter ou ganhar uma maior participação no mercado, independente de serem prestadoras de serviços ou indústrias de bens de consumo, precisam se adequar às mudanças exigidas pelas atuais normas de concorrência. Diante disso, as organizações que desejam atingir e manter resultados satisfatórios necessitam tomar decisões que possam interferir de modo positivo no seu processo de amadurecimento, e que possibilitem perpetuar o seu negócio. As organizações são geridas por indivíduos que adotam sistemas de gestão empresarial ancorados em conceitos e técnicas existentes e difundidas, no ambiente acadêmico e empresarial. Porém, estes sistemas de gestão possuem uma característica aonde não é possível visualizar se há uma abordagem sistêmica para o cenário no qual as organizações estão inseridas. A utilização de um planejamento que não permita a visualização sistêmica do cenário em que se atua, pode comprometer as ações definidas no hoje, causando incertezas nas decisões das empresas, e comprometendo seus desempenhos perante a própria organização e aos clientes no futuro. Para Heijden (2009), a incerteza nas ações tem o efeito de mover a chave do sucesso da estratégia

ótima para o processo de estratégia mais hábil. Opor-se ao pensamento linear, mecanicista ou reducionista, permite que se ponham de lado improvisações de curto prazo e se encare estrategicamente a análise de um ambiente como um todo. Um ambiente, no qual se faz necessário uma visão sistêmica é o ambiente automotivo. Chandrashekar e Callrmann (1998) alertam que a necessidade de melhorar ou modificar essa relação de clientes e fornecedores nunca foi tão urgente. Do mesmo modo, Biehl (2000) apresenta considerações a respeito do crescimento nas atividades globais relacionadas ao gerenciamento da qualidade e ao papel dos clientes e fornecedores. Para isto, os critérios de medição do desempenho dos fornecedores podem ser utilizados no contexto do gerenciamento da cadeia de suprimentos. A gestão efetiva desta cadeia consiste em vantagem competitiva para as organizações que a compõem. A concorrência acontece entre as cadeias de suprimentos e o seu correto gerenciamento, e, não mais entre empresas do mesmo ramo (LANGENDYK, 2002). De acordo com Krause e Ellram (1997a), devido à incerteza de encontrar uma fonte melhor de fornecimento e ao alto custo para pesquisar e avaliar novos fornecedores, as empresas necessitam trabalhar com os fornecedores atuais para melhorar o seu desempenho. Como consequência, afirmam que é essencial desenvolver esse relacionamento entre as partes. Neumann (2002) descreve que ao estabelecer as etapas de um programa de desenvolvimento de fornecedores, este é um modo de auxiliar as empresas e os fornecedores a melhorarem o seu relacionamento. Salienta que são positivos os resultados alcançados após a intervenção em fornecedores e que são necessários estes tipos de programas nas empresas. Observa-se que as iniciativas para proposição de indicadores para avaliação de fornecedores frequentemente buscam avaliar fatores e aspectos isolados como qualidade, preço, entrega, competitividade, flexibilidade, inovação, entre outros. Porém, não é possível verificar se há uma visão e abordagem sistêmica na definição dos mesmos, de modo a contribuir para um melhor entendimento no qual cliente e fornecedores estão inseridos, assim como estruturar um método de avaliação que considere a relação entre todos os fatores do respectivo ambiente. O Pensamento Sistêmico pode ser entendido como um modo de entender e visualizar as interrelações e forças que moldam uma realidade ou futuro desejado, atuando nas estruturas sistêmicas do mesmo, com objetivo de manter conversações estratégicas contínuas. O comportamento de todos os sistemas

segue certos princípios comuns, cuja natureza está sendo descoberta e articulada (SENGE et al., 1995, p. 83). O Pensamento Sistêmico concentra-se não em blocos de construção básicos, mas em princípios básicos de organização, sendo contextual, o que é oposto ao pensamento analítico. A análise significa isolar alguma coisa a fim de entendê-la; o Pensamento Sistêmico significa colocá-la no contexto de um todo mais amplo (CAPRA, 1996). A aplicação deste estudo ocorreu no mês de janeiro de 2011, com um grupo de 5 colaboradores pertencentes a Gestão de Fornecimento da empresa. Quatro colaboradores da Engenharia da Qualidade de Fornecedores e um colaborador da área de Compras. A empresa é uma empresa fabricante de componentes automotivos, localizada em Porto Alegre no Rio Grande do Sul. O contexto do estudo foi na Gestão de Fornecimento, especificamente na Engenharia da Qualidade de Fornecedores. Esta é uma das iniciativas apoiadas pela empresa, e que geraram entendimento do ambiente no qual a mesma e seus fornecedores estão inseridos. Assim, através dos resultados obtidos na aplicação do projeto piloto, foi possível visualizar oportunidades nas quais uma atuação planejada pode gerar ganhos para a empresa. Os passos do método de trabalho, e o modelo de aplicação, foram definidos conforme figura abaixo. O modelo e o método de trabalho não serão apresentados neste artigo, mas sim os resultados finais da aplicação. Os dados foram analisados em função das relações presentes entre os fatores da estrutura sistêmica, e através da mesma, buscou-se identificar indicadores para os principais pontos de alavancagem da mesma.

Mapa sistêmico gerado através da aplicação do método:

Através do Mapa Sistêmico acima, chegou-se aos seguintes indicadores: Com relação à eficácia no desenvolvimento do fornecedor: a) Documentações de PPAP On Time relação % de documentações de PPAP`s (Processo de Aprovação de Peças de Produção) entregues no prazo em relação ao número de PPAP`s entregues; b) PPAP FTQ (First Time Quality) relação % de documentações de PPAP`s aprovados na primeira entrega em relação ao número de PPAP`s entregues; c) Aderência ao cronograma de desenvolvimento relação % entre tempo realizado e tempo previsto para novos desenvolvimentos; d) Não-conformidades pós-desenvolvimento relação % entre nãoconformidades identificadas pós-desenvolvimento e o total desenvolvimentos. Com relação à saúde financeira do fornecedor:

a) Índice de liquidez Índice de liquidez financeira do fornecedor em relação ao seu parâmetro de mercado (benchmarking de liquidez); b) Dependência financeira de clientes Índice que mede o quanto (em %) o fornecedor é dependente de um determinado cliente; Com relação aos investimentos em infraestrutura e parque fabril: a) Modernização de ativos Índice que mede o % de investimentos no parque fabril em relação ao faturamento líquido; b) Fomento ao capital humano Índice que mede o % de investimentos em capacitação em relação ao faturamento líquido; c) Capacidade instalada avalia o quanto do gargalo produtivo está ou não ocupado em sua capacidade produtiva. Com relação ao alinhamento da cultura empresarial (fornecedor x cliente): a) Retorno sobre investimentos em programas de participação - Índice que mede o % de ganhos em programas de participação dos funcionários em relação ao valor investido; b) Turn over Índice que mede os desligamentos voluntários no quadro de lotação ativo. Assim, este artigo apresentou uma aplicação do Pensamento Sistêmico em uma empresa do ramo automotivo, de modo a atribuir uma característica sistêmica aos indicadores propostos para avaliação de seus respectivos fornecedores. Entende-se que a resposta para a esta questão é satisfatória, pois o produto final do trabalho apresenta a proposição de indicadores sistêmicos para avaliação de fornecedores, sendo estes diferenciados em relação aos indicadores atualmente utilizados, uma vez que os mesmos medem o efeito dos problemas na empresa e não a sua origem na cadeia de fornecimento. A metodologia científica utilizada foi a pesquisa-ação, a fim de buscar os subsídios empíricos para propor construtivamente a proposição de indicadores sistêmicos para avaliação de fornecedores. A aplicação do Pensamento Sistêmico permitiu identificar as principais variáveis relacionadas e seus pontos de alavancagem, os quais promoveram um melhor entendimento das interrelações entre os fatores associados ao ambiente de atuação da empresa e seus fornecedores. Permitiu também visualizar os pontos nos quais é possível desdobrar

ações, no sentido de atuar nos pontos de alavancagem que podem gerar os efeitos no desempenho global da cadeia de fornecimento. A pesquisa evidencia que a abordagem tradicional de avaliação de fornecedores, com característica analítica linear, não permite visualizar claramente um entendimento das relações do contexto complexo no qual fornecedores e empresas estão inseridos. Assim, o Pensamento Sistêmico é uma ferramenta importante. O desdobramento em ações e a aplicabilidade dos indicadores propostos por intermédio do Pensamento Sistêmico são pontos nos quais poderão ser explorados em trabalhos futuros, a fim de dar continuidade ao estudo do tema. Referência Bibliográfica: Deus, A. D. de; Desenvolvimento de um Método de Análise e Proposição de Indicadores Sistêmicos para Avaliação de Fornecedores. 2011. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas. Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). São Leopoldo, RS, 2011. Autor: André Diehl de Deus