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Transcrição:

BOLETIM DO SUÍNO nº 80 ABRIL 2017

O mercado em abril Apesar das pequenas reações em alguns períodos do mês, os preços do suíno vivo acumularam baixa em abril. A pressão veio da menor demanda por novos lotes por parte de frigoríficos e do maior número de feriados ao longo do mês. De 31 de março a 28 de abril, o animal vivo se desvalorizou 3,1% na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), negociado a R$ 4,06/ kg no dia 28. Em Arapoti (PR), a queda no preço foi de 6,8%, com o animal comercializado a R$ 3,85/kg no encerramento de abril. No Oeste Catarinense (SC) e no Vale do Taquari (RS), a queda foi de 5%, com as médias a R$ 3,76/ kg e a R$ 3,92/kg, respectivamente, no dia 28. A desvalorização do suíno vivo, por sua vez, influenciou a queda nas cotações da carcaça especial, negociada no mercado atacadista. Na Grande São Paulo, o preço da carcaça especial suína caiu 2,3% de 31 de março a 28 de abril, a R$ 6,32/kg no final do mês. A carcaça comum se desvalorizou 1,1%, a R$ 5,93/kg. Ao contrário do animal vivo e das carcaças, os preços dos principais cortes levantados pelo Cepea subiram no estado paulista. Com a entrada de estação mais fria, o consumo de feijoada e de outros pratos tradicionais suínos aumentou, impulsionou as cotações de alguns cortes. No acumulado de abril, a costela suína se valorizou 7,4%, negociada a R$ 11,65/kg no dia 28. O preço do toucinho teve alta de 9,3%, a R$ 6,80/kg. Gráfico 1 - Preço médio da carcaça suína comum no atacado da Grande São Paulo () Gráfico 2 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ ESALQ - Preços pagos ao produtor (mar/16 a ) 8,00 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 3,50 3,00 2,50 2,00 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 5,50 5,20 4,90 4,60 4,30 3,70 3,40 3,10 2,80 2,50 29/04/2016 12/05/2016 25/05/2016 08/06/2016 21/06/2016 04/07/2016 15/07/2016 28/07/2016 10/08/2016 23/08/2016 05/09/2016 19/09/2016 30/09/2016 14/10/2016 27/10/2016 10/11/2016 24/11/2016 07/12/2016 20/12/2016 03/01/2017 16/01/2017 27/01/2017 09/02/2017 22/02/2017 09/03/2017 22/03/2017 04/04/2017 18/04/2017 2012 2013 2014 2015 2016 2017 MG SP PR SC RS 2

Preços e exportações Devido ao menor número de dias úteis em abril, o volume e a receita obtida com os embarques de carne suína foram reduzidos no mês, apesar de apresentarem média diária mais alta. Foram exportadas 50 mil toneladas de carne suína in natura e processada, segundo dados da Secex, 18,6% menores que o volume de março/17 e 14,6% abaixo do de abril/16. O Brasil tem conseguido exportar carne suína a valores mais altos. De abril/16 a abril/17, o preço da carne suína em moeda estrangeira subiu 43,2%, indo a US$ 2,60/kg. Esse aumento das cotações limitou a queda na receita obtida com os embarques em abril, que foi de US$ 129,9 milhões, montante 12,8% menor que o de março/17, mas 22,3% maior que o de abril/16. A redução da receita esteve atrelada principalmente ao menor número de dias úteis em abril. Com isso, a Rússia, maior comprador da carne suína brasileira, reduziu o volume adquirido, em 3,3 mil toneladas de março para abril, ou em 12,4%. Já a Angola vem diminuindo suas compras de carne suína brasileira desde janeiro. Nos primeiros quatro meses de 2016, foram embarcadas 17 mil toneladas ao país africano, enquanto que de janeiro a abril deste ano, 8,2 mil toneladas foram enviadas à Angola, forte redução de 51,9%. Tabela 1 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor - abril/17 Estado Média no mês Mínimo Máximo Minas Gerais 3,94-1,5% 3,88 3,97 São Paulo 3,96-2,7% 3,89 4,08 Paraná 3,68-2,4% 3,65 3,79 Santa Catarina 3,59-2,4% 3,52 3,69 Rio Grande do Sul 3,62-2,5% 3,56 3,67 Tabela 3 - Médias dos preços das carnes - atacado da Grande São Paulo - abril/17 () Estado Média no mês Mínimo Máximo Carcaça Comum 5,96-1,1% 5,87 6,15 Carcaça Especial 6,40-2,3% 6,32 6,50 Lombo 11,09 0,9% 10,51 11,37 Pernil com osso 7,17 0,5% 7,02 7,30 Costela 11,07 7,4% 10,46 11,65 Carré 7,14 10,2% 6,68 7,48 Paleta sem osso 8,03 2,6% 7,50 8,95 Tabela 2 - Médias regionais do preço do suíno vivo - abril/17 () Região Média Mínimo Máximo no mês Patos de Minas 3,94-2,1% 3,89 3,99 Belo Horizonte 3,94 1,9% 3,82 3,97 Sul de Minas 3,92-2,3% 3,75 3,98 Ponte Nova 3,96-1,3% 3,92 3,99 São José do Rio Preto 3,89-0,2% 3,82 3,94 Avaré 3,92-3,3% 3,86 4,11 SP-5 4,01-3,1% 3,92 4,14 Arapoti 3,90-6,8% 3,83 4,13 SO Paranaense 3,83-0,2% 3,70 Oeste Catarinense 3,73-5,0% 3,61 3,97 Braço do Norte 3,52-5,4% 3,46 3,65 Erechim 3,88-2,5% 3,72 4,02 Santa Rosa 3,85-7,3% 3,76 4,11 Serra Gaúcha 3,88-6,7% 3,76 4,07 3

Gráfico 3 - Preços internos (carcaça -Grande SP) e externo (carne in natura), deflacionados pelo IPCA - 12,00 11,00 10,00 9,00 8,00 7,00 6,00 5,00 3,00 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Preço Interno Preço Externo Gráfico 4 - Exportações de carne suína in natura entre maio/16 e abril/17 180,00 160,00 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00-1.000 t US$ milhões 4

Carnes Concorrentes O movimento de baixa dos preços da carcaça especial suína, que vem sendo observado desde fevereiro, quando o produto atingiu valor recorde, continuou em abril, refletindo a pressão compradora. Nesse cenário, o produto garantiu maior competitividade frente às concorrentes bovina e de frango, uma vez que ambas apresentaram preços maiores no acumulado de abril. No mês passado, a carcaça especial suína teve média de R$ 6,40/kg, valor 7,9% menor que o de março. Entre 31 de março e 28 de abril, o valor da carcaça especial suína caiu 2,3%, com média de R$ 6,32/kg no dia 28. Quanto à carne bovina, as cotações começaram a reagir em abril. Com o objetivo de impedir novas baixas, parte da indústria trabalhou com estoques limitados durante o mês. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada bovina se valorizou 4,4% entre 31 de março e 28 de abril, com média de R$ 9,97/kg no dia 28. As cotações do frango inteiro, por sua vez, também reagiram em abril, principalmente na última semana do mês, refletindo a procura pelo produto para desossa. No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro resfriado teve alta de 4,1% no acumulado do mês, indo a R$ 3,79/kg no dia 28. Com as substitutas nesses patamares, a competitividade da carne suína melhorou ao longo de abril. No dia 28, o quilo da carcaça casada bovina estava 3,65 reais mais caro que o da carne suína, diferença 18,5% maior que a observada no último dia de março. Já na comparação com o frango resfriado, a carcaça especial suína estava apenas 2,53 reais mais cara no dia 28 de abril, diferença 10,6% menor que em 31 de março. Gráfico 5 - Preços da carcaça casada bovina, carcaça comum suína e frango inteiro resfriado, no atacado da Grande São Paulo () - maio/16 a abril/17 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 Bovina Suína Frango 5

6 Relação de Troca e Insumos EXPEDIENTE Se por um lado as fortes quedas nos preços do suíno vivo diminuíram o poder de compra do produtor, por outro, a perda foi compensada pela desvalorização dos insumos em algumas regiões. Em abril, com a venda de um quilo do animal na região de SP-5 (Bragança Paulista, São Paulo, Campinas, Sorocaba e Piracicaba) o produtor pôde comprar 8,62 quilos de milho, quantidade 6,5% maior que em março. Já no Oeste Catarinense, o poder de compra do suinocultor diminuiu 8,3%, para 8,48 quilos do cereal para um quilo do vivo. De março para abril, o milho se desvalorizou expressivos 16,3% na região de Campinas (SP) e 4,4% em Chapecó (SC), com a saca de 60 quilos negociada nas médias de R$ 27,93 e R$ 26,44, respectivamente. Em abril, os preços do cereal atingiram o menor patamar real desde setembro de 2014, segundo a equipe Grãos/Cepea (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de ). De modo geral, o recuo esteve atrelado principalmente à expectativa de produção recorde na segunda safra, que deve ser favorecida pelo clima. Esse cenário levou a Conab a estimar uma produção 37% maior para a safra 2016/17, na comparação com a temporada passada. Outro fator de pressão para as cotações do milho foi o baixo volume exportado no primeiro quadrimestre de 2017, o menor para o período nos últimos cinco anos, segundo dados da Secex. O farelo de soja também se desvalorizou em abril. Em Campinas, o recuo foi de 5,8%, com a tonelada comercializada na média de R$ 918,78. Em Chapecó, por sua vez, a queda foi de 5,9% no período, para R$ 937,12/t. Nesse mercado, as baixas estiveram associadas à oferta recorde da matéria-prima no País e à retração de compradores na primeira quinzena do mês. Apesar do recuo nas cotações do farelo, as desvalorizações do vivo foram mais intensas em abril, o que elevou a relação de troca entre a proteína e o derivado. No balanço de abril, o suinocultor paulista pôde comprar até 4,36 quilos do derivado para cada quilo do animal, quantidade 5,4% menor que a de março. O poder de compra do suinocultor catarinense, por sua vez, recuou 6,9% na mesma comparação, para 3,99 quilos de farelo de soja para cada quilo do vivo. Tabela 4 - Relação de troca de suíno por milho e de suíno por farelo de soja (kg vivo/kg de insumo) média mar/16 vivo/milho vivo/ farelo SP 8,62 6,5% 4,36-9,1% MG 9,42 9,5% 4,48-2,9% Gráfico 6 - Relação de troca (kg de suíno/ kg de ração) - MG - out/07 a Gráfico 7 - Relação de troca (kg de suíno/kg de milho e kg SEJA UM COLABORADOR DO CEPEA! CONTATO: (19) 3429-8859 suicepea@usp.br Jornalista responsável: Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 O Boletim do Suíno é elaborado Revisão: mente pelo Cepea - Centro de Bruna Sampaio - Mtb: 79.466 Estudos Avançados em Economia Aplicada Crevelário, Beatriz Uemura Souza, Claudia Nádia Zanirato - Mtb: 81.086 - ESALQ/USP. Interessados em reproduzir o conteúdo devem solicitar autorização. 7,50 7,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 3,50 3,00 2,50 2,00 Coordenador: Prof. Dr. Sergio De Zen Pesquisadora: Camila Brito Ortelan Equipe: Regina Mazzini R. Biscalchin, Marcos D. Iguma, Pedro Silvestre de Lima, Fernando Scarpelin, Luiz Gustavo S. Tutui, Priscila M. de Moura, Renato Prodoximo e Paula O. Rodrigues out/07 10,5 9,0 7,5 6,0 4,5 3,0 1,5 0,0 abr/08 out/08 abr/09 out/09 abr/10 out/10 abr/11 out/11 SP Suíno/Milho MG Suíno/Milho abr/12 out/12 abr/13 out/13 abr/14 out/14 abr/15 out/15 SP Suíno/Farelo MG Suíno/Farelo abr/16 Paola Garcia Ribeiro Miori - Mtb: 49.146 Flávia Gutierrez - Mtb: 53.681