Computemos agora o quadrado da distância de P o = (x o,y o ) a P 1 = (x 1,y 1 ): P o P 1 2 = (x o x 1 ) 2 +(y o y 1 ) 2 = = [ x o 1

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Transcrição:

Determinante - Aplicação Algébrica e Interpretação Geométrica- Bacharelado Oceanografia o semestre de 04 Professor Oswaldo Rio Branco de Oliveira Distância de ponto a reta A equação geral de uma reta no plano cartesiano é: D : ax+by +c = 0; a ou b não nulo. Dado um ponto P o = (x o,y o ) R, a distância de P o à reta D é : PD = ax o + by o + c a +b. Prova Seja m r o coeficiente angular de uma reta r qualquer. As retas, designadas por S, perpendiculares à reta D, tem coeficiente angular m S tal que m S.m D =. Logo, utilizando o parametro d, uma equação geral de tais retas é: S : bx+ay +d = 0, d R. Entre tais retas perpendiculares a D queremos a que passe por P o = (x o,y o ). Isto é, bx o +ay o +d = 0 e, portanto, determinamos d = bx o ay o. Temos então a reta S Po : bx+ay +(bx o ay o ) = 0 Para determinarmos o ponto P = (x,y ) = D S Po resolvemos o sistema: ( ) { ax+by = c bx+ay = ay o bx o, Multiplicando a primeira equação por a, a segunda por b, e então somando-as temos : x = a +b (b x o aby o ac) e, agora, multiplicando a primeira por b e a segunda por a e somando-as concluímos : y = a +b ( abx o +a y o bc). Computemos agora o quadrado da distância de P o = (x o,y o ) a P = (x,y ): P o P = (x o x ) +(y o y ) = = x o a +b ( b x o aby o ac ) + y o a +b ( abx o +a y o bc ) =

= ( a x (a +b ) o +aby o + ac ) + ( abx o + b y o +bc ) = = a (ax (a +b ) o + by o + c) + b (ax o + by o + c) = = (a +b ) (ax (a +b ) o + by o + c) = = (axo + byo + c) a +b, donde segue a tese. segunda prova Reescrevendo (*) na notação matricial temos: a b x c ( ) =. b a y ay o bx o É fácil constatar que dada uma matriz inversível, A B M = C D sua inversa é dada por M = D B AD BC C A. Assim, a solução de (*) é x y = a b a +b b a c ay o bx o. Logo, x = a +b ( ac aby o + b x o ) e y = a +b ( bc + a y o abx o ) e a demonstração segue como a anterior Área de um Paralelogramo Nesta seção, u denota um vetor em R. Dado (a,b) no plano cartesiano, indicamos o vetor representado pelo segmento com extremidade inicial a origem deste plano e final (a,b) por a,b. Dois vetores u = a,b e v = c,d, não paralelos e em R, determinam um paralelogramo Ω que supomos, inicialmente, no primeiro quadrante. Seja w = u + v = a+b,c+d. Consideremos a representação de Ω numa segunda e última representação as posições de u e v são trocadas, por, Considerendo os pontos P i, i 7, a área delimitada por Ω, A(Ω), é dada

y P 6 = (c,d) P 4 = (0,b+d) P 3 = (a+c,b+d) P 5 = (0,d) P 7 = (a,b) O c P P = (a+c,0) x Figura : Determinante/Área A(Ω) = A(OP P 3 P 4 ) A(OP P 7 ) A(P P P 3 P 7 ) A(P 3 P 4 P 5 P 6 ) A(P 5 OP 6 ), (b + b + d)c A(P P P 3 P 7 ) = = bc + cd, A(P 3P 4 P 5 P 6 ) = A(OP P 3 P 4 ) = (a+c)(b+d) = ab + ad + bc + cd, A(OP P 7 ) = ab e A(P 5 OP 6 ) = cd. Logo, (c + a + c)b = bc + ab, A(Ω) = ab + ad + bc + cd ab bc cd ab bc cd = ad bc = a c D = b d. A seguir, associamos uma área ou ao determinante D se seu valor (também dito determinante) é positivo ou a D, obtido trocando as colunas de D uma pela outra, se D é negativo. Definição: O ângulo entre dois segmentos AB e AC no plano é o menor ângulo θ, 0 θ π, unindo B e C. Definição: O ângulo entre dois vetores u, v R é o ângulo entre dois segmentos AB e AC, representantes de u e v, respectivamente. Fixas tais representações, o (menor) ângulo entre u e v, orientado de u para v, é o ângulo entre AB e AC, orientado de B para C. Mantendo a notação acima temos então o importante resultado abaixo. Proposição 0. Se u corresponde à a coluna do determinante, v à a, u e v não paralelos, e θ, o menor ângulo entre u e v, orientado de u para v, tem sentido anti-horário, 3

a c D = b d = ad bc > 0. Caso contrário, se a orientação de θ é no sentido horário, ad bc < 0. Prova: LembremosquemedimosângulosemR nosentidoanti-horárioeapartir do eixo Ox. Suponhamos, primeiro, que θ esteja orientado no senti anti-horário. Se α é o ângulo de Ox a u e β o ângulo de Ox a v, a,c 0, temos tanα = b a e tanβ = tan d. c Caso : u no primeiro quadrante. (a) Para v no primeiro quadrante temos (vide figura anterior), 0 < tanα = b a < d c = tanβ, bc < ad, ad bc > 0, onde na segunda afirmação utilizamos ac > 0. (b) Para v no segundo quadrante temos c < 0, d > 0, ac < 0 e, tanβ = d c < 0 < b a = tanα, ad > bc. (c) Para v no terceiro quadrante, com 0 < β α < π, temos c < 0, d < 0, ac < 0 e observando o valor da tangente no círculo trigonométrico (faça um 0 < tanβ = d c < b = tanα, ad > bc. a Caso : u no segundo quadrante logo, a < 0 e b > 0. (a) Para v no segundo quadrante temos, c < 0, d > 0, ac > 0 e (faça um tanα = b a < d = tanβ < 0, bc < ad. c (b) Para v no terceiro quadrante então c < 0, d < 0, ac > 0 e, tanα = b a < 0 < d c = tanβ, bc < ad. (c) Para v no quarto quadrante, com 0 < β α < π, temos c > 0, d > 0, ac < 0 e observando o valor da tangente no círculo trigonométrico (faça um tanβ = d c < b = tanα < 0, ad > bc. a 4

Casos 3 e 4: Para u no 3 o 4 o quadrante, os sub-casos com v no 3 o, 4 o e o 4 o, o e o quadrantes são análogos a (a), (b) e (c) (a), (b) e (c), respectivamente. Po fim, se θ tem o sentido horário, trocando as colunas de D recaímos na suposição anterior e obtemos um determinante D > 0. Logo, D = D < 0 Definição: O par ordenado de vetores { u, v} é positivamente (negativa/e) orientado se o menor ângulo entre eles, orientado de u para v, tem sentido anti-horário (horário). Definição: O paralelogramo determinado pelo par ordenado { u, v} é positivamente orientado ou negativamente orientado segundo a orientação do par (ordenado) { u, v}. Corolário 0. Na prop..8, se θ tem sentido anti-horário horário, D é a área o oposto da área do paralelogramo positiva/e negativa/e orientado determinado pelo par ordenado { u, v}. Prova: É deixada ao leitor 5