TRANSPORTE INTERMODAL



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Transcrição:

TRANSPORTE INTERMODAL VISÃO DO USUÁRIO DO TRANSPORTE RELEVANTE DE CARGA Usuário do Transporte Relevante de Carga EMPRESAS : Produtos Siderúrgicos ACESITA AÇOMINAS AÇOS VILLARES BELGO MINEIRA COSIPA CSN CST GERDAU USIMINAS V & M DO BRASIL VEGA DO SUL Ferro-Gusa COSIPAR MINAS METAIS Cimento e Argamassas GRUPO HOLCIM ITABIRA AGRO INDUSTRIAL VOTORANTIM CIMENTO Grãos e Alimentos ADM DO BRASIL BUNGE ALIMENTOS CIA IMP. E EXP. COIMEX Fertilizantes BUNGE FERTILIZANTES FOSFERTIL COPEBRÁS Químicos e Derivados de Petróleo BRASKEM CARBOCLORO DETEN QUÍMICA DOW BRASIL POLITENO Madeira, Papel e Celulose CELULOSE NIPO-BRASILEIRA VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL Alumínio, Metais não Ferrosos e Usuários Diversos VOTORANTIM ZINCO AFILIADAS: AEB AÇÃO EMPRESARIAL CONFEDERAÇÕES: CNC CNI CNA 1

Um Conceito de Transporte Intermodal No contexto do Fórum Intermodal FGV CELog, o TRANSPORTE INTERMODAL é entendido como o transporte através de dois ou mais modais de transporte, utilizando as melhores características de cada modal, de forma a reduzir os custos e as resistências ao fluxo contínuo de cargas desde a origem até o destino. Esse conceito pressupõe a eficiência das interfaces (pontos de transbordo, terminais, pontos de controle), as quais têm influência decisiva sobre a eficiência e a eficácia do processo de transporte. Daí a expressão terminal intermodal. Características Atuais do Transporte Intermodal no Brasil Uso sucessivo de no máximo 2 modais. Conhecimentos de embarque distintos. Sob responsabilidade de transportadores distintos. Uso incipiente, embora crescente, de centros logísticos com infra-estrutura completa de transporte, comunicações e armazenagem. Tem sido imposto mais pela rarefação da malha viária, do que pela preocupação com a logística integrada. 2

Empresas Prestadoras de Serviços de Logística Integrada Contratação e gerenciamento de fretes. Consolidação e separação de matérias primas, insumos e produtos. Controle de inventário. Embalagem. Documentação/despacho aduaneiro. Inspeção pré-viagem. Distribuição. Perfil do Mercado de Serviços Logísticos Baixa capacidade de suporte global ou mesmo regional ao cliente. Baixa capacidade de desenvolvimento de estratégias logísticas customizadas. Resistência ainda arraigada do cliente em aceitar revisão de sua estratégia tradicional adaptação cultural e capacidade própria de fazer. Fragmentação da responsabilidade sobre o transporte forte limitador à qualidade e custo do serviço e, por conseqüência, à expansão do mercado. 3

Movimentação Ferroviária Matérias Primas e Produtos Siderúrgicos Transporte Rodoviário Matérias Primas e Produtos Siderúrgicos 4

Siderurgia Transportes por Modais Produtos por Modais 1.000 toneladas Ano Transporte Direto Ferrovia Rodovia Ferrovia e Cabotagem Transporte Intermodal Rodovia e Cabotagem Ferrovia e Rodovia Total Total Geral 2004 8.221 16.624 543 133 2.719 3.395 28.240 2010 14.458 21.955 1.541 148 3.192 4.881 41.294 Siderurgia Transportes por Modais Matérias Primas por Modais 1.000 toneladas Transporte Direto Transporte Intermodal Ano Ferrovia Rodovia Ferrovia e Cabotagem Rodovia e Cabotagem Ferrovia e Rodovia Total Total Geral 2004 56.042 21.735 493 186 6.424 7.113 84.890 2010 85.128 25.649 2.131-4.768 6.899 117.676 5

Um Grande nó Logístico Brasileiro Fragilidade do Modelo Atual de Intermodalismo Ferrovia Setentrional Belém São Luiz AMAZONAS Rio Madeira Rio Tapajós PARÁ Eclusa de Tucuruí Marabá Carajás Xambioá Araguaína MARANHÃO Açailândia Imperatri Porto Franco z Estreito Babaçulândia RONDÔNIA Ferrovias Rodovias Hidrovias Não Navegável Hidrovias Navegável Rio Teles Pires MATO GROSSO Sorriso Lucas do Rio Verde Parque Nacional do Xingú Gaucha do Norte Nova Couto Magalhães Alô Brasil Querência Aruanã Palmas Peixe Xavantina Rio das Mortes Rio Araguaia Barra do Garças Rio Tocantins TOCANTINS GOIAIS PIAUÍ Miracema do Tocantins MINAS GERAIS BAHIA 6

Um Grande nó Logístico Brasileiro Fragilidade do Modelo Atual de Intermodalismo Transporte Multimodal de Carga Lei 9.611/98 Regido por um único contrato, utiliza dois ou mais modais, desde a origem até o destino e é executado sob a responsabilidade única de um OTM; É nacional ou internacional; Compreende, além do transporte, a coleta, unitização, desunitização, movimentação, armazenagem e entrega da carga ao destinatário, bem como a realização dos serviços correlatos que forem contratados entre a origem e o destino, inclusive os de consolidação e desconsolidação documental de cargas. 7

Operador de Transporte Multimodal Pessoa jurídica contratada como principal para a realização do transporte da origem até o destino, por meios próprios ou por intermédio de terceiros; Pode ser transportador ou não transportador; Cabe-lhe emitir o Conhecimento de Transporte Multimodal de Carga (CTMC). Responsabilidades do OTM Perante o Contratante Pela execução do serviço do local de recebimento até a entrega no destino; Pelos prejuízos de perdas, danos e avarias, bem como de atraso na entrega; Pelas ações ou omissões de empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados, como se essas ações ou omissões fossem próprias, com direito a ações regressivas contra os terceiros contratados ou subcontratados, para se ressarcir das indenizações que houver pago. 8

Operador de Transporte Multimodal Estado da Arte 177 habilitados somente nacionais, entre eles CVRD, Brasil Ferrovias e ALL; Modelo de CTMC já existente CONFAZ Ajuste SINEF 006/2003; procedimentos de utilização ainda não estão claros; Estados receiam perder receitas; Operadores temem comprometimento do sigilo comercial; Operadores e embarcadores temem bi-tributação. A SRF ainda não regulamentou o transporte multimodal internacional. Operação Multimodal Situações de Fato Modelo ferroviário atual concentração de poder em mãos das concessionárias. Regime do tráfego mútuo nas ferrovias encarecimento e conflitos. Inexistência a figura do Operador Ferroviário Independente. Dúvida quanto à eficácia do direito de regresso do OTM contra terceiros. contratados ou subcontratados. Baixíssima disponibilidade de transporte hidroviário e de cabotagem. Custo da cabotagem muito elevado. Armazenagem de grãos deficiente. Lentidão das operações de transbordo marítimo. Risco de cartelização. 9

Algumas Reflexões A fragmentação da responsabilidade sobre o transporte intermodal impõe um teto à qualidade do serviço prestado, impedindo a otimização do uso dos modais disponíveis e dificultando o processo de integração da logística. A operação multimodal requer operadores de elevada capacidade técnica e econômica, e valoriza o uso intensivo de tecnologia de informática, comunicações e rastreamento. Não podemos incorrer no erro de retardar a habilitação de OTM internacionais, porque isso cerceará o fortalecimento das empresas habilitadas para a operação em âmbito nacional. Ninguém tem mais o direito de ignorar que a inexistência do transporte multimodal compromete a competitividade do agronegócio e da indústria brasileiros, motivo pelo qual não podemos continuar perdendo tempo. Proposta da ANUT SOLUÇÃO PARA A COMPETITIVIDADE LOGÍSTICA 10

Dilema do Empresariado Brasileiro Não poder deixar de crescer, sob pena de perder a escala de produção exigida pela concorrência globalizada. Temor de não conseguir transportar o que produziu e vendeu. Solução Mobilização do empresariado, liderada pela Ação Empresarial, em apoio ao Governo e em prol da concretização de um verdadeiro pacto para adoção e implementação de uma Agenda Crítica Público Privada, objetivando a recuperação e posterior expansão, modernização e otimização da infraestrutura de transporte do País. 11

Conclusão A ANUT está ajudando a arquitetar um grande projeto de ação conjunta Governo- Empresariado, imprescindível ao crescimento sustentável do agronegócio e da indústria brasileiros. Temos plena convicção da importância da participação dos senhores nesse grandioso esforço. Juntem-se a nós! OBRIGADO Visite nosso site: www.anut.org.br 12