PASSO A PASSO DE COMO DESENVOLVER UM ARTIGO CIENTÍFICO



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Transcrição:

PASSO A PASSO DE COMO DESENVOLVER UM ARTIGO CIENTÍFICO Objetiv d Manual Este manual bjetiva apresentar a frma de cm se desenvlver um artig científic. Tende a demnstrar as partes que cmpõem um artig e uma explicaçã sucinta sbre que caracteriza cada uma dessas partes. 1. CONCEITUAÇÃO E CARACTERÍSTICAS Artig científic cnsiste em permitir a divulgaçã ds resultads ds trabalhs de pesquisa, para cnheciment públic, nã só n sentid d patenteament da autria, cm também da manifestaçã de atitudes críticas, que venham cntribuir para aprfundament e a cmpressã invadra de estud realizad sbre determinad tema. O artig é a apresentaçã sintética, em frma de relatóri escrit, ds resultads de investigações u estuds realizads a respeit de uma questã. O bjetiv fundamental de um artig é de ser um mei rápid e sucint de divulgar e trnar cnhecids, através de sua publicaçã em periódics especializads, a dúvida investigada, referencial teóric utilizad (as terias que serviam de base para rientar a pesquisa), a metdlgia empregada, s resultads alcançads e a apresentaçã da análise de uma questã n prcess de investigaçã. Assim, s prblemas abrdads ns artigs pdem ser s mais diverss: questões que histricamente sã plemizadas, pr prblemas teórics u prátics nvs. 2. ESTRUTURA DO ARTIGO O artig pssui a seguinte estrutura: 1. Títul; 2. Autr(es); 3. Resum e Abstract; 4. Palavras chave; 5. Cnteúd (Intrduçã, desenvlviment textual e cnclusã); 6. Referências. 3. DEFINIR O OBJETIVO Td artig científic deverá ter um bjetiv bem definid e que simplesmente discrre sbre um assunt. Preferencialmente, bjetiv deve ser expst cm uma pergunta a que se pde respnder sim u nã u uma afirmativa que vai ser cmprvada u negada. Esta afirmativa é chamada hipótese nula u hipótese inicial. Alguns exempls: Determinar se existe crrelaçã entre dis fatres (hipótese nula: existe crrelaçã entre s dis fatres);

Demnstrar que a incidência de acidente x nã é cnseqüência d tip de transprte y (hipótese nula: acidente x nã é cnseqüência d transprte y); Prvar que é pssível detectar a incidência de acidente x pel tip de transprte y (hipótese nula: a incidência de acidente x pde ser detectada pel tip de transprte y). Em alguns cass, bjetiv pde ser expst claramente sem us de hipótese nula: Cmparar s resultads entre prcess x e y. 4. TÍTULO e SUBTÍTULO Sã prtas de entrada d artig científic; é pr nde a leitura cmeça, assim cm interesse pel text. Pr iss deve ser estratégic, bem elabrad após autr já ter uma idéia exata e bem avançada de sua redaçã final, estand cm bastante segurança sbre a abrdagem e direcinament que deu a tema. Deve ser uma cmpsiçã de riginalidade e cerência, que certamente prvcará interesse pela leitura. O títul d artig científic deve ser redigid cm exatidã, reveland bjetivamente que restante d text está trazend. Apesar da especificidade que deve ter, nã deve ser lng a pnt de trnar se cnfus, utilizand se tant quant pssível de terms simples, numa rdem em que a abrdagem temática principal seja facilmente captada. O subtítul é pcinal e deve cmplementar títul cm infrmações relevantes, necessárias, smente quand fr para melhrar a cmpreensã d tema. Na cmpsiçã d títul deve se evitar pnt, vírgula, pnt de exclamaçã e aspas u qualquer utr element que interfira n seu significad, excet pnt de interrgaçã. Após, nme(s) d(s) autr(s) de breve currícul, que s qualifique na área de cnheciment d artig. Quand é mais de um autr, nrmalmente primeir nme é autr principal, u 1 autr, send sempre citad u referenciad a frente ds demais. 5. RESUMO e ABSTRACT Indica brevemente s principais assunts abrdads n artig científic, cnstituíd de frases cncisas e bjetivas, deve apresentar a natureza d prblema estudad, s bjetivs pretendids, metdlgia utilizada, resultads alcançads e cnclusões da pesquisa u estud realizad, cntend entre 100 e 250 palavras, descritas em parágraf únic,sem a enumeraçã de tópics. Deve se evitar qualquer tip de citaçã bibligráfica. (ABNT.NBR 6028, 2003) OBS: Quand artig científic é publicad, em revistas u periódics especializads de grande penetraçã ns centrs científics, inclui se na parte preliminar abstract e key wrds, que sã resum e as palavras chave traduzid para idima inglês.

5.1 PALAVRAS CHAVE Sã relacinadas de 3 a 6 palavras chave que expressem as idéias centrais d text, pdend ser terms simples e cmpsts, u expressões características. A precupaçã d autr na esclha ds terms mais aprpriads, deve se a fat ds leitres identificarem prntamente tema principal d artig lend resum e palavras chave. (NBR 6022). 6. INTRODUÇÃO Infrma leitr sbre tema sbre qual artig discrre e justifica a realizaçã d estud, demnstrand sua relevância. Infrmações btidas a lng d estud devem ser apresentadas na seçã Resultads. Na Intrduçã, inclua apenas infrmações cm as quais estud fi iniciad. A intrduçã deve criar uma expectativa psitiva e interesse d leitr para a cntinuaçã da análise de td artig. A intrduçã apresenta assunt e delimita tema, analisand a prblemática que será investigada, definind cnceits e especificand s terms adtads a fim de esclarecer assunt. Segund Azeved (2001) a intrduçã é a parte inicial d trabalh, nde sã estabelecids, a delimitaçã da pesquisa, prblema de que trata e s bjetivs desejads. De acrd cm Gnçalves (2004) na intrduçã devem cnstar s bjetivs da pesquisa, prblema e as hipóteses de trabalh u as questões nrteadras (quand fr cas), a justificativa da sua esclha e a metdlgia utilizada, cm base n referencial teóric pesquisad. 7. DESENVOLVIMENTO O element textual chamad desenvlviment é a parte principal d artig científic, caracterizad pel aprfundament e análise prmenrizada ds aspects cnceituais mais imprtantes d assunt. É nde sã amplamente debatidas as idéias e terias que sustentam tema (fundamentaçã teórica), apresentads s prcediments metdlógics e análise ds resultads em pesquisas de camp, relats de cass, dentre utrs. Quant mais cnheciment a respeit, tant mais estruturad e cmplet será text. A rganizaçã d cnteúd deve pssuir uma rdem seqüencial prgressiva, em funçã da lógica inerente a qualquer assunt, que uma vez detectada, determina a rdem a ser adtada. Muitas vezes pde ser utilizada a subdivisã d tema em seções e subseções. O desenvlviment u parte principal d artig, nas pesquisas de camp, é nde sã detalhads itens cm: tip de pesquisa, ppulaçã e amstragem, instrumentaçã, técnica para cleta de dads, tratament estatístic, análise ds resultads, entre utrs, pdend ser enriquecid cm gráfics, tabelas e figuras. O títul dessa seçã, quand fr utilizad, nã deve estampar a palavra

desenvlviment nem crp d trabalh, send esclhid um títul geral que englbe td tema abrdad na seçã, e subdividid cnfrme a necessidade. 8. CONCLUSÃO Parte final d trabalh, na qual sã apresentadas as cnclusões alcançadas cm a pesquisa, deve guardar prprções de tamanh e cnteúd cnfrme a magnitude d trabalh apresentad. A cnclusã deve limitar se a explicar brevemente as idéias que predminaram n text cm um td, sem muitas plêmicas u cntrvérsias, incluind, n cas das pesquisas de camp, as principais cnsiderações decrrentes da análise ds resultads. O autr pde nessa parte, cnfrme tip e bjetiv da pesquisa, incluir n text algumas recmendações gerais acerca de nvs estuds, sensibilizar s leitres sbre fats imprtantes, sugerir decisões urgentes u práticas mais cerentes de pessas u grups, dentre utras cnsiderações finais. 9. DICAS IMPORTANTES Uma revisã de literatura, pr exempl, pde ter cm bjetiv cmparar cnclusões u simplesmente expô las. Se a revisã busca cmprvar a eficácia de um tratament u verificar se uma cnclusã de utr artig se aplica em cass diferentes, entã a hipótese nula pde ser usada (verificar se tratament x é eficaz, verificar se a cnclusã x pde ser validada). A apresentaçã de uma nva técnica, pr exempl, pde ter cm bjetiv demnstrar cm us da técnica A prduz resultads satisfatóris ns cass B. Devem ser evitads bjetivs muit ampls, cm analisar s resultads btids u abrdar assunt em questã. Uma análise u abrdagem nã é bjetiv em si, e sim mei de se chegar a ele. Analisams u abrdams buscand alguma cnclusã. É esta cnclusã que deve ser bjetiv. A exceçã é relat de cas. Este tip de artig nã requer bjetiv explícit. A intrduçã deve simplesmente descrever sucintamente cas, sua relevância e tratament empregad. Ainda assim, um bjetiv pde ser definid (divulgar um tratament aplicad cm bns resultads em determinad cas, criar uma referência de diagnóstic para um cas rar). 9.1 PESQUISE A LITERATURA ANTERIOR Antes de escrever um artig, é necessári cnhecer que já fi publicad sbre tema. Ist irá permitir que autr mlde seu artig para preencher lacunas ainda nã explradas, trnand mais interessante e relevante. Também ajuda a evitar acusações de plági, já que autr irá deixar de candidatar à publicaçã um artig muit semelhante a utr já publicad. Além dist, mençã à literatura anterir irá enriquecer text e situar leitr sbre a cnjuntura atual da pesquisa sbre tema. É difícil discutir um tema sem cnhecer e citar que já se cnhece sbre ele.

Fazend referência à literatura existente, autr deve demnstrar qual a cntribuiçã trazida pr seu artig as leitres da revista em que ele pretende publicar. Se já existem muits artigs sbre tema e autr nã suber mdificar seu para trná l relevante, ele deve ler cm atençã s artigs anterires. Em tds eles, em cmparaçã cm seu artig: Os estuds sã válids? As amstras sã significativas? As cndições em que fram realizads se aplicam em seu país? Existe algum aspect nã abrdad? Existe alguma diferença significativa n material u métd utilizad? As cnclusões sã equivalentes? Se seu artig traz algum aspect distint em relaçã as anterires, este aspect deve ser valrizad, cm uma distinçã de seu estud. Um artig também pde ser cnsiderad relevante se tema nunca tiver sid explrad n país de publicaçã u de frma acessível a públic. 9.2 DEFINIÇÃO DO MÉTODO O métd deve ser definid de md a alcançar bjetiv. Ele deve prduzir resultads que, quand analisads de frma bjetiva, irã cmprvar u negar a hipótese nula, u irã respnder a bjetiv d artig. Assim, a cmparar dis prcediments u métds, deve se estabelecer parâmetrs bjetivs para analisar s resultads de cada um e cmpará ls. A verificar se um prcediment é eficaz, deverems definir que é eficácia cm critéris mensuráveis. Ou seja, a testar uma hipótese, deve se estabelecer critéris bjetivs pels quais determinar se a hipótese se cnfirma. N cas de um estud que analisa uma amstra, a seleçã da amstra deve ser feita cm critéri, de md a criar uma representaçã significativa da ppulaçã que se pretende estudar. Para ist, é acnselhável cnhecer características da ppulaçã cm um td e reprduzir estas características na amstra, prprcinalmente. É muit imprtante que métd seja descrit de frma extremamente detalhada, especificand, entre utrs: critéri de seleçã da amstra, seguid de justificativa ; tamanh e descriçã da amstra btida; períds e métd de bservaçã; métd de cleta de dads; métd de análise de dads u estatísticas;

A falha em descrever um pequen detalhe pde impedir leitr de cmparar seu artig cm utrs u de aprveitar seus resultads em sua pesquisa. Evite us e descrições de análises estatísticas cmplexas. Se frem necessárias, explique as em terms leigs. N cas de estuds em que partes da amstra sã tratadas de frmas distintas, a ttalidade de tais partes deve ser infrmada em prcentagem e númers absluts. Infrmações btidas a lng d estud devem ser apresentadas na seçã Resultads. Na Intrduçã, inclua apenas infrmações cm as quais estud iniciu se. 9.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os resultads devem ser analisads tend em vista bjetiv. N entant, deve se evitar frçar s dads para bter a cnclusã desejada. Se métd fi definid adequadamente, estud terá prduzid resultads bjetivs, que, na mairia ds cass, levarã de frma lógica à cmprvaçã u negaçã da hipótese testada. Em alguns cass, n entant, s resultads sã incnclusivs, u seja, nã permitem cmprvar u negar a hipótese testada de frma pntual. Nestes cass, autr deve buscar verificar se a nã cnclusã se deve a alguma deficiência d estud u se realmente nã é pssível alcançar uma. Neste últim cas, autr pde ptar pr publicar estud de qualquer frma, pdend inclusive cnvidar leitres a clabrar cm sugestões para desenvlviment d estud, que pssam resultar em cnclusã. 9.4 CONCLUSÃO Muits bns artigs trazem a cnclusã embutida na discussã, sem uma sessã separada. N entant, expr a cnclusã em uma sessã a parte facilita a pesquisa de cientistas que buscam artigs específics u que fazem revisã da literatura sbre tema. Eles saberã exatamente nde buscá la. A cnclusã deve ser sucinta e nã deve trazer nenhuma infrmaçã u cmentári nv, que nã tenha sid expst nas sessões Resultad u Discussã. Em pucas frases, a cnclusã retma bjetiv d artig e infrma que fi alcançad n estud. Idealmente, termina sugerind caminhs pr nde a investigaçã pde ser cntinuada. 9.4 DICAS FINAIS Para uma ba redaçã, algumas dicas sã necessáris, dentre elas (AZEVEDO, 2001): Nã apelar pela generalizações (ex.: sabe se, grande parte, sempre, nunca); Nã repetir palavras, especialmente verbs e substantivs (use sinônims); Nã empregar mdisms lingüístics (ex.: em nível de, n cntext, a pnt

de, grande impact); Nã apresentar redundâncias (ex.: as pesquisas sã a razã de ser d pesquisadr); Nã utilizar muitas citações diretas. De preferência às indiretas, interpretand as idéias ds autres pesquisads; Nã empregar ntas de rdapé desnecessárias que pssam interferir n text, sbrecarregand ; Nã usar gírias, abreviaturas, siglas, nmes cmerciais e fórmulas químicas, excet se extremamente necessári (ex.: Naum, saudações pt);

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT. NBR 6022: infrmaçã e dcumentaçã: artig em publicaçã periódica científica impressa: apresentaçã. Ri de Janeir, 2003. ABNT. NBR6023: infrmaçã e dcumentaçã: elabraçã: referências. Ri de Janeir, 2002. ABNT. NBR6024: Infrmaçã e dcumentaçã: numeraçã prgressiva das seções de um dcument. Ri de Janeir, 2003. ABNT. NBR6028: resums. Ri de Janeir, 2003. ABNT. NBR10520: infrmaçã e dcumentaçã: citaçã em dcuments. Ri de Janeir, 2002. ABNT. NBR 14724: infrmaçã e dcumentaçã: trabalhs acadêmics: apresentaçã. Ri de Janeir, 2002. AZEVEDO, Israel Bel. O prazer da prduçã científica: descubra cm é fácil e agradável elabrar trabalhs acadêmics. 10.ed. Sã Paul: Hagns, 2001. GONÇALVES, Hrtência de Abreu. Manual de Artigs Científics. Sã Paul: Editra Avercamp, 2004.