MECANISMO DO PARTO: Tempos clínicos Tempos mecânicos ENFERMAGEM OBSTÉTRICA MECANISMO DO PARTO
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- Jorge Beltrão Marreiro
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1 ENFERMAGEM OBSTÉTRICA MECANISMO DO PARTO 03 e 04 de julho 2009 LONDRINA - PR LIANNE NAMIE HACHIYA ENFERMEIRA OBSTÉTRICA MECANISMO DO PARTO: Tempos clínicos Tempos mecânicos É o estudo dos movimentos que a cabeça fetal descreve no canal de parto, sob ação das contrações uterinas.
2 Canal de parto canal constituído pelo segmento inferior do útero, colo dilatado e vagina, apresentando um formato de cotovelo. TEMPOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE PARTO: Organismo materno TEMPOS CLÍNICOS DO TRABALHO DE PARTO: - Dilatação - Expulsão - Dequitação
3 São os fenômenos que ocorrem no organismo materno, compreendem as modificações do trato genital que se sucedem na evolução do processo parturitivo, considerando o período de dilatação, expulsão, dequitação e ainda o 4º período de Greenberg (1ª hora pós parto ou puerpério). DILATAÇÃO 1º tempo clínico do trabalho de parto, onde ocorre o apagamento do colo uterino ou cérvix e a dilatação do orifício externo de milímetros a aproximadamente 10cm Apagamento do colo também referido como esvaecimento, amolecimento, encurtamento e trabalho do colo, ou seja, é quando o segmento inferior do colo uterino incorpora-se na cavidade uterina;
4 Como regra, nas primigestas, o colo primeiramente se esvaece para posteriormente dilatar, e nas multigestas o esvaecimento e dilatação ocorrem concomitantemente; portanto,a duração do trabalho de parto da primigesta (+- 12 hs) torna-se um pouco mais prolongado que a multigesta (+- 8 hs). Podemos considerar o trabalho de parto em fase latente e ativa, onde na fase latente as contrações uterinas estão presentes, são de pequena intensidade e frequência, não proporcionando modificações consideráveis no colo uterino quanto à sua dilatação e esvaecimento; na fase ativa, essas contrações tornamse progressivas, coordenadas e mais eficientes e com efetiva ação na dilatação e esvaecimento do colo uterino. Contrações uterinas dilatação cervical Contrações uterinas: Tríplice gradiente descendente = pressão intramuscular + pressão amniótica + pressão abdominal
5 Membranas amnióticas ou bolsa das águas é a formação da bolsa das águas com a protrusão das membranas amnióticas no orifício do colo uterino, conforme ocorre sua dilatação. Sua ruptura pode ocorrer de forma espontânea ou artificialmente, bem como o seu momento, mas na maioria das vezes, ocorre no período final da dilatação.
6 EXPULSÃO 2º tempo clínico do trabalho de parto, inicia-se com a dilatação total do colo uterino e termina com a expulsão do feto. Caracteriza-se por:. associação sincrônica das metrossístoles + força contrátil do músculo diafragma + contratura da parede abdominal;. contrações uterinas de forte intensidade e freqüência;. puxo distensão do assoalho pélvico provocado pela compressão da bexiga e do reto, causada pela cabeça fetal, levando as parturientes referir vontade de evacuar. PLANO DE DE LEE é a progressão da apresentação fetal, no canal de parto, considerando-se as espinhas isquiáticas. DEQUITAÇÃO 3º tempo clínico do trabalho de parto, compreende o desprendimento, a descida e a expulsão da placenta e das membranas amnióticas. Ocorre geralmente de 5 a 10 minutos após a expulsão fetal, podendo retardar-se de 10 a 30 minutos.
7 . Desprendimento - ocorre em conseqüência de contrações uterinas que persistem após a expulsão fetal, diminuindo o volume uterino e aumentando a espessura de sua parede muscular; com a redução da superfície da cavidade uterina, a placenta, por não ter elasticidade, destaca-se da sua zona de inserção. Pode ocorrer por 2 mecanismos:. Baudelocque-Schultze (75%) - quando o descolamento inicia-se na porção central, desprendendo-se pela face fetal, com o coágulo retroplacentário.. Baudelocque-Duncan (25%) quando o descolamento inicia-se na região periférica, desprendendo pela face materna, com sangramento anterior à expulsão placentária. Descida - ocorre devido as contrações uterinas+ ação da gravidade, progredindo para o segmento inferior cérvix-vagina-meio externo.
8 Expulsão quando no canal vaginal a placenta provoca nova sensação de puxo, determinando esforço abdominal semelhante ao da expulsão fetal, empurrando-a para o meio externo. OBS: TRAÇÃO CONTROLADA DE CORDÃO X NÃO TRAÇÃO MANOBRA DE JACOBS - DUBLIN: torção da placenta em sentido horário ou anti horário, encostado na vulva, onde as membranas amnióticas formam um fuso até o seu descolamento completo, evitando-se assim a permanência de partes das mesmas. REVISÃO DA PLACENTA - tem por finalidade a observação de permanência de restos de membranas, bem como parte de cotilédones até uma placenta acessória.
9 TIPOS DE PLACENTA: CENTRAL MARGINAL CIRCUNVALADA
10 VELAMENTOSA SUSCENTURIATA OU ACESSÓRIA PERÍODO DE GREENBERG - ou 4º período do trabalho de parto (é a 1ª hora pós parto ou puerpério). Controle rigoroso da contratilidade uterina, sangramento vaginal, pressão arterial e pulso, condições do períneo, considerando-se o miotamponamento, trombotamponamento, indiferença miouterina e contração uterina fixa.
11 TEMPOS MECÂNICOS DO TRABALHO DE PARTO: Organismo fetal TEMPOS MECÂNICOS DO TRABALHO DE PARTO: - Insinuação - Descida - Rotação interna da cabeça - Desprendimento do pólo cefálico - Rotação externa da cabeça e interna das espáduas - Desprendimento das espáduas - Desprendimento do ovóide INSINUAÇÃO:.é a passagem da maior circunferência da apresentação (occipitofrontal=34 cm) através do estreito superior da pequena bacia (11cm);.para que ocorra a insinuação é necessário a redução dos diâmetros da cabeça fetal e a flexão da mesma;.no início desta fase a cabeça fetal encontra-se acima do estreito superior em flexão moderada, com a sutura sagital orientada no sentido oblíquo (12 cm) ou transverso (13 cm);.diâmetro ântero-posterior =11 cm; OBS: O FETO SÓ SE INSINUA NOS DIÂMETROS OBLÍQUO OU TRANSVERSO
12 DESCIDA:.completando a insinuação, a cabeça fetal desce até as proximidades do assoalho pélvico, onde começa o canal de parto (cotovelo) no estreito médio, neste local o feto adquire a atitude de total flexão (SOB=9,5 cm); ROTAÇÃO INTERNA DA CABEÇA:. com a dilatação cervical completa ou no final dela, o feto, faz a rotação da cabeça, colocando a sutura sagital no sentido ânteroposterior (OP ou OS), distendendo o assoalho pélvico DESPRENDIMENTO DO POLO DE APRESENTAÇÃO:.terminado o movimento de rotação interna da cabeça, a sutura sagital em sentido ântero-posterior, inicia a deflexão do polo cefálico, a nuca fetal apóia na arcada púbica e a cabeça desprende em movimento de báscula (hipomóclio);.no momento do desprendimento devemos proteger o polo cefálico para se evitar um movimento brusco;
13 ROTAÇÃO EXTERNA DA CABEÇA E INTERNA DAS ESPÁDUAS:. após o desprendimento, a cabeça faz a rotação externa para o mesmo lado que estava intra útero e nesse momento as espáduas de posicionam no diâmetro ântero-posterior, o ombro anterior se coloca sob o pube e o posterior sobre o assoalho pélvico, fazendo a retropulsão do cóccix DESPRENDIMENTO DAS ESPÁDUAS:.a espádua anterior se apresenta sob o pube e o transpõe;.para o desprendimento da espádua posterior, esta tem que acompanhar a curvatura do canal de parto;.o tronco fetal sofre uma total flexão lateral DESPRENDIMENTO DO OVÓIDE:.o desprendimento dos membros inferiores do feto não apresenta resistência;
14 TÉCNICAS E PRÁTICAS UTILIZADAS NA ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO 1. ADMISSÃO DA PARTURIENTE 1a. Sinais de trabalho de parto:.contrações uterinas rítmicas.colo uterino parcial ou totalmente apagado, dilatado no mínimo 3 cm.formação da bolsa das águas.amniorexe espontânea.perda do tampão mucoso.queda do ventre 1b. Exame obstétrico (anamnese e exame físico):. SSVV. Anamnese. DUM/DPP/IG. Altura uterina. Dinâmica uterina. Ausculta fetal. Manobra de Leopold. Toque vaginal exploratório
15 Toque Vaginal:.elasticidade e integridade da vagina.colo uterino.bolsa das águas/amnioscopia.apresentação/altura e variedade de posição fetal.avaliação das espinhas isquiáticas.proporcionalidade da bacia óssea/cabeça fetal.promontório / sínfise púbica.secreções vaginal 1c. Preparo da parturiente:.peso e altura.tricotomia/poda/fleet enema.banho de aspersão.camisola adequada.exames laboratoriais de rotina VDRL/TS/teste rápido do HIV 2. DURANTE O TRABALHO DE PARTO. dinâmica uterina horária. ausculta fetal a cada 30 minutos. mínimo possível de toque vaginal. deambulação/repouso em DLE. alimentação. higiene corporal e banho morno. métodos não invasivos de alívio a dor. amniotomia
16 AMNIOTOMIA (ruptura da bolsa das águas):.na maioria dos casos, ocorre espontaneamente na fase final da dilatação cervical.se indicada artificialmente, devemos obedecer algumas regras: - dilatação cervical acima de 6 cm - apresentação insinuada - coordenar a drenagem do líquido amniótico (prolapso de cordão) - evitar tocotraumatismo - examinar as características do líquido - ausculta cardíaca fetal e dinâmica uterina pós-ruptura - redução de toques vaginal 3. PERÍODO EXPULSIVO 3a. Sinais do período expulsivo:. dilatação cervical total. progressão fetal. distensão do assoalho pélvico. variedade de posição em OS ou OP. contrações fortes e freqüentes. puxos 3b. Locais e posições para o nascimento dependerá da parturiente e do profissional assistente (orientações)
17 3c. Antissepsia da vulva:.material: pinça longa, cúpula, gazes e antisséptico - Região supra púbica - Terço médio das coxas - Região perineal - Região perianal 3d. Colocação de campos estéreis:. Sob as nádegas. Sobre as coxas. Sobre região supra púbica 3e. Preparo da mesa Anestesia:. seringa de 20 ml. agulha para aspiração do anestésico. agulha longa (loco-regional/pudendo). agulha curta (local). xylocaina 5% S/A Episiotomia:. tesoura de Mayo reta Laqueadura do cordão umbilical:. tesoura de Mayo reta. Kocher com borrachas para laqueadura. Kocher para pinçamento do cordão
18 Episiorrafia:. pinça dente de rato. pinça anatômica. porta agulha 3f. Episiotomia:.incisão perineal com a finalidade de proteção ao períneo.deve ser realizada se necessário e quando a apresentação começar a distender o assoalho pélvico.tipos: perineotomia ou mediana médio-lateral lateral transversa (condenável) 3g. Proteção perineal na expulsão fetal:.proteção do períneo com uma das mãos e direcionamento do desprendimento do pólo, evitando-se que ocorra uma deflexão brusca.limpar a face do RN.clampeamento do cordão umbilical.laqueadura do cordão umbilical.avaliação do cordão umbilical
19 3h. Manobra de Kristeller:.expressão do fundo uterino, realizado por profissional capacitado, para auxílio na expulsão do pólo de apresentação, devendo o feto estar na variedade de posição correta para o nascimento (OP, OS, SP,SS).complicações.desarranjo da contratilidade uterina.hipertonia uterina.inversão uterina Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer. Michel Odent
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