Saúde da Mulher II Prof.ª Ms. Ludmila Balancieri. Contratilidade Uterina.
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- Isabela Palha Rios
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1 Saúde da Mulher II Prof.ª Ms. Ludmila Balancieri. Contratilidade Uterina. A contratilidade uterina é o fenômeno mais importante do trabalho de parto, indispensável para fazer dilatar o colo uterino e expulsar o concepto. Evolução da Contratilidade Uterina no Ciclo gestacional. Até 3 semanas de gravidez, a atividade uterina é muito pequena, os registros evidenciam contrações reduzidas, frequentes, cerca de uma por minuto, que permanecem restritas á algumas áreas do útero. Surgem as contrações de Braxton Hicks, tem frequência muito baixa, em torno de semanas, até 2 contrações/horas. Características das Pequenas Contrações uterinas. -Frequentes. - Curtas. - Baixa intensidade. - Em áreas isoladas. OBS: as pequenas contrações são importantes para circulação e estática fetal. Pré-Parto. Após 30 semanas a atividade uterina aumenta vagarosa e progressivamente. Nas últimas 4 semanas é o acréscimo acentuado, observando-se, pelo geral, contrações de Braxton Hicks mais intensa e frequentes. Essa pequenas contrações embora diminuída em número, permanecem no traçado, obtidos nesta época. Em menor número de casos, a transformação da atividade uterina no pré-parto se faz pelo aumento progressivo da intensidade das pequenas contrações, que se tornam mais expansiva, enquanto sua frequência diminui gradativamente. Parto. Clinicamente o parto está associado ao desenvolvimento de contrações dolorosas e rítmicas, que condicionam dilatação do colo uterino; considera-se o seu início quando a dilatação cervical atinge 2 cm. As pequenas contrações localizadas, tendem a desaparecer, estando ausentes nos partos normais, onde os registros exibem apenas contrações fortes e regulares.
2 Na dilatação, as contrações têm intensidade de 30 mmhg e frequência de 2 a 3 / 10 minutos, para alcançar no final deste período, valos respectivos de 40 mmhg e 4 /10 minutos. A postura tem importância na contratilidade uterina. O decúbito lateral, em 90% dos casos aumenta sua intensidade e diminui sua frequência, oferecendo eficiência para a progressão do parto. No período expulsivo a frequência atinge 5 contrações em 10 minutos com intensidade de 50 mmhg. Secundamento / Dequitação placentária. Após o nascimento do concepto, o útero continua a produzir contrações rítmicas. As duas ou três primeiras usualmente descolam a placenta de sua inserção uterina, e a impelem para o canal de parto. As contrações agora indolores, proporcionam alívio imediato às pacientes. Puerpério. Os gráficos mostram contrações cuja frequência vai diminuindo, até atingir uma em cada 10 minutos, decorridas 12 horas de puerpério. Nos dias que se seguem, a intensidade e os números das contrações estão mais reduzidos. Quando o RN suga o seio materno, pode haver aumento nítido na atividade uterina, que desaparece no fim da mamada. As contrações do secundamento e do puerpério, apesar de mais intensas do que as do parto, não exprimem aumento real na força muscular. As Funções da Contratilidade Uterina. Manutenção da Gravidez. Durante a gestação o útero não está inativo, mas é sua atividade bastante reduzida, irregular, localizada sem significado funcional expulsivo. A gravidez provavelmente se mantém pelo chamado bloqueio progesterônico, a progesterona tem a propriedade de diminuir a sensibilidade da célula miometrial ao estímulo contrátil, bloqueando a condução da atividade elétrica de uma célula muscular a outra. Grande parte da progesterona placentária, alcança o miométrio, antes de ser carreada pela circulação sistêmica. O bloqueio progesterônico efetivo impede o deslocamento da placenta durante a gestação e parto. Dilatação do Colo Uterino. No pré-parto, a contração encurta o corpo uterino e exerce tração longitudinal no seguimento inferior, que se expande, e na cérvice, que progressivamente se apaga e se dilata (amadurecimento). A tração pode ser transmitida com eficiência ao colo, porque o segmento também se contrai, embora com força menor que o corpo. Ao termo da gravidez, o orifício externo cervical, atinge em média, 1,8cm nas nulíparas e 2,2cm nas multíparas; o colo se apaga, respectivamente cerca de 60 a 70%.
3 No parto essas alterações se intensificam. A pressão exercida pela apresentação fetal e pela bolsa-das-águas, constitui o segundo fator responsável pela dilatação colo uterino. A duração do parto normal é muito variável, completando-se a dilatação, nas primíparas, após 10 a 12 horas, e, nas multíparas, decorridas 6 a 8 horas. Descida e Expulsão do Feto. As contrações favorecem o encurtamento do corpo uterino, empurrando necessariamente o feto através da pelve e o expulsam para o exterior. Embora a parte mais importante se desenvolva no período expulsivo, são as contrações do pré-parto que começam a adaptar e a insinuara apresentação fetal na bacia. Descolamento da placenta/dequitação. Com a expulsão do feto, o corpo do útero, adaptando-se a grande redução volumétrica, se retrai muito. O acentuado encurtamento é responsável pela desinserção placentária, bastando somente 2 a 3 contrações para descola-la do corpo para o canal do parto. Esses 6 a 10 primeiros minutos do secundamento constituem o chamado tempo corporal, porque permanece a placenta dentro do corpo uterino. Uma vez no canal do parto, a pequena contratilidade exercida, é incapaz de expulsar a placenta para o exterior, o que só ocorrerá após esforços expulsivos da paciente ou com a intervenção do parteiro. - Mecanismo Baudelocque Schultze: Se dá quando a placenta inserida na parte superior do útero, se desprende pela face fetal.
4 - Mecanismo Baudelocque Ducan: Estando a placenta localizada na parede lateral do útero, a desinserção começa pela borda inferior, aqui o sangue se exterioriza antes da placenta, que se apresenta pela face materna.
5 Hemóstase Puerperal. A atividade do útero no pós-parto é indispensável para coibir a hemorragia no sítio placentário, onde a hemóstase depende fundamentalmente do tônus uterino, das contrações e retrações das fibras musculares. Mais tarde. A forma de propagação peristáltica, que caracteriza o útero puerperal, é eficaz para eliminar os coágulos os lóquios. Controle da Contração do Músculo Liso. Embora a regulação da contração do músculo liso dependa do Ca++, o mecanismo de controle difere do encontrado no músculo estriado, porque a actina do músculo liso não possui troponina. Além do que não somente a molécula de miosina assume configuração diferente no sentido que seu local de ligação à actina, está encoberto pela molécula da miosina. Esquema da concentração do músculo liso: 1. Liberação de Ca++ armazenado no retículo sarcoplasmático 2. Ligação do Ca++ se une à calmodulina 3. Ativação da enzima miosina 4. Hidrólise do ATP 5. Liberação da cauda da miosina expondo o sítio actinacombinante 6. Disposição da miosina em filamentos bipolares. 7. Ligação da miosina à actina. 8. Deslizamento da actina sobre a miosina. 9. Encurtamento do sarcômero. 10. Contração. Efeitos Gerais Maternos Ocasionados pela Contração Uterina. - Taquicardia.
6 - Hipertensão. - Liberação de Adrenalina Dor da Contração no período de Trabalho de Parto. Nas preparações para o parto deve-se dar subsídio para o medo. MEDO DOR TENSÃO Deve-se avaliar a dor observada na parturiente e cortar o ciclo vicioso esse ciclo vicioso. A contração aparece em ferroadas da região lombar se irradiando para a barriga. No período expulsivo a dor é de puxo. Quando a cabeça do feto está se exteriorizando, a dor é do tipo quebradiço ( como se os ossos da bacia estivessem se quebrando. No puerpério as contrações são do tipo cólicas menstruais e o hormônio responsável pelas contrações é a Ocitocina. Dinâmica Uterina. É o número e duração de contrações ocorridas em um intervalo de tempo de 10 minutos. A CONTRAÇÃO TEM DUAS FASES: - Contração. - Relaxamento. Em geral a contração no início do trabalho de parto, dura 20 ou 40 segundos, e no final 60 segundos. (dependo muito do estado emocional em que se encontra a parturiente). Relaxamento: pode ser rápido ou lento; Relaxamento Rápido: dura em torno de 40 segundos.
7 Relaxamento Lento: dura em torno de 60 segundos. As contrações uterinas se iniciam no fundo uterino e se propagam para o colo uterino. São mais intensas no fundo do útero, diminuindo a intensidade ao chegar no colo uterino. São mais longas no fundo uterino e mais curtas no colo uterino. Preparo para o Exame: - Decúbito dorsal. - Ventre descoberto. - Bexiga vazia. - Ambiente tranquilo. Técnica para o Exame: - Explicar o procedimento à cliente. - Realizar a palpação obstétrica e identificar o fundo uterino. - Colocar a palma da mão dominante no fundo uterino da gestante/parturiente. - Solicitar para a cliente avisar quando iniciar as contrações/dor e também ao término das mesmas. - Ao início das contrações o examinador, sentirá primeiro no fundo do útero, depois por todo abdome o tônus muscular bem rígido, nesta fase contar por quantos segundos este abdome ficou rígido. - Ao término das contrações o abdome começa a ficar mais flácido. - Anotar quantidade e intensidades das contrações em um período de 10 minutos.
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