Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, CRL

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1 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2016

2 Índice 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 4 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES 5 Pág ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO POLITICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO_ REMUNERAÇÕES AUFERIDAS PELOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES REMUNERAÇÕES AUFERIDAS PELOS COLABORADORES RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO MERCADO BANCÁRIO NACIONAL MERCADOS FINANCEIROS PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS ANÁLISE FINANCEIRA Quadro de indicadores Indicadores de balanço Indicadores de resultados Estrutura Patrimonial Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Crédito vencido Ativos não correntes detidos para venda Ativos Tangíveis e intangíveis Investimentos em associadas Outros Ativos Recursos de Clientes Crédito / Recursos por balcão Capitais Próprios Resultado Líquido Margem Financeira Produto Bancário Custos de funcionamento Provisões/Imparidades Impostos ACTIVIDADE SEGURADORA Ramo Vida Ramos não vida MOVIMENTO ASSOCIATIVO PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 59 2

3 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS INTEGRAL EM 31 DE DEZEMBRO DE NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE PARECER DO CONSELHO FISCAL CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 100 3

4 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, C.R.L., pessoa colectiva nº , com sede no Largo da República, nº. 1 e 2, em Estremoz, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Estremoz sob o mesmo número, com o capital social realizado de ,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 30 de Março de 2017, pelas 10:00 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2016 e do Relatório Anual do Conselho fiscal. 2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados. 3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola 4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola. 5. Aprovação de pedidos de exoneração e exclusão de Associados. 6. Apreciação de outros assuntos de interesse para a Caixa Agrícola Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número. Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto, que entrou em vigor no passado dia 30 de Setembro. Estremoz, 7 de Março de 2017 Presidente da Mesa da Assembleia Geral Henrique Champalimaud Jardim 4

5 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES 2.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. Em 21/12/2015 foram eleitos novos órgãos sociais para o triénio 2016/2018, tendo o Banco de Portugal concedido autorização para o exercício de funções em 27/01/ Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola ASSEMBLEIA GERAL ROC CONSELHO FISCAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO AUDITORIA e CONTROLO INTERNO ADJUNTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO COMPLIANCE GESTÃO DE RISCOS APOIO AGRONOMICO e AVALIAÇÕES Área Comercial Área de Crédito Área Administrativa e Financeira 6 Agências Contabilidade, Reporting Recepção de Propostas e Fiscalidade Gestão de Clientes Avaliação e Acompanhamento de Risco de Credito Recursos Humanos Apoio Técnico Processamento, Contratação Gestão Financeira (seguros e campanhas) e Arquivo e Administrativa Recuperação de Credito (inclui apoio Juridico e contencioso) 5

6 2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. No exercício de 2016 evidenciou a seguinte composição: Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Henrique Champalimaud Jardim Vice-Presidente: Duarte Jaime Romão Palmeiro Secretário: Maria João Moura Romão Valentim Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. 6

7 2.4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. O Conselho de Administração é composto por 3 membros. No mandato para o triénio 2016/2018, evidenciou a seguinte composição: Composição do Conselho de Administração Efetivos: Presidente do Conselho de Administração: Normando António Gil Xarepe Administrador: João José Correia Margalho Administrador: Carlos Alberto Paliotes Veiga Suplentes: Iva de Jesus Carvalho Russo Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. 7

8 Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 45 reuniões em Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração No mandato para o triénio 2016/2018, o Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma: Sr. Normando António Gil Xarepe (Presidente): Representação institucional e gestão de recursos humanos; Sr. João José Correia Margalho (Vogal): Área comercial; Sr. Dr. Carlos Alberto Paliotes Veiga (Vogal): Áreas de crédito e administrativo-financeira; Auditoria e controlo interno, gestão de riscos e compliance; Apoio agronómico. A gestão corrente da CCAM foi confiada ao Sr. Dr. Carlos Veiga e ao Presidente do Conselho de Administração é atribuído voto de qualidade nas deliberações. 8

9 2.5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente. No mandato para o triénio 2016/2018, evidenciou a seguinte composição: Composição do Conselho Fiscal Efetivos: Presidente: Paulo Jorge Camões Fernandes Secretário: Alexandra Maria Rento Massano Secretário: Nelson Joaquim Gomes Gato Suplentes: Guilherme Romão Venâncio de Oliveira Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2016, um total de 12 reuniões. Revisor Oficial de Contas O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o cargo: Efetivo: Tocha, Chaves & Associados, SROC Suplente: MGR Roberto, Graça e Associados 9

10 2.6. Politica de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Em 21 de Dezembro de 2015, na Assembleia Geral Ordinária da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), foi apreciada e aprovada a Política de Remuneração da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a refletir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos: a) O RGICSF; b) O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a atual redação do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações; c) A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d) A Diretiva n.º 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Diretiva de Requisitos de Capital); e) O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital). 2. PRINCÍPIOS GERAIS O novo regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantem a relevância dada até aqui a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação da dita Instituição, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insuscetíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas 10

11 das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos: a) Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b) Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objetivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; c) Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização. 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de ações ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: (CONSELHO FISCAL) A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia-Geral. 11

12 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: 5.1. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em remuneração de montante fixo mensal, definida pela Assembleia-Geral, a pagar 14 vezes por ano. Verificando-se que os titulares efetivos faziam parte do quadro de trabalhadores da Caixa Agrícola e que nos termos da legislação em vigor foram obrigados a suspender o seu contrato de trabalho com a CCAM de Estremoz, Monforte e Arronches CRL, enquanto exercerem tais funções, mantêm-se um estatuto de antiguidade, prémio, descontos, encargos patronais, cobertura de acidentes pessoais idêntico ao que detinham enquanto trabalhadores, nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo (ACT). Mantêm-se ainda o beneficio do Serviço de Assistência Médico- Social (SAMS) e o pagamento do Fundo de Pensões e sua inclusão no respetivo mapa anual, de forma a que o tempo prestado na função de Administrador executivo seja considerado para todos os efeitos em sede de contrato de trabalho, conservando assim inalterada a sua perspetiva de reforma. Acresce a esta remuneração a possibilidade de: I) Reembolso de despesas com deslocações e de representação, devidamente documentadas e ocorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração, contra entrega das respetivas faturas; II) Atribuição de telemóvel ou viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções; III) Acesso a financiamento de carácter ou finalidade social ou decorrente da política de pessoal, conquanto verificados os pressupostos legal, regulamentar ou convencionalmente exigíveis; Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores é o órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/ Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução ( malus ) ou reversão ( clawback ) Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, 12

13 incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Foram pagas ao Presidente do Órgão de Administração da Instituição remunerações pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, com a qual a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração; g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. 13

14 2.7. Remunerações auferidas pelos Órgãos de Administração e de Fiscalização As remunerações para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches no exercício de 2016 foram as seguintes: Remuneração Fixa Variável Total Conselho Fiscal 6.629,31 0, ,31 Presidente do Conselho Fiscal 2.209, ,77 Secretário do Conselho Fiscal 2.209, ,77 Secretário do Conselho Fiscal 2.209, ,77 Fixa Variável Total Conselho de Administração ,96 0, ,96 Presidente do Conselho de Administração , ,32 Administrador , ,32 Administrador , ,00 Administrador * 3.513, ,32 * Mandato anterior Total ,27 Revisor Oficial de Contas 7.712,10 - Não foi deferido o pagamento de qualquer remuneração para o ano de 2016; - Não é devida, nem foi paga, qualquer remuneração por ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual; - Não houve qualquer alteração da composição; - Não são devidos nem foram efectuados quaisquer pagamentos em virtude da cessação antecipada de funções. 14

15 2.8. Política de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Também se atribui 1 ou 2 horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. 3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. 4. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transato. 5. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir. 15

16 2.9. Remunerações auferidas pelos Colaboradores Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: Adjunto do Conselho de Administração, Auditoria Interna, Compliance e Risco Remuneração Fixa Variável Total , , ,85 - Não foi deferido o pagamento de qualquer remuneração; - Não é devida, nem foi paga, qualquer remuneração por ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual; - Não houve qualquer alteração relativa a contratação; - Não são devidos nem foram efetuados quaisquer pagamentos em virtude da cessação antecipada de funções; 16

17 3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 3.1. Introdução A profissionalização da gestão referenciada na apresentação do Relatório e Contas referentes ao exercíco de 2015, originou mudanças muito positivas na actividade global da Caixa Agrícola e nos resultados verificados no ano de 2016, o que nos leva a pensar que as alterações introduzidas nos órgãos de gestão eram não só necessárias como imprescindíveis para a consolidação, crescimento e sustentabilidade da Insituição. Apesar de as normas impostas pelos reguladores serem cada vez mais exigentes em termos de reporte e de controlo da actividade bancária, estando em constante mudança e actualização, os serviços da Caixa Agrícola têm correspondido com eficácia e eficiência às exigências impostas. Continua no entanto por fazer a revisão do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, documento que reportamos de essencial para a clarificação do papel da banca cooperativa no universo do sector bancário nacional, situação que esperamos ver resolvida no corrente ano de acordo com os interesses do Grupo e dos nossos clientes. Como resultado do trabalho desenvolvido por toda a equipa apresentamos no Relatório e Contas referentes ao exercício de 2016 números verdadeiramente excepcionais, conforme resulta da leitura dos seguintes rácios e indicadores: Rácios Normativo Caixa Central Rácio Orientação CCAM CCAM SICAM (Caixas Agrícolas) Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido <= 3% 1,06 % 0,17 % 1,14 % Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/crédito Total <=5% 6,51 % 4,99 % 6,35 % Rácio de Eficiência < 60% 65,13 % 63,16 % 67,69 % Activo Líquido/Nº Empregados > Produto Bancário/Nº Empregados > Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 23,47 % 23,40 % 29,74 % Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 80,77 % 81,49 % 75,13 % Rácio de Transformação < 85% 83,81 % 84,29 % 67,37 % 17

18 Indicadores de Rendibilidade e de Estrutura Rácio CCAM CCAM Ren Méd. Caixas Agrícolas Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido 2,40 % 2,35 % 1,95 % Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido 0,78 % 0,80 % 0,89 % Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 3,33 % 3,44 % 3,01 % Custos com Pessoal / Activo Líquido 0,98 % 0,93 % 0,97 % F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,84 % 0,73 % 0,76 % Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,24 % 1,41 % 0,61 % Rácio de Crédito em Risco 11,37% 7,17 % 9,03 % Rácio de Crédito com Incumprimento 6,63% 4,97 % 6,64 % Ao nível da estrutura verificou-se um aumento dos custos de funcionamento, essencialmente da rubrica de custos com o pessoal - órgãos de gestão, essencialmente derivados da necessidade de responder às exigências impostas pelo regulador. No ano de 2016, a Caixa Agrícola está representada no Conselho Consultivo da Caixa Central e o Conselho de Administração fez-se representar em todas as Assembleias da Caixa Central, e das Empresas do Grupo, bem como em todas as acções e iniciativas desenvolvidas no seio do Crédito Agrícola. Um agradecimento muito especial aos membros da Mesa da Assembleia Geral, aos membros do Conselho Fiscal e aos membros da Comissão de Avaliação, que nos acompanharam e apoiaram activamente com grande disponibilidade durante o ano de Um agradecimento aos nossos colaboradores pela dedicação, empenho e disponibilidade que colocam ao serviço da Caixa Agrícola e dos clientes. Sem este trabalho de equipa teria sido impossível atingir estes resultados e solidificar o prestígio desta Instituição. Um agradecimento aos nossos sócios e clientes por continuarem a trabalhar connosco, por confiarem em nós, por acreditarem que em conjunto continuaremos a fazer da nossa Caixa Agrícola uma Instituição cada vez maior e melhor ao serviço do desenvolvimento económico e social da nossa região. 18

19 3.2. Enquadramento macroeconómico Economia Internacional A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes ( ) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a 19

20 divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam insustentáveis a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados. 20

21 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. 21

22 Economia Nacional A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%. 2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018). 22

23 Indicadores macroeconómicos ( ) Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0 EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97-10,22-3,18 Preço do Petróleo (%) tav -41,0-27,6 57,0 Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3 Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1 Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0 Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5-1,7 Exportações tav 3,4 6,1 3,7 Importações tav 6,2 8,2 3,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8 Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0 Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0 Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2 Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00 Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00-0,30 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em

24 Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017 Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M, o que representa um aumento de 9,5 mil M face a Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M ). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M no final de 2015 para 17,3 mil M, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em

25 A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB. 25

26 3.3. Mercado bancário nacional O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M ); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (- 2,8 p.p. que em 2015). 26

27 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país. 27

28 Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2016 Crédito Peso total Var. Homóloga Particulares Empresas Total % Particulares Empresas Total Aveiro ,3% -3,9% -5,1% -4,3% Beja ,9% -2,5% -0,7% -2,0% Braga ,0% -2,8% -8,9% -5,1% Bragança ,6% -2,3% 10,9% 0,4% Castelo Branco ,9% -3,7% -1,5% -3,2% Coimbra ,6% -3,6% 1,2% -2,4% Évora ,3% -4,1% 26,7% 4,8% Faro ,3% -6,9% 1,5% -4,7% Guarda ,6% -2,9% -5,2% -3,4% Leiria ,4% -4,4% -1,5% -3,3% Lisboa ,9% 1,7% -5,8% -2,1% Portalegre ,6% -3,8% -16,1% -7,1% Porto ,1% -3,0% -4,1% -3,4% Santarém ,8% -3,7% -0,4% -2,8% Setúbal ,7% -2,9% -15,2% -5,1% Viana do Castelo ,1% -3,3% -24,2% -9,1% Vila Real ,9% -2,5% 4,2% -1,2% Viseu ,9% -1,7% 6,3% 0,5% Reg. Autónoma Açores ,8% -4,4% -31,4% -12,5% Reg. Autónoma Madeira ,2% -3,8% -14,4% -7,4% Total % -1,6% -5,5% -3,2% Fonte: Banco de Portugal Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido % Habitação ,0% 80,8% 2,5% Consumo ,7% 11,7% 6,2% Outros fins ,8% 7,5% 15,4% Total ,6% 100% 3,9% Fonte: Banco de Portugal 28

29 No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016 Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,0% ,0% 5,9% Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5% Indústrias Transformadoras -0,3% ,7% 10,1% Energia -8,1% ,0% 0,7% Água e Saneamento -12,3% ,8% 2,0% Construção -11,8% ,7% 35,8% Comércio -0,9% ,7% 14,6% Transporte e Armazenagem -5,3% ,9% 7,5% Alojamento e Restauração 2,7% ,9% 10,4% Actividades Imobiliárias -15,2% ,3% 25,6% Saúde e Apoio Social 1,4% ,7% 4,7% Outros -4,7% ,0% 10,4% Total -5,5% % 15,7% Fonte: Banco de Portugal Valores em milhões de euros 29

30 3.4. Mercados Financeiros Mercados accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde Índices Accionistas (base 2010) 2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0, ,87 1,78 1,66 1,28 0,95 0,62 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). 30

31 Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de o ano da nota verde ). Taxas de referência nos Mercados Monetários 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0-0,2-0,4-0,6 0,75 0,25 0,00-0, Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de

32 Matérias-primas Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista ( spot ) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. 32

33 Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de - 0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base). 33

34 3.5. Principais riscos e incertezas A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles: melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a confiança dos stakeholders; e investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes. No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de: redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do overbanking ) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos os stakeholders. 34

35 Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. 3 European Securities and Markets Authority 35

36 3.6. Análise Financeira As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no exercício de 2016, de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) Quadro de indicadores Indicadores de balanço Descrição Variação % Activo líquido ,84% Crédito a clientes ,36% Crédito vencido ,84% Rendimentos a receber ,95% Receitas com rendimento diferido ,93% Provisão para crédito cobrança duvidosa ,00% Provisão para crédito vencido ,58% Provisões para riscos gerais de crédito ,56% Activos não correntes detidos para venda ,00% Imparidade para activos não correntes detidos para venda ,04% Recursos de clientes ,72% Capitais próprios ,23% Fundos próprios ,54% Capital ,30% Indicadores de resultados Descrição Variação % Resultado liquido ,29% Cash-Flow ,28% Margem financeira ,47% Produto bancário ,42% Custos com pessoal ,87% Gastos gerais administrativos ,27% Custos funcionamento = Custos com pessoal + FST ,51% Amortizações ,93% 36

37 Estrutura Patrimonial Em 31 de Dezembro de 2016, o Ativo Líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches era de As aplicações na Caixa Central eram em 2016 de O crédito a clientes em 2016 apresentava o saldo de , enquanto os recursos alheios apresentavam um saldo de Os Capitais próprios da Caixa no final de 2016, apresentavam o valor de Estrutura Patrimonial Aplicações Crédito Recursos alheios Capitais próprios Rácio de Transformação do Crédito / Recursos Alheios 77,56% 78,66% 72,71% Estrutura Patrimonial Capitais próprios Recursos alheios Crédito Aplicações

38 Rácios de capital Os fundos próprios da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches em Dezembro de 2016, ascenderam a , um aumento de 0,54%. Os requisitos de fundos próprios para cobertura dos riscos de crédito (que incluem requisitos de fundos próprios para risco de ajustamento da avaliação de crédito) e operacional diminuiram globalmente 1,86%, relativamente a Dezembro de Os rácios common equity tier 1 e solvabilidade total, calculados com a aplicação das disposições transitórias (phased-in) e aplicação integral (fully implemented) das regras previstas no Regulamento (UE) n.º 575/2013, fixaram-se conforme o quadro em baixo. Racio de capital Rácio de capital (a) 20,53% 17,88% 18,32% Rácio TIER I (a) 20,42% 17,31% 17,90% Rácio CET1 (Common Equity TIER 1) 20,42% 17,31% 17,90% Fundos Próprios Capital TIER Common Equity TIER 1 (CET 1) Capital TIER Requisitos Fundos Próprios

39 Rácio de transformação O rácio de transformação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches subiu em termos líquidos de 78,81% para os 80,54% sempre muito aquém do limite prudencial de referência estabelecido no âmbito do programa de assistência financeira a Portugal (120%). Em termos brutos subiu de 83,81% para 84,28%. O crédito a clientes aumentou 7,36% face ao período homólogo. Os recursos de clientes, registaram um crescimento de 6,72% em relação ao ano anterior. Racio de Transformação Rácio de transformação (Instr. 16/2004) 73,19% 78,81% 80,55% Crédito total ( ) Provisões / Imparidade acumulada para crédito Depósitos e aplicações indexados à divida publica Depósitos clientes ( ) Rácios de Transformação (DFOA) 77,91% 83,81% 84,29% Credito total ( ) Depósitos e aplicações indexados à divida publica Depósitos clientes (40) Recursos / Crédito Recursos Crédito 39

40 Aplicações em Instituições de Crédito Os excedentes visam garantir a liquidez, sendo depositados exclusivamente na Caixa Central por imperativos estatutários. A CCAM tinha excedentes no montante de a 31 de Dezembro de Aplicação de excedentes

41 Crédito a Clientes O total do crédito a clientes em 31 de Dezembro de 2016 era de , dos quais de crédito concedido a empresas (mais 8,66% que no ano anterior), a particulares (mais 10,20% que no ano anterior) e de crédito titulado. O crédito vencido registava o valor de , uma descida de 17,84%, enquanto os juros de crédito a receber totalizavam O gráfico seguinte apresenta a evolução do último triénio. Evolução do crédito % Crédito a empresas ,66% Crédito a particulares ,20% Crédito titulado ,00% Crédito vencido ,84% Total do Crédito ,44% Juros de crédito ,95% Rendimentos diferidos ( ) ( ) ( ) 20,93% Total do Crédito + Juros ,36% Evolução do crédito

42 Crédito vencido Em 31/12/2016 existiam de crédito vencido, dos quais , vencidos há mais de 90 dias. O rácio de crédito vencido diminuiu de 2015 para 2016 passando para 5,02%. A taxa de cobertura do crédito vencido passou de 85,15% em 2015 para 96,81% em Evolução do crédito vencido % Crédito Vencido < 3 meses ,54% Crédito Vencido > 3 meses ,61% Crédito Vencido Total ,84% Crédito Total ,44% Provisões para Crédito Vencido ,58% Rácio de crédito Vencido 8,88% 6,57% 5,02% -23,53% Taxa de Cobertura do Crédito Vencido 66,33% 85,15% 96,81% 13,69% Evolução do crédito vencido Crédito Vencido < 3 meses Crédito Vencido > 3 meses

43 Qualidade do crédito Crédito vencido A redução do crédito vencido e o aumento do nível de provisionamento para cobertura da carteira de crédito em Dezembro de 2016, provocou que o rácio de crédito vencido líquido passasse de 1,06% para 0,17%. Rácio de crédito vencido Crédito vencido bruto + 90 dias / Crédito Total 8,48% 6,51% 4,99% Créditos vencidos > 90 dias Credito total ( Crédito vivo + Crédito vencido) Crédito vencido liquido / Crédito total liquido 3,23% 1,06% 0,17% Crédito vivo líquido Crédito vencido líquido Crédito em incumprimento O rácio de crédito com incumprimento, calculado nos termos da Instrução nº 22/2011 do Banco de Portugal, diminuiu face ao ano anterior, atingindo os 4,97% em Dezembro de 2016 e o rácio de incumprimento líquido situou-se nos 0,13%, refletindo a redução do crédito vencido e o aumento da taxa de cobertura do crédito Rácio de crédito em incumprimento Crédito com incumprimento / Crédito Total 9,00% 6,63% 4,97% Créditos vencidos > 90 dias Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido Credito total ( Crédito vivo + Crédito vencido + Juros) Crédito com incumprimento líquido / Crédito total liquido 2,79% 0,34% 0,13% Crédito com incumprimento líquido Créditos vencidos > 90 dias Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido Crédito total líquido

44 Crédito em risco O rácio de crédito em risco, que inclui o valor total em dívida do crédito vencido por um período igual ou superior a 90 dias e o crédito reestruturado igualmente vencido por esse período sem que tenham sido observados o pagamento integral de juros e encargos e o reforço integral de garantias, sofreu uma redução relevante face ao ano anterior, situando-se nos 7,17% e em consequência, em termos líquidos, o rácio diminuiu para 2,45%. Rácio de crédito em risco Crédito em risco / Crédito total 12,85% 11,37% 7,17% Crédito em risco Credito total ( Crédito vivo + Crédito vencido + Juros) Crédito em risco líquido / Crédito total líquido 6,90% 5,40% 2,45% Crédito em risco líquido Crédito total líquido Ativos não correntes detidos para venda Em 2016 existiam ativos não correntes detidos para venda no valor de , os quais diziam respeito na totalidade a imóveis, estando constituída uma imparidade de Ativos Tangíveis e intangíveis Foram investidos no exercício em novos activos tangíveis, sendo que em novas viaturas Investimentos em associadas Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa tinha participações no valor Outros Ativos Em 31 de Dezembro de 2016 existiam outros ativos líquidos no valor de cujo detalhe se apresenta nas notas anexas. 44

45 Recursos de Clientes Os recursos de clientes no final de 2016, registaram uma subida face ao ano anterior de 6,72%, tendo registado o valor de Evolução dos depósitos % Depósitos à ordem ,16% Depósitos a prazo ,97% Depósitos de poupança ,50% Outros recursos ,67% Total de Depósitos ,84% Juros de depósitos ,56% Total de Depósitos + Juros ,72% Evolução dos depósitos Depósitos de poupança Depósitos a prazo Depósitos à ordem

46 Crédito / Recursos por balcão Crédito por balcão No quadro e no gráfico seguinte apresenta-se a repartição dos créditos por balcão: o balcão da sede representou mais de metade dos créditos concedidos, seguindo-se Monforte e Arronches Crédito Estremoz Arronches Veiros Arcos Evoramonte Monforte Total Crédito vivo a empresas e SPA Crédito vivo a particulares Crédito vivo titulado Crédito vencido Total Evoramonte 1% Arcos 2% Veiros 3% Monforte 15% Crédito Arronches 15% Arronches Estremoz Veiros Arcos Evoramonte Monforte Estremoz 64% 46

47 Recursos por balcão No gráfico seguinte apresenta-se a repartição dos recursos por balcão: o balcão da sede representou quase metade dos recursos captados, seguindo-se Monforte e Arronches Depósitos Estremoz Arronches Veiros Arcos Evoramonte Monforte Total Depósitos à ordem Depósitos a prazo Depósitos de poupança Outros recursos Total Recursos Monforte 19% Arronches 11% Arronches Evoramonte 8% Estremoz Veiros Arcos Arcos 10% Evoramonte Monforte Veiros 7% Estremoz 45% 47

48 Crédito / Recursos por balcão A relação de recursos / crédito por balcão é apresentada no quadro e no gráfico seguinte. Evolução dos recursos e do crédito Recursos Crédito Recursos Crédito Recursos Crédito Arronches Estremoz Veiros Arcos Evoramonte Monforte Total Crédito / Recursos Recursos Crédito Arronches Estremoz Veiros Arcos Evoramonte Monforte 48

49 Capitais Próprios Capitais Próprios Capital social Reservas de reavaliação Reservas e resultados transitados Resultado liquido Total Evolução dos capitais próprios Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade dos Capitais Próprios Cash Flow / Capitais Próprios 7,59% 7,64% 8,67% Resultado Líquido / Capitais Próprios 0,65% 1,95% 11,32% Rentabilidade do Activo Total Cash Flow / Activo Total 0,98% 0,89% 0,98% Resultado Líquido / Activo Total 0,08% 0,23% 1,28% 49

50 Resultado Líquido O resultado líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches em 2016, foi de A subida nos resultados, deveu-se essencialmente, ao aumento da margem financeira, do produto bancário e da redução das correções de valor associadas ao crédito a clientes. No gráfico apresenta-se a evolução registada nos últimos 3 anos Resultado liquido Rácios de rendibilidade Rácios de Rendibilidade Rendibilidade do activo 0,08% 0,23% 1,28% Rendibilidade dos capitais próprios 0,65% 1,95% 11,32% Margem financeira / activo 2,31% 2,26% 2,14% 50

51 Margem Financeira A margem financeira em 2016 registou um aumento de 9,47% face a ano anterior como é apresentado no gráfico. Esta subida deveu-se essencialmente à melhoria da relação entre o custo das operações ativas e passivas, uma vez que, as taxas de juro no mercado bancário continuam em queda Margem financeira

52 Produto Bancário O produto bancário teve uma evolução positiva em 2016 de 15,42% em relação ao ano anterior. Os rendimentos e serviços de comissões registaram um aumento de 12,69% relativamente ao ano anterior. Os encargos com serviços e comissões também diminuíram em 7,57%. No conjunto da operação de serviços e comissões, registou-se um aumento de 15,05%. Há que realçar igualmente, o aumento em outros resultados de exploração de 25,07% relativamente ao ano anterior Produto bancário Rácios de produtividade Rácios de Produtividade Produto bancario / nº empregados Comissões líquidas / Produto bancário 24,01% 23,47% 23,40% 52

53 Custos de funcionamento Os custos de funcionamento registaram um aumento global de 12,51%, tendo os gastos gerais administrativos aumentado 1,27% e os custos com o pessoal registaram uma subida de 20,87% face ao ano anterior Custos Administrativos Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Rácios de eficiência O rácio de eficiência dos custos de funcionamento melhorou ligeiramente de 65,13% em 2015 para 63,16% em 2016, fruto da melhoria do produto bancário. O rácio de eficiência dos custos com o pessoal aumentou de 35,74% em 2015 para 37,43% em Rácios de Eficiência (Custos funcionamento + Amortizações) / Produto bancário 67,34% 65,13% 63,16% Custos com pessoal / Produto bancário 37,64% 35,74% 37,43% Rácios de produtividade Rácios de Produtividade Activo líquido Nº de empregados Activo / Empregado Custos com pessoal / Activo liquido 1,25% 1,12% 1,17% Fornecimentos e serviços terceiros / Activo liquido 0,87% 0,84% 0,73% 53

54 Provisões/Imparidades As provisões e imparidades tiveram um impacto positivo nos resultados, no montante de , nomeadamente a redução de de correções de valor associadas ao crédito a clientes. Foram ainda repostas de provisões para riscos gerais de crédito. Pelo lado do reforço das imparidades, registaram-se mais de imparidades para imóveis por medida de prudência, face ao seu valor de mercado e o seu custo de aquisição ( ) ( ) ( ) ( ) Provisões e Imparidade Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Provisões líquidas de reposições e anulações 54

55 Impostos A carga fiscal imputada ao exercício foi de O imposto corrente ascendeu a , enquanto o imposto diferido teve um impacto nos resultados de , em consequência da redução das provisões não aceites fiscalmente Impostos diferidos correntes ( ) ( ) ( )

56 3.7. Actividade Seguradora Ramo Vida Produto 2015 Nº de Apólices em Prémios carteira 2016 Nº de Apólices em Prémios carteira Variação % Nº de Apólices em Prémios carteira Protecção Família % -7% CA Vida Plena % 60% CA Mulher % 12% Protecção Crédito Habitação % 14% Protecção Crédito Pessoal % 23% Protecção Empresa Viva % 10% CA Pessoa-Chave % 29% Protecção Poupança Invest % -20% CA Poupança Activa % -25% CA Renda % 0% Protecção Poupança Educação % -13% Protecção Poupança Reforma % -30% CA Invest % % CA Express % 5850% Fundos de Pensões % 147% Prémios comerciais ramo seguro vida 56

57 Ramos não vida Produto Variação % Acidentes Pessoais ,8% Acidentes Trabalho ,2% Habitação ,4% Automóvel ,6% CA Saúde ,4% Clinicard ,8% Comércio e serviços ,3% Máquinas Agrícolas ,5% Caçadores ,7% Protecção Financeira ,5% Responsabilidade Civil ,7% Outros ,5% Total ,9% Prémios comerciais ramo não vida

58 3.8. Movimento Associativo Movimento de sócios durante o ano Sócios existentes no inicio do ano Socios admitidos durante o ano Pedidos de demissão Sócios existentes no fim do ano Sócios

59 4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Em cumprimento do preceituado nos Estatutos, o Conselho de Administração, propõe à Assembleiageral que os Resultados líquidos do exercício de 2016, no montante de ,59 e os Resultados transitados negativos, resultado de diferenças de políticas contabilísticas no montante de 8.554,44 sejam aplicados da seguinte forma: Aplicação de Resultados 2016 Resultado líquido ,59 Resultados Transitados , ,15 Reserva legal ,43 Reserva para educação e formação cooperativa ,67 Reserva para mutualismo 10,00 Reserva especial - Remuneração do capital ,00 Outras reservas , ,15 Propõe-se que o capital social seja remunerado à taxa de 1,5% (sob a forma de juro), arredondado para a unidade imediatamente inferior, a partir da Reserva Especial. Considerando a recomendação do Banco Central Europeu de 17/12/2015, relativa a política de distribuição de dividendos, e a carta circular do Banco de Portugal de 05/02/2016, a distribuição de excedentes ficará condicionada à prévia aprovação do Banco de Portugal. Estremoz, 3 de Março de 2017 O Conselho de Administração Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 59

60 5.1. Balanço em 31 de Dezembro de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Provisões, Activo imparidade e Activo Activo ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas Caixa e disponibilidades em bancos centrais Recursos de bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Passivos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de - resultados Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de outras instituições de crédito Activos financeiros disponíveis para venda Recursos de clientes e outros empréstimos Aplicações em instituições de crédito Responsabilidades representadas por títulos Crédito a clientes Passivos financeiros associados a activos transferidos Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura Activos com acordo de recompra Passivos não correntes detidos para venda Derivados de cobertura Provisões Activos não correntes detidos para venda Passivos por impostos correntes Propriedades de investimento Passivos por impostos diferidos Outros activos tangíveis Instrumentos representativos de capital Activos intangíveis Outros passivos subordinados Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Outros passivos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Total do Passivo Outros activos Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação 36 (51.411) (4.068) Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício Dividendos antecipados - - Total do Capital Total do Activo Total do Passivo e do Capital O Responsável pela Contabilidade Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) O Conselho de Administração Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 60

61 5.2. Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2016 RUBRICA Notas Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Resultados de activos financeiros disponíveis para venda Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos (81.250) Outros resultados de exploração Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício 17 e Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (41.150) Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 ( ) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Resultado antes de impostos Impostos correntes diferidos ( ) Resultado após impostos O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 61

62 5.3. Demonstração de fluxos de caixa em 31 de Dezembro de Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimento de juros e comissões Pagamento de juros e comissões ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal e fornecedores ( ) ( ) Contribuições para o fundo de pensões (63.255) (54.990) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento ( ) (47.105) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - - Activos disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura - - Activos não correntes detidos para venda (9.000) Outros activos ( ) ( ) Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - - Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos ( ) Caixa líquida das actividades operacionais (41.027) Fluxos de caixa de actividades de investimento Variação de activos tangíveis e intangíveis Recebimento de dividendos (38) (29) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas (45) 0 ( ) - - Caixa líquida das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital Diminuição de capital - - Pagamento de dividendos - - Variação de passivos subordinados - - Reservas (77.229) ( ) ( ) - - Caixa líquida das actividades de financiamento (50.129) (70.146) Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) ( ) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (b)

63 5.4. Demonstração de alterações de capital próprio em 31 de Dezembro de 2016 Outras Reservas e resultados transitados Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de 2014 ####### ######## Amortização anual do impacto de transição das pensões (Not (19.196) (19.196) - (19.196) Aplicação do resultado do exercício de 2014: Transferência para resultados transitados (68.060) - Constituição de reservas ( ) (68.060) ( ) - - Distribuição de dividendos - - (12.733) - (12.733) - (12.733) ( ) - - Aumento de capital Reembolso de capital (11.110) (11.110) Utilização da Reserva de Formação e Educação Cooperativa - - (10.271) - (10.271) - (10.271) Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (Nota 50) - (54.136) (54.136) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de 2015 ####### (4.068) ######## Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) (19.199) (19.199) - (19.199) Aplicação do resultado do exercício de 2015: Transferência para resultados transitados ( ) - Constituição de reservas ( ) Distribuição de dividendos (10.687) (10.687) - (10.687) ( ) - - Aumento de capital Reembolso de capital (16.130) - - (16.130) Utilização da Reserva de Formação e Educação Cooperativa Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (Nota 50) (47.343) - - (47.343) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de ######## Saldos em 31 de Dezembro de 2016 ####### (51.411) (8.554) ######## O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 63

64 5.5. Demonstração de resultados integral em 31 de Dezembro de Resultado individual ####### Diferenças de conversão cambial - - Reservas de reavaliação de activos - - Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - - Impacto fiscal - - Transferência para resultados por alienação - - Impacto fiscal - - Fundo de Pensões - Desvios actuariais (47.343) (54.136) Impacto fiscal - - Pensões - regime transitório (19.199) (19.196) Reserva para formacão e educação cooperativa (10.271) Outros movimentos - - Total outro rendimento integral do exercício (66.542) (83.603) Rendimento integral individual ####### O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 64

65 5.6. Notas Anexas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Estremoz, ) é uma instituição de crédito constituída em 20 de Dezembro de 1926, sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada no Largo da República n.º 1 e 2, em Estremoz e através de uma rede de 6 balcões situados nos concelhos de Estremoz, Monforte e Arronches. Os pontos do anexo não incluídos são não aplicáveis. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; 65

66 iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em Reservas de reavaliação. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pósemprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente Comparabilidade da informação As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com o Aviso nº 1/ Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transações em moeda estrangeira Na data da contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira são registadas ao contravalor em euros. Os ganhos e perdas relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, diretamente em resultados. Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à data do balanço, à taxa de câmbio de referência, publicada pelo Banco de Portugal. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. 66

67 d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; Estarem em incumprimento há mais de: seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido 67

68 de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: -1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; -0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; -1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica Outros resultados de exploração. g) Outros ativos tangíveis Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma 68

69 parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. h) Ativos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Ativos tangíveis disponíveis para venda Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual; Deverá existir a expetativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do ativo nesta rubrica. Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o setor bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade S.A. 69

70 De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. I) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. 70

71 Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício. 71

72 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global positivo nos capitais próprios da Caixa em 31 de Dezembro de 2016 no montante de ,00 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas, resultante dos seguintes efeitos: Diferenças de alterações de políticas contabilísticas em 31 de Dezembro de Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 0 Activos intangíveis IAS 38 0 Diferimento de comissões associadas a operações de crédito IAS 18 0 Responsabilidades com pensões IAS Prémio de antiguidade IAS 19 0 Encargos com saúde IAS Impostos diferidos IAS 12 0 Provisões IAS 37 0 Activos detidos para venda IFRS 5 0 Ajustamentos de transição Diferenças de alterações de políticas contabilísticas em 31 de Dezembro de CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31/12/ /12/2015 Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31/12/ /12/2015 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Juros a Receber

73 9. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de Dívida Instrumentos de capital APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Em outras instituições de crédito: Depósitos Juros a receber Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: 31/12/ /12/2015 Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Juros a receber

74 11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito a Clientes Crédito Interno Empresas a Administração Pública Desconto Empréstimos Crédito em conta-corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Outros Créditos Particulares Crédito à Habitação Consumo Outras Finalidades Desconto Empréstimos Crédito em conta-corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos e valores a receber (titulados) Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Receitas com rendimento diferido ( ) ( ) ( ) ( ) Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos ( ) ( ) Para crédito de cobrança duvidosa - ( ) ( ) ( ) Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de Euros e Euros, respetivamente, registada na rubrica Provisões do passivo (Nota 30). 74

75 Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e cinco anos Mais de cinco anos INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Títulos detidos até à maturidade OT's-Dívida pública portuguesa- IDM OTRV MAIO Juros a receber - OT's-Div.Púb.Portuguesa-IDM ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Ativos não correntes detidos para venda: Imóveis Imparidade: Imóveis ( ) ( ) ( ) ( ) O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma: Valor Utilização Dotações Reposições Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis ( ) ( ) ( ) Equipamento Outros ( ) ( ) - ( ) Valor Utilização Dotações Reposições Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis ( ) ( ) (71.763) Equipamento (12.205) - (12.205) Outros ( ) ( ) (71.763)

76 17. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Outros ativos tangíveis durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte: Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros - Grandes reparações Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Património artístico Outros activos tangíveis: Activos tangíveis em curso Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros - Grandes reparações Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Património artístico

77 18. ATIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Ativos intangíveis durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte: 31/12/ /12/2016 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Sistema de tratamento automático de dados (software) Outros activos intangíveis - Activos intangíveis em curso /12/ /12/2015 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Sistema de tratamento automático de dados (software) Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, a rubrica investimentos em filiais tem a seguinte composição: Participação Valor de Valor de efetiva (%) balanço balanço Empresa Sector de actividade Sede Caixa Central Bancário Rua Castilho, nº Lisboa 0,45% CA Informática Serviços informáticos Rua Teófilo Braga, lt. 63 c/v Damaia 0,21% CA Seguros Segurador Rua Castilho, nº233-7º Lisboa 0,00% Fenacam Bancário Rua Pascoal de Melo, nº Lisboa 0,00% 0 45 CA Vida Segurador Av. da Republica, nº lisboa 0,01% Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Ativo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL ( ) * Crédito Agrícola Informática S.A * Crédito Agrícola Seguros S.A * Crédito Agrícola Vida S.A * *Todos os valores são provisórios. Não foram ainda auditados. 77

78 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 eram os seguintes: Ativos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a recuperar - - Ativos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias - - O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Saldo Variação Saldo em em em Resultados Prémio de antiguidade Encargos com saúde -. Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para créditos de cobrança duvidosa (91.943) - Provisões para crédito vencido acima dos limites - - Provisões para crédito com garantia hipotecária (49.012) Provisões para riscos gerais de crédito (20.508) Provisões para imóveis Provisões para outros riscos e encargos ( ) Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: Impostos correntes Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias ( ) Prejuízos fiscais reportáveis ,95 ( ,26) Total de impostos reconhecidos em resultados Lucro antes de impostos Carga fiscal 22,39% 18,65% 78

79 A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada como segue: Taxa de Taxa de im posto Montante im posto Montante Resultado antes de im postos Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal Diferenças geradoras de activos e passivos por im postos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 22,50% ,50% ,64% ( ) 368,33% Diferenças perm anentes Variações patrimoniais negativas -23,72% (59.903) -24,62% (62.187) Reintegrações e Amortizações não aceites como custo 0,46% ,56% Multas, coimas, juros e demais encargos 0,00% 0,21% 527 Correcções relativas as exercicios anteriores 0,00% 0,00% 2 Gastos de benefícios de cessação de emprego, reforma e outros 9,42% ,38% Contribuições para o sector bancário 5,85% ,75% Prejuízo Fiscal imputado por ACE's 0,00% 0,00% Beneficios Fiscais para dedução ao lucro tributável -0,40% (1.020) -0,82% (2.064) Beneficios Fiscais para dedução à colecta 0,00% 0,00% - IRC Liquidado 91,43% ,61% Resultado da Liquidação 0,00% 0,00% - Derrama 5,09% ,16% Tributações autónomas 2,60% ,18% Imposto corrente sobre o lucro do exercício 99,13% ,19 99,95% Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 51,58% ,50% ( ) Custo com im posto do exercício 150,71% ,45% Correcções de impostos 2,39% ,20% Im postos sobre os lucros 22,39% ,65%

80 21. OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Numismática e medalhistica Sector Público Administrativo IVA a recuperar Outros rendimentos a receber Bonificações a receber Outros devedores diversos Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Valores a regularizar Operações activas a regularizar Operações internas a regularizar Imparidade Outros activos Outros devedores diversos ( ) ( ) ( ) ( )

81 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Recursos de instituições de crédito no país Depósitos Juros a pagar RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes: Cheques e ordens a pagar Depósito p/ justif. cheque Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Juros a pagar

82 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte: Saldos em Reposições e Saldos em Dotações anulações Utilizações Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa ( ) (1) - Crédito e juros vencidos ( ) (55.437) Risco-país ( ) (55.437) Provisões: - Riscos gerais de crédito ( ) Outros riscos e encargos Riscos bancários gerais ( ) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros 237 (237) 0 - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda (27.656) Outros activos tangíveis - Outros activos (9.648) ( ) (37.304) ( ) ( ) ( ) Saldos em Reposições e Saldos em Dotações anulações Utilizações Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa ( ) Crédito e juros vencidos ( ) (20.430) Risco-país ( ) (20.430) Provisões: - Riscos gerais de crédito (79.073) Outros riscos e encargos (27.000) 0 - Riscos bancários gerais ( ) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros (384) Imparidade de outros activos: - Activos não correntes detidos para venda (79.400) (12.205) Outros activos tangíveis Outros activos (12.018) (16.816) (91.418) (29.021) ( ) (49.451)

83 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores e outros recursos Recursos diversos Recursos conta cativa Recursos conta caução Outros recursos Sector Público Administrativo Imposto sobre o Valor Acrescentado - - Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde - SAMS Credores diversos Outros Fornecedores Outros credores Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados - - Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - - Por gastos com pessoal Remuneração de férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Responsabilidades com pensões Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Compromissos irrevogáveis Valores a regularizar Diferenças de caixa Outras operações a regularizar: Transferências electrónicas Transferências estrangeiro 75 Trânsito de cheques Compensação Meios electrónicos de pagamento Processamento de salários SEPA CT Sistemas informáticos 10 Outros

84 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Compromissos perante terceiros Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, a estrutura acionista da Caixa é a seguinte: N º de N º de Valor acções % Valor acções % Accionistas: Por incorporação de reservas ,99% ,27% CCAM Estremoz, ,95% ,23% Outros títulos de capital ,04% ,05% Subscrição de Títulos de Capital ,01% ,73% ,00% ,00% 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: Reservas de reavaliação: De Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (51.411) (4.068) (51.411) (4.068) Reserva legal Outras reservas Resultados transitados (8.554) Lucro do exercício Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 24/91, de 11 de Janeiro, alterado pelo Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital social. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital social. 84

85 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Juros de outras disponibilidades - Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Mobiliária Outros créditos 52 # 9 # Particulares Habitação Outros créditos # # Consumo Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos e valores a receber titulados Títulos de dívida Dívida não subordinada Crédito vencido Juros de activos financeiros disponíveis para venda Títulos de dívida emitidos por residentes Juros de investimentos detidos até à maturidade - - Títulos de dívida emitidos por residentes JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no país Juros de recursos de clientes e outros empréstimos

86 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias prestadas Garantias e avales Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Outros compromissos irrevogáveis Por serviços prestados Cobrança de valores Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Operações de crédito Outras operações de crédito Outros serviços prestados Aluguer de Cofres Registo e Destrates Cartões Outras comissões interbancárias Comissões de intermediação Colocação e comercialização Outras comissões a clientes Outras comissões recebidas Gestão de conta DO Cheques Extractos 2ª via Mora ou contencioso Moeda Estrangeira Emissão Caderneta 24 6 Outras

87 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias recebidas Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Cobrança de valores Operações de crédito 203 Outros serviços bancários Transferência de valores Cartões Outros serviços bancários Outras comissões interbancárias RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda (81.250) (81.250) 87

88 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: Outros rendimentos de exploração Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos A clientes A empresas do grupo Outros Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o FGD e FGCAM Fraudes Outras falhas 527 Anulação de juros vencidos Outros encargos e gastos operacionais Outros impostos Impostos directos e indirectos

89 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Encargos relativos a remunerações: Segurança Social SAMS Fundos de Pensões (Nota 18) Outros encargos sociais obrigatórios: Seguro de acidentes de trabalho Complemento de subs. doença Serviços de higiene e saúde no trab Outros custos com pessoal: Formação Fundo de garantia de compensação de trab 13 - Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição: Funções direcção 1 1 Funções técnicas 3 3 Funções comerciais Funções auxiliares

90 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância 270 Limpeza Bancos de dados Outros serviços especializados: SIBS Consultores e auditores externos Avaliadores externos Outros serviços de terceiros

91 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas: Activos: Coligadas Outras empresas do Grupo Total Coligadas Outras empresas do Grupo Total Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Outros activos Custos: Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões Gastos gerais administrativos Outros encargos operacionais - - Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros rendimentos operacionais As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas. 91

92 50. PENSÕES DE REFORMA Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes: 31/12/ /12/2015 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Idade de reforma Método de avaliação TV 88/90 EVK 80 (**) Projected Unit Credit TV 88/90 EVK 80 (**) Projected Unit Credit Pressupostos financeiros: Taxa de desconto Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios Taxa de crescimento das pensões Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/ de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 (*) 1,40% 1,00% 1,40% 1,40% (*) 1,40% 1,00% 1,40% 1,40% (*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : Préreformados, reformados e pensionistas : 2,30% 2,10% 1,75% 2,70% 2,30% 2,00% (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-e/2013 Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES, é o seguinte: F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores F.2 Com licenças sem vencimento F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento

93 O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pósemprego referente à CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES é o que a seguir se apresenta: G.1 + Custo do serviço corrente G.3 + Custo dos juros Líquido Net Interest -165 G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas 0 antecipadas G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES foi o seguinte: A (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.1 (+) Contribuições efectuadas H.1.1 Pela CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES H.1.2 Pelos empregados H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) H.4 (-) Prémios de seguro pagos H.9 (+) Participação de resultados no seguro H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões H (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016 (H A )

94 O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de G.1 (+) Custo do serviço corrente G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados G.2 (+) Custo dos juros G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reforma antecipadas s 0 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões F.2016 (=) Responsabilidades totais em K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 F.2015) O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte: F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* 0 I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS

95 Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral reservas de reavaliação. No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no rendimento integral, foi o seguinte: RI.2015 Desvios atuariais em RI.ano Desvios atuariais gerados em 2016 Ganhos e perdas atuariais RI.2016 Desvios atuariais em Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento 0 N.2015 Total Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento N.2016 Total Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no ativo O.2. Com licenças sem vencimento O. Total

96 51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Estremoz, Monforte e Arronches está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Segurador a % por Origem 2016 Ramos Não Vida CA Seguros , , ,13 68,8% Ramo Vida CA Vida , , ,70 30,1% Fundos de CA Vida 605,53 720, ,87 1,2% Pensões Total , , ,70 100,0% A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 96

97 52. FUNDOS PRÓPRIOS Em 31 de Dezembro de 2016 e Dezembro de 2015, o detalhe dos fundos próprios da CCAM de Estremoz, Monforte e Arronches apresenta-se de seguida: TIER 1 Capital Common Equity TIER 1 Capital (CET1) TIER 2 Capital Fundos próprios totais Risco ponderado para crédito Risco ponderado operacional Riscos Ponderados Totais Requisitos de Fundos Próprios (para risco de crédito) Requisitos de Fundos Próprios (para risco operacional) Requisitos de fundos próprios Rácio de Capital 18,32% 17,88% Rácio TIER 1 17,90% 17,31% Rácio CET1 17,90% 17,31% Rácio TIER 2 0,41% 0,57% 97

98 6. PARECER DO CONSELHO FISCAL Em cumprimento do disposto na Lei e nos Estatutos, vem o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, C.R.L. apresentar o seu relatório e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentados pela Administração respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de Assim no desempenho das suas funções o Conselho Fiscal acompanhou a actividade da Caixa através da informação financeira e dos esclarecimentos prestados, quer pela Administração, quer pelos Serviços, vigiando a observância das disposições legais, efectuando as verificações julgadas necessárias nas circunstâncias e analisando a adequação dos critérios valorimétricos adoptados. O Conselho Fiscal aprovou o Relatório de Avaliação da Implementação da Política de Remuneração, para o ano de 2016, o qual vai ser submetido à aprovação da Assembleia Geral. Após o encerramento das Contas, o Conselho Fiscal procedeu à apreciação das mesmas e do Relatório de Gestão elaborado pela Administração, sendo de referir o seguinte: 1. Em termos económico-financeiros, destaca-se desde logo o Resultado Liquido obtido, no valor de euros, que corresponde a um crescimento de 552,29% ( ) face ao valor apurado em Este resultado deriva, no geral, da conjugação dos acréscimos verificados, quer na margem financeira (9,47%), quer no produto bancário (15,42%), e na recuperação de crédito vencido (-17,84%), com a consequente diminuição de provisões acumuladas para esta rubrica e para os outros créditos de cobrança duvidosa (-17,67%). 2. Relativamente às rubricas de balanço, num período económico adverso, destacam-se os aumentos verificados nos Recursos de Clientes e no Crédito Concedido, respectivamente de 6,72 % e 7,36%, com o rácio de transformação a ascender a 84,29%, calculado de acordo com o normativo da Caixa Central. Relativamente aos Capitais Próprios verificou-se um aumento de 12,23%, com os rácios TIER 1 e CET 1 a ascenderem a 17,90%. 3. Da análise aos rácios normativos recomendados pela Caixa Central, verifica-se que a Caixa Agrícola cumpre todos os rácios, à excepção do de eficiência (63,16%), verificando-se ainda que os valores obtidos superam os alcançados pela média das Caixas Agrícolas. 4. Em suma, ao nível de rentabilidade, liquidez, solvabilidade e estrutura de funcionamento a Instituição está numa posição confortável para continuar a responder à pressão competitiva e regulatória. O Conselho Fiscal analisou também a Certificação Legal das Contas elaborada pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas TOCHA, CHAVES & ASSOCIADOS decorrente do exame por si realizado, a qual, merecendo a nossa concordância, deve ser considerada como fazendo parte integrante deste Relatório. 98

99 Como consequência do trabalho efectuado e tendo em consideração o conteúdo da Certificação Legal das Contas, o Conselho Fiscal é de PARECER que a Assembleia Geral aprove: 1. O Relatório de Gestão apresentado pela Administração; 2. As Contas apresentadas pela Administração; 3. A proposta de aplicação de resultados apresentada pela Administração; 4. O Relatório de Avaliação da Implementação da Política de Remuneração, para o ano de 2016, 5. Um voto de louvor à Administração e a todos os colaboradores, pela dedicação e profissionalismo com que desempenharam as suas funções no exercício de Estremoz, 09 de Março de 2017 O CONSELHO FISCAL Paulo Jorge Camões Fernandes - Presidente Alexandra Maria Rento Massano - Secretário Nelson Joaquim Gomes Gato - Secretário 99

100 7. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 100

101 101

102 102

103 103

104 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2016

105 Índice 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 4 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES 5 Pág ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO POLITICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO_ REMUNERAÇÕES AUFERIDAS PELOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES REMUNERAÇÕES AUFERIDAS PELOS COLABORADORES RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO MERCADO BANCÁRIO NACIONAL MERCADOS FINANCEIROS PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS ANÁLISE FINANCEIRA Quadro de indicadores Indicadores de balanço Indicadores de resultados Estrutura Patrimonial Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Crédito vencido Ativos não correntes detidos para venda Ativos Tangíveis e intangíveis Investimentos em associadas Outros Ativos Recursos de Clientes Crédito / Recursos por balcão Capitais Próprios Resultado Líquido Margem Financeira Produto Bancário Custos de funcionamento Provisões/Imparidades Impostos ACTIVIDADE SEGURADORA Ramo Vida Ramos não vida MOVIMENTO ASSOCIATIVO PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 59 2

106 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES DE CAPITAL PRÓPRIO EM 31 DE DEZEMBRO DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS INTEGRAL EM 31 DE DEZEMBRO DE NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE PARECER DO CONSELHO FISCAL CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 100 3

107 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, C.R.L., pessoa colectiva nº , com sede no Largo da República, nº. 1 e 2, em Estremoz, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Estremoz sob o mesmo número, com o capital social realizado de ,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 30 de Março de 2017, pelas 10:00 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2016 e do Relatório Anual do Conselho fiscal. 2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados. 3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola 4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola. 5. Aprovação de pedidos de exoneração e exclusão de Associados. 6. Apreciação de outros assuntos de interesse para a Caixa Agrícola Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número. Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto, que entrou em vigor no passado dia 30 de Setembro. Estremoz, 7 de Março de 2017 Presidente da Mesa da Assembleia Geral Henrique Champalimaud Jardim 4

108 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES 2.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. Em 21/12/2015 foram eleitos novos órgãos sociais para o triénio 2016/2018, tendo o Banco de Portugal concedido autorização para o exercício de funções em 27/01/ Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola ASSEMBLEIA GERAL ROC CONSELHO FISCAL CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO AUDITORIA e CONTROLO INTERNO ADJUNTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO COMPLIANCE GESTÃO DE RISCOS APOIO AGRONOMICO e AVALIAÇÕES Área Comercial Área de Crédito Área Administrativa e Financeira 6 Agências Contabilidade, Reporting Recepção de Propostas e Fiscalidade Gestão de Clientes Avaliação e Acompanhamento de Risco de Credito Recursos Humanos Apoio Técnico Processamento, Contratação Gestão Financeira (seguros e campanhas) e Arquivo e Administrativa Recuperação de Credito (inclui apoio Juridico e contencioso) 5

109 2.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. No exercício de 2016 evidenciou a seguinte composição: Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Henrique Champalimaud Jardim Vice-Presidente: Duarte Jaime Romão Palmeiro Secretário: Maria João Moura Romão Valentim Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. 6

110 2.4. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. O Conselho de Administração é composto por 3 membros. No mandato para o triénio 2016/2018, evidenciou a seguinte composição: Composição do Conselho de Administração Efetivos: Presidente do Conselho de Administração: Normando António Gil Xarepe Administrador: João José Correia Margalho Administrador: Carlos Alberto Paliotes Veiga Suplentes: Iva de Jesus Carvalho Russo Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. 7

111 Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de 45 reuniões em Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração No mandato para o triénio 2016/2018, o Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte forma: Sr. Normando António Gil Xarepe (Presidente): Representação institucional e gestão de recursos humanos; Sr. João José Correia Margalho (Vogal): Área comercial; Sr. Dr. Carlos Alberto Paliotes Veiga (Vogal): Áreas de crédito e administrativo-financeira; Auditoria e controlo interno, gestão de riscos e compliance; Apoio agronómico. A gestão corrente da CCAM foi confiada ao Sr. Dr. Carlos Veiga e ao Presidente do Conselho de Administração é atribuído voto de qualidade nas deliberações. 8

112 2.5. Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente. No mandato para o triénio 2016/2018, evidenciou a seguinte composição: Composição do Conselho Fiscal Efetivos: Presidente: Paulo Jorge Camões Fernandes Secretário: Alexandra Maria Rento Massano Secretário: Nelson Joaquim Gomes Gato Suplentes: Guilherme Romão Venâncio de Oliveira Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por mês, tendo realizado, em 2016, um total de 12 reuniões. Revisor Oficial de Contas O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o cargo: Efetivo: Tocha, Chaves & Associados, SROC Suplente: MGR Roberto, Graça e Associados 9

113 2.6. Politica de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização Em 21 de Dezembro de 2015, na Assembleia Geral Ordinária da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), foi apreciada e aprovada a Política de Remuneração da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a refletir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos: a) O RGICSF; b) O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a atual redação do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações; c) A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d) A Diretiva n.º 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Diretiva de Requisitos de Capital); e) O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital). 2. PRINCÍPIOS GERAIS O novo regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantem a relevância dada até aqui a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação da dita Instituição, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insuscetíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas 10

114 das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos: a) Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b) Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objetivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; c) Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização. 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de ações ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, refletindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: (CONSELHO FISCAL) A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia-Geral. 11

115 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: 5.1. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em remuneração de montante fixo mensal, definida pela Assembleia-Geral, a pagar 14 vezes por ano. Verificando-se que os titulares efetivos faziam parte do quadro de trabalhadores da Caixa Agrícola e que nos termos da legislação em vigor foram obrigados a suspender o seu contrato de trabalho com a CCAM de Estremoz, Monforte e Arronches CRL, enquanto exercerem tais funções, mantêm-se um estatuto de antiguidade, prémio, descontos, encargos patronais, cobertura de acidentes pessoais idêntico ao que detinham enquanto trabalhadores, nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo (ACT). Mantêm-se ainda o beneficio do Serviço de Assistência Médico- Social (SAMS) e o pagamento do Fundo de Pensões e sua inclusão no respetivo mapa anual, de forma a que o tempo prestado na função de Administrador executivo seja considerado para todos os efeitos em sede de contrato de trabalho, conservando assim inalterada a sua perspetiva de reforma. Acresce a esta remuneração a possibilidade de: I) Reembolso de despesas com deslocações e de representação, devidamente documentadas e ocorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração, contra entrega das respetivas faturas; II) Atribuição de telemóvel ou viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções; III) Acesso a financiamento de carácter ou finalidade social ou decorrente da política de pessoal, conquanto verificados os pressupostos legal, regulamentar ou convencionalmente exigíveis; Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores é o órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/ Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução ( malus ) ou reversão ( clawback ) Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, 12

116 incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Foram pagas ao Presidente do Órgão de Administração da Instituição remunerações pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, com a qual a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração; g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. 13

117 2.7. Remunerações auferidas pelos Órgãos de Administração e de Fiscalização As remunerações para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches no exercício de 2016 foram as seguintes: Remuneração Fixa Variável Total Conselho Fiscal 6.629,31 0, ,31 Presidente do Conselho Fiscal 2.209, ,77 Secretário do Conselho Fiscal 2.209, ,77 Secretário do Conselho Fiscal 2.209, ,77 Fixa Variável Total Conselho de Administração ,96 0, ,96 Presidente do Conselho de Administração , ,32 Administrador , ,32 Administrador , ,00 Administrador * 3.513, ,32 * Mandato anterior Total ,27 Revisor Oficial de Contas 7.712,10 - Não foi deferido o pagamento de qualquer remuneração para o ano de 2016; - Não é devida, nem foi paga, qualquer remuneração por ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual; - Não houve qualquer alteração da composição; - Não são devidos nem foram efectuados quaisquer pagamentos em virtude da cessação antecipada de funções. 14

118 2.8. Política de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Também se atribui 1 ou 2 horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. 3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. 4. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano transato. 5. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir. 15

119 2.9. Remunerações auferidas pelos Colaboradores Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: Adjunto do Conselho de Administração, Auditoria Interna, Compliance e Risco Remuneração Fixa Variável Total , , ,85 - Não foi deferido o pagamento de qualquer remuneração; - Não é devida, nem foi paga, qualquer remuneração por ajustamentos introduzidos em função do desempenho individual; - Não houve qualquer alteração relativa a contratação; - Não são devidos nem foram efetuados quaisquer pagamentos em virtude da cessação antecipada de funções; 16

120 3. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 3.1. Introdução A profissionalização da gestão referenciada na apresentação do Relatório e Contas referentes ao exercíco de 2015, originou mudanças muito positivas na actividade global da Caixa Agrícola e nos resultados verificados no ano de 2016, o que nos leva a pensar que as alterações introduzidas nos órgãos de gestão eram não só necessárias como imprescindíveis para a consolidação, crescimento e sustentabilidade da Insituição. Apesar de as normas impostas pelos reguladores serem cada vez mais exigentes em termos de reporte e de controlo da actividade bancária, estando em constante mudança e actualização, os serviços da Caixa Agrícola têm correspondido com eficácia e eficiência às exigências impostas. Continua no entanto por fazer a revisão do Regime Jurídico do Crédito Agrícola, documento que reportamos de essencial para a clarificação do papel da banca cooperativa no universo do sector bancário nacional, situação que esperamos ver resolvida no corrente ano de acordo com os interesses do Grupo e dos nossos clientes. Como resultado do trabalho desenvolvido por toda a equipa apresentamos no Relatório e Contas referentes ao exercício de 2016 números verdadeiramente excepcionais, conforme resulta da leitura dos seguintes rácios e indicadores: Rácios Normativo Caixa Central Rácio Orientação CCAM CCAM SICAM (Caixas Agrícolas) Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido <= 3% 1,06 % 0,17 % 1,14 % Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/crédito Total <=5% 6,51 % 4,99 % 6,35 % Rácio de Eficiência < 60% 65,13 % 63,16 % 67,69 % Activo Líquido/Nº Empregados > Produto Bancário/Nº Empregados > Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 23,47 % 23,40 % 29,74 % Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 80,77 % 81,49 % 75,13 % Rácio de Transformação < 85% 83,81 % 84,29 % 67,37 % 17

121 Indicadores de Rendibilidade e de Estrutura Rácio CCAM CCAM Ren Méd. Caixas Agrícolas Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido 2,40 % 2,35 % 1,95 % Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido 0,78 % 0,80 % 0,89 % Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 3,33 % 3,44 % 3,01 % Custos com Pessoal / Activo Líquido 0,98 % 0,93 % 0,97 % F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,84 % 0,73 % 0,76 % Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,24 % 1,41 % 0,61 % Rácio de Crédito em Risco 11,37% 7,17 % 9,03 % Rácio de Crédito com Incumprimento 6,63% 4,97 % 6,64 % Ao nível da estrutura verificou-se um aumento dos custos de funcionamento, essencialmente da rubrica de custos com o pessoal - órgãos de gestão, essencialmente derivados da necessidade de responder às exigências impostas pelo regulador. No ano de 2016, a Caixa Agrícola está representada no Conselho Consultivo da Caixa Central e o Conselho de Administração fez-se representar em todas as Assembleias da Caixa Central, e das Empresas do Grupo, bem como em todas as acções e iniciativas desenvolvidas no seio do Crédito Agrícola. Um agradecimento muito especial aos membros da Mesa da Assembleia Geral, aos membros do Conselho Fiscal e aos membros da Comissão de Avaliação, que nos acompanharam e apoiaram activamente com grande disponibilidade durante o ano de Um agradecimento aos nossos colaboradores pela dedicação, empenho e disponibilidade que colocam ao serviço da Caixa Agrícola e dos clientes. Sem este trabalho de equipa teria sido impossível atingir estes resultados e solidificar o prestígio desta Instituição. Um agradecimento aos nossos sócios e clientes por continuarem a trabalhar connosco, por confiarem em nós, por acreditarem que em conjunto continuaremos a fazer da nossa Caixa Agrícola uma Instituição cada vez maior e melhor ao serviço do desenvolvimento económico e social da nossa região. 18

122 3.2. Enquadramento macroeconómico Economia Internacional A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes ( ) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a 19

123 divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam insustentáveis a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados. 20

124 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. 21

125 Economia Nacional A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%. 2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018). 22

126 Indicadores macroeconómicos ( ) Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0 EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97-10,22-3,18 Preço do Petróleo (%) tav -41,0-27,6 57,0 Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3 Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1 Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0 Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5-1,7 Exportações tav 3,4 6,1 3,7 Importações tav 6,2 8,2 3,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8 Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0 Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0 Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2 Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00 Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00-0,30 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em

127 Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017 Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M, o que representa um aumento de 9,5 mil M face a Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M ). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M no final de 2015 para 17,3 mil M, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em

128 A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB. 25

129 3.3. Mercado bancário nacional O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M ); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (- 2,8 p.p. que em 2015). 26

130 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país. 27

131 Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2016 Crédito Peso total Var. Homóloga Particulares Empresas Total % Particulares Empresas Total Aveiro ,3% -3,9% -5,1% -4,3% Beja ,9% -2,5% -0,7% -2,0% Braga ,0% -2,8% -8,9% -5,1% Bragança ,6% -2,3% 10,9% 0,4% Castelo Branco ,9% -3,7% -1,5% -3,2% Coimbra ,6% -3,6% 1,2% -2,4% Évora ,3% -4,1% 26,7% 4,8% Faro ,3% -6,9% 1,5% -4,7% Guarda ,6% -2,9% -5,2% -3,4% Leiria ,4% -4,4% -1,5% -3,3% Lisboa ,9% 1,7% -5,8% -2,1% Portalegre ,6% -3,8% -16,1% -7,1% Porto ,1% -3,0% -4,1% -3,4% Santarém ,8% -3,7% -0,4% -2,8% Setúbal ,7% -2,9% -15,2% -5,1% Viana do Castelo ,1% -3,3% -24,2% -9,1% Vila Real ,9% -2,5% 4,2% -1,2% Viseu ,9% -1,7% 6,3% 0,5% Reg. Autónoma Açores ,8% -4,4% -31,4% -12,5% Reg. Autónoma Madeira ,2% -3,8% -14,4% -7,4% Total % -1,6% -5,5% -3,2% Fonte: Banco de Portugal Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido % Habitação ,0% 80,8% 2,5% Consumo ,7% 11,7% 6,2% Outros fins ,8% 7,5% 15,4% Total ,6% 100% 3,9% Fonte: Banco de Portugal 28

132 No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016 Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,0% ,0% 5,9% Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5% Indústrias Transformadoras -0,3% ,7% 10,1% Energia -8,1% ,0% 0,7% Água e Saneamento -12,3% ,8% 2,0% Construção -11,8% ,7% 35,8% Comércio -0,9% ,7% 14,6% Transporte e Armazenagem -5,3% ,9% 7,5% Alojamento e Restauração 2,7% ,9% 10,4% Actividades Imobiliárias -15,2% ,3% 25,6% Saúde e Apoio Social 1,4% ,7% 4,7% Outros -4,7% ,0% 10,4% Total -5,5% % 15,7% Fonte: Banco de Portugal Valores em milhões de euros 29

133 3.4. Mercados Financeiros Mercados accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde Índices Accionistas (base 2010) 2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0, ,87 1,78 1,66 1,28 0,95 0,62 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). 30

134 Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de o ano da nota verde ). Taxas de referência nos Mercados Monetários 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0-0,2-0,4-0,6 0,75 0,25 0,00-0, Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de

135 Matérias-primas Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista ( spot ) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. 32

136 Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de - 0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base). 33

137 3.5. Principais riscos e incertezas A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles: melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a confiança dos stakeholders; e investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes. No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de: redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do overbanking ) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos os stakeholders. 34

138 Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. 3 European Securities and Markets Authority 35

139 3.6. Análise Financeira As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no exercício de 2016, de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) Quadro de indicadores Indicadores de balanço Descrição Variação % Activo líquido ,84% Crédito a clientes ,36% Crédito vencido ,84% Rendimentos a receber ,95% Receitas com rendimento diferido ,93% Provisão para crédito cobrança duvidosa ,00% Provisão para crédito vencido ,58% Provisões para riscos gerais de crédito ,56% Activos não correntes detidos para venda ,00% Imparidade para activos não correntes detidos para venda ,04% Recursos de clientes ,72% Capitais próprios ,23% Fundos próprios ,54% Capital ,30% Indicadores de resultados Descrição Variação % Resultado liquido ,29% Cash-Flow ,28% Margem financeira ,47% Produto bancário ,42% Custos com pessoal ,87% Gastos gerais administrativos ,27% Custos funcionamento = Custos com pessoal + FST ,51% Amortizações ,93% 36

140 Estrutura Patrimonial Em 31 de Dezembro de 2016, o Ativo Líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches era de As aplicações na Caixa Central eram em 2016 de O crédito a clientes em 2016 apresentava o saldo de , enquanto os recursos alheios apresentavam um saldo de Os Capitais próprios da Caixa no final de 2016, apresentavam o valor de Estrutura Patrimonial Aplicações Crédito Recursos alheios Capitais próprios Rácio de Transformação do Crédito / Recursos Alheios 77,56% 78,66% 72,71% Estrutura Patrimonial Capitais próprios Recursos alheios Crédito Aplicações

141 Rácios de capital Os fundos próprios da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches em Dezembro de 2016, ascenderam a , um aumento de 0,54%. Os requisitos de fundos próprios para cobertura dos riscos de crédito (que incluem requisitos de fundos próprios para risco de ajustamento da avaliação de crédito) e operacional diminuiram globalmente 1,86%, relativamente a Dezembro de Os rácios common equity tier 1 e solvabilidade total, calculados com a aplicação das disposições transitórias (phased-in) e aplicação integral (fully implemented) das regras previstas no Regulamento (UE) n.º 575/2013, fixaram-se conforme o quadro em baixo. Racio de capital Rácio de capital (a) 20,53% 17,88% 18,32% Rácio TIER I (a) 20,42% 17,31% 17,90% Rácio CET1 (Common Equity TIER 1) 20,42% 17,31% 17,90% Fundos Próprios Capital TIER Common Equity TIER 1 (CET 1) Capital TIER Requisitos Fundos Próprios

142 Rácio de transformação O rácio de transformação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches subiu em termos líquidos de 78,81% para os 80,54% sempre muito aquém do limite prudencial de referência estabelecido no âmbito do programa de assistência financeira a Portugal (120%). Em termos brutos subiu de 83,81% para 84,28%. O crédito a clientes aumentou 7,36% face ao período homólogo. Os recursos de clientes, registaram um crescimento de 6,72% em relação ao ano anterior. Racio de Transformação Rácio de transformação (Instr. 16/2004) 73,19% 78,81% 80,55% Crédito total ( ) Provisões / Imparidade acumulada para crédito Depósitos e aplicações indexados à divida publica Depósitos clientes ( ) Rácios de Transformação (DFOA) 77,91% 83,81% 84,29% Credito total ( ) Depósitos e aplicações indexados à divida publica Depósitos clientes (40) Recursos / Crédito Recursos Crédito 39

143 Aplicações em Instituições de Crédito Os excedentes visam garantir a liquidez, sendo depositados exclusivamente na Caixa Central por imperativos estatutários. A CCAM tinha excedentes no montante de a 31 de Dezembro de Aplicação de excedentes

144 Crédito a Clientes O total do crédito a clientes em 31 de Dezembro de 2016 era de , dos quais de crédito concedido a empresas (mais 8,66% que no ano anterior), a particulares (mais 10,20% que no ano anterior) e de crédito titulado. O crédito vencido registava o valor de , uma descida de 17,84%, enquanto os juros de crédito a receber totalizavam O gráfico seguinte apresenta a evolução do último triénio. Evolução do crédito % Crédito a empresas ,66% Crédito a particulares ,20% Crédito titulado ,00% Crédito vencido ,84% Total do Crédito ,44% Juros de crédito ,95% Rendimentos diferidos ( ) ( ) ( ) 20,93% Total do Crédito + Juros ,36% Evolução do crédito

145 Crédito vencido Em 31/12/2016 existiam de crédito vencido, dos quais , vencidos há mais de 90 dias. O rácio de crédito vencido diminuiu de 2015 para 2016 passando para 5,02%. A taxa de cobertura do crédito vencido passou de 85,15% em 2015 para 96,81% em Evolução do crédito vencido % Crédito Vencido < 3 meses ,54% Crédito Vencido > 3 meses ,61% Crédito Vencido Total ,84% Crédito Total ,44% Provisões para Crédito Vencido ,58% Rácio de crédito Vencido 8,88% 6,57% 5,02% -23,53% Taxa de Cobertura do Crédito Vencido 66,33% 85,15% 96,81% 13,69% Evolução do crédito vencido Crédito Vencido < 3 meses Crédito Vencido > 3 meses

146 Qualidade do crédito Crédito vencido A redução do crédito vencido e o aumento do nível de provisionamento para cobertura da carteira de crédito em Dezembro de 2016, provocou que o rácio de crédito vencido líquido passasse de 1,06% para 0,17%. Rácio de crédito vencido Crédito vencido bruto + 90 dias / Crédito Total 8,48% 6,51% 4,99% Créditos vencidos > 90 dias Credito total ( Crédito vivo + Crédito vencido) Crédito vencido liquido / Crédito total liquido 3,23% 1,06% 0,17% Crédito vivo líquido Crédito vencido líquido Crédito em incumprimento O rácio de crédito com incumprimento, calculado nos termos da Instrução nº 22/2011 do Banco de Portugal, diminuiu face ao ano anterior, atingindo os 4,97% em Dezembro de 2016 e o rácio de incumprimento líquido situou-se nos 0,13%, refletindo a redução do crédito vencido e o aumento da taxa de cobertura do crédito Rácio de crédito em incumprimento Crédito com incumprimento / Crédito Total 9,00% 6,63% 4,97% Créditos vencidos > 90 dias Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido Credito total ( Crédito vivo + Crédito vencido + Juros) Crédito com incumprimento líquido / Crédito total liquido 2,79% 0,34% 0,13% Crédito com incumprimento líquido Créditos vencidos > 90 dias Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido Crédito total líquido

147 Crédito em risco O rácio de crédito em risco, que inclui o valor total em dívida do crédito vencido por um período igual ou superior a 90 dias e o crédito reestruturado igualmente vencido por esse período sem que tenham sido observados o pagamento integral de juros e encargos e o reforço integral de garantias, sofreu uma redução relevante face ao ano anterior, situando-se nos 7,17% e em consequência, em termos líquidos, o rácio diminuiu para 2,45%. Rácio de crédito em risco Crédito em risco / Crédito total 12,85% 11,37% 7,17% Crédito em risco Credito total ( Crédito vivo + Crédito vencido + Juros) Crédito em risco líquido / Crédito total líquido 6,90% 5,40% 2,45% Crédito em risco líquido Crédito total líquido Ativos não correntes detidos para venda Em 2016 existiam ativos não correntes detidos para venda no valor de , os quais diziam respeito na totalidade a imóveis, estando constituída uma imparidade de Ativos Tangíveis e intangíveis Foram investidos no exercício em novos activos tangíveis, sendo que em novas viaturas Investimentos em associadas Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa tinha participações no valor Outros Ativos Em 31 de Dezembro de 2016 existiam outros ativos líquidos no valor de cujo detalhe se apresenta nas notas anexas. 44

148 Recursos de Clientes Os recursos de clientes no final de 2016, registaram uma subida face ao ano anterior de 6,72%, tendo registado o valor de Evolução dos depósitos % Depósitos à ordem ,16% Depósitos a prazo ,97% Depósitos de poupança ,50% Outros recursos ,67% Total de Depósitos ,84% Juros de depósitos ,56% Total de Depósitos + Juros ,72% Evolução dos depósitos Depósitos de poupança Depósitos a prazo Depósitos à ordem

149 Crédito / Recursos por balcão Crédito por balcão No quadro e no gráfico seguinte apresenta-se a repartição dos créditos por balcão: o balcão da sede representou mais de metade dos créditos concedidos, seguindo-se Monforte e Arronches Crédito Estremoz Arronches Veiros Arcos Evoramonte Monforte Total Crédito vivo a empresas e SPA Crédito vivo a particulares Crédito vivo titulado Crédito vencido Total Evoramonte 1% Arcos 2% Veiros 3% Monforte 15% Crédito Arronches 15% Arronches Estremoz Veiros Arcos Evoramonte Monforte Estremoz 64% 46

150 Recursos por balcão No gráfico seguinte apresenta-se a repartição dos recursos por balcão: o balcão da sede representou quase metade dos recursos captados, seguindo-se Monforte e Arronches Depósitos Estremoz Arronches Veiros Arcos Evoramonte Monforte Total Depósitos à ordem Depósitos a prazo Depósitos de poupança Outros recursos Total Recursos Monforte 19% Arronches 11% Arronches Evoramonte 8% Estremoz Veiros Arcos Arcos 10% Evoramonte Monforte Veiros 7% Estremoz 45% 47

151 Crédito / Recursos por balcão A relação de recursos / crédito por balcão é apresentada no quadro e no gráfico seguinte. Evolução dos recursos e do crédito Recursos Crédito Recursos Crédito Recursos Crédito Arronches Estremoz Veiros Arcos Evoramonte Monforte Total Crédito / Recursos Recursos Crédito Arronches Estremoz Veiros Arcos Evoramonte Monforte 48

152 Capitais Próprios Capitais Próprios Capital social Reservas de reavaliação Reservas e resultados transitados Resultado liquido Total Evolução dos capitais próprios Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade dos Capitais Próprios Cash Flow / Capitais Próprios 7,59% 7,64% 8,67% Resultado Líquido / Capitais Próprios 0,65% 1,95% 11,32% Rentabilidade do Activo Total Cash Flow / Activo Total 0,98% 0,89% 0,98% Resultado Líquido / Activo Total 0,08% 0,23% 1,28% 49

153 Resultado Líquido O resultado líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches em 2016, foi de A subida nos resultados, deveu-se essencialmente, ao aumento da margem financeira, do produto bancário e da redução das correções de valor associadas ao crédito a clientes. No gráfico apresenta-se a evolução registada nos últimos 3 anos Resultado liquido Rácios de rendibilidade Rácios de Rendibilidade Rendibilidade do activo 0,08% 0,23% 1,28% Rendibilidade dos capitais próprios 0,65% 1,95% 11,32% Margem financeira / activo 2,31% 2,26% 2,14% 50

154 Margem Financeira A margem financeira em 2016 registou um aumento de 9,47% face a ano anterior como é apresentado no gráfico. Esta subida deveu-se essencialmente à melhoria da relação entre o custo das operações ativas e passivas, uma vez que, as taxas de juro no mercado bancário continuam em queda Margem financeira

155 Produto Bancário O produto bancário teve uma evolução positiva em 2016 de 15,42% em relação ao ano anterior. Os rendimentos e serviços de comissões registaram um aumento de 12,69% relativamente ao ano anterior. Os encargos com serviços e comissões também diminuíram em 7,57%. No conjunto da operação de serviços e comissões, registou-se um aumento de 15,05%. Há que realçar igualmente, o aumento em outros resultados de exploração de 25,07% relativamente ao ano anterior Produto bancário Rácios de produtividade Rácios de Produtividade Produto bancario / nº empregados Comissões líquidas / Produto bancário 24,01% 23,47% 23,40% 52

156 Custos de funcionamento Os custos de funcionamento registaram um aumento global de 12,51%, tendo os gastos gerais administrativos aumentado 1,27% e os custos com o pessoal registaram uma subida de 20,87% face ao ano anterior Custos Administrativos Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Rácios de eficiência O rácio de eficiência dos custos de funcionamento melhorou ligeiramente de 65,13% em 2015 para 63,16% em 2016, fruto da melhoria do produto bancário. O rácio de eficiência dos custos com o pessoal aumentou de 35,74% em 2015 para 37,43% em Rácios de Eficiência (Custos funcionamento + Amortizações) / Produto bancário 67,34% 65,13% 63,16% Custos com pessoal / Produto bancário 37,64% 35,74% 37,43% Rácios de produtividade Rácios de Produtividade Activo líquido Nº de empregados Activo / Empregado Custos com pessoal / Activo liquido 1,25% 1,12% 1,17% Fornecimentos e serviços terceiros / Activo liquido 0,87% 0,84% 0,73% 53

157 Provisões/Imparidades As provisões e imparidades tiveram um impacto positivo nos resultados, no montante de , nomeadamente a redução de de correções de valor associadas ao crédito a clientes. Foram ainda repostas de provisões para riscos gerais de crédito. Pelo lado do reforço das imparidades, registaram-se mais de imparidades para imóveis por medida de prudência, face ao seu valor de mercado e o seu custo de aquisição ( ) ( ) ( ) ( ) Provisões e Imparidade Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Provisões líquidas de reposições e anulações 54

158 Impostos A carga fiscal imputada ao exercício foi de O imposto corrente ascendeu a , enquanto o imposto diferido teve um impacto nos resultados de , em consequência da redução das provisões não aceites fiscalmente Impostos diferidos correntes ( ) ( ) ( )

159 3.7. Actividade Seguradora Ramo Vida Produto 2015 Nº de Apólices em Prémios carteira 2016 Nº de Apólices em Prémios carteira Variação % Nº de Apólices em Prémios carteira Protecção Família % -7% CA Vida Plena % 60% CA Mulher % 12% Protecção Crédito Habitação % 14% Protecção Crédito Pessoal % 23% Protecção Empresa Viva % 10% CA Pessoa-Chave % 29% Protecção Poupança Invest % -20% CA Poupança Activa % -25% CA Renda % 0% Protecção Poupança Educação % -13% Protecção Poupança Reforma % -30% CA Invest % % CA Express % 5850% Fundos de Pensões % 147% Prémios comerciais ramo seguro vida 56

160 Ramos não vida Produto Variação % Acidentes Pessoais ,8% Acidentes Trabalho ,2% Habitação ,4% Automóvel ,6% CA Saúde ,4% Clinicard ,8% Comércio e serviços ,3% Máquinas Agrícolas ,5% Caçadores ,7% Protecção Financeira ,5% Responsabilidade Civil ,7% Outros ,5% Total ,9% Prémios comerciais ramo não vida

161 3.8. Movimento Associativo Movimento de sócios durante o ano Sócios existentes no inicio do ano Socios admitidos durante o ano Pedidos de demissão Sócios existentes no fim do ano Sócios

162 4. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Em cumprimento do preceituado nos Estatutos, o Conselho de Administração, propõe à Assembleiageral que os Resultados líquidos do exercício de 2016, no montante de ,59 e os Resultados transitados negativos, resultado de diferenças de políticas contabilísticas no montante de 8.554,44 sejam aplicados da seguinte forma: Aplicação de Resultados 2016 Resultado líquido ,59 Resultados Transitados , ,15 Reserva legal ,43 Reserva para educação e formação cooperativa ,67 Reserva para mutualismo 10,00 Reserva especial - Remuneração do capital ,00 Outras reservas , ,15 Propõe-se que o capital social seja remunerado à taxa de 1,5% (sob a forma de juro), arredondado para a unidade imediatamente inferior, a partir da Reserva Especial. Considerando a recomendação do Banco Central Europeu de 17/12/2015, relativa a política de distribuição de dividendos, e a carta circular do Banco de Portugal de 05/02/2016, a distribuição de excedentes ficará condicionada à prévia aprovação do Banco de Portugal. Estremoz, 3 de Março de 2017 O Conselho de Administração Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 59

163 5.1. Balanço em 31 de Dezembro de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Provisões, Activo imparidade e Activo Activo ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas Caixa e disponibilidades em bancos centrais Recursos de bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Passivos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de - resultados Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de outras instituições de crédito Activos financeiros disponíveis para venda Recursos de clientes e outros empréstimos Aplicações em instituições de crédito Responsabilidades representadas por títulos Crédito a clientes Passivos financeiros associados a activos transferidos Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura Activos com acordo de recompra Passivos não correntes detidos para venda Derivados de cobertura Provisões Activos não correntes detidos para venda Passivos por impostos correntes Propriedades de investimento Passivos por impostos diferidos Outros activos tangíveis Instrumentos representativos de capital Activos intangíveis Outros passivos subordinados Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Outros passivos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Total do Passivo Outros activos Capital Prémios de emissão Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação 36 (51.411) (4.068) Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício Dividendos antecipados - - Total do Capital Total do Activo Total do Passivo e do Capital O Responsável pela Contabilidade Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) O Conselho de Administração Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 60

164 5.2. Demonstração de Resultados em 31 de Dezembro de 2016 RUBRICA Notas Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Resultados de activos financeiros disponíveis para venda Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos (81.250) Outros resultados de exploração Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício 17 e Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (41.150) Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 ( ) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Resultado antes de impostos Impostos correntes diferidos ( ) Resultado após impostos O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 61

165 5.3. Demonstração de fluxos de caixa em 31 de Dezembro de Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimento de juros e comissões Pagamento de juros e comissões ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal e fornecedores ( ) ( ) Contribuições para o fundo de pensões (63.255) (54.990) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento ( ) (47.105) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - - Activos disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura - - Activos não correntes detidos para venda (9.000) Outros activos ( ) ( ) Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - - Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos ( ) Caixa líquida das actividades operacionais (41.027) Fluxos de caixa de actividades de investimento Variação de activos tangíveis e intangíveis Recebimento de dividendos (38) (29) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas (45) 0 ( ) - - Caixa líquida das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital Diminuição de capital - - Pagamento de dividendos - - Variação de passivos subordinados - - Reservas (77.229) ( ) ( ) - - Caixa líquida das actividades de financiamento (50.129) (70.146) Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) ( ) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (b)

166 5.4. Demonstração de alterações de capital próprio em 31 de Dezembro de 2016 Outras Reservas e resultados transitados Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de 2014 ####### ######## Amortização anual do impacto de transição das pensões (Not (19.196) (19.196) - (19.196) Aplicação do resultado do exercício de 2014: Transferência para resultados transitados (68.060) - Constituição de reservas ( ) (68.060) ( ) - - Distribuição de dividendos - - (12.733) - (12.733) - (12.733) ( ) - - Aumento de capital Reembolso de capital (11.110) (11.110) Utilização da Reserva de Formação e Educação Cooperativa - - (10.271) - (10.271) - (10.271) Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (Nota 50) - (54.136) (54.136) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de 2015 ####### (4.068) ######## Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) (19.199) (19.199) - (19.199) Aplicação do resultado do exercício de 2015: Transferência para resultados transitados ( ) - Constituição de reservas ( ) Distribuição de dividendos (10.687) (10.687) - (10.687) ( ) - - Aumento de capital Reembolso de capital (16.130) - - (16.130) Utilização da Reserva de Formação e Educação Cooperativa Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (Nota 50) (47.343) - - (47.343) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de ######## Saldos em 31 de Dezembro de 2016 ####### (51.411) (8.554) ######## O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 63

167 5.5. Demonstração de resultados integral em 31 de Dezembro de Resultado individual ####### Diferenças de conversão cambial - - Reservas de reavaliação de activos - - Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - - Impacto fiscal - - Transferência para resultados por alienação - - Impacto fiscal - - Fundo de Pensões - Desvios actuariais (47.343) (54.136) Impacto fiscal - - Pensões - regime transitório (19.199) (19.196) Reserva para formacão e educação cooperativa (10.271) Outros movimentos - - Total outro rendimento integral do exercício (66.542) (83.603) Rendimento integral individual ####### O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Nuno José Faria Lobo (Contabilista Certificado nº 9715) Normando António Gil Xarepe - Presidente Carlos Alberto Paliotes Veiga Administrador João José Correia Margalho - Administrador 64

168 5.6. Notas Anexas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Estremoz, ) é uma instituição de crédito constituída em 20 de Dezembro de 1926, sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada no Largo da República n.º 1 e 2, em Estremoz e através de uma rede de 6 balcões situados nos concelhos de Estremoz, Monforte e Arronches. Os pontos do anexo não incluídos são não aplicáveis. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, exceto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; 65

169 iv) Os ativos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 Ativos fixos tangíveis. Como exceção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em Reservas de reavaliação. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pósemprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente Comparabilidade da informação As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com o Aviso nº 1/ Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adota o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transações em moeda estrangeira Na data da contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira são registadas ao contravalor em euros. Os ganhos e perdas relativos às transações em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, diretamente em resultados. Os ativos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à data do balanço, à taxa de câmbio de referência, publicada pelo Banco de Portugal. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objeto de análises de perdas por imparidade. 66

170 d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes ativos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afetos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respetivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; Estarem em incumprimento há mais de: seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos; vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido 67

171 de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: -1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; -0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; -1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica Outros resultados de exploração. g) Outros ativos tangíveis Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os ativos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efetuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma 68

172 parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efetuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. h) Ativos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição. Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Ativos tangíveis disponíveis para venda Os ativos não correntes, ou grupos de ativos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um ativo (ou grupo de ativos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O ativo está disponível para venda imediata no seu estado atual; Deverá existir a expetativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do ativo nesta rubrica. Os ativos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes ativos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o setor bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade S.A. 69

173 De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. I) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. 70

174 Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em transações que não afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício. 71

175 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global positivo nos capitais próprios da Caixa em 31 de Dezembro de 2016 no montante de ,00 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas, resultante dos seguintes efeitos: Diferenças de alterações de políticas contabilísticas em 31 de Dezembro de Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 0 Activos intangíveis IAS 38 0 Diferimento de comissões associadas a operações de crédito IAS 18 0 Responsabilidades com pensões IAS Prémio de antiguidade IAS 19 0 Encargos com saúde IAS Impostos diferidos IAS 12 0 Provisões IAS 37 0 Activos detidos para venda IFRS 5 0 Ajustamentos de transição Diferenças de alterações de políticas contabilísticas em 31 de Dezembro de CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31/12/ /12/2015 Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31/12/ /12/2015 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Juros a Receber

176 9. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de Dívida Instrumentos de capital APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Em outras instituições de crédito: Depósitos Juros a receber Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: 31/12/ /12/2015 Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Juros a receber

177 11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito a Clientes Crédito Interno Empresas a Administração Pública Desconto Empréstimos Crédito em conta-corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Outros Créditos Particulares Crédito à Habitação Consumo Outras Finalidades Desconto Empréstimos Crédito em conta-corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos e valores a receber (titulados) Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Receitas com rendimento diferido ( ) ( ) ( ) ( ) Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos ( ) ( ) Para crédito de cobrança duvidosa - ( ) ( ) ( ) Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de Euros e Euros, respetivamente, registada na rubrica Provisões do passivo (Nota 30). 74

178 Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e cinco anos Mais de cinco anos INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Títulos detidos até à maturidade OT's-Dívida pública portuguesa- IDM OTRV MAIO Juros a receber - OT's-Div.Púb.Portuguesa-IDM ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Ativos não correntes detidos para venda: Imóveis Imparidade: Imóveis ( ) ( ) ( ) ( ) O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma: Valor Utilização Dotações Reposições Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis ( ) ( ) ( ) Equipamento Outros ( ) ( ) - ( ) Valor Utilização Dotações Reposições Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis ( ) ( ) (71.763) Equipamento (12.205) - (12.205) Outros ( ) ( ) (71.763)

179 17. OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Outros ativos tangíveis durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte: Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros - Grandes reparações Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Património artístico Outros activos tangíveis: Activos tangíveis em curso Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros - Grandes reparações Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Património artístico

180 18. ATIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Ativos intangíveis durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte: 31/12/ /12/2016 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Sistema de tratamento automático de dados (software) Outros activos intangíveis - Activos intangíveis em curso /12/ /12/2015 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Aquisições do exercício e abates líquido Sistema de tratamento automático de dados (software) Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, a rubrica investimentos em filiais tem a seguinte composição: Participação Valor de Valor de efetiva (%) balanço balanço Empresa Sector de actividade Sede Caixa Central Bancário Rua Castilho, nº Lisboa 0,45% CA Informática Serviços informáticos Rua Teófilo Braga, lt. 63 c/v Damaia 0,21% CA Seguros Segurador Rua Castilho, nº233-7º Lisboa 0,00% Fenacam Bancário Rua Pascoal de Melo, nº Lisboa 0,00% 0 45 CA Vida Segurador Av. da Republica, nº lisboa 0,01% Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Ativo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL ( ) * Crédito Agrícola Informática S.A * Crédito Agrícola Seguros S.A * Crédito Agrícola Vida S.A * *Todos os valores são provisórios. Não foram ainda auditados. 77

181 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 eram os seguintes: Ativos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a recuperar - - Ativos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias - - O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Saldo Variação Saldo em em em Resultados Prémio de antiguidade Encargos com saúde -. Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para créditos de cobrança duvidosa (91.943) - Provisões para crédito vencido acima dos limites - - Provisões para crédito com garantia hipotecária (49.012) Provisões para riscos gerais de crédito (20.508) Provisões para imóveis Provisões para outros riscos e encargos ( ) Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: Impostos correntes Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias ( ) Prejuízos fiscais reportáveis ,95 ( ,26) Total de impostos reconhecidos em resultados Lucro antes de impostos Carga fiscal 22,39% 18,65% 78

182 A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efetiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada como segue: Taxa de Taxa de im posto Montante im posto Montante Resultado antes de im postos Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal Diferenças geradoras de activos e passivos por im postos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 22,50% ,50% ,64% ( ) 368,33% Diferenças perm anentes Variações patrimoniais negativas -23,72% (59.903) -24,62% (62.187) Reintegrações e Amortizações não aceites como custo 0,46% ,56% Multas, coimas, juros e demais encargos 0,00% 0,21% 527 Correcções relativas as exercicios anteriores 0,00% 0,00% 2 Gastos de benefícios de cessação de emprego, reforma e outros 9,42% ,38% Contribuições para o sector bancário 5,85% ,75% Prejuízo Fiscal imputado por ACE's 0,00% 0,00% Beneficios Fiscais para dedução ao lucro tributável -0,40% (1.020) -0,82% (2.064) Beneficios Fiscais para dedução à colecta 0,00% 0,00% - IRC Liquidado 91,43% ,61% Resultado da Liquidação 0,00% 0,00% - Derrama 5,09% ,16% Tributações autónomas 2,60% ,18% Imposto corrente sobre o lucro do exercício 99,13% ,19 99,95% Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 51,58% ,50% ( ) Custo com im posto do exercício 150,71% ,45% Correcções de impostos 2,39% ,20% Im postos sobre os lucros 22,39% ,65%

183 21. OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Numismática e medalhistica Sector Público Administrativo IVA a recuperar Outros rendimentos a receber Bonificações a receber Outros devedores diversos Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Valores a regularizar Operações activas a regularizar Operações internas a regularizar Imparidade Outros activos Outros devedores diversos ( ) ( ) ( ) ( )

184 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Recursos de instituições de crédito no país Depósitos Juros a pagar RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes: Cheques e ordens a pagar Depósito p/ justif. cheque Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos Juros a pagar

185 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante o exercício de 2015 e 2016 foi o seguinte: Saldos em Reposições e Saldos em Dotações anulações Utilizações Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa ( ) (1) - Crédito e juros vencidos ( ) (55.437) Risco-país ( ) (55.437) Provisões: - Riscos gerais de crédito ( ) Outros riscos e encargos Riscos bancários gerais ( ) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros 237 (237) 0 - Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda (27.656) Outros activos tangíveis - Outros activos (9.648) ( ) (37.304) ( ) ( ) ( ) Saldos em Reposições e Saldos em Dotações anulações Utilizações Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa ( ) Crédito e juros vencidos ( ) (20.430) Risco-país ( ) (20.430) Provisões: - Riscos gerais de crédito (79.073) Outros riscos e encargos (27.000) 0 - Riscos bancários gerais ( ) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros (384) Imparidade de outros activos: - Activos não correntes detidos para venda (79.400) (12.205) Outros activos tangíveis Outros activos (12.018) (16.816) (91.418) (29.021) ( ) (49.451)

186 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores e outros recursos Recursos diversos Recursos conta cativa Recursos conta caução Outros recursos Sector Público Administrativo Imposto sobre o Valor Acrescentado - - Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde - SAMS Credores diversos Outros Fornecedores Outros credores Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados - - Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - - Por gastos com pessoal Remuneração de férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Responsabilidades com pensões Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Compromissos irrevogáveis Valores a regularizar Diferenças de caixa Outras operações a regularizar: Transferências electrónicas Transferências estrangeiro 75 Trânsito de cheques Compensação Meios electrónicos de pagamento Processamento de salários SEPA CT Sistemas informáticos 10 Outros

187 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Compromissos perante terceiros Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, a estrutura acionista da Caixa é a seguinte: N º de N º de Valor acções % Valor acções % Accionistas: Por incorporação de reservas ,99% ,27% CCAM Estremoz, ,95% ,23% Outros títulos de capital ,04% ,05% Subscrição de Títulos de Capital ,01% ,73% ,00% ,00% 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: Reservas de reavaliação: De Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (51.411) (4.068) (51.411) (4.068) Reserva legal Outras reservas Resultados transitados (8.554) Lucro do exercício Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 24/91, de 11 de Janeiro, alterado pelo Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital social. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fração não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital social. 84

188 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Juros de outras disponibilidades - Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Mobiliária Outros créditos 52 # 9 # Particulares Habitação Outros créditos # # Consumo Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos e valores a receber titulados Títulos de dívida Dívida não subordinada Crédito vencido Juros de activos financeiros disponíveis para venda Títulos de dívida emitidos por residentes Juros de investimentos detidos até à maturidade - - Títulos de dívida emitidos por residentes JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no país Juros de recursos de clientes e outros empréstimos

189 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias prestadas Garantias e avales Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Outros compromissos irrevogáveis Por serviços prestados Cobrança de valores Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Operações de crédito Outras operações de crédito Outros serviços prestados Aluguer de Cofres Registo e Destrates Cartões Outras comissões interbancárias Comissões de intermediação Colocação e comercialização Outras comissões a clientes Outras comissões recebidas Gestão de conta DO Cheques Extractos 2ª via Mora ou contencioso Moeda Estrangeira Emissão Caderneta 24 6 Outras

190 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias recebidas Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Cobrança de valores Operações de crédito 203 Outros serviços bancários Transferência de valores Cartões Outros serviços bancários Outras comissões interbancárias RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda (81.250) (81.250) 87

191 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: Outros rendimentos de exploração Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos A clientes A empresas do grupo Outros Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o FGD e FGCAM Fraudes Outras falhas 527 Anulação de juros vencidos Outros encargos e gastos operacionais Outros impostos Impostos directos e indirectos

192 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Encargos relativos a remunerações: Segurança Social SAMS Fundos de Pensões (Nota 18) Outros encargos sociais obrigatórios: Seguro de acidentes de trabalho Complemento de subs. doença Serviços de higiene e saúde no trab Outros custos com pessoal: Formação Fundo de garantia de compensação de trab 13 - Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição: Funções direcção 1 1 Funções técnicas 3 3 Funções comerciais Funções auxiliares

193 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância 270 Limpeza Bancos de dados Outros serviços especializados: SIBS Consultores e auditores externos Avaliadores externos Outros serviços de terceiros

194 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transações com entidades relacionadas: Activos: Coligadas Outras empresas do Grupo Total Coligadas Outras empresas do Grupo Total Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Outros activos Custos: Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões Gastos gerais administrativos Outros encargos operacionais - - Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros rendimentos operacionais As transações com entidades relacionadas são efetuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas. 91

195 50. PENSÕES DE REFORMA Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes: 31/12/ /12/2015 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Idade de reforma Método de avaliação TV 88/90 EVK 80 (**) Projected Unit Credit TV 88/90 EVK 80 (**) Projected Unit Credit Pressupostos financeiros: Taxa de desconto Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios Taxa de crescimento das pensões Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/ de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 (*) 1,40% 1,00% 1,40% 1,40% (*) 1,40% 1,00% 1,40% 1,40% (*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : Préreformados, reformados e pensionistas : 2,30% 2,10% 1,75% 2,70% 2,30% 2,00% (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-e/2013 Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES, é o seguinte: F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores F.2 Com licenças sem vencimento F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento

196 O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pósemprego referente à CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES é o que a seguir se apresenta: G.1 + Custo do serviço corrente G.3 + Custo dos juros Líquido Net Interest -165 G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas 0 antecipadas G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES foi o seguinte: A (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.1 (+) Contribuições efectuadas H.1.1 Pela CCAM ESTREMOZ, MONFORTE E ARRONCHES H.1.2 Pelos empregados H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) H.4 (-) Prémios de seguro pagos H.9 (+) Participação de resultados no seguro H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões H (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016 (H A )

197 O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de G.1 (+) Custo do serviço corrente G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados G.2 (+) Custo dos juros G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reforma antecipadas s 0 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões F.2016 (=) Responsabilidades totais em K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 F.2015) O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte: F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* 0 I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS

198 Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral reservas de reavaliação. No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no rendimento integral, foi o seguinte: RI.2015 Desvios atuariais em RI.ano Desvios atuariais gerados em 2016 Ganhos e perdas atuariais RI.2016 Desvios atuariais em Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento 0 N.2015 Total Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento N.2016 Total Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no ativo O.2. Com licenças sem vencimento O. Total

199 51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Estremoz, Monforte e Arronches está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Segurador a % por Origem 2016 Ramos Não Vida CA Seguros , , ,13 68,8% Ramo Vida CA Vida , , ,70 30,1% Fundos de CA Vida 605,53 720, ,87 1,2% Pensões Total , , ,70 100,0% A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 96

200 52. FUNDOS PRÓPRIOS Em 31 de Dezembro de 2016 e Dezembro de 2015, o detalhe dos fundos próprios da CCAM de Estremoz, Monforte e Arronches apresenta-se de seguida: TIER 1 Capital Common Equity TIER 1 Capital (CET1) TIER 2 Capital Fundos próprios totais Risco ponderado para crédito Risco ponderado operacional Riscos Ponderados Totais Requisitos de Fundos Próprios (para risco de crédito) Requisitos de Fundos Próprios (para risco operacional) Requisitos de fundos próprios Rácio de Capital 18,32% 17,88% Rácio TIER 1 17,90% 17,31% Rácio CET1 17,90% 17,31% Rácio TIER 2 0,41% 0,57% 97

201 6. PARECER DO CONSELHO FISCAL Em cumprimento do disposto na Lei e nos Estatutos, vem o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, C.R.L. apresentar o seu relatório e dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentados pela Administração respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de Assim no desempenho das suas funções o Conselho Fiscal acompanhou a actividade da Caixa através da informação financeira e dos esclarecimentos prestados, quer pela Administração, quer pelos Serviços, vigiando a observância das disposições legais, efectuando as verificações julgadas necessárias nas circunstâncias e analisando a adequação dos critérios valorimétricos adoptados. O Conselho Fiscal aprovou o Relatório de Avaliação da Implementação da Política de Remuneração, para o ano de 2016, o qual vai ser submetido à aprovação da Assembleia Geral. Após o encerramento das Contas, o Conselho Fiscal procedeu à apreciação das mesmas e do Relatório de Gestão elaborado pela Administração, sendo de referir o seguinte: 1. Em termos económico-financeiros, destaca-se desde logo o Resultado Liquido obtido, no valor de euros, que corresponde a um crescimento de 552,29% ( ) face ao valor apurado em Este resultado deriva, no geral, da conjugação dos acréscimos verificados, quer na margem financeira (9,47%), quer no produto bancário (15,42%), e na recuperação de crédito vencido (-17,84%), com a consequente diminuição de provisões acumuladas para esta rubrica e para os outros créditos de cobrança duvidosa (-17,67%). 2. Relativamente às rubricas de balanço, num período económico adverso, destacam-se os aumentos verificados nos Recursos de Clientes e no Crédito Concedido, respectivamente de 6,72 % e 7,36%, com o rácio de transformação a ascender a 84,29%, calculado de acordo com o normativo da Caixa Central. Relativamente aos Capitais Próprios verificou-se um aumento de 12,23%, com os rácios TIER 1 e CET 1 a ascenderem a 17,90%. 3. Da análise aos rácios normativos recomendados pela Caixa Central, verifica-se que a Caixa Agrícola cumpre todos os rácios, à excepção do de eficiência (63,16%), verificando-se ainda que os valores obtidos superam os alcançados pela média das Caixas Agrícolas. 4. Em suma, ao nível de rentabilidade, liquidez, solvabilidade e estrutura de funcionamento a Instituição está numa posição confortável para continuar a responder à pressão competitiva e regulatória. O Conselho Fiscal analisou também a Certificação Legal das Contas elaborada pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas TOCHA, CHAVES & ASSOCIADOS decorrente do exame por si realizado, a qual, merecendo a nossa concordância, deve ser considerada como fazendo parte integrante deste Relatório. 98

202 Como consequência do trabalho efectuado e tendo em consideração o conteúdo da Certificação Legal das Contas, o Conselho Fiscal é de PARECER que a Assembleia Geral aprove: 1. O Relatório de Gestão apresentado pela Administração; 2. As Contas apresentadas pela Administração; 3. A proposta de aplicação de resultados apresentada pela Administração; 4. O Relatório de Avaliação da Implementação da Política de Remuneração, para o ano de 2016, 5. Um voto de louvor à Administração e a todos os colaboradores, pela dedicação e profissionalismo com que desempenharam as suas funções no exercício de Estremoz, 09 de Março de 2017 O CONSELHO FISCAL Paulo Jorge Camões Fernandes - Presidente Alexandra Maria Rento Massano - Secretário Nelson Joaquim Gomes Gato - Secretário 99

203 7. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 100

204 101

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