APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)
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- Yasmin Jessica Eger Conceição
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1 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) Finibanco-Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR Matriculado na Conservatória do Registo Comercial do Porto e Pessoa Colectiva nº
2 ASPECTOS MAIS RELEVANTES O Resultado consolidado do período foi de 2 milhões de euros, inferior em 1 milhão de euros ao registado em Março de 2008 (-32,9%); Os Recursos de clientes registaram um crescimento de 4,2% face a Março de 2008; O Crédito bruto a clientes teve um aumento de 119,2 milhões de euros face a Março de 2008 (5,1%); O rácio de Crédito vencido há mais de 90 dias (deduzido de créditos totalmente provisionados) passou a representar 2,4% do Crédito total (1,8% em Março de 2008) e tem uma cobertura por Provisões de 121,7% (132,4% em Março de 2008); O Produto bancário registou um aumento, relativamente a Março de 2008, de 1,3 milhões de euros (+3,6%); A Margem financeira cresceu, face ao trimestre homólogo, 1,4 milhões de euros (+6,3%); As Comissões e outros proveitos líquidos diminuíram, em comparação com o primeiro trimestre de 2008, 1,7 milhões de euros, (-14,9%); Os Encargos de estrutura diminuíram, em termos homólogos, 3,5% (-1 milhão de euros) em consequência do Programa de contenção implementado; As Provisões e imparidades líquidas foram reforçadas em 11,4 milhões de euros (+111,1%) dos quais 10,3 milhões de euros se referem a imparidades para crédito (+91,1%): Em termos homólogos o número de balcões aumentou em 13 unidades, correspondendo a um crescimento de 8,2%. Em 2009 não foi aberto qualquer balcão; O ROE situou-se em 4,6% (6,3% em Março de 2008); Suspensão da actividade da Sucursal na Roménia da participada Finicrédito, em resultado da crise internacional que prejudicou o modelo de financiamento que se perspectivava para a mesma; Está em preparação nova operação de titularização de créditos ao consumo, estimada em 220 milhões de euros que visa reforçar a capacidade de financiamento no âmbito do Eurosistema. 1
3 I - Activo Em 31 de Março de 2009, o Activo líquido consolidado do Grupo Finibanco situou-se em milhões de euros, registando um crescimento de 2,0%, face ao período homólogo e um decréscimo de 1,6% (-47,9 milhões de euros) face a Dezembro de Em 31 de Março de 2009 estavam aplicados no MMI 75 milhões de euros. O investimento líquido aumentou 1,8 milhões de euros (+2,8%) face ao período homólogo e diminuiu cerca de 1,7 milhões de euros relativamente a Dezembro de A carteira de activos financeiros de negociação e detidos para venda reduziu, comparativamente a Março de 2008, em 97,6 milhões de euros. II Carteira de crédito A carteira de crédito bruta registou um acréscimo de 119,2 milhões de euros, relativamente a 31 de Março de 2008, correspondente a um crescimento de 5,1%. Crédito a clientes D% Mar09/Mar08 1. Particulares ,9 Habitação ,8 Outros créditos (0,6) 2. Empresas ,5 Total ,1 O crédito à habitação registou um crescimento de 12,8%, representando cerca de 11,1% da carteira, enquanto o crédito a particulares para outras finalidades apresentou um ligeiro decréscimo de 0,6%. O crescimento do crédito a empresas (6,5%) situou-se acima do crescimento médio da carteira total de crédito. O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias (deduzido de créditos totalmente provisionados) passou a representar 2,4% do crédito total (1,8% em Março de 2008). O prémio de risco, líquido de recuperações, passou de 93 para 165 pontos base. 2
4 III Recursos Os Depósitos de clientes registaram um crescimento de 4,5% face a Março de Os Recursos de clientes no balanço aumentaram 96,9 milhões de euros face ao período homólogo (+4,2%). O total dos recursos de clientes (incluindo a desintermediação) registou um crescimento de 1,3%% (+34,7 milhões de euros) face a Março de Recursos totais de clientes D% Mar09/Mar08 Depósitos ,5 Obrigações colocadas em clientes (10,1)...Seguros de capitalização e PPR ,5 Recursos de clientes no balanço (1) ,2 Desintermediação (2) (13,6) (1) Não considerando juros e outros ajustamentos Total ,3 (2) Inclui fundos de investimento, PPA e gestão de carteiras corrigidos de duplicações de registos (depósitos de fundos de investimento, UP's em carteira e outros) Em consequência da crise nos mercados financeiros a Desintermediação teve uma diminuição, em termos homólogos, de 62,2 milhões de euros, tendo parte dos montantes resgatados sido aplicado em recursos de balanço. Os Recursos de outras instituições de crédito diminuíram 88,5 milhões de euros relativamente ao período homólogo (- 57,6%) e reduziram-se em 57,6 milhões de euros face a Dezembro de 2008, em resultado do recurso ao financiamento junto do Eurosistema que, em 31 de Março de 2009, ascendia a 80 milhões de euros. 3
5 IV Conta de Resultados O Produto bancário teve um crescimento de 1,3 milhões de euros (+3,6%) face a Março de 2008, justificado essencialmente pelo aumento da Margem financeira em 1,4 milhões de euros (+6,3%). Demonstração de Resultados D Valor % Margem financeira ,3 Outros resultados correntes (63) (0,4) Comissões líquidas e Outros proveitos líquidos (1.657) (14,9) Resultados em operações financeiras ,3 Produto bancário ,6 Provisões e Imparidades líquidas ,1 Crédito ,1 Títulos (0) Outros Encargos de estrutura (952) (3,5) Gastos administrativos (1.179) (4,7) Amortizações ,1 Resultados por equivalência patrimonial Resultados antes de impostos (3.723) (84,9) Impostos sobre os lucros (1.062) (2.512) (173,3) Interesses minoritários (246) 0 (246) - Lucro consolidado do período (965) (32,9) Cash-flow antes de impostos ,7 A Margem de juros bruta registou uma ligeira diminuição (-0,3%), justificada pela crise financeira internacional iniciada no 4º trimestre de 2008 que provocou uma redução mais lenta no custo dos recursos que a das aplicações creditícias, maioritariamente indexadas às taxas de mercado, que sofreram o efeito da quebra brusca da Euribor. No 1º trimestre de 2009, iniciou-se o processo de ajustamento do custo de funding às novas taxas de mercado e dos spreads nas operações creditícias às novas condições de risco. O efeito do volume de negócio compensou parcialmente esta redução da margem financeira. O Custo amortizado, que integra a Margem financeira aumentou 0,9 milhões de euros, em resultado da revisão de preçário e da redução significativa (cerca de 666 mil euros em termos homólogos) das comissões pagas na angariação de contratos de crédito ao consumo. Os dividendos registados no montante de 1,9 milhões de euros superaram em 0,5 milhões de euros os apurados no trimestre homólogo de Os Resultados em operações financeiras no montante de 5,6 milhões de euros superaram em 1,6 milhões de euros os obtidos em Março de 2008, pelo contributo positivo da carteira de títulos que registou ganhos líquidos de 7,2 milhões de euros, valor que mais do que compensou as perdas associadas a ajustamentos de justo valor de outros instrumentos financeiros derivados. 4
6 As Comissões líquidas e os Outros proveitos líquidos decresceram 14,9% face ao período homólogo, pelo contributo negativo da actividade dos fundos de investimento e da corretagem, em face da crise financeira internacional. A actividade de cartões e meios de pagamento registou um desempenho positivo com um crescimento de 4%. A área de retalho foi responsável por 86% do total das comissões e a área da banca de investimento por 14%. A actividade seguradora registou no ano de 2009 um contributo líquido positivo para o total das Comissões e Outros Proveitos de 0,6 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 32,4%. Em 2009, as Provisões e imparidades líquidas foram reforçadas em 11,4 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 6 milhões de euros (+111,1%) face a igual período do ano anterior. Em resultado da degradação da conjuntura económica as Imparidades para crédito, no montante de 10,3 milhões de euros, registaram um reforço de 4,9 milhões de euros face a Março de 2008 (+91,1%). No 1º trimestre de 2009 foram constituídas imparidades para títulos no montante 1 milhão de euros. Os Encargos de estrutura diminuíram 1 milhão de euros (-3,5%), para o que contribuiu a redução dos Gastos administrativos em 0,9 milhões de euros (-9,8%). Os Custos com o pessoal registaram igualmente um decréscimo de 0,3 milhões de euros (-1,7%). Em 31 de Março de 2009, o número de colaboradores do Grupo ascendia a 1.509, traduzindo-se numa diminuição de 52 colaboradores (- 3,3%) face a 31 de Março de 2008 e um aumento de 9 face a Dezembro de 2008, dos quais 7 relativos ao Finibanco Angola. Neste período de análise foram abertos 13 novos balcões (8,2%), sendo de referir que em 2009 não se procedeu à abertura de qualquer balcão. Para o decréscimo dos Gastos Administrativos em 9,8% contribuíram as medidas implementadas no programa de racionalização dos custos, iniciadas já em Em resultado do investimento na rede de balcões, ocorrida entre o 1º trimestre de 2008 e 2009, as Amortizações aumentaram 0,2 milhões de euros (+10,1%) tendo as componentes imóveis e equipamento registado o maior crescimento (0,15 milhões de euros). O Cost to Income registou uma melhoria de 5 pontos percentuais, passando de 73,5% para 68,5%. No que concerne à actividade do Finibanco Angola, o seu contributo para o Balanço e Demonstração de resultados consolidados é ainda diminuto, dada a sua curta existência. Em Março de 2009 o Crédito a clientes bruto ascendia a 10,7 milhões de euros e os Depósitos situavam-se em 17,9 milhões de euros. O Resultado líquido do período foi de 173,8 mil euros, sendo de 868 mil euros o Produto Bancário e de 653 mil euros os Custos de estrutura. O Resultado consolidado do período foi positivo em 2 milhões de euros, inferior em 1 milhão de euros ao obtido em Março de Esta quebra é justificada: Pelo aumento das Imparidades e provisões em 6 milhões de euros, dos quais 4,9 milhões de euros se referem ao acréscimo de imparidade para crédito; 5
7 Pela redução das Comissões e outros proveitos líquidos de 1,7 milhões de euros, em consequência da diminuição da actividade dos fundos de investimento e corretagem; Pela redução da margem relativa da intermediação financeira. Há contudo a destacar o bom desempenho dos custos de estrutura, tendo em conta o reforço de 13 novos balcões entre Março de 2008 e Março de 2009 e o início da actividade do Finibanco Angola no 2º semestre de V. Indicadores de referência do Banco de Portugal O quadro abaixo integra indicadores de referência, de acordo com a Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal INDICADORES DE REFERÊNCIA DO BANCO DE PORTUGAL Solvabilidade Racio de adequação de fundos próprios Finibanco Holding, SGPS, SA (consolidado) 7,2% 7,3% 10,0% Finibanco, SA 9,3% 9,9% 8,1% Racio de adequação de fundos próprios de base Finibanco Holding, SGPS, SA (consolidado) 5,3% 5,3% 6,6% Finibanco, SA 6,5% 6,8% 5,1% 2. Qualidade do Crédito Crédito com incumprimento (a) / Crédito total 3,6% 3,3% 2,8% Crédito com incumprimento, líquido (b) / Crédito total, liquido (b) 1,0% 1,2% 0,9% 3. Rentabilidade Resultados antes de impostos / Activo líquido médio 0,1% -1,9% 0,6% Produto bancário (c) / Activo líquido médio 5,0% 4,6% 5,0% Resultados antes de impostos / Capitais próprios líquido médio 1,5% -29,9% 9,4% 4. Eficiência Custos de funcionamento (c) + amortizações / Produto bancário (c) 68,5% 82,2% 73,5% Custos com o pessoal + amortizações / Produto bancário (c) 40,2% 44,4% 42,4% (a) De acordo com a definição constante da Carta Circular nº 99/03/2003 do Banco de Portugal (b) Crédito líquido de provisões para crédito vencido e para crédito de cobrança duvidosa (c) De acordo com a definição constante da Instrução nº 16/2004 do Banco de Portugal (deduzidas as Recuperações de crédito e juros abatidos ao activo) Como é do conhecimento público na Assembleia Geral marcada para o próximo dia 4 de Maio será analisada e votada a proposta do Conselho de Administração para o aumento do capital social até 200 milhões de euros, por uma ou mais vezes, permitindo o reforço da solvabilidade do Grupo. Porto, 29 de Abril de 2009 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 6
8 FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE MARÇO DE 2009 E 2008 E 31 DE DEZEMBRO DE Mar Dez Mar-08 Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes líquido Investimentos detidos até à maturidade Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Provisões técnicas de resseguro cedido Outros activos Devedores por seguro directo e resseguro Outros TOTAL DO ACTIVO Passivo Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos financeiros associados a activos transferidos Provisões Provisões técnicas Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Outros passivos subordinados Outros passivos Credores por seguro directo e resseguro Outros passivos TOTAL DO PASSIVO Capital Capital Prémios de emissão Reservas de reavaliação ( 3.297) ( 3.161) ( ) Outras reservas e resultados transitados ( 1.388) Resultado do período ( ) Interesses minoritários TOTAL DO CAPITAL TOTAL DO PASSIVO + CAPITAL
9 FINIBANCO - HOLDING, SGPS S.A. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 31 MARÇO DE 2009 E Mar Mar-08 Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Rendimentos de instrumentos de capital Margem financeira Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados ( 2.904) Resultados de activos financeiros disponíveis para venda Resultados de reavaliação cambial ( 3.289) Resultados de alienação de outros activos Prémios líquidos de resseguro Custos com sinistros líquidos de resseguro Variação das provisões técnicas líquidas de resseguro Outros resultados de exploração Produto da actividade Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício Provisões líquidas de reposições e anulações 0 0 Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 0 0 Resultados de associadas e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 0 0 Resultado antes de impostos e de interesses minoritários Impostos ( 1.062) Correntes Diferidos ( 1.405) 115 Resultado após impostos antes de interesses minoritários Interesses minoritários ( 246) 0 Resultado consolidado do exercício Resultado no período por acção básicos (em cêntimos) 01,7 2,63 Resultado no período por acção diluídos (em cêntimos) 01,7 2,63 8
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