COMUNICADO. O Resultado Líquido Consolidado da CGD em 2002 atingiu 665 milhões de euros, sendo superior ao de 2001 em 1,7%.
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- Oswaldo Festas Bento
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1 CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A. Pessoa colectiva nº Sede: Av. João XXI, nº 63, Lisboa Capital social: EUR Matriculada na C.R.C. de Lisboa sob o nº 2900/ COMUNICADO ACTIVIDADE CONSOLIDADA EM 2002 O Resultado Líquido Consolidado da CGD em 2002 atingiu 665 milhões de euros, sendo superior ao de 2001 em 1,7%. As Rentabilidades do Activo (1%) e dos Capitais Próprios (20%) mantiveram os níveis atingidos em Manutenção da política de aplicação dos resultados não recorrentes no reforço de provisões genéricas. A posição líquida do Grupo face ao sistema bancário reforçou-se muito significativamente, tendo o saldo entre as disponibilidades e as aplicações noutras Instituições de Crédito, por um lado, e os débitos para com IC s, por outro, passado de milhões de euros para milhões de euros. O crescimento da captação de recursos de clientes (+5,5%) foi superior ao crescimento do crédito sobre clientes (+4,7%). Reforço de posições de liderança no mercado, com significativos aumentos das quotas em depósitos de particulares e emigrantes (respectivamente 37,4% e 34,9%) e em prémios de seguro directo do ramo não-vida (24,7%). Manutenção de adequada rentabilidade no sector segurador, com o resultado líquido consolidado de 13 milhões de euros e com o resultado da exploração técnica a crescer 19,5%, de 41 para 49 milhões de euros. 1
2 RESULTADOS Em 2002 o Resultado Líquido Consolidado do Grupo Caixa Geral de Depósitos atingiu 665 milhões de euros, superior ao do exercício anterior em 11,2 milhões (+1,7%). O aumento dos resultados consolidados do Grupo foi obtido num contexto marcado pela evolução desfavorável dos mercados financeiros, com impacto na carteira de títulos e de participações financeiras detida directamente, bem como nas detidas pelo fundo de pensões e pela companhia de seguros do Grupo. O Produto Bancário aumentou 2,2% cifrando-se em 1 992,7 milhões de euros (+42,4 milhões do que no ano precedente), beneficiando da progressão da Margem Complementar em 99,8 milhões (+20,9%), que mais do que compensou uma redução da Margem Financeira de 57,4 milhões (-3,9%). O aumento da Margem Complementar reflectiu o comportamento positivo das comissões (+30,3 milhões de euros), do saldo dos lucros e prejuízos em operações financeiras (+63,5 milhões) e dos rendimentos de títulos (+18,1 milhões). Os Custos Operativos, com inclusão das Amortizações, totalizaram 1 095,3 milhões de euros, o que representou um aumento 100,9 milhões (+10,1%), e reflecte, em boa parte, o forte investimento em informática. Estes custos, relacionados com o Produto Bancário, proporcionaram um rácio cost to income de 55%, que se comparam com 52,5% no ano anterior. Os Resultados Extraordinários, por seu lado, totalizaram 93,2 milhões de euros, registando um aumento de 43,5 milhões, influenciado, sobretudo, pela mais-valia obtida na alienação da participação na IPE. A Dotação para Provisões (líquida de reposições e anulações) elevou-se a 250,8 milhões de euros em 2002, montante ligeiramente superior ao ocorrido no ano anterior (+1,9 milhões, +0,8%). A rentabilidade do activo líquido médio (ROA) e dos capitais próprios médios (ROE) foram de, respectivamente, 1,0% e 20,0%, valores semelhantes aos registados no final de Dezembro de 2001 (de 1,0% e de 20,6%, respectivamente). 2
3 BALANÇO O Activo Líquido Consolidado do Grupo CGD elevou-se, no final de 2002, a 66,8 mil milhões de euros, apresentando um crescimento de 351 milhões (+0,5%) face ao ano anterior. Para esta progressão contribuíram os Créditos sobre Clientes e as Aplicações em Instituições de Crédito, com aumentos de respectivamente, milhões de euros (+4,7%) e 805 milhões (+17,6%), mais que compensando a redução nas Aplicações em Títulos de milhões (-21,7%). Esta evolução reforçou o peso do Crédito sobre Clientes na estrutura do Balanço de 63,8% para 66,5%, tendo o rácio de transformação de depósitos em crédito subido de 97,4% para 98,2%. O saldo bruto do Crédito sobre Clientes somou 45,2 mil milhões de euros, distribuído sobretudo pela actividade individual da CGD, com milhões, pelo Banco Simeón (filial em Espanha), com milhões, e pela Locapor e Imoleasing (empresas de leasing), com milhões. No âmbito da actividade em Portugal, destaca-se o crédito à Habitação, com um saldo bruto de milhões de euros, correspondente a um crescimento anual de 11,8%, e o concedido às autarquias, com um saldo de milhões (+18,5%), enquanto que nas empresas, o saldo alcançado de milhões, significou uma redução de 3,5% face ao final de O rácio do crédito vencido face ao crédito total cifrou-se em 2,7% no final de 2002, percentagem que se reduz para 1,6% se excluirmos os créditos vencidos provisionados a 100%. Para a cobertura do crédito vencido, o montante global das provisões afectas ascendeu a milhões de euros, valor superior em 102 milhões (+8,6%) ao verificado no final de 2001, o que permitiu um grau de provisionamento de 104%. Do lado do Passivo, destacam-se os Depósitos de Clientes, cujo saldo se elevou a 45,2 mil milhões de euros ( milhões, +3,9%), bem como os Débitos Representados por Títulos, com um saldo de milhões ( milhões, +92%), estes últimos colocados em parte no exterior sob a forma de obrigações emitidas ao abrigo do Programa de Euro Medium Term Notes da CGD, melhorando a estabilidade do funding da Instituição. Pelo contrário, os recursos provenientes de outras Instituições de Crédito reduziram em milhões de euros, ou seja, cerca de 39%. 3
4 O saldo global dos recursos de clientes captados na rede comercial do Grupo alcançou 59,2 mil milhões de euros (+5,5% em termos anuais), dos quais 45,2 mil milhões em Depósitos e 12 mil milhões através de outras empresas do Grupo, sob a forma de unidades de participação de fundos de investimento (4,8 mil milhões, -1,7%) e seguros de capitalização e PPR (4,4 mil milhões, +15%). Do saldo global captado são de relevar, ainda, as obrigações de caixa e os títulos subordinados colocados junto de investidores não institucionais no montante de 2 mil milhões de euros (+48,4%). Caixa Geral de Depósitos 19 de Fevereiro de
5 CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Actividade Consolidada em 31 de Dezembro de 2002 ACTIVO (Milhões de euros) Absoluta Variação Relativa Disponibilidades 3.003, ,7-119,5-4,0% Aplicações em Instituições de Crédito 4.576, ,3 805,2 17,6% Crédito sobre clientes , , ,9 4,7% Aplicações em títulos 8.796, , ,6-21,7% Imobilizações financeiras 3.679, ,1-293,6-8,0% Imobilizado corpóreo 859,6 847,3-12,3-1,4% Outros activos 3.154, ,6-124,4-3,9% TOTAL , ,4 350,5 0,5% PASSIVO Variação Absoluta Relativa Débitos para com Instituições de Crédito , , ,1-39,4% Depósitos de clientes , , ,1 3,9% Out. débitos representados por títulos 3 463, , ,3 92,0% Outros passivos 2 504, ,6-58,6-2,3% Provisões para riscos e encargos 505,0 537,9 32,9 6,5% SOMA , ,0 367,7 0,6% CAPITAIS PRÓPRIOS E EQUIP , ,5-17,2-0,3% TOTAL , ,4 350,5 0,5%
6 CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Actividade Consolidada em 31 de Dezembro de 2002 Demonstração de Resultados (Milhares de euros) Variação Absoluta Relativa 1 MARGEM FINANCEIRA ,9% 1,1 Juros e proveitos equiparados ,6% 1,2 Juros e custos equiparados ,2% 2 MARGEM COMPLEMENTAR ,9% 2,1 Comissões líquidas ,2% 2,2 Lucros e prejuízos em operações financeiras ,2% 2,3 Rendimento de títulos ,5% 2,4 Outros lucros de exploração ,6% 3 PRODUTO BANCÁRIO (1+2) ,2% 4 CUSTOS DE FUNCIONAMENTO ,5% 5 SALDO DE GANHOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIAS ,6% 6 RESULT. EMP. ASSOC. E FILIAIS EXCL. CONSOL ,3% 7 CASH-FLOW TOTAL ( ) ,8% 8 AMORTIZAÇÕES ,0% 9 PROVISÕES (Líquidas) ,8% 10 INTERESSES MINORITÁRIOS ,8% 11 RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS ( ) ,9% 12 DOTAÇÃO PARA IMPOSTOS ,6% 13 RESULTADO FINAL (11-12) ,7%
7 CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Actividade Consolidada em 31 de Dezembro de 2002 Indicadores de Rentabilidade ROAA 1,0% 1,0% ROAE 20,6% 20,0% Rácios de Solvabilidade Banco de Portugal 9,4% 8,9% TIER 1 7,4% 6,6% BIS (Basileia) 10,5% 9,6% TIER 1 7,5% 6,8%
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