CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL

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2 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel, C.R.L., pessoa colectiva nº , com sede na Praça da Republica, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Sousel sob o mesmo número, com o capital social realizado de Euros ,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária, no dia 29 de Março de 2017, pelas 17:30 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2016 e do relatório anual do Conselho Fiscal; 2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados; 3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola; 4. Apresentação e apreciação de relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola; 5. Analisar e autorizar os pedidos de exoneração de Sócios; 6. Apreciação de outros assuntos de interesse para a Caixa Agrícola. Se, à hora marcada, para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número. Sousel, 03 de Março de 2017 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António Dâmaso Alface Carrilho

3 I. RELATÓRIO DE GESTÃO Nos termos da lei em vigor, vem o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel apresentar o Relatório de Gestão e as Contas, e o Relatório do Conselho Fiscal, referente ao exercício de 2016, cumprindo assim as suas obrigações estatutárias dando a devida informação pública. RELATÓRIOS SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DO GOVERNO SOCIETÁRIO 1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel, CRL adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. 1.1 Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 2

4 1.2 Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: António Dâmaso Alface Carrilho Vice-Presidente: Vasco Maria de Sousa Coutinho Taborda Ferreira Secretário: João António Leão Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório de gestão e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. 1.3 Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. Atualmente o Conselho de Administração é composto por três membros efetivos e um suplente, com mandato para o triénio 2016/

5 Composição do Conselho de Administração Presidente: Augusto Carneiro Calça e Pina Vogal: Nuno José Freire Cardoso de Mira Vogal: João Inocêncio Fernandes Carujo Suplente: Joaquim Pedro Boto Berardo Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e uma reuniões em Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou a não distribuição de pelouros entre os seus elementos. 4

6 1.4 Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente Composição do Conselho Fiscal Presidente: Maria Dulce Travassos Lavado Vogal: Luís Manuel Padre Santo Ganhão Vogal: António João Malias Pernão Suplente: Maria Fernanda Guerra Anica Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, por regra, no mínimo uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2016, um total de sete reuniões. 1.5 Revisor Oficial de Contas O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designados para o cargo: DIZ & ASSOCIADOS - SROC, Lda, nº. 118 da Lista da OROC Representada por Rui Manuel Tavares Leitão, ROC nº Suplente: José Joaquim Afonso Diz, ROC nº

7 2. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO 1. Em 31 de Março de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art.º 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho. 2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art.º 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. Nos termos da Lei 28/2009 de 19 de Junho, do Decreto-Lei nº. 104/2007, de 3 de Abril, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº. 88/2011, de 20 de Julho e do Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal, o Conselho de Administração da Caixa Agrícola deve submeter, anualmente, à aprovação da Assembleia Geral, a sua Declaração sobre política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização. Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2016, obedeça aos princípios seguintes: 1. CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado em Assembleia Geral. 2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze vezes, de valor fixado em Assembleia Geral. Acresce a esta remuneração o reembolso das despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções. 6

8 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado catorze vezes, de valor fixado em Assembleia Geral. 3. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. Seguidamente apresentamos o quadro das remunerações auferidas pelos Órgãos de Administração e Fiscalização de forma individualizada e agregada: Euros Conselho de Administração Remuneração Fixa - Presidente/Administrador Executivo Vogal/Administrador não Executivo Vogal/Administrador Executivo Total Conselho Fiscal Senhas de Presença - Presidente Vogal Vogal Total Revisor Oficial de Contas - Serviços de Auditoria POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, referente à política de remuneração de colaboradores: - Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola. - Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 e 2015, os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso, auferiram as seguintes remunerações: Colaboradores que exercem funções com possível impacto no perfil de risco da Instituição Remunerações Fixas

9 01 Enquadramento económico 8

10 i. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes ( ) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. 9

11 Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam insustentáveis a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente 1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados. 10

12 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços ao consumidor. O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo). 11

13 1.2 ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em , valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%. 2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018). 12

14 Indicadores macroeconómicos ( ) Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0 EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97-10,22-3,18 Preço do Petróleo (%) tav -41,0-27,6 57,0 Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3 Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1 Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0 Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5-1,7 Exportações tav 3,4 6,1 3,7 Importações tav 6,2 8,2 3,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8 Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0 Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0 Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2 Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00 Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00-0,30 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em

15 Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017 Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M, o que representa um aumento de 9,5 mil M face a Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M ). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M no final de 2015 para 17,3 mil M, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB. 14

16 1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M ); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015). 15

17 1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (- 5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país. 16

18 Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2016 Crédito Peso total Var. Homóloga Particulares Empresas Total % Particulares Empresas Total Aveiro ,3% -3,9% -5,1% -4,3% Beja ,9% -2,5% -0,7% -2,0% Braga ,0% -2,8% -8,9% -5,1% Bragança ,6% -2,3% 10,9% 0,4% Castelo Branco ,9% -3,7% -1,5% -3,2% Coimbra ,6% -3,6% 1,2% -2,4% Évora ,3% -4,1% 26,7% 4,8% Faro ,3% -6,9% 1,5% -4,7% Guarda ,6% -2,9% -5,2% -3,4% Leiria ,4% -4,4% -1,5% -3,3% Lisboa ,9% 1,7% -5,8% -2,1% Portalegre ,6% -3,8% -16,1% -7,1% Porto ,1% -3,0% -4,1% -3,4% Santarém ,8% -3,7% -0,4% -2,8% Setúbal ,7% -2,9% -15,2% -5,1% Viana do Castelo ,1% -3,3% -24,2% -9,1% Vila Real ,9% -2,5% 4,2% -1,2% Viseu ,9% -1,7% 6,3% 0,5% Reg. Autónoma Açores ,8% -4,4% -31,4% -12,5% Reg. Autónoma Madeira ,2% -3,8% -14,4% -7,4% Total % -1,6% -5,5% -3,2% Fonte: Banco de Portugal Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido % Habitação ,0% 80,8% 2,5% Consumo ,7% 11,7% 6,2% Outros fins ,8% 7,5% 15,4% Total ,6% 100% 3,9% Fonte: Banco de Portugal No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente). 17

19 Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016 Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,0% ,0% 5,9% Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5% Indústrias Transformadoras -0,3% ,7% 10,1% Energia -8,1% ,0% 0,7% Água e Saneamento -12,3% ,8% 2,0% Construção -11,8% ,7% 35,8% Comércio -0,9% ,7% 14,6% Transporte e Armazenagem -5,3% ,9% 7,5% Alojamento e Restauração 2,7% ,9% 10,4% Actividades Imobiliárias -15,2% ,3% 25,6% Saúde e Apoio Social 1,4% ,7% 4,7% Outros -4,7% ,0% 10,4% Total -5,5% % 15,7% Fonte: Banco de Portugal Valores em milhões de euros 18

20 1.4 MERCADOS FINANCEIROS Mercados accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde Índices Accionistas (base 2010) 2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0, ,87 1,78 1,66 1,28 0,95 0,62 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de Num período marcado pela disparidade entre as políticas 19

21 monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de o ano da nota verde ). 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0-0,2-0,4-0,6 Taxas de referência nos Mercados Monetários 0,75 0,25 0,00-0, Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de Matérias-primas Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista ( spot ) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre. 20

22 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.). Fonte: Bloomberg, Janeiro

23 A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base). 22

24 1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017 A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles: i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a confiança dos stakeholders; e iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes. No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de: i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do overbanking ) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos os stakeholders. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA 3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. 3 European Securities and Markets Authority 23

25 02 Crédito Agrícola: Evolução Recente 24

26 ii. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 2.1 RESULTADO E BALANÇO Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM) Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados. Balanço Em milhares de euros Variação Abs. % Activo Disponibilidades ,2% Aplicações em Instituições de Crédito ,6% Crédito a Clientes (líquido) ,5% Crédito a Clientes (bruto) ,4% Provisões / Imparidades Acumuladas ,0% Aplicações em Títulos (líquido) ,4% Activos não correntes detidos para venda ,3% Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis ,1% Outros Activos ,8% Total Activo ,9% Passivo Recursos de bancos centrais e OIC ,3% Recursos de Clientes ,3% Passivos Subordinados ,2% Outros Passivos ,3% Total Passivo ,9% Capitais Próprios ,7% Total do Capital Próprio + Passivo ,9% 25

27 Demonstração de Resultados Em milhares de euros Variação Abs. % Juros e rendimentos similares ,0% Juros e encargos similares ,4% Margem Financeira ,6% Comissões líquidas ,1% Result. de operações financeiras ,0% Outros resultados de exploração (*) ,7% Produto Bancário ,6% Custos de Estrutura ,2% Custos de pessoal ,3% Gastos gerais administrativos ,9% Amortizações ,5% Provisões e imparidades ,8% Resultado antes de impostos ,1% Impostos, após correc. e diferidos ,5% Resultado Líquido ,0% (*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e outros resultados de exploração. Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2% 4, valor aquém dos 1,6% registados em A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF 5 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%). 4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal (Dez.2016). 5 Sociedades não financeiras. 26

28 Evolução do Resultado líquido (em milhões de euros) 72,1 56,3 24,5 1, Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em Evolução do Resultado Líquido Valores em milhões de euros 31-mar jun set dez-16 Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6 Caixa Central 5,3-13,8-13,7-9,3 SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1 Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente. Decomposição do Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Margem Financeira ,6% Margem Complementar, da qual: ,9% Comissões líquidas ,1% Resultado de operações financeiras ,9 38, ,0% Outros resultados de exploração ,7% Produto Bancário ,6% A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo. 27

29 É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas. Produto Bancário - SICAM Margem Financeira Comissões Líquidas Res. Op. Financeiras Valores em milhões de euros Margem Complementar Produto Bancário Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%). Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Custos de Estrutura ,2% Custos de Pessoal ,3% Gastos Gerais Administativos ,9% Amortizações ,5% 28

30 Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se: i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos ( ) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros). Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais. As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram: - na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e - nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação). O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a Evolução do Crédito a Clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito bruto ,4% Provisões / Imparidades ,0% Crédito líquido ,5% A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na 29

31 abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs). Evolução do Rácio de Crédito Vencido Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito total sobre clientes ,4% Crédito e juros vencidos (total) ,1% Crédito e juros vencidos < 90d ,9% Crédito e juros vencidos > 90d ,0% Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a. Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registouse um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria. Evolução das Provisões/Imparidades Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Correcção de valor em crédito de clientes ,3% Imparidade de outros activos ,5% Provisões e imparidades do exercício ,8% Provisões e imparidades (stock) ,0% Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. - Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de milhões de euros em 2015 para milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros). 30

32 O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%). Activo Valores em milhões de euros Passivo Capitais Próprios Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro. Evolução do crédito e recursos de clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito a Clientes (líquido) ,5% Recursos de Clientes ,3% Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. - 31

33 2.1.2 Outros Factos Relevantes O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente e O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos ; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário 6, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão 7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida 8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam: O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português; O workshop Cooperar para Exportar dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola; A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa; O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa. 6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS 2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias. 32

34 Inauguração da 1ª Agência na Madeira No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola. A cerimónia de inauguração da Agência, realizada em Outubro de 2016, contou com a presença de diversas entidades locais, entre elas o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque. Dada a importância que a nova Agência representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim Nunca Estivemos Tão Próximos. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira. No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções operações e consultas realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de para (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções. 33

35 Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os TPA activos. O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam: ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; ENERGIE Energia solar termodinâmica; CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; AGROPORTAL a porta do mundo rural; e Telemédia Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado. No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais facebook e instagram o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de fãs no facebook no final de Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam: Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe Maratona no Rali Dakar 2016, em motociclismo; 34

36 João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes; 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction. 35

37 ACTIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA A atividade da Caixa Agrícola foi condicionada pela conjuntura económico-financeira que o país atravessa, apresentando um aumento dos seus activos líquidos em euros. Estes ativos totalizavam, no final do ano, o montante de 41,1 milhões de euros, superior aos valores orçamentados (38,8 milhões de euros). A principal fonte de financiamento da actividade da Caixa Agrícola continua a ser constituída por depósitos de associados e clientes que aumentaram euros, atingindo os 30,8 milhões de euros, valor superior ao do orçamento (28,8 milhões de euros). Os Recursos de Outras Instituições de Crédito têm vindo a aumentar de exercício para exercício, principalmente devido à linha de crédito TLTRO do BCE, atingindo no final do ano o valor de euros. Os Capitais Próprios, constituídos pelo Capital, Reservas e Resultado do Exercício, aumentaram em relação a 2015, no montante de euros. O Crédito a Clientes, em termos líquidos, apresentou um ligeiro decréscimo de euros em relação a igual período do ano anterior, mantendo o rácio de transformação (Crédito a Clientes / Recursos de Clientes), no final do ano em 52,2%, percentagem inferior à máxima aconselhada pela Caixa Central, 85%. No Crédito Vencido verificou-se um decréscimo em relação ao ano anterior, passando este tipo de crédito, líquido de provisões, a representar 3,3% do crédito total líquido. Os Fundos Próprios diminuíram em euros relativamente ao valor registado em 2015, continuando a apresentar o valor de 8,2 milhões de euros. O Rácio de Solvabilidade continua a demonstrar a elevada solidez da estrutura financeira da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel, atingindo no final do ano 52%. No cálculo deste rácio foram aplicadas, a partir do exercício de 2014, as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013. O Resultado Líquido do Exercício, foi positivo, no valor de euros, ficando ligeiramente abaixo do resultado previsto no Orçamento. A Caixa Agrícola, além da sua atividade bancária, manteve todo o apoio aos seus associados quer para o desenvolvimento rural quer para a modernização de todos os sectores ligados à agricultura. 36

38 Manteve o apoio dado pela FENACAM, através dos seus técnicos, para a elaboração e acompanhamento dos projetos de investimento. A Caixa Agrícola apoiou os seus associados e os agricultores em geral, no preenchimento dos pedidos de ajuda ao rendimento, informando sobre as ajudas nacionais e comunitárias, tentando encaminhá-los na resolução dos seus problemas. O desenvolvimento da nossa carteira de seguros continuou a bom ritmo, durante o exercício de O aparecimento de novos produtos ou a melhoria dos já existentes podem tornar-se em fonte de receitas para aumentar o Produto Bancário e simultaneamente fidelizar ainda mais os nossos associados e clientes. Na área da formação profissional estivemos presentes em quase todas as ações realizadas durante o ano. O Centro de Formação do Departamento de Recursos Humanos da Caixa Central organizou várias ações sobre diversas temáticas. Depois deste resumo sobre a atividade da Caixa Agrícola, passamos à análise mais pormenorizada das principais rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados, assim como dos respetivos mapas e gráficos anexos. APLICAÇÕES O Crédito a Clientes, apresentou, em termos de ativo bruto, um decréscimo de euros em relação aos valores de 2015, atingindo o valor de 16,1 milhões de euros, continuando como a segunda principal aplicação. Na concessão do crédito concedido continuamos a utilizar uma gestão prudente e rigorosa, privilegiando a obtenção de garantias reais. A redução verificada deve-se não só aos fatores anteriormente mencionados, mas também às atuais condições adversas do mercado e a uma reduzida procura por parte dos nossos associados e clientes. 37

39 S O R U E EVOLUÇÃO DO CREDITO CONCEDIDO ANOS No crédito vencido assistiu-se a um decréscimo em relação ao ano anterior de euros, passando de euros em 2015 para euros no final do ano. As provisões específicas para este tipo de crédito sofreram um decréscimo relativamente a 2015, passando de euros para euros em 2016, obtendo-se assim uma taxa de cobertura de 94% do crédito vencido. Os Depósitos a Prazo na Caixa Central sofreram um acréscimo de euros, relativamente ao ano anterior, atingindo os 21,1 milhões de euros, continuando a ser a principal aplicação. RECURSOS Os Recursos, fonte de financiamento da atividade da Caixa Agrícola, são constituídos pelos Recursos de Clientes (Depósitos de Associados e Clientes) e pelos Capitais Próprios (Capital Social, Reservas e Resultados), e também por Recursos de Outras Instituições de Crédito. Os Recursos de Clientes totalizaram os 30,8 milhões de euros ( ) no final de 2016, os Capitais Próprios ultrapassaram os 8 milhões de euros ( ) e os Recursos de OIC totalizaram euros. Recursos de Outras Instituições de Crédito Em 2016, recorreu-se a Recursos de Outras Instituições no valor de , valor superior ao orçamentado. O saldo desta rubrica inclui os juros a pagar destes recursos. Este valor refere-se a uma percentagem do plafond atribuído pela Caixa Central a esta Caixa Agrícola, no âmbito da Linha de Crédito TLTRO do BCE. Esta conta de DP-Depósitos foi criada no 38

40 âmbito desta linha de refinanciamento ao SICAM com o objetivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento. Recursos de Clientes Os Recursos de Clientes totalizaram 30,8 milhões de euros, apresentando um aumento de euros, ou seja, mais 4,3% em relação a 2015, ficando acima dos valores propostos no Orçamento para 2016, (28,8 milhões de euros). Em relação aos Depósitos à Ordem que tiveram um acréscimo em relação a 2015, no montante de euros, atingindo no final do ano os 9,3 milhões de euros ( ). Os Depósitos a Prazo, que inclui os Depósitos de Poupança, por sua vez apresentaram um acréscimo no montante de euros, relativamente a 2015, atingindo no final do exercício um montante superior a 21,4 milhões de euros ( ). Nesta rubrica devemos realçar a estrutura existente na relação Depósitos à Ordem / Depósitos Totais. Os Depósitos à Ordem representavam no final do ano 23% dos Depósitos Totais. EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS D.Ordem D.P./Poup. TOTAL

41 Capitais Próprios Os Capitais Próprios aumentaram relativamente ao ano de 2015, no montante de euros, tendo atingindo no final do ano o valor de euros, valor superior ao estimado no orçamento ( euros), representando cerca de 20% dos recursos totais. R.O.INSTIT. 4% CAPITAIS PROPRIOS 20% DEP. ORDEM 23% DEP. PRAZO 53% RESULTADOS O Resultado Líquido do Exercício de 2016 foi positivo no valor de euros, ficando ligeiramente abaixo do valor orçamentado ( ). Os Gastos c/pessoal aumentaram em relação ao valor verificado no ano anterior, mais euros, totalizando no final do exercício euros. Os Gastos Gerais Administrativos, apresentaram um aumento de euros relativamente ao ano de 2015, totalizando euros no final de As reintegrações dos Ativos Fixos Tangíveis (Imobilizado) foram efetuadas pelo método das quotas constantes e às taxas máximas previstas no Decreto Regulamentar n.º 25/2009 de 14 de Setembro. As reintegrações e amortizações contabilizadas em 2016 foram superiores às de 2015 em 684 euros. As amortizações totalizaram no final do ano euros. As provisões existentes foram constituídas com base nos limites previstos nos Avisos n.º 3/95, nº 4/2002 e nº 8/2003 do Banco de Portugal. As provisões constituídas durante o ano foram no montante de euros e a anulação das mesmas foram no montante de euros. No imposto sobre lucros foi aplicada a taxa de 21%, tendo sido feita a estimativa do imposto a pagar através do preenchimento do quadro 07 da Modelo 22 do IRC, originando uma taxa superior devido principalmente ao acréscimo das provisões para crédito vencido com garantia real. 40

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43 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO 42

44 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL, C.R.L. BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em Euros) Provisões, Activo imparidade e Activo Activo ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Activos com acordo de recompra Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total do Activo PASSIVO E CAPITAL Notas Recursos de bancos centrais 22 Passivos financeiros detidos para negociação 23 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos 27 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 Derivados de cobertura 14 Passivos não correntes detidos para venda 29 Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Instrumentos representativos de capital 31 Outros passivos subordinados 32 Outros passivos Total do Passivo Capital Prémios de emissão 35 Outros instrumentos de capital 36 Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Lucro do exercício Dividendos antecipados Total do Capital Total do Passivo e do Capital O anexo faz parte integrante destes balanços. O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE João da Silva Marques O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Augusto Carneiro Calça e Pina 43 Nuno Jose Freire Cardoso de Mira João Inocencio Fernandes Carujo

45 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em Euros) RUBRICA Notas Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 Resultados de reavaliação cambial 44 (745) 802 Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações do exercício 17 e Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 30 (94.013) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 Resultado antes de impostos Impostos correntes diferidos Resultado líquido do exercício O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE João da Silva Marques O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Augusto Carneiro Calça e Pina Nuno Jose Freire Cardoso de Mira João Inocencio Fernandes Carujo 44

46 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO SOUSEL, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Montantes expressos em Euros) Outras Reservas e resultados transitados Reservas de Outras Resultados Resultado do IAS/IFRS Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de (7.589) Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) (7.001) (7.001) - (7.001) Aplicação do resultado do exercício de 2014: Transferência para reservas (82.199) (58.190) Incorporação em Capital Reavaliação de Imóveis Aumento de capital por entrada de novos associados Reembolso de capital (2.250) (2.250) Reservas para Formação e Educação Cooperativa (2.355) (2.355) (2.355) Gratificação por Aplicação de Resultados Reavaliação de Imóveis (1.461) (1.461) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de 2015, Saldos em 31 de Dezembro de (5.540) Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota 50) (7.003) (7.003) - (7.003) Aplicação do resultado do exercício de 2015: Transferência para reservas ( ) (93.680) Incorporação em Capital Reavaliação de Imóveis Aumento de capital por entrada de novos associados Reembolso de capital (2.000) (2.000) Reserva para Formação e Educação Cooperativa (5.457) (5.457) (5.457) Reavaliação de Imóveis (1.461) Alterações de justo valor líquidas de imposto - (16.560) (16.560) Resultado liquido do exercício a 31 de Dezembro de Saldos em 31 de Dezembro de (5.542) CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em Euros) Resultado individual Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - - Impacto fiscal - - Transferência para resultados por alienação - - Impacto fiscal - - Reservas de reavaliação legais (1.461) (1.461) Pensões - regime transitório (7.003) (7.001) Fundo de Pensões - Ganhos e Perdas Actuariais (16.560) Outros movimentos - - Total Outro rendimento integral do exercício (25.024) (2.958) Rendimento integral individual O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Augusto Carneiro de Calça e Pina João da Silva Marques Nuno Jose Freire Cardoso de Mira Joao Inocencio Fernandes Carujo 45

47 CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimento de juros e comissões Pagamento de juros e comissões ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal e fornecedores ( ) ( ) Contribuições para o fundo de pensões (4.189) (2.794) (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento ( ) ( ) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (51.721) (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - - Activos disponíveis para venda (113) Aplicações em instituições de crédito ( ) Crédito a clientes ( ) Investimentos detidos até à maturidade - - Derivados de cobertura - - Activos não correntes detidos para venda ( ) Outros activos (96.975) (23.486) ( ) ( ) Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - - Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos ( ) Outros passivos (97.828) ( ) ( ) Caixa líquida das actividades operacionais Fluxos de caixa de actividades de investimento Variação de activos tangíveis e intangíveis Recebimento de dividendos (15) (3.179) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas ( ) - - Caixa líquida das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital Diminuição de capital - - Pagamento de dividendos - - Variação de passivos subordinados - - Reservas ( ) (62.042) ( ) - - Caixa líquida das actividades de financiamento (17.165) 258 Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (b) Diferença para o valor apurado no Balanço. Verificar valores. (a) 0 (0) (b) - (0) 46

48 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel, C.R.L. (adiante designada por Caixa Agrícola ou CCAM Sousel) é uma instituição de crédito constituída em 25 de Agosto de 1925 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa Agrícola a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa Agrícola faz parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa Agrícola opera através da sua sede, situada na Praça da Republica s/n, em Sousel e através de uma rede de 3 balcões situados no concelho de Sousel. As notas cujos números não são indicados neste Anexo não têm aplicação por inexistência de valores a reportar. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa Agrícola foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) iii) iv) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações 47

49 extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em Reservas de Reavaliação. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, assim como desta Caixa Agrícola, prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de Assim, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2016, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2014 e as responsabilidades com o SAMS deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de As demonstrações financeiras da Caixa Agrícola em 31 de Dezembro de 2016 estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa Agrícola que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da instrução nº 4/ Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa Agrícola adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. 48

50 b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As participações financeiras podem ser consideradas empresas filiais, sempre que a Caixa Agrícola exerça controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: 49

51 i) Provisão para crédito e juros vencidos ii) Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;. Estarem em incumprimento há mais de:. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa Agrícola classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou 50

52 juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. ii) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 2016, a Caixa Agrícola não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo. iii) Imparidade em activos financeiros A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, 51

53 as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa Agrícola para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 8 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa Agrícola, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. 52

54 Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa Agrícola. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. g) Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. h) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos gerais de crédito. (Nota 30). i) Benefícios de empregados A Caixa Agrícola subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa Agrícola com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACT. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa Agrícola integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACT, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros C A Vida, S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa Agrícola, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir 53

55 das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. A Caixa Agrícola regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscritos. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 8 e 10 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. j) Impostos sobre os lucros A Caixa Agrícola é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o 54

56 valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa Agrícola tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 55

57 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem: Depósitos à ordem - Na CCCAM Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a Receber - Dep. Ordem na CCCAM ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital - - Outros

58 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Aplicações em Instituições de Crédito no País: Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário - - Aplicações a muito curto prazo - - Depósitos Depósitos a prazo - CCCAM Juros - Depósitos a prazo na CCCAM Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos - - Mais de cinco anos Juros a receber

59 11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito interno Médio e longo prazos Empréstimos à habitação bonificado - - Empréstimos à habitação regime geral Empréstimos com garantia real Empréstimos sem garantia real Curto prazo Outros créditos Cartão crédito Outros créditos Créditos em conta corrente Clientes Descobertos em depósitos à ordem Outros residentes Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido - - Receitas com rendimento diferido (75.220) (74.712) (75.220) (74.712) Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos ( ) ( ) Para crédito de cobrança duvidosa ( ) ( ) ( ) ( ) Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa Agrícola dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de e Euros respectivamente, registada na rubrica Provisões do passivo. Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais dos créditos a clientes apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e cinco anos Mais de cinco anos Duração indeterminada

60 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: Imóveis Por recuperação de crédito Detidos para venda OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Outros activos tangíveis durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade AquisiçõesTransferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: ( ) Activos tangíveis em curso

61 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade AquisiçõesTransferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis Equipamento: Mobiliário e material Máquinas e ferramentas Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Equipamento de segurança Outro equipamento Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: ( ) Activos tangíveis em curso ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Activos intangíveis durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas ImparidadeAquisiçõesTransferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Sistema de tratamento automático de dados (softw are) Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas ImparidadeAquisiçõesTransferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Sistema de tratamento automático de dados (softw are) Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso

62 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a rubrica investimentos em filiais tem a seguinte composição: efectiva (%) balanço balanço Empresa Sector de actividade Sede Caixa Central Bancário Lisboa 0, CA Informatica Software Damaia 0, CA Seguros Seguros Ramos Reais Lisboa 0, CA Vida Seguros Vida Lisboa 0, CA - Seguros e Pensões SGPS Lisboa 0, FENACAM Cooperativo Lisboa 0, Os dados financeiros conhecidos mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Activo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido Caixa Central CA Informatica, SA CA Vida, SA CA Seguros CA - Seguros e Pensões SGPS FENACAM Nota: Dados provisórios em fase de auditoria, podendo ainda ser alterados. 61

63 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 31 Dezembro de 2015 eram os seguintes: Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a recuperar Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Resultados Transitados Reservas Activos tangíveis e imparidade Prémio de antiguidade (318) Encargos com saúde 341 (341) Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido ( ) Provisões para riscos gerais de crédito Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (3.573) (3.447). Prejuízos fiscais reportáveis ( ) Saldo Variação Variação Variação Saldo em em em Resultados em em Resultados Transitados Reservas Activos tangíveis e imparidade Prémio de antiguidade Encargos com saúde 405 (64) Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido (28.217) Provisões para riscos gerais de crédito (4.549) Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (4.214) (3.573). Prejuízos fiscais reportáveis (31.848)

64 Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: Impostos correntes Estimativa IRC Correcção estimativa de anos anteriores - - Total de impostos correntes Lucro antes de impostos Carga fiscal 3,61% 36,29% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa Agrícola relativas aos anos de 2013 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. 21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Outros devedores diversos Outros rendimentos a receber Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Seguros SAMS - - Outras Valores a regularizar Operações activas a regularizar Operacoes Internas a regularizar Imparidade Outros activos Outros devedores diversos (1.670) (1.670) (1.670) (1.670) Responsabilidades com pensões

65 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Recursos de Instituiçoes de Crédito no País Depósitos a prazo -CCCAM - - Depósitos a prazo TLTRO-CCCAM DP-Direitos Adicionais de Crédito-CCCAM DP-TLTRO-CCCAM-Juros a pagar - 66 DP-Direitos Adicion.Crédito-CCCAM-Juros a pagar - - Total Durante o ano de 2016, recorreu-se a Recursos de Outras Instituições no valor de O saldo desta rubrica inclui os juros a pagar destes recursos. Este valor refere-se a uma percentagem do plafond atribuído pela Caixa Central a esta Caixa Agrícola, no âmbito da Linha de Crédito TLTRO do BCE. Esta conta de DP-Depósitos foi criada no âmbito das Linhas de refinanciamento TLTRO do BCE ao SICAM com o objectivo expresso de incentivar o crédito à economia, mediante a garantia de financiamento. 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar Outros Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos

66 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa Agrícola durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Saldos em Reposições e Saldos em Reforços anulações Utilizações Transferências Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa Crédito e juros vencidos Provisões: - - Riscos gerais de crédito Garantias e compromissos assumidos Imparidade - Imparidade de outros activos: - Em activos não financeiros Saldos em Reposições e Saldos em Reforços anulações Utilizações Transferências Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa Crédito e juros vencidos Provisões: - Riscos gerais de crédito Garantias e compromissos assumidos Imparidade - Imparidade de outros activos: -Em activos não financeiros

67 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores e outros recursos Recursos Diversos Recursos - Conta Cauçao Outros Recursos Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Tributos para as autarquias locais Imposto sobre o Valor Acrescentado Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Credores por fornecimento de bens Outros credores Encargos a pagar Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Outros Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Responsabilidades com pensoes e outras Responsabilidades totais Valores a regularizar Outras operações a regularizar

68 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS. Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Outros passivos eventuais - - Garantias recebidas Garantias pessoais/institucionais Garantias reais (activos recebidos em garantia) Compromissos perante terceiros Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a estrutura associativa da Caixa Agrícola é a seguinte: N º de N º de titulos % titulos % Associados: CCAM Sousel ,29% ,42% Restantes associados ,71% ,58% ,00% ,00% 67

69 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: Reservas de reavaliação: Reservas de reavaliação do imobilizado Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais Outros instrumentos de capital Reserva legal Outras reservas Resultados transitados (5.542) (5.540) Lucro do exercício Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa Agrícola constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 20% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. 68

70 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos - - Particulares Habitação Outros créditos Consumo Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Juros de crédito vencido Outros Juros-Títulos de investimento subordinados - - Juros-Emp. subordinado-obrigações CA Vida JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no país Juros de recursos de clientes e outros empréstimos Outros juros e encargos similares

71 39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias prestadas Garantias e avales Outras garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Por serviços prestados Cobrança de valores Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Operações de crédito Outras operações de crédito Outros serviços prestados Outras comissões recebidas ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por serviços bancários prestados por terceiros Por garantias recebidas-cccam Depósito e guarda de valores 73 - Cobrança de valores Outros Outras comissões pagas

72 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista (745) RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Ganhos em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Outros activos tangíveis OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: Outros rendimentos de exploração Ganhos em acções-ca Vida Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Outros Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o FGD e FGCAM Outros encargos e gastos operacionais Outros Impostos

73 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) Encargos relativos a remunerações: Segurança Social SAMS Outros encargos sociais obrigatórios: - - Outros Outros custos com pessoal: Outros O número médio de colaboradores da Caixa Agrícola em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição: Administação 3 3 Chefias e gerência 1 1 Quadros técnicos Administrativos Outros

74 A política de remuneração em vigor para os membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel, CRL, foi aprovada em Assembleia Geral de 31 de Março de 2016, nos seguintes termos: POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL, CRL Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos: a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações; c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital); e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital). 2. PRINCÍPIOS GERAIS O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à 73

75 assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos: a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização. 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 74

76 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO:CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral. Acresce a esta remuneração o reembolso das despesas em que comprovadamente incorram no exercício das suas funções. Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/ Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução ( malus ) ou reversão ( clawback ) Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 75

77 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas. 76

78 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal - - Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância Informações Outros serviços especializados: Consultores e auditores externos Avaliadores externos SIBS Outros serviços de terceiros

79 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa Agrícola consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as demonstrações financeiras da Caixa Agrícola incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: Activos: Associadas Outras empresas Outras empresas Coligadas do Grupo Total Associadas Coligadas do Grupo Total Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação Custos: Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões Gastos gerais administrativos Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. 78

80 50. PENSÕES DE REFORMA Para determinação das responsabilidades por serviços passados da CCAM Sousel relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais, de acordo com relatório abaixo mencionado, da Crédito Agrícola Vida - Companhia de Seguros, S.A. RELATÓRIO ACTUARIAL 1. INTRODUÇÃO A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação actuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respectivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM SOUSEL, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade. Esta avaliação actuarial contempla os trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, préreformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizado a informação referente a Dezembro de 2016 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2016 para a restante população. Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM). De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo colectivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões totais de reforma e sobrevivência, previstas no ACT independentemente das pensões recebidas de regimes de Segurança Social. No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) passaram a ser financiados através do fundo de pensões. As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adoptar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspectos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência. 79

81 Porém, de acordo com o Aviso nº 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos nº 4/2005, nº 12/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pôde ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pôde ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de Em 31 de Dezembro de 2013 foram publicados o Decreto-Lei nº 167-E/2013 e a Portaria nº 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos, para 2016 a idade de 66 anos e 2 meses e futuramente a idade normal de reforma varia de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, verificada entre o 2º e 3º ano anteriores ao ano de início da pensão de velhice, na proporção de dois terços. Adicionalmente, o Decreto-lei nº 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do factor de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de reforma por velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do factor de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma. O estudo actuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS)

82 2. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte informação sobre a população: Trabalhadores no Activo e Licenças sem vencimento Número de Participantes 15 Idade média 47,6 Antiguidade média na Banca 20,8 Salário médio anual Folha anual de salários Pré-reformados Número de Participantes 0 Idade média Antiguidade média na Banca Salário médio anual Folha anual de salários N/A N/A N/A N/A N/A Não aplicável Número de Beneficiários Idade média Reformados e pensionistas 3 77,3 Pensão média anual a cargo do Fundo 120 N/A Não aplicável 81

83 3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIAL Nesta avaliação actuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e demográficos: Pressupostos Financeiros Taxa de crescimento salarial futura 1,40% Taxa de crescimento do Salário Mínimo Nacional 2,50% Taxa de desconto (Ver descrição abaixo) Taxa de crescimento das pensões 1,0% Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social (nº2 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007) Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social (nº1 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007) 1,40% 1,40% Pressupostos Demográficos Tábua de mortalidade TV 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 Idade normal de reforma De acordo com o Decreto-Lei nº 167-E/2013 Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte: a) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial inferior a 55 anos: 2,30% b) Para os trabalhadores no activo e licenças sem vencimento com idade actuarial igual ou superior a 55 anos: 2,10% c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas: 1,75% A descida da taxa desconto, face ao ano anterior, aplicada aos vários grupos populacionais, teve por referência o nível dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades do Fundo de Pensões Crédito Agrícola. Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação. Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social. Para efeito da presente avaliação actuarial, nomeadamente para o cálculo da idade normal de reforma de acordo com o Decreto-lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos (EMV65) aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2016 de 19,31 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística). 82

84 Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Credito Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de acordo com a clausula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à data de reforma definidas na clausula 81ª do mesmo documento. No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do Projected Unit Credit. O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor actual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quantas o seu número total de anos de serviço no sector, sendo em cada ano, afectada e financiada uma "unidade". No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio 9 (antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respectivas probabilidades de ocorrência em cada ano. A determinação da pensão de sobrevivência efectuou-se somente para os participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respectivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. Não se efectuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no activo, por falta de elementos. 4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ACTUARIAL 4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Activo e Licenças sem vencimento Em 31 de Dezembro de 2016, o valor actual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no activo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica: Valor actual das Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016 Valores em Euros Por serviços passados Por serviços futuros Este rácio é diferente para cada ano em que se estima o custo com o benefício de invalidez, ou seja, no ano da avaliação o rácio é 1 e no ano t é antiguidade/(antiguidade + t). 83

85 4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e Pensionistas Relativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de pré-reformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos actuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam: Valores em Euros Pré-reformados 0 Reformados e pensionistas Custo Normal do plano de pensões Apresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS: Valores em Euros a) Valor do custo normal para b) Massa salarial anual c) Taxa de contribuição normal a)/[b)x1,014] 2,8% Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade De acordo com a cláusula 127ª do acordo colectivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade. O valor actual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2016): Valores em Euros Valor actual das Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016 Por serviços passados Por serviços futuros

86 5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2016: Valores em Euros Responsabilidades no início do exercício (+) Custo do serviço corrente: Custo da Entidade Contribuições efectuadas pelos empregados (+) Custo dos Juros (+/-) (Ganhos) e Perdas actuariais nas responsabilidades (+) Acréscimos de responsabilidades de reformas antecipadas 0 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 359 (-) Contribuições pagas aos SAMS Responsabilidades no fim do exercício O efeito da alteração de pressupostos, em 31 de Dezembro de 2016, foi um aumento de cerca de no valor actual das responsabilidades por serviços passados. 6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES O valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2016: Valores em Euros Valor do fundo no início do exercício (+) Contribuições Contribuições da CCAM SOUSEL 0 Contribuições dos empregados (+) Capitais de Seguro recebidos 0 (+) Rendimento líquido (-) Prémio de Seguro pago (+) Participação de resultados de Seguro (-) Pensões de reforma e sobrevivência pagas 359 (-) Contribuições pagas para o SAMS Valor do fundo no fim do exercício

87 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS As responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2016, a O valor das responsabilidades por amortizar em 31 de Dezembro de 2016, referente ao plano de amortização referido no ponto1., era de 0. Deste modo, de acordo com o Aviso nº 12/2001 do Banco de Portugal (com os serviços passados de pessoal no activo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor actual das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2016, era de O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2016, referente à quota-parte da CCAM SOUSEL era de Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota-parte da CCAM SOUSEL era o seguinte: Nível de Financiamento Global 96,5% Nível de Financiamento Aviso 12/ ,2% De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e actualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento. Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT. Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projectado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação actuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação actuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente actualizado face aos novos contextos macroeconómicos. Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal. 10 Com as alterações dos avisos nº4/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal. 86

88 51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Sousel está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Seguradora % por Origem 2016 Ramos Não Vida CA Seguros , , ,95 80,0% Ramo Vida CA Vida 8.075, , ,61 19,6% Fundos de Pensões CA Vida 12,59 11,49 284,37 0,4% Total , , ,93 100,0% A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 87

89 52. RÁCIOS PRUDENCIAIS No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola: Até 31 de Dezembro de 2013, os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os requisitos do reporte da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal, de forma a permitir alguma comparabilidade na informação: FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Sousel Em euros Δ 15/16 Fundos Próprios totais ,1% Common equity tier 1* Tier 1* ,4% Tier ,0% Posição em risco de activos e equivalentes ,7% Requisitos de fundos próprios ,9% Crédito ,8% Operacional ,1% CVA Rácios de solvabilidade (a) Common equity tier 1* 50,0% 52,0% --- Tier 1 * 50,0% 52,0% 2,0 P.P Tier 2 0,8% - 0,0% 0,7 P.P Total* 50,0% 52,0% 2,0 P.P * Incorporando o resultado líquido do exercício. (a) Até Dezembro 2013 os rácios são calculado de acordo com a Instrução nº 23/2007, após o que são aplicadas as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013. O Responsável pela Contabilidade João da Silva Marques O Conselho de Administração Augusto Carneiro de Calça e Pina Nuno Jose Freire Cardoso de Mira Joao Inocencio Fernandes Carujo 88

90 MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2016 Sócios existentes em 31 de Dezembro de Admitidos durante o ano de Sócios Falecidos 9 Sócios Excluídos 0 Sócios Demitidos no ano de 2016 (a seu pedido) 4 Sócios existentes em 31 de Dezembro de Sousel, 31 de Dezembro de 2016 O Conselho de Administração Augusto Carneiro Calça e Pina Nuno José Freire Cardoso de Mira João Inocêncio Fernandes Carujo 89

91 RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, vem o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel, C.R.L., submeter à aprovação da Assembleia Geral o seu Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e das Contas, assim como a Proposta para a Aplicação dos Resultados Transitados apresentados pelo Conselho de Administração, relativos ao exercício de O Conselho Fiscal no uso da sua ação fiscalizadora acompanhou a evolução das atividades desenvolvidas pelo Conselho de Administração ao longo do ano, quer através de reuniões normais e estatutárias, quer através da análise das contas do exercício. Depois da análise cuidada às contas referentes a 2016, constatou-se que tudo se encontrava de acordo com as normas legais e estatutárias, verificando-se também o cumprimento das principais rubricas propostas no Plano de Atividades e Orçamento aprovados para o exercício de Da atividade da Caixa Agrícola no exercício de 2016, podemos salientar o seguinte: - Os Ativos Líquidos aumentaram 5,7%, atingindo os 41,2 milhões de euros, relativamente a 2015, ultrapassando os valores previstos no orçamento para 2016 (38,8 milhões de euros); - Os Recursos de Clientes apresentaram um aumento de 4,3% em relação ao saldo final do exercício anterior (mais euros); - O crédito concedido a clientes líquido de provisões reduziu em cerca de euros relativamente ao exercício de 2015; - O crédito vencido teve um decréscimo em relação a 2015, menos euros; - As provisões para crédito vencido mantêm-se a níveis elevados, apresentando uma taxa de cobertura de 94%; - Os Gastos com o Pessoal e os Gastos Gerais Administrativos foram superiores a 2015, na sua totalidade registou-se um aumento de euros; - O Resultado Líquido do Exercício foi positivo no valor de euros. 90

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