RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2016

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2016"

Transcrição

1 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 6

2 ÍNDICE Pág CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA... 8 RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO... 9 RELATORIOS SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIA INTERNACIONAL ECONOMIA NACIONAL MERCADO BANCÁRIO NACIONAL MERCADOS FINANCEIROS PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA ATIVIDADE DA CCAMTV ATIVOS ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS RESULTADOS, EFICIÊNCIA E RENDIBILIDADE CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS GESTÃO DE RISCOS CONSIDERAÇÕES FINAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ANEXO RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 7

3 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 8

4 CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 9

5 RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Relatório de Gestão CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág

6 RELATORIOS SOBRE A ESTRUTURA E AS PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO 1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras, CRL adota o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia-Geral são eleitos pela Assembleia-Geral, para um mandato de três anos. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola de Torres Vedras Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 11

7 1.1 Assembleia-Geral A Mesa da Assembleia-Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Alberto Manuel Avelino Sócio nº 5233 Vice-Presidente: Elisabete Antunes Constantino Sócio nº 9840 Secretário: Aníbal José Bernardes Silva Sócio nº 5405 Competência da Assembleia-Geral A Assembleia-Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório e contas, e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia-Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 12

8 1.2 Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. Atualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros efetivos, com mandato para o triénio 2016 / Composição do Conselho de Administração Presidente: António José dos Santos Sócio nº 6737 Administrador: José Agostinho de Oliveira Alves Sócio nº 2589 Administrador: António de Oliveira Dias Sócio nº 6858 Administrador Executivo: Manuel José Silva M. L. Guerreiro Sócio nº Administrador Executivo: João Manuel da Cruz Couto Sócio nº 5560 Suplente: José Sebastião Nobre Nunes Sócio nº 5771 Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, uma proposta de plano de atividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 13

9 Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de sessenta e nove reuniões em Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração deliberou a não distribuição de pelouros entre os seus membros. 1.3 Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e um suplente. Composição do Conselho Fiscal Presidente: Tomás Correia da Cunha Góis Figueira Sócio nº Secretário: José Santos Ferreira Estimado Sócio nº 8468 Vogal: José Eduardo Jorge Eiras Dias Sócio nº Suplente: Maria Inês Franco dos Santos Sócio nº Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne de acordo com o seu regulamento interno Revisor Oficial de Contas O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado para o cargo: Efetivo: Oliveira Reis & Associados SROC, Lda. Representada por: Joaquim Oliveira de Jesus ROC n.º 1056 Suplente: Fernando Marques Oliveira. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 14

10 2. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 15

11 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 16

12 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 17

13 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 18

14 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 19

15 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 20

16 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 21

17 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 22

18 Seguidamente apresentamos o quadro das remunerações auferidas pelos Órgãos de Administração, Fiscalização e Revisor Oficial de Contas, de forma individualizada e agregada: Vencimentos e Salários Remuneração Órgãos de Gestão e Fiscalização Conselho de Administração Presidente Dois membros não executivos Dois membros executivos TOTAL Conselho Fiscal Presidente Restantes membros TOTAL Revisor Oficial de Contas de acordo com o Artigo 66.º-A do Código das Sociedades Comerciais (Valor sem Iva) Revisão Legal de Contas Outros Serviços de Garantias de Fiabilidade TOTAL Política de Remuneração de Colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: 1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. 2. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 23

19 3. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2011 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: Gerência Remunerações Fixas GERÊNCIA Gerente , ,26 TOTAL , ,26 Assessoria Auditoria Interna , ,71 Compliance / Gestão de Riscos , ,33 TOTAL , ,04 4. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 4.1 ECONOMIA INTERNACIONAL A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes ( ) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efetivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em Parte deste abrandamento perspetivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 24

20 da segunda maior economia do mundo a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspetiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam insustentáveis a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente 1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa). Fonte: Bloomberg, Janeiro Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 25

21 A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspetivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objetivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de ativos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços ao consumidor. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 26

22 O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu ativar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana, sendo certo que o atual discurso político é marcadamente protecionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo). 4.2 ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da atividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em , valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos fatores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afetada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%. 2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%, respetivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 27

23 Indicadores macroeconómicos ( ) Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0 EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97-10,22-3,18 Preço do Petróleo (%) tav -41,0-27,6 57,0 Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3 Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1 Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0 Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5-1,7 Exportações tav 3,4 6,1 3,7 Importações tav 6,2 8,2 3,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8 Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0 Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0 Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2 Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00 Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00-0,30 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e - 1,5%). Os fatores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 28

24 Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017 Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M, o que representa um aumento de 9,5 mil M face a Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M ). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M no final de 2015 para 17,3 mil M, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 29

25 4.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo acionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo acionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M do empréstimo obrigacionista de ações convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M ); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 30

26 1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 31

27 Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2016 Crédito Peso total Var. Homóloga Particulares Empresas Total % Particulares Empresas Total Aveiro ,3% -3,9% -5,1% -4,3% Beja ,9% -2,5% -0,7% -2,0% Braga ,0% -2,8% -8,9% -5,1% Bragança ,6% -2,3% 10,9% 0,4% Castelo Branco ,9% -3,7% -1,5% -3,2% Coimbra ,6% -3,6% 1,2% -2,4% Évora ,3% -4,1% 26,7% 4,8% Faro ,3% -6,9% 1,5% -4,7% Guarda ,6% -2,9% -5,2% -3,4% Leiria ,4% -4,4% -1,5% -3,3% Lisboa ,9% 1,7% -5,8% -2,1% Portalegre ,6% -3,8% -16,1% -7,1% Porto ,1% -3,0% -4,1% -3,4% Santarém ,8% -3,7% -0,4% -2,8% Setúbal ,7% -2,9% -15,2% -5,1% Viana do Castelo ,1% -3,3% -24,2% -9,1% Vila Real ,9% -2,5% 4,2% -1,2% Viseu ,9% -1,7% 6,3% 0,5% Reg. Autónoma Açores ,8% -4,4% -31,4% -12,5% Reg. Autónoma Madeira ,2% -3,8% -14,4% -7,4% Total % -1,6% -5,5% -3,2% Fonte: Banco de Portugal Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido % Habitação ,0% 80,8% 2,5% Consumo ,7% 11,7% 6,2% Outros fins ,8% 7,5% 15,4% Total ,6% 100% 3,9% Fonte: Banco de Portugal No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, atividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extrativas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respetivamente). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 32

28 Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das atividades imobiliárias e das indústrias extrativas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016 Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,0% ,0% 5,9% Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5% Indústrias Transformadoras -0,3% ,7% 10,1% Energia -8,1% ,0% 0,7% Água e Saneamento -12,3% ,8% 2,0% Construção -11,8% ,7% 35,8% Comércio -0,9% ,7% 14,6% Transporte e Armazenagem -5,3% ,9% 7,5% Alojamento e Restauração 2,7% ,9% 10,4% Actividades Imobiliárias -15,2% ,3% 25,6% Saúde e Apoio Social 1,4% ,7% 4,7% Outros -4,7% ,0% 10,4% Total -5,5% % 15,7% Fonte: Banco de Portugal Valores em milhões de euros CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 33

29 4.4 MERCADOS FINANCEIROS Mercados acionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices acionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde ,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Índices Accionistas (base 2010) ,87 1,78 1,66 1,28 0,95 0,62 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices acionistas. Em contraposição, as perspetivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma atividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respetivamente. Os fatores que foram afetando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respetivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 34

30 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de o ano da nota verde ). 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0-0,2-0,4-0,6 Taxas de referência nos Mercados Monetários ,75 0,25 0,00-0,32 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a - 0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de Matérias-primas Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista ( spot ) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 35

31 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como ativo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 36

32 A dívida alemã foi um dos ativos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base). 4.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017 A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este fator externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta atualmente, são eles: i. Melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; ii. Adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; iii. Introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a confiança dos stakeholders; e iv. Investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes. No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de: i. Redução do peso dos ativos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; ii. Reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do overbanking ) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e iii. Mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos os stakeholders. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 37

33 reguladoras do mercado de capitais e das atividades de investimento (e.g. ESMA 3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das instituições financeiras europeias, que se centrarão no risco associado ao modelo de negócio e à rendibilidade, no risco de crédito, na adequação dos fundos próprios, na governação do risco e qualidade de dados e nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos. 5. ATIVIDADE DA CCAMTV 2016 PASSIVO E CAPITAL 5.1 Recursos de Clientes e Outros Empréstimos Os Recursos de Clientes, representados pelo conjunto dos depósitos, registaram, em 2016, um acréscimo de 2,5%, correspondente a uma variação de 8,5 milhões de euros, atingindo um volume global de 353,1 milhões de euros, constituindo a componente principal dos recursos financiadores da atividade da CCAMTV (85,9 %). Os Capitais Próprios, a segunda componente dos recursos financiadores da atividade, representados pelo Capital, Reservas e Resultados, foram de novo reforçados com um acréscimo de 7,1%, correspondendo a 13,2 % do total do Passivo e do Capital. 3 European Securities and Markets Authority CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 38

34 Quadro 1 Milhões de euros Designação Variação Valor % Valor % Valor % Depósitos à Ordem de Clientes 97,7 23,8 82,7 20,0 15,0 18,2 Depósitos a Prazo de Clientes 237,7 57,8 242,3 59,8-4,6-1,9 Depósitos de Poupança de Clientes 17,2 4,2 18,6 6,8-1,5-7,8 Juros a Pagar 0,5 0,1 1,0 0,3-0,5-50,2 TOTAL DE DEPÓSITOS DE CLIENTES 353,1 85,9 344,6 86,9 8,5 2,5 Outros Passivos 3,9 1,0 3,9 1,7 0,0 0,5 TOTAL DO PASSIVO 357,0 86,8 348,5 88,6 8,5 2,1 Capitais Próprios 54,2 13,2 50,7 11,4 3,5 6,9 TOTAL DO PASSIVO E DO CAPITAL 411,3 100,0 399,2 100,0 12,0 3,0 5.2 Evolução dos Depósitos No conjunto dos Recursos de Clientes, em que junta os depósitos à ordem, os depósitos a prazo e os depósitos de poupança, temos um acréscimo total de 8,5 milhões de euros, em relação a 2015, os depósitos à ordem evoluíram 15 milhões de euros enquanto os depósitos a prazo diminuíram 4,6 milhões de euros, assim como os depósitos de poupança diminuíram 1,5 milhões de euros, o valor dos juros a pagar diminuíram 0,5 milhões de Euros. Gráfico1 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 39

35 6. ATIVOS 6.1-Evolução do Ativo Líquido Do conjunto dos ativos que constituem a carteira da CCAMTV, a rubrica, Aplicações Financeiras (Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo), passou a ser a principal aplicação na estrutura do Balanço. Em 2016 apresentou um acréscimo face ao ano anterior, no total do Ativo Líquido, em virtude do aumento das Aplicações Financeiras, passando de 38,9% para 42,0%, e em termos absolutos representa um acréscimo de 17,5 milhões de euros, e um acréscimo de 2,4 milhões de euros em Aplicações em Ic s. No que respeita ao Crédito a clientes, líquido de provisões, houve um decréscimo, passando o seu peso no Ativo de 34,0% para 29,8%, com um decréscimo, em termos absolutos, de 13,1 milhões de euros, tal como podemos observar no Quadro 2. Quadro 2 Milhões de euros Tipos de ativos Variação Valor % Valor % Valor % Caixa e Disponibilidades em Ic s 38,6 9,4 32,1 8,0 6,6 1,4 Aplicações em Ic s 63,0 15,3 60,6 15,2 2,4 0,1 Credito a Clientes líquido de provisões 122,5 29,8 135,6 34,0-13,1-4,2 Aplicações Financeiras (Obrigações e Outros Títulos de Rendimento Fixo) 172,8 42,0 155,3 38,9 17,5 3,1 Diversos Ativos 14,3 3,5 15,7 3,9-1,4-0,4 Total do Ativo 411,3 100,0 399,2 100,0 12,0 3, Evolução do Crédito a Clientes Apesar da evolução negativa verificada do crédito a clientes, mantêm a sua influência no conjunto dos ativos que constituem a carteira da CCAMTV, continuando em 2016 a ser a segunda aplicação. No encerramento do exercício de 2016, antes de provisões, o valor do crédito vincendo eleva-se a 123,7 milhões de euros, evidenciando um decréscimo de 8,4 milhões de euros relativamente a Evolução do Crédito a Clientes por Tipo de Situação O crédito a clientes, sob o ponto de vista da sua situação, evidencia que o designado crédito vencido ou mal parado decresceu aproximadamente 1,5 milhões CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 40

36 euros em relação ao ano transato, o que corresponde, em termos percentuais, a um decréscimo de 5,6%. No quadro 3 verificamos as provisões para crédito vencido a crescerem 2,9 milhões de euros, a taxa de cobertura para o crédito vencido, passou de 83% para 100% relativamente a Quadro 3 Milhões de euros Situação Variação Valor % Valor % Valor % Crédito Vincendo 123,7 83,0 132,1 83,1-8,4-6,3 Crédito Vencido 25,2 16,9 26,7 16,8-1,5-5,6 Valores a Receber 0,2 0,1 0,2 0,1 0,0 Total 149,0 100,0 158,9 100,0-9,9-6,2 Provisões Crédito Cobrança Duvidosa 1,4 1,2 0,2 21,1 Provisões para Crédito Vencido 25,1 22,2 2,9 13,5 Cobertura do Credito Vencido 100% 83% Total liquido de provisões 122,5 135,6 Gráfico 2 7. ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS 7.1 Evolução das Aplicações em IC s e Investimento em Títulos A atividade financeira apresenta um acréscimo de 9 milhões euros no Ativo Total, e um aumento de 17,5 milhões de euros na atividade de investimento. Na rubrica Caixa e Disponibilidades em IC s registou-se um acréscimo de 6,6 milhões de euros, e as Aplicações em Instituições de Crédito cresceram 2,7 milhões de euros. O CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 41

37 peso destas duas rubricas, em termos percentuais, passou de 12,9% para 14,1% e de 24,3% para 22,9%, respetivamente. O impacto destas variações determinou um acréscimo em 4,6 pontos percentuais do peso dos ativos financeiros e de investimento no ativo total, que se situava em 62,1%, em 2015, e passou para 66,7%, em Quadro 4 Milhões de euros Designação Variação Valor % Valor % Valor % 1. Atividade Financeira Caixa e Disponibilidades em IC s 38,6 14,1 32,1 12,9 6,6 1,1 Aplicações em IC s 62,9 22,9 60,3 24,3 2,7-1,4 Juros de aplicações em IC's 0,1 0,1 0,3 0,5-0,27-0,4 Total 1 101,6 37,0 92,6 37,4 9,0-0,3 % do Ativo 24,7 23,2 1,5 p.p. 2. Atividade de Investimento Obrigações e Outros títulos de rendimento fixo de Emissões Públicos 172,8 63,0 155,3 62,6 17,5 0,3 Total 2 172,8 63,0 155,3 62,6 17,5 0,3 % do Ativo 42,0 38,9 3,1 p.p. TOTAL ATIVIDADE FINANCEIRA E DE INVESTIMENTOS (1+2) 274,4 100,0 248,0 100,0 26,5 % do Ativo 66,7 62,1 4,6 p.p. 8. RESULTADOS, EFICIÊNCIA e RENDIBILIDADE 8.1 Evolução dos Resultados A maior contribuição na formação do Produto Bancário continuou a ser assegurada pela Margem Financeira, principal indicador das atividades de intermediação, aumentando de 14,5 para 14,6 milhões de euros. A CCAMTV sentiu um reflexo positivo no seu resultado que passou de 2,7 milhões de euros em 2015, para 3,8 milhões de euros em O Cash Flow do exercício, em 2016, passou de 10 milhões de euros para 8,1 milhões de euros mantendo-se a um nível aceitável. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 42

38 Quadro 6 Designação Milhares de euros Variação Valor Valor Valor % + Juros e rendimentos similares (1) ,33 - Juros e encargos similares (2) ,72 = Margem Financeira (3 = 1-2) ,28 Rendimentos de instrumentos de capital (4) ,15 Rendimentos de serviços e comissões (5) ,05 Encargos com serviços e comissões (6) ,73 Resultados de ativos e passivos avaliados (7) Resultados de ativos financeiros disponíveis..(8) Resultados de reavaliação cambial (líquido) (9) ,55 Resultados de alienação de outros ativos (10) ,00 Outros resultados de exploração (11) ,89 = Produto bancário (12= ) ,98 Custos com pessoal (13) ,04 Gastos gerais administrativos (14) ,36 Depreciações e amortizações (15) ,04 Provisões líquidas de reposições e anulações (16) ,92 Correções de valor ass. ao crédito a clientes..(17) ,60 Imparidade de outros ativos financeiros líq..(18) Imparidade de outros ativos líquida.. (19) = Resultado Antes Impostos (20= ) ,34 - Imposto s/lucros (21) ,33 = Resultado após Impostos (22=20-21) ,69 Cash-Flow Global (23= ) ,96 9. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS 9.1- Capitalização A afetação a Reservas do resultado líquido do exercício anterior, nos termos estatutários, possibilitou que os Capitais Próprios, constituídos pelo Capital, Reservas e Resultados, ascendam a 54,2 milhões de euros no encerramento do exercício. Gráfico 4 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 43

39 9.2- Evolução dos Fundos Próprios Totais Os Fundos Próprios Totais para efeitos do rácio de solvabilidade (Fundos Próprios de base + Fundos Complementares Deduções) passaram de 48,4 milhões em 2015, para 50,5 milhões de euros, em 2016, evidenciando um acréscimo de 2,1 milhões de euros. O valor dos Requisitos de Fundos Próprios calculado de acordo Instrução nº 23/2007 do Banco de Portugal, cifrou-se em 19 milhões de euros, determinando um montante de Fundos Próprios, que assegura a solidez financeira da instituição e a capacidade para continuar a suportar o crescimento da atividade. Quadro 7 Milhões de euros Variação Rubricas Valor Valor Valor % 1. Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade 50,5 48,4 2,1 4,3% 2. Requisitos de fundos próprios para risco de crédito, risco de crédito 16,9 17,2-0,3-1,8% de contraparte e transações incompletas 3. Requisitos de fundos próprios para risco operacional 2,1 2,0 0,2 Total dos requisitos de Fundos Próprios 19,0 19,2-0,2 5. Rácio de Solvabilidade (1x 8%) / (2+3) 21,3% 20,2% 1,0 pp CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 44

40 9.3 Adequação dos Fundos Próprios na ótica do Banco de Portugal (Rácio de Solvabilidade) Do conjunto dos principais rácios, importa destacar o de Solvabilidade, na ótica do Banco de Portugal, que, no final do ano de 2016, se fixou, em 21,3 %, ligeiramente superior ao do ano anterior (20,2%), verificando-se assim, que este rácio ultrapassou o dobro do obrigatório (8%), relativamente aos requisitos de fundos próprios da Instituição, face ao risco incorrido na ponderação dos ativos patrimoniais e extrapatrimoniais. Gráfico GESTÃO DE RISCOS A gestão de riscos é um processo integrado que tem como objetivo identificar, avaliar e controlar os riscos materialmente relevantes para a instituição. É um Sistema Interno que assenta no princípio da proporcionalidade, ou seja, os procedimentos implementados são proporcionais à dimensão, organização interna, natureza, área geográfica e complexidade das atividades da instituição. O Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance é a estrutura interna que promove a implementação destas políticas e ferramentas de forma a controlar as perdas esperadas e não esperadas que possam por em causa a situação financeira da Caixa. No exercício de 2016, o Gabinete de Gestão de Riscos e Compliance deu continuidade ao desenvolvimento da sua atividade visando assegurar a conformidade (compliance) com os CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 45

41 novos desafios de regulamentação para o sector. Das diversas iniciativas que se desenvolveram ou iniciaram ao longo de 2016, destacam-se as seguintes: Testes de Esforço (stress tests) De acordo com a Instrução n.º 4/2011 o Banco de Portugal divulga as orientações técnicas para a realização das análises de sensibilidade promovendo assim um exercício de stress test uniforme para o sector financeiro. Capital Interno O cálculo do capital interno e a elaboração do relatório ICAAP (Internal Capital Adequacy Assessment Process) constitui não apenas uma obrigação regulamentar mas também um importante instrumento de gestão de risco que permite avaliar e determinar com rigor o nível de capital interno subjacente ao perfil de risco da Caixa. Relatório de Disciplina de Mercado Decorrendo do previsto no Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, é elaborado anualmente o relatório anual Disciplina de Mercado, no sentido de divulgar informação mais detalhada sobre a solvabilidade da instituição e as principais políticas e práticas de gestão do risco aos seus sócios, clientes e parceiros institucionais. Sistema de Controlo Interno A estrutura e os princípios do sistema de controlo interno assentam nos requisitos regulamentares definidos no Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal. O Gabinete de Gestão Riscos e Compliance em conjunto com o Gabinete de Auditoria Interna avalia o sistema de controlo interno através da observação, análise, recolha e tratamento de informação relativa às insuficiências detetadas neste domínio e na produção dos respetivos relatórios regulamentares. Divulgações qualitativas: a) Política de gestão de risco de crédito (incluindo gestão do risco de concentração). Risco de Crédito - Consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante a instituição. É o principal risco da atividade bancária, pelo que as políticas de crédito são definidas pelo Conselho de Administração, através de critérios rigorosos de concessão de crédito. As operações de crédito propostas são analisadas internamente pelo Departamento de Crédito, que atribui um scoring específico à operação com base na informação recebida. A referida avaliação é efetuada de acordo com um conjunto de procedimentos internos (inseridos no regulamento de crédito) que agrupam análises quantitativas e qualitativas da operação e do cliente em particular. O scoring atribuído depende também do nível de incidentes conhecidos do cliente recorrendo para o efeito ao seu histórico junto da instituição e à Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal. Risco de Concentração Entende-se por risco de concentração uma posição em risco ou grupo de posições em risco com potencial para produzir perdas de tal modo elevadas que coloquem em causa a solvabilidade da instituição ou a capacidade para manter as suas principais operações. Em particular, o risco de concentração decorre da existência CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 46

42 de fatores de risco comuns ou correlacionados entre diferentes contrapartes, de tal modo que a deterioração daqueles fatores implique um efeito adverso simultâneo na qualidade de crédito de cada uma daquelas contrapartes. Existem três tipos de risco de concentração: Exposições significativas a uma contraparte individual ou a um grupo de contrapartes relacionadas (single name concentration risk ou, na terminologia usual, grandes riscos ); Exposições significativas a grupos de contrapartes cuja probabilidade de entrarem em incumprimento resulta de fatores subjacentes comuns, como por exemplo o sector económico, a região geográfica, a moeda e o facto de o seu desempenho económicofinanceiro estar dependente da mesma atividade ou mercadoria Exposições de crédito indiretas resultantes da aplicação das técnicas de redução de risco (exposição a um tipo de garantia ou proteção de crédito fornecida por uma contraparte). O Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo e das Cooperativas de Crédito Agrícola estabelece o âmbito territorial da atividade da instituição, nomeadamente, o seu artigo 12.º, ao concelho de Torres Vedras. A Caixa tem presente a limitação que este regime lhe impõe ao nível do risco de concentração geográfica e de sector de atividade, estando sujeita a fatores que afetem de modo abrangente a região em que exerce a sua atividade. Como fatores mitigantes desta realidade devem ser referidas as seguintes situações, a natureza relativamente diversificada da estrutura económica local, não dependendo de forma significativa de uma atividade específica ou de empresas de grande dimensão e o conhecimento da estrutura e realidade local em que se posiciona. Relativamente ao controlo do risco de concentração, o Departamento de Gestão de Risco e Compliance elabora regularmente o mapa de grandes riscos, procedendo à análise destas posições face à totalidade da carteira de crédito. O Gabinete de Gestão Riscos e Compliance elabora anualmente o relatório sobre o risco de concentração de forma a acompanhar este tipo de risco. b) Política de Write-Off de créditos. O Conselho de Administração define e estabelece os princípios relativos à anulação do registo de dívida no balanço da Caixa. O Gabinete Jurídico submete à consideração do Conselho de Administração a anulação do registo da dívida no balanço, descrevendo os esforços desenvolvidos para a boa cobrança dos créditos no pressuposto da cobrabilidade da dívida ser remota. São apenas abatidos créditos ao ativo as operações que sejam consideradas irrecuperáveis e cujas provisões e imparidades estejam constituídas pelo valor total do crédito. c) Política de reversão de imparidade. A reversão de imparidade é um conceito contabilístico. Não se encontra definido uma vez que, não se encontrando a Caixa sujeita a supervisão em base consolidada o cálculo de imparidade não é objeto de registo contabilístico, sendo o mesmo reportado no âmbito da Instrução n.º Desta forma, o valor das imparidades poderá variar entre os períodos, sendo eventuais efeitos contabilísticos avaliados em função das disposições do Aviso n.º 03/95. d) Política de conversão de dívida em capital do devedor (se aplicável). Não aplica. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 47

43 e) Descrição das medidas de reestruturação aplicadas e respetivos riscos associados, bem como os mecanismos de controlo e monitorização dos mesmos. Existem diversas soluções de reestruturação, sendo as medidas mais comuns a extensão do prazo da operação ou a inclusão de período de carência. Internamente compete ao Departamento de Crédito identificar as operações de crédito reestruturadas e classifica-las no sistema informático. No que se refere ao acompanhamento, estas operações ficam marcadas durante um período de cura de dois anos, em cumprimento com a Instrução n.º 32/2013 do Banco de Portugal. f) Descrição do processo de avaliação e de gestão de colaterais. A reavaliação periódica de colaterais é efetuada obrigatoriamente de três em três anos conforme instruções do Banco de Portugal. O Departamento de Crédito é responsável por identificar, analisar e controlar a efetiva reavaliação, recorrendo a avaliadores externos para proceder à respetiva reavaliação dos imóveis hipotecários, a decorrer dentro dos prazos definidos. g) Natureza dos principais julgamentos, estimativas e hipóteses utilizados na determinação da imparidade. As perdas por imparidade correspondem a estimativas determinadas com base em julgamentos da gestão, tendo por base a informação disponível numa determinada data. Como tal, é expectável que, em alguns casos, eventos e desenvolvimentos futuros confluam num resultado diferente face ao montante estimado. Tendo em consideração as necessidades de reporte introduzidas pela Instrução n.º 5/2013 do Banco de Portugal, para que o modelo de imparidade tenha a maior adequação possível à carteira de crédito da CCAM, a instituição efetua semestralmente a revisão do cálculo de imparidade quer em base individual, quer em base coletiva. Ao nível da análise individual, a determinação da imparidade em função da capacidade de reembolso do devedor e/ou respetivos colaterais que o Banco dispõe a garantir as operações de crédito, tendo como base os indícios de imparidade da carteira. Em função dos indícios existentes infere-se uma expectativa de valor de recuperação do crédito, seja pela expectativa de evolução do contrato, seja pela execução do colateral. No que se refere à análise coletiva da carteira de crédito e, em particular, para a estimativa de LGD s, são considerados pressupostos, designadamente no que concerne ao período e custos incorridos de recuperação, bem como quanto à taxa de desconto adotada. h) Descrição das metodologias de cálculo da imparidade, incluindo a forma como os portefólios são segmentados para refletir as diferentes características dos créditos. A instituição utiliza a metodologia de cálculo de imparidade, nos termos previstos na IAS 39, para avaliação do risco associado à carteira de crédito e quantificação das respetivas perdas incorridas com o objetivo de garantir uma valorização adequada da carteira de crédito. A Caixa Agrícola de Torres Vedras não procede a qualquer consolidação de contas, por não se encontrar integrada em nenhum grupo financeiro. Desta forma tendo em consideração o disposto no Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal, a instituição não se encontrava até à publicação da Instrução n.º 05/2013 do Banco de Portugal, obrigada à preparação de qualquer informação relativa às imparidades da sua carteira de crédito, a qual não releva para efeitos contabilísticos. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 48

44 Alternativamente, de acordo com o previsto na Carta Circular n.º 17/2002/DSB, de 14 de Fevereiro, os Auditores Externos da instituição tinham vindo a efetuar a quantificação das provisões económicas adequadas ao risco implícito da carteira de crédito da instituição, a qual consistia nos seus aspetos gerais a uma avaliação coletiva da imparidade. Atualmente, o processo de cálculo das imparidades inicia-se com a definição das entidades a analisar em base individual, através de critérios internamente definidos. No que concerne à avaliação coletiva da imparidade procedeu-se à adaptação do modelo de provisões económicas com vista a proceder às adaptações necessárias ao cálculo da avaliação da imparidade em base coletiva de acordo com os requisitos das IAS 39. Relativamente à segmentação, no que concerne à análise individual, o critério é o dos mutuários com maior peso na carteira, sem considerar uma segmentação adicional. Na análise coletiva os critérios tomados em consideração são: produto financeiro; escalão de valor de exposição; maturidade residual da exposição; tipo de cliente; tipo de garantia recebida e crédito vencido por tipo de produto. Da análise efetuada resulta um único segmento, relativo à carteira de retalho, descriminada entre exposição viva e vencida. i) Indicação dos indícios de imparidade por segmentos de crédito. A evidência de imparidade de um ativo ou grupo de ativos está relacionada com a observação de diversos eventos denominados eventos de perda, com impacto na capacidade de cumprimento das suas obrigações, conforme definição da IAS 39. Para apuramento destas situações, a Caixa aferiu os elementos qualitativos de informação existentes internamente e definiu um conjunto de triggers, descritos em documentos internos. A avaliação conjunta desses triggers tem consequência na aferição dos montantes recuperáveis de cada mutuário e consequente quantificação da imparidade. Os triggers considerados pela instituição são: 1) Crédito vencido na centralização de risco de crédito há mais de 6 meses ou Crédito abatido, ou crédito reestruturado, sendo a soma dos três superiores a 10% da exposição final. 2) Crédito vencido na Caixa há mais de 6 meses; 3) Decisão do conselho de Administração por execução do colateral. 4) Clientes com baixo nível de scoring; 5) Crédito vencido na Caixa há menos de 6 meses; 6) Ocorrência de atrasos no último semestre; 7) Cliente com Dificuldades Financeiras; 8) Ocorrência de Crédito Reestruturado; 9) Ocorrência de Crédito Renegociado; 10) Ocorrência de deterioração significativa do scoring do cliente. A avaliação conjunta desses triggers tem consequência na aferição dos montantes recuperáveis de cada mutuário e consequente quantificação da imparidade. j) Indicação dos limiares definidos para análise individual. Os critérios definidos para a selecionar créditos significativos a avaliar em base individual são os seguintes: mutuários com exposição superior a 0,5% do total da carteira, tendo subjacente um mínimo de 20% da exposição total. k) Política relativa aos graus de risco internos, especificando o tratamento dado a um mutuário classificado como em incumprimento. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 49

45 Considera-se como crédito vencido o crédito em incumprimento há mais de 30 dias (critério contabilístico). Para efeito de análise coletiva da imparidade é considerada a exposição vencida o crédito em incumprimento à mais de 90 dias. A base do incumprimento reflete todas as situações em que se verifique o não cumprimento de uma obrigação de crédito contratualizada, a utilização de crédito sem enquadramento (tendo sido exigida ao cliente a sua liquidação) ou a ultrapassagem a um limite de crédito previamente estabelecido. l) Descrição genérica da forma de cálculo do valor atual dos fluxos de caixas futuros no apuramento das perdas de imparidade avaliadas individual e coletivamente. De acordo com o modelo, um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está em imparidade se for identificada evidência objetiva de que ocorreu um evento que originou uma perda por imparidade, como resultado de um ou mais acontecimentos que ocorreram após o reconhecimento inicial do ativo (um "acontecimento de perda") e se esse acontecimento (ou acontecimentos) de perda tiver um impacto nos fluxo s de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que possa ser fiavelmente estimado. O valor da perda deverá ser determinado como a diferença entre o valor de balanço e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados Os fluxos de caixa futuros estimados incluídos no cálculo dizem respeito aos montantes contratuais do s créditos, ajustados por eventuais valores que a CCAM espera não recuperar e pelo prazo temporal em que é expectável que os mesmos se venham a concretizar. A forma de cálculo do valor atual dos fluxos de caixa futuros no que concerne à avaliação individual e coletiva carateriza-se em seguida. Na exposição objeto de análise individual importa concluir pela existência ou não de eventos de perda, os quais darão lugar à quantificação de uma eventual perda por imparidade, por via da estimativa dos fluxos de caixa que ainda venham a ser gerados pelo contrato. O modelo prevê duas formas de recuperação do crédito, seja pela evolução natural dos cash-flows contratuais, seja pela execução do colateral. A avaliação da forma e montante de recuperação é efetuada tendo por base a verificação de ocorrência de determinados triggers relacionados com cada mutuário, sendo que caso se verifiquem certos fatores ou conjugação destes, o modo de recuperação do crédito será automaticamente considerado através da execução do colateral. A imparidade é apurada tendo por base o diferencial entre o valor atualizado da dívida do mutuário (tendo como referência o prazo médio de execução judicial e a taxa de juro original do contrato taxa de desconto) e a avaliação do imóvel, sendo este valor ser afetado pelos haircuts previstos na Carta Circular n.º 02/2014/DSP, do Banco de Portugal, em função da data da última avaliação do imóvel. A este montante ainda são acrescidos os custos relacionados com a execução judicial e posterior colocação do imóvel no mercado. No caso da avaliação coletiva de imparidade, o cálculo da estimativa de cash-flows futuros tem por base a exposição para a qual não foi apurada imparidade em base individual, considerando a PD e a LGD, sendo excluídas do apuramento destes parâmetros, as exposições avaliadas em base individual. O cálculo da LGD incorpora um fator de atualização dos cash-flows recuperados, em função dos custos de recuperação e período estimado de recuperação e da taxa de juro média da carteira de crédito na data de referência.. m) Descrição do (s) período (s) emergente utilizado para os diferentes segmentos e justificação da sua adequação. O período emergente considerado é de um ano, sendo este interpretado como o período de tempo considerado no cálculo da probabilidade, das exposições passarem do estado de cumprimento para incumprimento, traduzindo-se este parâmetro na fórmula de cálculo da probabilidade de default (PD). CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 50

46 n) Descrição detalhada do custo associado ao risco de crédito, incluindo divulgação das PD, EAD, LGD e taxas de cura. O modelo implementado tem por objetivo a quantificação do custo associado ao risco de crédito, estimando para tal os parâmetros do risco de crédito PD (Probability of Default; Probabilidade de Incumprimento) e LGD (Loss given default; Perda económica, percentual, no incumprimento). A determinação da PD fundamenta-se na observação do número de incumprimentos ocorridos na carteira de crédito ao longo do período em análise (é considerando um histórico de observação trimestral, com início em 2006) e na determinação da correlação destes incumprimentos com a evolução de um determinado índice macroeconómico (driver do risco de crédito). Historicamente, o índice macroeconómico associado tem sido a taxa de desemprego. Tendo em consideração a dimensão e caraterísticas da carteira de crédito da instituição, tem sido considerado um segmento único da carteira de crédito Crédito a retalho. Para os créditos em default, é considerada uma PD de 100%. A LGD determina o grau de perda verificada nos créditos em recuperação e contencioso, permitindo também analisar o grau de eficiência (com base em fatores económicos e temporais) da Instituição na gestão do crédito vencido. o) Conclusões sobre as análises de sensibilidade ao montante de imparidade a alterações nos principais pressupostos. Na análise de sensibilidade, verifica-se que os resultados obtidos demonstram a existência de uma folga das provisões constituídas face à imparidade quantificada, mesmo em situações de maior sensibilidade nas condições envolventes. Divulgações quantitativas: Mapa a) Segmento Exposição Total Crédito em Cumprimento Do Qual Restruturado Crédito em incumprimento Do Qual Restruturado Imparidade Total Imparidade do Credito em Cumprimento Imparidade do Credito em incumprimento Agricultura , , , , , , , ,97 Comercio por Grosso , , , , , , , ,93 Construção e CRE , , , , , , , ,54 Habitação , , , , , , , ,83 Outras Empresas , , , , , , , ,63 Outros Particulares , , , , , , , ,34 Total , , , , , , , ,25 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 51

47 Mapa b) Número de Operações Agricultura Comercio por Grosso Construção e CRE Montante Imparidade Número de Operações Montante Imparidade Número de Operações Montante Imparidade Ano de Produção 2004 e anteriores , , ,15 9, , ,55 4, , , , , ,96 8, , ,95 9, , , , , ,48 11, , ,35 11, , , , , ,26 17, , ,67 14, , , , , ,06 13, , ,62 19, , , , , ,42 26, , ,59 14, , , , , ,51 8, , ,96 10, , , , , ,66 9, , ,14 13, , , , , ,42 27, , ,47 17, , , , , ,45 15, , ,87 15, , , , , ,35 44, , ,26 22, , ,72 Total 78, , ,22 73, , ,71 33, , ,19 Habitação Outras Empresas Outros Particulares Ano de Número de Número de Número de Montante Imparidade Montante Imparidade Produção Operações Operações Operações Montante Imparidade 2004 e anteriores , , ,16 12, , ,96 6, , , , , ,05 14, , ,76 12, , , , , ,86 29, , ,81 17, , , , , ,17 27, , ,35 22, , , , , ,97 38, , ,84 26, , , , , ,32 29, , ,22 18, , , , , ,94 12, , ,23 17, , , , , ,87 22, , ,13 37, , , , , ,97 27, , ,50 61, , , , , ,42 22, , ,41 84, , , , , ,46 56, , ,92 153, , ,63 Total 6, , ,48 68, , ,75 213, , ,00 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 52

48 Mapa C1) Agricultura Comercio por Grosso Construção e CRE Exposição Balanco Imparidade Exposição Balanco Imparidade Exposição Balanco Imparidade Avaliação Individual , , , , , ,70 Coletiva , , , , , ,99 Total , , , , , ,69 Exposição Balanco Habitação Outras Empresas Outros Particulares Total Imparidade Exposição Balanco Imparidade Exposição Balanco Imparidade Exposição Balanco Imparidade Avaliação Individual , , , ,54 Coletiva , , , , , , , ,48 Total , , , , , , , ,01 Mapa C3) Portugal Exposição Balanço Imparidade Avaliação Individual , ,54 Coletiva , ,48 Total , ,01 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 53

49 Mapa F) Construção e CRE Habitação Imoveis Outros Colaterais Reais Imoveis Outros Colaterais Reais Justo Valor Numero Montante Numero Montante Numero Montante Numero Montante < 0,5 M , ,83 >= 0,5 M e < 1 M , ,00 >= 1 M e < 2 M ,50 0 0,00 >= 2 M e < 3 M 0 0,00 0 0,00 >= 3 M e < 4 M 0 0,00 0 0,00 >= 4 M e < 5 M ,00 0 0,00 >= 5 M e < 6 M 0 0,00 0 0,00 >= 6 M e < 7 M 0 0,00 0 0,00 Total , ,83 Mapa G) Carteira de Retalho Número de Imoveis Crédito em Cumprimento Crédito em Incumprimento Imparidade Sem colateral N. A. 0, , ,65 <60% ,86 0, ,77 >=60% e <80% ,59 0, ,77 >=80% e <100% ,83 0, ,51 >=100% ,52 0, ,77 Mapa H) Ativo Número de Imóveis Valor contabilístico Justo valor Terreno Terreno Rural , ,00 Terreno Urbano , ,00 Edifícios em desenvolvimento Comerciais Habitação , ,00 Outros Edifícios Construídos Edifícios Comerciais , ,00 Edifícios Habitação , ,43 Outros , ,00 Total , ,43 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 54

50 Activo < 1 ano >= 1 ano e < 2,5 anos >= 2,5 ano e < 5 anos >= 5 anos Total Terreno Terreno Rural , , ,00 Terreno Urbano , , ,00 423, ,98 Edificios em desenvolvimento Comerciais Habitação , , ,00 Outros Edificios Construidos Edificios Comerciais , , ,00 ificios Habitação , , , , ,43 Outros 3.000, , , , CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos termos da lei vigente, o Conselho de Administração apresenta o Relatório de Gestão e Contas, referentes ao exercício de 2016, dando cumprimento à sua obrigação estatutária de informar as autoridades, os associados, demais clientes e o público em geral. O sincero reconhecimento, em primeiro lugar para os nossos associados e clientes e para todos os que na justa medida do seu contributo puseram em prática a estratégia definida e proporcionaram os resultados alcançados, nomeadamente, órgãos sociais, funcionários e demais colaboradores, bem como todos os parceiros na atividade. Nestas circunstâncias, apresentamos à Assembleia Geral, para apreciação, discussão e votação, o presente Relatório de Gestão e Contas. Torres Vedras, 09 de Março de 2017 O Conselho de Administração António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves António de Oliveira Dias Manuel José Silva Martins Leite Guerreiro João Manuel da Cruz Couto CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 55

51 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 56

52 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, C.R.L. Sede: Rua Santos Bernardes, 16 A, Torres Vedras Capital Social: euros (variável) Matriculado na conservatória do Registo Comercial de Torres Vedras sob o nº Contribuinte nº BALANÇO - Modelo III Ano: 2016 Base de reporte: Individual - NCA Mês: Dezembro Valores em Euros A no N o tas Valo r antes de pro visõ es, imparidade e amo rtizaçõ es P ro visõ es, imparidade e amo rtizaçõ es Valor líquido Ano anterior = 1-2 Activo Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Activos com acordo de recompra Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Propriedades de investimento Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conju Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Total de Activo Ano Ano anterior Passivo Recursos de bancos centrais 0 0 Passivos financeiros detidos para negociação 0 0 Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos 0 0 Passivos financeiros associados a activos transferidos 0 0 Derivados de cobertura 0 0 Passivos não correntes detidos para venda 0 0 Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Instrumentos representativos de capital 0 0 Outros passivos subordinados 0 0 Outros passivos Total de Passivo Capital Capital Prémios de emissão 0 0 Outros instrumentos de capital 0 0 Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Acções próprias 0 0 Resultado do exercício Dividendos antecipados 0 0 Total de Capital Total de Passivo + Capital Ano Ano anterior Pro memoria Caixa e disponibilidades face ao Banco de Portugal Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito no país Disponibilidades e aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 0 0 Crédito vencido Recursos do Banco de Portugal 0 0 Recursos de instituições de crédito no país 0 0 Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 0 0 O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE João da Silva Marques O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves António de Oliveira Dias Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 57

53 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, C.R.L. Sede: Rua Santos Bernardes, 16 A, Torres Vedras Capital Social: euros (variável) Matriculado na conservatória do Registo Comercial de Torres Vedras sob o nº Contribuinte nº DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS - Modelo IV Ano: 2016 Base de reporte: Individual - NCA Mês: Dezembro Valores em Euros Notas Ano Ano anterior Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) 0 0 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (líquido) 0 0 Resultados de reavaliação cambial (líquido) Resultados de alienação de outros activos Outros resultados de exploração Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Depreciações e amortizações Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros d Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 0 0 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Resultado antes de impostos Impostos Correntes Diferidos Resultado após impostos Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas Resultado líquido do exercício O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE João da Silva Marques O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves António de Oliveira Dias Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 58

54 Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras Demonstrações Financeiras DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Ano: 2016 Base dindividual Mês: DEZEMBRO Valores em Euros Ano Ano anterior Fluxos de caixa das actividades operacionais Recebimento de juros e comissões Pagamento de juros e comissões Pagamentos ao pessoal e fornecedores Contribuições para o fundo de pensões 0 0 (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV 0 0 Activos disponíveis para venda 0 0 Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura 0 0 Activos não correntes detidos para venda Outros activos ( ) Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura 0 0 Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos ( ) Caixa líquida das actividades operacionais Fluxos de caixa de actividades de investimento Variação de activos tangíveis e intangíveis Recebimento de dividendos Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas ( ) 0 0 Caixa líquida das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital Diminuição de capital Pagamento de dividendos 0 0 Variação de passivos subordinados 0 0 Variação das Rerservas Caixa líquida das actividades de financiamento Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE João da Silva Marques O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves António de Oliveira Dias Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 59

55 Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (Montantes expressos em Euros) Resultado individual Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda 0 0 Impacto fiscal 0 0 Transferência para resultados por alienação 0 0 Impacto fiscal 0 0 Pensões - regime transitório Outros movimentos Total Outro rendimento integral do exercício Rendimento integral individual O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE João da Silva Marques O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves António de Oliveira Dias Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL 60

56 Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Torres Vedras DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO EXERCÍCIO DE 2016 (Montantes expressos em Euros) Outras Reservas e resultados transitados Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado do IAS/IFRS Capital de emissão reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de Reservas de Reavaliação/ Alteração de politicas contabilisticas Transferência para reservas Incorporação em Capital Aumento de capital por entrada de novos sócios Pedidos de exoneração Reembolso de capital 0 0 Reservas resultantes da valorização de activos financeiros disponiveis para venda Reservas por Impostos Diferidos 0 0 Reservas para Formação e Educação Cooperativa Reservas para Mutualismo Reserva Especial por Gratificação por Aplicação de Resultados Reserva para reforço de benefícios Diferenças resultantes da alteração de politícas contabilísticas Responsabilidades com pensões IAS Encargos com saúde IAS Resultado líquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de Reservas de Reavaliação/ Alteração de politicas contabilisticas Transferência para reservas Incorporação em Capital Aumento de capital por entrada de novos sócios Pedidos de exoneração Reembolso de capital 0 0 Reservas resultantes da valorização de activos financeiros disponiveis para venda Reservas por Impostos Diferidos 0 0 Reservas para Formação e Educação Cooperativa Reservas para Mutualismo Reserva Especial por Gratificação por Aplicação de Resultados Reserva para reforço de benefícios Diferenças resultantes da alteração de politícas contabilísticas Responsabilidades com pensões IAS Encargos com saúde IAS Resultado líquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE João da Silva Marques O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves António de Oliveira Dias Manuel Jose Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 61

57 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ANEXO NOTA 1 NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras (adiante designada por CCAMTV) foi constituída em 5 de Junho de 1915, é uma instituição de crédito sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM), aprovado pelo Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho, tendo também obtido autorização para a prática de operações de crédito com não associados (nos termos do nº 2 do art.º 28º do RJCAM) e para a concessão de crédito para fins não agrícolas (nos termos do nº 6 do art.º 36º-A do RJCAM), nos limites e condições previstos no Aviso nº 6/99 e na Instrução nº 15/2009, do Banco de Portugal. A CCAMTV fez parte do Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), tendo o Banco de Portugal comunicado em 20 de Março de 2001 a autorização da exoneração. A CCAMTV opera uma rede de 16 balcões, distribuídos pelo concelho de Torres Vedras. NOTA 2 BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS A) Bases de Apresentação Para períodos até 31 de Dezembro de 2005, inclusive, as demonstrações financeiras da CCAM, foram preparadas em conformidade com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano de Contas para o Sistema Bancário ( PCSB ) e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal. No âmbito do disposto no Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação portuguesa através do Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro, as demonstrações financeiras da CCAM passaram a ser preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definidas pelo Banco de Portugal, no Aviso nº1/2005, de 21 de Fevereiro. Em consequência, para as matérias reguladas no Aviso nº1/2005 e nos Avisos que determinam o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões, não são aplicáveis as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adotadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, sendo estas aplicáveis às restantes matérias. As matérias reguladas no Aviso nº1/2005 são, em síntese, as seguintes: A.1 - CRÉDITO A CLIENTES E VALORES A RECEBER DE OUTROS DEVEDORES Entende-se por crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e contas a receber) os ativos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor, abrangendo a atividade típica da concessão de crédito a clientes, bem como as posições credoras resultantes de operações com terceiros realizadas no âmbito da atividade da instituição e exclui as operações com instituições de crédito. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 59

58 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Na valorimetria dos créditos a clientes e valores a receber de outros devedores (crédito e contas a receber), é observado o seguinte: a) Na data do reconhecimento inicial, os ativos financeiros são registados pelo valor nominal, não podendo, quer nessa data quer em data de reconhecimento subsequente, ser incluídos em reclassificações para as restantes categorias de ativos financeiros; b) A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados; c) Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo a regra pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês; d) Sempre que aplicável as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria são, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo a regra da alínea anterior; e) Os créditos e valores a receber de outros devedores são objeto de correção de acordo com o quadro mínimo de referência para a constituição de provisões para risco específico, conforme determina o Banco de Portugal no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, o qual foi alterado pelos Avisos n.º 2/99, n.º 3/99, n.º 7/2000, n.º 8/2003, n.º 9/2003 e n.º 3/2005 todos do Banco de Portugal; f) Para efeitos da provisão para risco específico os créditos e juros vencidos são classificados por classe de risco, classes I a XII, de 3 a 60 meses, conforme Instrução do Banco de Portugal nº 6/2005, de 21 de Fevereiro. As prestações vencidas e não cobradas relativas a um mesmo contrato são consideradas na classe de risco da que se encontra por cobrar há mais tempo; g) A provisão para risco específico varia até atingir 100%, sendo que esta cobertura pode ser atingida na classe V ou na classe XII, consoante a natureza do crédito e a garantia adstrita; h) São também provisionados os créditos de cobrança duvidosa correspondentes a prestações vencidas de uma mesma operação de crédito, nas condições do nº 4º do Aviso nº3/95 do Banco de Portugal; i) São ainda constituídas provisões genéricas para o total do crédito em carteira, incluindo o representado por aceites, garantias, compromissos irrevogáveis e outros instrumentos de natureza análoga, abatido do sujeito a provisões específicas. As provisões genéricas variam entre 0,5% e 1,5% dos créditos. A.2 - RESTANTES ATIVOS FINANCEIROS No âmbito da valorização (e cálculo da imparidade) dos restantes ativos financeiros é considerado o quadro mínimo de referência estabelecido no Aviso nº3/95 e na Instrução nº7/2005, 28 de Fevereiro, do Banco de Portugal. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 60

59 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS A.3 - ATIVOS TANGÍVEIS Os ativos tangíveis são mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias daí resultantes serão incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta Reservas legais de reavaliação. A.4 BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS É previsto o estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS poderia ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com exceção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de Posteriormente o aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados por mais três anos. B) Principais políticas contabilísticas B1 CRÉDITO A CLIENTES O crédito a clientes (e os valores a receber de outros devedores) é registado de acordo com os critérios acima referidos nas bases de apresentação. As comissões e outros ganhos e perdas associadas às operações de crédito, por se considerarem imateriais, são diretamente reconhecidos em resultados do exercício. A anulação contabilística de créditos é feita por utilização das provisões para crédito vencido quando estas correspondam a 100% do valor do crédito. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As garantias prestadas emitidas pela CCAM, são passivos eventuais uma vez que garantem o cumprimento perante terceiros das obrigações dos seus clientes no caso de estes falharem os compromissos assumidos. Os compromissos irrevogáveis, na generalidade, são acordos contratuais de curto prazo para utilização de linhas de crédito que geralmente têm associado prazos fixos, ou outras cláusulas de expiração, e requerem o pagamento de uma comissão. Os compromissos da CCAM com linhas de crédito estão na sua maioria condicionados à manutenção pelo cliente de determinados parâmetros, à data de utilização dessa facilidade. As garantias prestadas e os compromissos irrevogáveis são reconhecidos pelo valor em risco, sendo as comissões ou juros associados a estas operações registados em resultados ao longo da sua vida. B2 ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos no Balanço na data de negociação ou contratação, salvo exceções de carácter contratual, legal ou regulamentar. No momento inicial são reconhecidos ao justo valor acrescido dos custos de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 61

60 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS transação diretamente atribuíveis, com exceção dos ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados, em que os custos de transação são de imediato reconhecidos em resultados. B2.1 - ATIVOS FINANCEIROS DE NEGOCIAÇÃO OU RECONHECIDOS AO JUSTO VALOR EM RESULTADOS E PASSIVOS FINANCEIROS DE NEGOCIAÇÃO Estas rubricas incluem os ativos e passivos financeiros adquiridos ou emitidos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo. A CCAM regista nesta rubrica os títulos de rendimento fixo ou de rendimento variável transacionados em mercados ativos classificados como de negociação. Estes ativos e passivos financeiros são avaliados ao justo valor, com os custos e proveitos associados às transações registados em resultados, os ganhos e perdas resultantes das alterações do justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros corridos e não cobrados das obrigações e outros títulos de rendimento fixo são reconhecidos no valor de Balanço. B2.2 - ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica inclui os ativos financeiros não derivados que sejam designados como disponíveis para venda ou não sejam classificados como empréstimos concedidos ou contas a receber, investimentos detidos até à maturidade ou ativos financeiros pelo justo valor através da conta de resultados (i.e. instrumentos financeiros de negociação). A CCAM regista nesta rubrica os títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação ou de crédito e os títulos de rendimento variável disponíveis para venda. Os ativos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os respetivos ganhos e perdas são reconhecidos diretamente nos capitais próprios na rubrica reservas de reavaliação de justo valor (exceto no caso de perdas de imparidade) até que o ativo seja vendido. Nesse momento o ganho ou perda anteriormente reconhecida no capital próprio é revertido para resultados. Os juros corridos de obrigações e de outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. B2.3 INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta categoria inclui os ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada que uma entidade tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade, sendo mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 62

61 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Os ativos financeiros não são classificados como detidos até à maturidade se a entidade tiver, durante o ano financeiro corrente ou durante os dois anos financeiros precedentes, vendido ou reclassificado mais do que uma quantia insignificante de investimentos detidos até à maturidade antes da maturidade (mais do que insignificante em relação à quantia total dos investimentos detidos até à maturidade) que não seja por vendas ou reclassificações que: (i) estejam tão próximas da maturidade ou da data de compra do ativo financeiro (por exemplo, menos de três meses antes da maturidade) que as alterações na taxa de juro do mercado não teriam um efeito significativo no justo valor do ativo financeiro; (ii) ocorram depois de se ter substancialmente recebido todo o capital original do ativo financeiro através de pagamentos escalonados ou de pré-pagamentos; ou (iii) sejam atribuíveis a um acontecimento isolado que esteja fora do controlo da entidade, não seja recorrente e não pudesse ter sido razoavelmente previsto. O custo amortizado de um ativo financeiro ou de um passivo financeiro é a quantia pela qual o ativo financeiro ou o passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa usando o método do juro efetivo de qualquer diferença entre essa quantia inicial e a quantia na maturidade, e menos qualquer redução (diretamente ou por meio do uso de uma conta de abatimento) quanto à imparidade ou incobrabilidade. B2.4 IMPARIDADE EM ATIVOS FINANCEIROS A CCAM efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros com exceção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido no ponto A1. Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados. No caso de ativos disponíveis para venda, em caso de evidência diretamente de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 63

62 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS em resultados. No caso de ativos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. B3 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Os ativos não correntes detidos para venda são aqui classificados quando se prevê que o seu valor de Balanço seja recuperado através de alienação. A sua valorização deve ser efetuada ao menor dos valores entre o custo de aquisição e o valor de avaliação periódica; caso exista uma perda por imparidade, na avaliação inicial ou subsequente esta deve ser registada em resultados. As mais-valias potenciais não são reconhecidas no Balanço. Estes ativos não são objeto de qualquer amortização. Esta rubrica inclui imóveis, equipamento e outros bens recebidos em dação em cumprimento, ou adquiridos em praça, que passaram à posse da CCAM para regularização de crédito concedido. B4 ATIVOS TANGÍVEIS Os ativos tangíveis são registados ao custo de aquisição e a respetiva depreciação é calculada segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, aplicado ao custo histórico, às taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que se considera não diferirem substancialmente da vida útil estimada dos bens: Número de anos Imóveis 50 Beneficiações em imóveis arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 3 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 12 Viaturas 4 As Beneficiações em edifícios arrendados são amortizadas em 10 anos, dado ser este o período que se considera refletir de forma mais aproximada a vida útil desses investimentos. B5 ATIVOS INTANGÍVEIS Os ativos intangíveis são compostos, essencialmente, por aquisição de software (sistemas de tratamento automático de dados) e outros ativos intangíveis, cujo impacto se repercute para além do exercício em que são gerados. Estes ativos são amortizados no período de 3 anos pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com o critério fiscal aplicável. B6 OUTROS ATIVOS Esta rubrica residual inclui todos os ativos não enquadrados em outras rubricas, não existindo uma valorimetria específica; é observado o princípio definido na Instrução nº7/2005 de que os ativos não financeiros estão em imparidade quando a sua quantia CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 64

63 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS escriturada excede a quantia recuperável. B7 DEPÓSITOS E OUTROS RECURSOS Os depósitos e recursos financeiros de clientes e instituições de crédito são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva. A taxa de juro efetiva resulta do desconto dos pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do passivo financeiro para o valor líquido atual de Balanço. O cálculo inclui as comissões consideradas como parte integrante da taxa de juro efetiva, custos de transação e todos os prémios ou descontos diretamente relacionados com a transação. As comissões e outros ganhos e perdas associadas aos depósitos e outros recursos, por se considerarem imateriais, são diretamente reconhecidas em resultados do exercício. B8 -PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente, processos judiciais e outras perdas expectáveis decorrentes da atividade. O seu reconhecimento efetua-se sempre que exista uma obrigação presente, legal ou construtiva, seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. B9- IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS O encargo do exercício com impostos sobre os lucros, para a CCAM, é calculado tendo em consideração o disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e os incentivos e benefícios fiscais aplicáveis à Instituição. Os impostos diferidos ativos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros, resultante de diferenças temporárias entre o valor de um ativo ou passivo no Balanço e a sua base tributável. Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos diferidos ativos. Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos até ao montante em que seja expectável existirem lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis. As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da CCAM durante um período de quatro anos, podendo por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios ainda suscetíveis de revisão. B10- RESPONSABILIDADE COM PENSÕES E OUTROS BENEFÍCIOS A EMPREGADOS B10.1 FUNDO DE PENSÕES Face às responsabilidades assumidas para com os seus funcionários, a CCAM aderiu CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 65

64 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ao Fundo de Pensões do Crédito Agrícola Mútuo que se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social, relativamente à totalidade do seu pessoal abrangido pelo Acordo Coletivo de Trabalho Vertical das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ACT), sendo esses complementos calculados, por referência ao ACT, de acordo com: (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma; (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo; (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. De acordo com os estatutos da CCAM, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACT, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V do ACT na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. A Caixa Agrícola regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela entidade gestora do Fundo para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 66

65 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. Posteriormente o aviso nº 7/2008 de 14 de Outubro veio permitir que os referidos prazos fossem dilatados por mais três anos, entre 8 e 10 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adoção do IAS 19. B10.2 PRÉMIOS DE ANTIGUIDADE No termos do ACT a CCAM assumiu a responsabilidade de pagar aos seus empregados no ativo que completem os quinze, vinte e cinco e trinta anos de serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respetivamente, a um, dois e três meses de remuneração mensal no ano de atribuição. No exercício de 2006 a CCAM entendeu reconhecer em Outros Passivos por contrapartida de Resultados Transitados, tendo por base o histórico de permanência do seu quadro de pessoal, as responsabilidades máximas estimadas a 31 de Dezembro de 2006 que ascendiam ao montante de ,23 euros. De acordo com a Carta Circular 12/06/DSBDR de 20 de Janeiro de 2006 a CCAM reconheceu o acréscimo no exercício daquelas responsabilidades, mantendo consistentemente o mesmo reconhecimento para os exercícios posteriores. B11 CAPITAL Nos termos do artº14º do Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM) o Capital Social das CCAM é variável não podendo ser inferior a um mínimo fixado por portaria do Ministério das Finanças (i.e , Portaria 312/2010); prevê ainda um capital mínimo a subscrever em títulos de capital por cada associado (i.e. 500 art. 15º do Regime Jurídico do Credito Agrícola Mútuo). O capital pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos termos do artº17º do RJCAM e restantes condições estatutárias. B12 - FUNDO DE GARANTIA DE DEPÓSITOS Na sequência da exoneração do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) a CCAM aderiu ao Fundo de Garantia de Depósitos. Este foi constituído em Novembro de 1994 com o objetivo de garantir o reembolso de depósitos constituídos nas instituições de crédito aderentes. A CCAM suportou em 2001 uma contribuição inicial de ,00 euros, reconhecida como custo do exercício, anualmente é devida uma contribuição para aquele fundo. Em 2014, a taxa contributiva de base aplicável foi de 0,03% (a taxa efetiva aplicável a CCAM foi de 0,03%), tendo a respetiva contribuição de ,10 foi reconhecida em custo do exercício. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 67

66 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS B13 - ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS A CCAM segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras, nomeadamente no que se refere ao reconhecimento contabilístico dos juros das operações ativas e passivas que são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança. B14 OPERAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA A compra e a venda de notas e moedas estrangeiras são convertidas para euros com base no câmbio médio à vista de referência à data de 31 de Dezembro de 2015, divulgados pelo Banco Central Europeu e pelo Banco de Portugal. As restantes operações em moeda estrangeira são realizadas por uma instituição bancária em regime de comissão (prestação de serviços). B15 PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS EM EMPRESAS FILIAIS E ASSOCIADAS As participações financeiras podem ser consideradas empresas filiais, sempre que a CCAM detém o controlo ou o poder para o controlo da gestão da entidade, ou empresas associadas, aquelas em que a CCAM exerce direta ou indiretamente uma influência significativa sobre a sua gestão mas não detém o controlo da empresa. Presume-se que existe influência significativa quando a participação no capital é superior a 20%. NOTA 3 CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: Caixa Depósitos à Ordem em Bancos Centrais 100 Caixa Depositos a Ordem no Banco de Portugal A rubrica Depósitos à Ordem em Bancos Centrais Banco de Portugal inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm por objetivo satisfazer os requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas de caixa. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 68

67 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 4 DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO O valor desta rubrica é composto por: Disponibilidade em Outras Instituições de Crédito no País 1100 Depósitos à ordem Cheques a Cobrar Juros Dispon.Outras Instituições Crédito NOTA 5 APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO O valor desta rubrica é composto por: Aplicações em Instituições de Crédito no País Depósitos Juros e Rendimentos Similares Juros de Aplicações em Instituições de 3303 Crédito CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 69

68 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 6 CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: Credito Interno + Juros Empresas e Administrações Publicas Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeitos Empréstimos Créditos em Conta Corrente Descobertos em Depositos a Ordem Particulares Habitação Consumo Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeito Empréstimos Créditos em Conta Corrente Descobertos em Depositos a Ordem Credito e Juros Vencidos Empresas e Administrações Publicas Capital Particulares Habitação Consumo Capital Juros Vencidos Juros de Crédito a Clientes Empresas e Administrações Publicas Empréstimos Particulares Habitação Consumo Desconto e Outros Créditos Titulados Por Efeito Empréstimos Créditos em Conta Corrente Descobertos em Depositos a Ordem Receitas com Rendimento Diferido Descobertos em Depositos a Ordem CREDITO A CLIENTES - TOTAL Provisões Acumuladas 3700 Para Crédito de Cobrança Duvidosa Para Crédito Vencido CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 70

69 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 7 INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Títulos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade apresentaram um crescimento de 3,9 milhões de euros que se decompõem da seguinte forma: TITULOS INVESTIMENTO Valor Contabilístico QUANTIDADE Preço Mercado VALOR DE MERCADO MATURIDADE Obrig.Tesouro -Millenium , ,00 OT - 2,875% 13-out Obrig.Tesouro -Millenium , ,00 OT - 3,875% 14-abr Obrig.Tesouro -Millenium , ,00 OT - 3,85% 15-abr Obrig.Tesouro -Millenium , ,00 OT - 4,80% 15-jun Obrig.Tesouro -Millenium , ,00 OT - 2,875% 21-jul Obrig.Tesouro -Millenium , ,00 OT - 2,20% 17-out Obrig.Tesouro -Millenium , ,50 OT - 4,35% 16-out Obrig.Tesouro -Millenium , ,00 OT - 4,45% 15-jun-2018 Total Conta ,50 NOTA 8 ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA O valor desta rubrica é composto por: Ativos Não Correntes Detidos para Venda 2500 Imoveis Provisões para Imparidade - Ativos Não Financeiros 3580 Ativos Não Correntes Detidos para Venda O movimento ocorrido nas provisões desta rubrica: Saldo Inicial Dotações Utilizações Reversões Saldo Final CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 71

70 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 9 OUTROS ATIVOS TANGÍVEIS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: Imóveis 2700 De Serviço Próprio Obras em Imoveis Arrendados 0 0 Equipamento 2710 Mobiliário e Material Máquinas e Ferramentas Equipamento Informático Instalações Interiores Material Transporte Equipamento Segurança Outro Equipamento Outros Ativos Tangíveis Diversos 2780 Património Artístico ACTIVOS TANGÍVEIS - TOTAL Amortizações Acumuladas 360 Ativos Tangíveis O movimento ocorrido nesta rubrica: Saldo Imóveis Equipamento Outros Ativos Tangíveis Total Líquido a Compras Abates / Vendas Amortizações do Exercício Transferências 0 0 Saldo a CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 72

71 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 10 ATIVOS INTANGÍVEIS Esta rubrica decompõe-se como segue: Outros Ativos Intangíveis 29 Outros Ativos Intangíveis Amortizações Acumuladas 361 Ativos Intangíveis NOTA 11 INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Valor de Valor de Conta Natureza e espécie Balanço Balanço Investimentos em Associadas Em Uniões Regionais (FERECC) SIBS Rural Informática, S.A Rural Seguros, S.A AGRIMUTUO, FCRL Provisões para imparidade acumuladas Total CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 73

72 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 12 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de ativos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes: Ativos por impostos diferidos IRC a Recuperar Por diferenças temporárias Em Ativos Em Passivos Passivos por impostos correntes 4900 Imposto sobre o rendimento a pagar Passivos por impostos diferidos 491 Por diferenças temporárias Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: Impostos correntes Insuficiência/excesso de Estimativa p/impostos 651 s/lucros Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias ( ) ( ) Total de impostos reconhecidos em resultados Lucro antes de impostos Carga fiscal 25,10% 24,75% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria coletável a eventuais correções. Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correções com impacto significativo nas demonstrações financeiras. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 74

73 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 13 OUTROS ATIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: Outras Disponibilidades 120 Sobre Residentes Devedores e Outras Aplicações 31 Outros Devedores Diversos Outros Ativos 321 Outros Metais Preciosos, Numismática e Meda Outros Juros e Rendimentos Similares De Compromissos Devedores com Encargos Diferido 348 Outros Despesas com Encargo Diferido Outras Contas de Regularização 54 Outras Contas a Regularizar Devedores, Outras Aplicações e Outros Ativos 3584 Devedores NOTA 14 RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica decompõe-se como segue: Recursos de Outras Instituições de Crédito 39 Recursos de Outras Instituições de Crédito NOTA 15 RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: Depósitos de Residentes Do Sector Publico Administrativo Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo De Emigrantes Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo 0 0 De Outros Residentes Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 75

74 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 16 PROVISÕES Depósitos de Poupança Poupança Reformado Poupança Outros Outros Recursos de Clientes 4080 Cheques e Ordens a Pagar Encargos a Pagar Do Sector Publico Administrativo Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo De Emigrantes Depósitos a Prazo 0 0 De Outros Residentes Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Depósitos de Poupança Poupança Reformado Poupança Outros O valor desta rubrica é composto por: RUBRICAS DE PROVISÕES MOVIMENTO ACUMULADO DAS PROVISÕES SALDO A ANULAÇÕES DOTAÇÕES UTILIZAÇÕES e SALDO A REPOSIÇÕES PARA CRÉDITO DE COBRANÇA DUVIDOSA PARA CRÉDITO VENCIDO PARA RISCOS GERAIS DE CRÉDITO PARA IMPARIDADE EM TÍTULOS E EM PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS PARA IMPARIDADE EM ACTIVOS NÃO FINANCEIROS DEVEDORES E OUTRAS APLICAÇÕES TOTAL Provisões líquidas de reposições e anulações PROVISOES PARA RISCOS GERAIS DE CREDITO PROVISOES PARA RISCOS GERAIS DE CREDITO OUTRAS PROVISOES Correções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores CREDITO A CLIENTES N/REPRES.P/VALORES MOBILIARIOS CREDITO A CLIENTES N/REPRES.P/VALORES MOBILIARIOS CREDITO A CLIENTES N/REPRESE.P/VALORES MOBILIARIOS CREDITO A CLIENTES N/REPRES.P/VALORES MOBILIARIOS CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 76

75 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Imparidade de outros ativos líquida de reversões e recuperações INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOC E EMPREEND CONJ ACTIVOS NAO FINANCEIROS Devedores e Outras Aplicações INVESTIMENTOS EM FILIAIS,ASSOCIADAS E EMP CONJ NOTA 17 OUTROS PASSIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: Despesas com Custo Diferido Credores e Outros Recursos Responsabilidades Totais - NOTA 32 Nº VALOR PATRIMONIAL DO FUNDO DE PENSOES - NOTA DESVIOS ACTUARIAIS 0 0 Credores e Outros Recursos 512 Recursos Diversos Sector Publico Administrativo Cobrança por Conta de Terceiros Contribuições para Outros Sistemas Saúde Credores Diversos Encargos a Pagar 528 Outros Encargos a Pagar Outras Contas de Regularização 548 Outras Contas de Regularização Despesas com encargo diferido Fornecedores NOTA 18 CAPITAL Esta rubrica apresenta a seguinte variação: Incorporação de reservas Emissão de títulos de capital Total Saldo em 31 de dezembro de Incorporação de reservas Emissão de títulos de capital Pedido de Exoneração Saldo em 31 de dezembro de Em 31 de Dezembro de 2016, o capital da CCAM TORRES VEDRAS, C.R.L. encontrase disperso por associados Ativos, não existindo nenhum associado a deter mais de 500,00 euros (100 títulos de capital) no capital da CCAMTV. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 77

76 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 19 RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Reservas de reavaliação: Reservas de reavaliação do imobilizado Outras Reservas 600 Reserva legal Outras reservas Resultados transitados Outras Reservas e Resultados Transitados Lucro do exercício NOTA 20 COMPROMISSOS ASSUMIDOS Os compromissos associados à atividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: Garantias prestadas e outros passivos eventuais 9000 Garantias e avales prestados Aceites e endossos Compromissos perante terceiros Por linhas de crédito 9203 Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis 9206 Por subscrição de títulos CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 78

77 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 21 JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES O valor desta rubrica é composto por: Juros e Rendimentos Similares 7900 Juros de disponibilidades em Bancos Centrais Juros de disponibilidades em Outras Instituições de 7901 Crédito Juros de aplicações em Instituições de Crédito Juros de Crédito a Clientes Juros de Crédito a Vencido Juros e Rend. Similares Outros Ativos Financeiros Operações de Crédito NOTA 22 JUROS E ENCARGOS SIMILARES O valor desta rubrica é composto por: Juros e Encargos Similares 6601 Juros de Recursos de Outras Instituições de Crédito Juros de Recursos de Clientes Outros Juros e Encargos Similares NOTA 23 RENDIMENTO DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica apresenta a seguinte decomposição: RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 79

78 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 24 RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES O valor desta rubrica é composto por: Rendimentos de Serviços e Comissões 813 Por serviços prestados Outras Comissões Recebidas NOTA 25 ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES O valor desta rubrica é composto por: Encargos com Serviços e Comissões 683 Por serviços bancários prestados por terceiros Por operações realizadas por terceiros Outras comissões Pagas NOTA 26 RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL O valor desta rubrica é composto por: Perdas em Diferenças Cambiais 0 0 Encargos com Serviços e Comissões Por serviços bancários prestados 830 por terceiros NOTA 27 RESULTADO DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ATIVOS O valor desta rubrica é composto por: Resultado de Alienação de Outros Ativos 69 PERDAS EM OPERACOES FINANCEIRAS CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 80

79 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 28 OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO O valor desta rubrica é composto por: Outros Proveitos Operacionais 839 Outros Ganhos em Operações Financeiras Ganhos em Ativos Não Financeiros Outros Ganhos e Rendimentos Operacionais (1) Outros Custos Operacionais 75 Outros Impostos Quotizações e donativos Contribuições para o Fundo de Garantia Contribuições para o Fundo de Resolução Contribuição para o Banco Central Europeu Perdas em Ativos não financeiros Outros encargos e Gastos (2) TOTAL (1-2) NOTA 29 CUSTOS COM o PESSOAL O valor desta rubrica é composto por: Vencimentos e Salários Remuneração Orgãos de Gestão e 700 Fiscalização Conselho de Administração Presidente Dois membros não executivos Membros executivos Conselho Fiscal Presidente Restantes dois membros Remuneração Empregados 7010 Remuneração Mensal Remunerações Adicionais Encargos Sociais Obrigatórios 702 Encargos Sociais Obrigatórios Outros Custos com o Pessoal 708 Outros Custos com Pessoal Outros TOTAL O número médio de colaboradores da CCAM durante o ano de 2014 foi de 83. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 81

80 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 30 GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS O valor desta rubrica é composto por: Água, Energia e Combustíveis Material de Consumo Corrente Publicações Material de Higiene e Limpeza Outros Fornecimentos de Terceiros Rendas e Alugueres Comunicações Deslocações Estadas e Representação Publicidade e Edição de Publicações Conservação e Reparação Transportes 7116 Formação com Pessoal Seguros Serviços Especializados Avenças e Honorários Judiciais Contencioso e Notariado Informática Segurança e Vigilância Limpeza Mão de Obra Eventual Outros Serviços Especializados Certificação Legal de Contas Outros Serviços de Garantia de Fiabilidade Outros Serviços de Terceiros TOTAL NOTA 31 AMORTIZAÇÕES O valor desta rubrica é composto por: AMORTIZAÇÕES Imóveis de Serviço Próprio Mobiliário e Material Máquinas e Ferramentas Equipamento de Segurança Instalações Interiores Material de Transporte Equipamento de Segurança Outro Equipamento Sistema de tratamento automático de dados (Software) CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 82

81 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 32 PENSÕES DE REFORMA 1. INTRODUÇÃO A Crédito Agrícola Vida, Companhia de Seguros S.A., na qualidade de Entidade Gestora do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, elaborou o presente relatório da avaliação atuarial das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e respetivos encargos pós-reforma com o serviço de assistência médico-social (SAMS) previstas no Plano de Pensões da CCAM TORRES VEDRAS, Associada do Fundo de Pensões Crédito Agrícola, com data de referência de 31 de Dezembro de O presente relatório inclui adicionalmente os resultados relativos às responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade. Esta avaliação atuarial contempla os trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e reformados e pensionistas quando aplicável, tendo sido utilizado a informação referente a Dezembro de 2016 para os reformados e pensionistas e os ficheiros de Setembro de 2016 para a restante população. Os benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ICAM). De acordo com a cláusula 116ª do referido acordo coletivo de trabalho (ACT), constituem contribuições obrigatórias das instituições de crédito para o SAMS a verba correspondente a 6,5% das pensões totais de reforma e sobrevivência, previstas no ACT independentemente das pensões recebidas de regimes de Segurança Social. No final do exercício de 2008, as responsabilidades com cuidados médicos pós emprego (SAMS) passaram a ser financiados através do fundo de pensões. As Instituições do Crédito Agrícola Mútuo passaram a partir de Janeiro de 2007 a adotar as normas internacionais de contabilidade, nomeadamente o IAS 19 passou a regular todos os aspetos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e de sobrevivência. Porém, de acordo com o Aviso nº 12/2001 com as alterações introduzidas designadamente pelos avisos nº 4/2005, nº 12/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal, o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer ao abrigo do plano de amortização decorrente da transição para as normas internacionais de contabilidade pôde ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de Adicionalmente o reconhecimento do impacto que, a 30 de Junho de 2008, se encontrava por reconhecer decorrente da alteração da tábua de mortalidade bem como das responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, pôde ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de Em 31 de Dezembro de 2013 foram publicados o Decreto-Lei nº 167-E/2013 e a Portaria nº 378-G/2013, produzindo efeitos a 1 de Janeiro de 2014, que vieram alterar a forma de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral da Segurança Social, tendo como referência a evolução da esperança média de vida aos 65 anos. Assim foi fixada para 2014 e 2015 a idade normal de reforma de 66 anos, para 2016 a idade de 66 anos e 2 meses e futuramente a idade normal de reforma varia de acordo com a evolução da esperança média de vida aos 65 anos, CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 83

82 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS verificada entre o 2º e 3º ano anteriores ao ano de início da pensão de velhice, na proporção de dois terços. Adicionalmente, o Decreto-lei nº 167-E/2013 introduziu outras alterações no cálculo da pensão do regime geral da Segurança Social, designadamente a não aplicação do fator de sustentabilidade às pensões estatutárias dos beneficiários que passem à situação de reforma por velhice na idade normal de acesso à pensão ou em idade superior. O acima referido Decreto-Lei veio ainda alterar a fórmula de cálculo do fator de sustentabilidade através da alteração do ano de referência inicial da esperança média de vida aos 65 anos, do ano de 2006 para o ano 2000, passando a aplicar-se sobre o valor da pensão estatutária da Segurança Social dos beneficiários que acedam à pensão antes da idade normal de reforma. O estudo atuarial que seguidamente se apresenta assenta em pressupostos considerados adequados para este esquema de reformas, enquadrados nos princípios estabelecidos na International Accounting Standard (IAS) CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO A partir dos ficheiros de dados anteriormente referidos, trabalhou-se com a seguinte informação sobre a população: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 84

83 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 3. MÉTODOS, PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES USADOS NA AVALIAÇÃO ACTUARIAL Nesta avaliação atuarial, utilizaram-se os seguintes pressupostos financeiros e demográficos: Pressupostos Financeiros Taxa de crescimento salarial futura 1,40% Taxa de crescimento do Salário Mínimo Nacional 2,50% Taxa de desconto Taxa de crescimento das pensões 1,0% Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social (nº2 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007) 1,40% Taxa de revalorização de salários para a Seg. Social (nº1 Artº 27 do Decreto-Lei 187/2007) 1,40% (Ver descrição abaixo) Pressupostos Demográficos Tábua de mortalidade TV 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 Idade normal de reforma De acordo com o Decreto-Lei nº 167-E/2013 Quanto ao pressuposto da taxa de desconto foi utilizado o seguinte: a) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial inferior a 55 anos: 2,30% b) Para os trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento com idade atuarial igual ou superior a 55 anos: 2,10% c) Para os pré-reformados, reformados e pensionistas: 1,75% A descida da taxa desconto, face ao ano anterior, aplicada aos vários grupos populacionais, teve por referência o nível dos rendimentos das obrigações de sociedades alta qualidade para um prazo consistente com o prazo esperado das responsabilidades do Fundo de Pensões Crédito Agrícola. Na determinação da pensão da Segurança Social, tomou-se, como crescimento salarial para a carreira contributiva passada, o do Índice de Preços no Consumidor Sem Habitação. Para o cálculo daquela pensão, não foram considerados os meses sem contribuições para a Segurança Social. Para efeito da presente avaliação atuarial, nomeadamente para o cálculo da idade normal de reforma de acordo com o Decreto-lei nº 167-E/2013 de 31 de Dezembro, considerou-se que a esperança média de vida aos 65 anos (EMV65) aumenta 1 ano em cada período de 10 anos (considerou-se a EMV65 em 2016 de 19,31 anos, de acordo com informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística). Para estimação da pensão a cargo do Fundo, utilizou-se a tabela do ACT das Instituições do Credito Agrícola, com as promoções obrigatórias por antiguidade, de CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 85

84 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS acordo com a clausula 15ª do ACT, bem como as diuturnidades até à data de reforma definidas na clausula 81ª do mesmo documento. No que se refere às responsabilidades com pensões diferidas de velhice e sobrevivência, o método de cálculo utilizado foi o do Projected Unit Credit. O método "Projected Unit Credit" baseia-se no princípio segundo o qual, para cada participante, o valor atual das responsabilidades é dividido em tantas "unidades" quantas o seu número total de anos de serviço no sector, sendo em cada ano, afetada e financiada uma "unidade". No caso do benefício de invalidez e sobrevivência imediata, as responsabilidades por serviços passados resultam da aplicação do rácio1 (antiguidade/tempo de serviço à data) ao valor das responsabilidades totais. Para o apuramento das responsabilidades totais, estimou-se o custo do benefício para cada pessoa, ano a ano desde a data da avaliação até à idade de reforma, considerando a pensão de invalidez/sobrevivência e as respetivas probabilidades de ocorrência em cada ano. A determinação da pensão de sobrevivência efetuou-se somente para os participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino, respetivamente. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACT. Não se efetuaram cálculos de responsabilidades com pensões de orfandade, para os participantes no ativo, por falta de elementos. 4. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO ACTUARIAL 4.1. Responsabilidades com Trabalhadores no Ativo e Licenças sem vencimento Em 31 de Dezembro de 2016, o valor atual das responsabilidades com pensões de reformas e sobrevivência e com o pagamento dos encargos pós-emprego com o SAMS na parte que cabe ao empregador (6,5% das pensões totais), referente aos trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento foi o que seguidamente se indica: 4.2. Responsabilidades com Pré-reformados e com Reformados e Pensionistas Relativamente às responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência de préreformados e às responsabilidades com pensões em pagamento aos acuais reformados e pensionistas, o valor das responsabilidades totais, incluindo as responsabilidades com o pagamento dos encargos com SAMS, são os que seguidamente se apresentam: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 86

85 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 1 Este rácio é diferente para cada ano em que se estima o custo com o benefício de invalidez, ou seja, no ano da avaliação o rácio é 1 e no ano t é antiguidade/(antiguidade + t) Custo Normal do plano de pensões Apresenta-se de seguida o valor do custo normal para a próxima anuidade, para o financiamento das responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e com o pagamento de encargos pós-emprego com o SAMS: Ao abrigo da cláusula 114ª do ACT das Instituições do Crédito Agrícola, os trabalhadores admitidos após 1 de Maio de 1995 contribuem obrigatoriamente para o fundo de pensões com 5% da sua retribuição mínima mensal, incluindo o subsídio de férias e o subsídio de natal Responsabilidades com o pagamento de prémios de antiguidade De acordo com a cláusula 127ª do acordo coletivo de trabalho (ACT) do Crédito Agrícola Mútuo, os trabalhadores têm direito, após o cumprimento de algumas condições definidas na referida cláusula, a um prémio de antiguidade. O valor atual das responsabilidades com prémios de antiguidade futuros é apresentado no quadro que se segue (com referência a 31 de Dezembro de 2016): 5. EVOLUÇÃO DO VALOR DAS RESPONSABILIDADES O valor das responsabilidades por serviços passados evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2016: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 87

86 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS O efeito da alteração de pressupostos, em 31 de Dezembro de 2016, foi um aumento de cerca de no valor atual das responsabilidades por serviços passados. 6. EVOLUÇÃO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES O valor do fundo de pensões evoluiu da seguinte forma durante o exercício de 2016: 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS As responsabilidades por serviços passados, com o pagamento de pensões de reforma e sobrevivência e com encargos com SAMS ascendiam, em 31 de Dezembro de 2016, a O valor das responsabilidades por amortizar em 31 de Dezembro de 2016, referente ao plano de amortização referido no ponto1., era de 0. Deste modo, de acordo com o Aviso nº 12/2001 do Banco de Portugal (com os serviços passados de pessoal no ativo financiado a um nível mínimo de 95%, sem prejuízo do cumprimentos dos níveis mínimos de solvência determinados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), o valor atual das responsabilidades por serviços passados a reconhecer em 31 de Dezembro de 2016, era de O valor do património do Fundo de Pensões, em 31 de Dezembro de 2016, referente à quota-parte da CCAM TORRES VEDRAS era de Assim, naquela data e para os parâmetros em vigor, o nível de financiamento da quota-parte da CCAM TORRES VEDRAS era o seguinte: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 88

87 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Nível de Financiamento Global 98,0% Nível de Financiamento Aviso 12/ ,5% De acordo com as Cláusulas 109º, 110ª e 111º do ACT, os participantes ao abrigo deste Plano terão direito a uma pensão de invalidez ou velhice, em função do nível e diuturnidades, calculados e atualizados com base na totalidade do tempo de serviço prestado até à data do evento. Assim, o cálculo das pensões inclui as diuturnidades futuras até à aposentação definidas na Cláusula 81ª do ACT. 2 Com as alterações dos avisos nº4/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal. Página 12 de 12 Foram consideradas as promoções obrigatórias por antiguidade estabelecidas pela Cláusula 15ª do novo ACT, ou seja, o salário pensionável, projetado para a idade de reforma, incorporou a evolução automática na carreira até à idade normal de reforma. Os resultados da avaliação atuarial são baseados em pressupostos com alguma incerteza futura pelo que a experiência pode diferir e provocar alterações materiais relevantes aos valores apresentados. Neste sentido, a experiência e a realização de uma avaliação atuarial em cada ano permitirá tornar o fundo permanentemente atualizado face aos novos contextos macro-económicos. Esta avaliação está de acordo com as disposições constantes do Aviso n.º12/2001 do Banco de Portugal. Lisboa, 31 de Janeiro de 2017 Daniel Reis Atuário Responsável NOTA 33 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Torres Vedras está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a atividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da atividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efetua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 89

88 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um ativo no Balanço, na rubrica de Outros Ativos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros, auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Segurador a % por Origem 2016 Ramos Não Vida CA , , ,02 84,7% Seguros Ramo Vida CA Vida , , ,75 15,2% Fundos de Pensões CA Vida 5,94 98,08 213,48 0,1% Total , , ,25 100,0% A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros, exercida pela CCAM. CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 90

89 ANEXO O BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS NOTA 34 FUNDOS PRÓPRIOS Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o detalhe dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresenta-se de seguida: Fundos Próprios de Base Fundos próprios Complementares Deduções ( ) ( ) Fundos Próprios Totais Riscos Ponderados p/ Riscos Crédito Requisitos Fundos Próprios (*) Rácio TIER I 20,9% 19,6% Rácio TIER II 0,7% 0,7% Rácio de Solvabilidade 21,3% 20,2% (*) Para riscos de crédito e operacional. Nota: O Rácio TIER I é apurado pela divisão dos Fundos Próprios de Base pelos Requisitos dos Fundos Próprios divididos por 8% (oito por cento é o valor mínimo definido pelo Banco de Portugal para o rácio de capital Tier1); O Rácio de Solvabilidade apura-se pela divisão dos Fundos Próprios Totais pelo mesmo denominador. TORRES VEDRAS, 31 de Dezembro de 2016 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O Conselho de Administração João da Silva Marques António José dos Santos José Agostinho de Oliveira Alves António Oliveira Dias Manuel José Silva Martins L. Guerreiro João Manuel da Cruz Couto CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 91

90 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL RELATÓRIO DO CONSELHO FISCAL CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 92

91 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras (doravante CCAMTV ) reuniu na Sede Social desta entidade, a 14 de Março de 2017, pelas 20h00 para, nos termos da Legislação e dos Estatutos em vigor, emitir o seu parecer sobre o Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício de 2016 e sobre a Proposta de Aplicação de Resultados do mesmo exercício, apresentados pelo Conselho de Administração. Estiveram presentes os membros do Conselho Fiscal, o responsável pela Contabilidade da CCAMTV e o responsável pelo Departamento Financeiro da instituição. Ao longo do exercício de 2016, o Conselho Fiscal, no exercício pleno das suas funções, analisou regularmente e acompanhou a evolução da atividade, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do quadro normativo legal e estatutário em vigor, e examinou as demonstrações financeiras da CCAMTV à data de 31 de Dezembro de 2016, que compreendem o Balanço, a Demonstração de Resultados e os respetivos Anexos, os quais foram preparados a partir dos registos contabilísticos e demais documentos de suporte, mantidos e registados em conformidade com as regras legais. No seguimento da análise desta informação, que foi atempadamente colocada à disposição do Conselho Fiscal, e obtidos os esclarecimentos solicitados, nomeadamente junto do Departamento Financeiro e do Revisor Oficial de Contas, o Conselho Fiscal destaca que, apesar de uma conjuntura macroeconómica que, se bem que mostrando sinais de recuperação, se mantém muito exigente (registando-se um crescimento económico em 2016 de 1,3%, inferior à taxa de crescimento registada no ano anterior de 1,6%, o que mantém a economia portuguesa num cenário de algum risco), foi possível atingir indicadores de balanço e de atividade globalmente positivos neste exercício: - Aumento em 3,0% do total do ativo, com especial destaque para o aumento das aplicações em Obrigações do Tesouro Português; - Aumento do capital próprio em 6,9%, em virtude, sobretudo, dos resultados positivos alcançados; - Aumento dos recursos dos clientes em 2,5%, mantendo a tendência que se tem vindo a verificar em exercícios anteriores que, num cenário de descida de taxas de juro, é revelador da confiança continuadamente depositada pelos clientes na instituição, e constituindo a principal fonte de financiamento da atividade; - Subida do rácio de solvabilidade (de 20,2% para 21,3%), o que reforça a tendência de manutenção num patamar muito acima dos níveis mínimos definidos pelo regulador e demonstra a estabilidade e solidez da instituição; CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 93

92 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL De referir, em particular, a inversão da tendência, verificada anteriormente, para o acréscimo do valor absoluto de crédito e juros vencidos. Efetivamente, este valor registou uma redução de 5,6% no exercício de No entanto, o rácio de Crédito e Juros Vencidos/Crédito Total, registou, devido à descida do crédito total concedido, um ligeiro aumento, para 16,9%, mantendo-se num patamar elevado e, apesar dos muito confortáveis níveis de provisionamento (rácio de cobertura de crédito e juros vencidos por provisões subiu, de 87,4% no final de 2015 para cerca de 105,5% no final do ano de 2016), o Conselho Fiscal considera que deverá continuar a merecer um cuidado acompanhamento e a tomada das medidas necessárias para reduzir o valor de crédito e juros vencidos para níveis inferiores. De referir, relativamente ao tema do provisionamento, a necessidade de aferir a adequação de um nível de provisionamento que possa exceder o valor da efetiva necessidade, atendendo ao nível de garantias reais existente e aos requisitos legais e prudenciais nesta área. Por outro lado, a sensível alteração da estrutura de balanço da CCAMTV, com o aumento do peso relativo das aplicações em títulos de dívida pública, que se reforçou durante 2016 (à semelhança do que se verificou em exercícios anteriores), deverá também continuar a ser alvo de acompanhamento apropriado, nomeadamente no que se refere à gestão do risco da taxa de juro e na procura de alternativas que permitam diversificar a carteira de aplicações. Pelo exposto, o Conselho Fiscal considera ser de realçar: - O resultado líquido atingido no exercício, num montante absoluto superior a 3,78 milhões de euros, que corresponde a um aumento de 40,7% face ao ano anterior. - A manutenção de uma atuação pautada pela prudência, face à conjuntura económica que o país continua a atravessar. Esta atuação traduz-se nomeadamente nos seguintes indicadores: - Rácio de transformação de Recursos de Clientes em Crédito num patamar inferior a 50%, o que protege a solidez da instituição no cenário, que se tem verificado, de aumento dos níveis de incumprimento. - Manutenção do rácio de eficiência ( Cost Income Ratio ) em valores muito baixos (32,8%, um ligeiro acréscimo face ao valor registado em 2015 de 32,1%), fruto da manutenção da política de contenção de custos administrativos, que permitiu acomodar um ligeiro decréscimo do produto bancário (-1%). Pelo exposto, foi deliberado pelo Conselho Fiscal, por unanimidade, e de acordo com as regras estatutárias que regem a atividade da CCAMTV, emitir o seguinte parecer: CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 94

93 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL PARECER - Aprovação do Relatório de Gestão e Contas do Exercício de Aprovação da proposta apresentada pelo Conselho de Administração para a aplicação dos resultados líquidos do Exercício. Mais foi deliberada por este Conselho Fiscal a aprovação de um voto de reconhecimento a todos os que contribuíram para este desempenho, nomeadamente o Conselho de Administração e aos colaboradores internos e os prestadores de serviços externos, os Clientes e os Associados da instituição. Por fim, o Conselho Fiscal deliberou igualmente apresentar um voto de agradecimento aos restantes Órgãos Sociais, nomeadamente à Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho de Administração, ao Revisor Oficial de Contas, e aos colaboradores da CCAM de Torres Vedras, pela pronta e eficaz colaboração prestada, sempre que solicitada. Torres Vedras, 14 de Março de 2017 O Conselho Fiscal Tomás Correia da Cunha Góis Figueira José Santos Ferreira Estimado José Eduardo Jorge Eiras Dias CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL Pág. 95

94 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CERTIFICAÇÃO LEGAL CONTAS Pág. 97

95 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL CERTIFICAÇÃO LEGAL CONTAS Pág. 98

96 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL CERTIFICAÇÃO LEGAL CONTAS Pág. 99

97 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES VEDRAS, CRL CERTIFICAÇÃO LEGAL CONTAS Pág. 100

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO OLIVEIRA DO BAIRRO

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO OLIVEIRA DO BAIRRO CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE OLIVEIRA DO BAIRRO RELATÓRIO SOBRE A ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO 2015 Página 1 de 6 ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO Ano de 2015 1. Estrutura de

Leia mais

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro CONJUNTURA ECONÓMICA - Novembro 2006 - (elaborado com a informação disponível até 08/11/2006) MUNDO - Estados Unidos da América A taxa de juro de referência (Fed Funds), que já foi aumentada por quatro

Leia mais

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ORDEM DE TRABALHOS

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA ORDEM DE TRABALHOS INDICE Convocatória da Assembleia Geral Ordinária............ 1 Relatório de Gestão.... 2 Relatório sobre a Estrutura e as Práticas de Governo Societário... 2 Economia Internacional...... 6 Economia Nacional

Leia mais

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) Finibanco-Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 115.000.000 Matriculado na Conservatória

Leia mais

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016 Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes.º trimestre de 1 Redigido com informação disponível até 3 de setembro de 1 Índice Sistema bancário português Avaliação global Indicadores macroeconómicos

Leia mais

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos, CRL 2016 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos, CRL RELATÓRIO E CONTAS Índice 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 2 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO 4 3. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 3.º trimestre 2018

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 3.º trimestre 2018 Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes 3.º trimestre 2018 Lisboa, 2019 www.bportugal.pt Redigido com informação disponível até 19 de dezembro de 2018. Refira-se, adicionalmente, que os indicadores

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Abril de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Abril de Painel de Riscos do Setor Segurador Abril de 2019 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 31/12/2018 e a 31/03/2019 Sumário No contexto macroeconómico,

Leia mais

1. ECONOMIA E MERCADOS FINANCEIROS

1. ECONOMIA E MERCADOS FINANCEIROS . ECONOMIA E MERCADOS FINANCEIROS.. CONTEXTO MACROECONÓMICO Em a atividade económica permaneceu relativamente contida. O crescimento nas economias emergentes e nas economias em desenvolvimento abrandou

Leia mais

RELATORIO E CONTAS CCAM PAREDES

RELATORIO E CONTAS CCAM PAREDES RELATORIO E CONTAS 2016 CCAM PAREDES Índice Convocatória... 4 Estrutura e Prática de Governo Societário das CCAM`S... 5 Politica de Remuneração... 9 Organização da CCAM Paredes... 19 Mensagem do Conselho

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal junho 2018 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N. Boletim Mensal de Economia Portuguesa N.º 06 junho 2016 Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais Ministério

Leia mais

Estes e outros indicadores da Demonstração de Resultados podem observar-se no 1º dos mapas que se seguem.

Estes e outros indicadores da Demonstração de Resultados podem observar-se no 1º dos mapas que se seguem. Estimados Clientes Constituindo um imperativo legal de publicação, no site do Banco, sublinha-se que as contas de fecho do 1º semestre de 2017 mostram que, pela primeira vez nos últimos anos, o Banco apurou

Leia mais

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cadaval, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2016 Índice 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 4 ORDEM DE TRABALHOS 4 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO

Leia mais

II Projeções para a economia portuguesa em 2018

II Projeções para a economia portuguesa em 2018 II Projeções para a economia portuguesa em 2018 Abrandamento do PIB em 2018 As projeções elaboradas pelo Banco de Portugal apontam para a continuação da expansão da economia portuguesa em 2018, embora

Leia mais

R E L A T Ó R I O E C O N T A S C C A M

R E L A T Ó R I O E C O N T A S C C A M R E L A T Ó R I O E C O N T A S 2 0 1 6 C C A M M O G A D O U R O Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. ÍNDICE CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA GERAL 5 ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO

Leia mais

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 3.º trimestre de 2016

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 3.º trimestre de 2016 Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 3.º trimestre de 16 Redigido com informação disponível até 3 de dezembro de 16 Índice Sistema bancário português Avaliação global Indicadores macroeconómicos

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Setembro de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Setembro de Painel de Riscos do Setor Segurador Setembro de 2018 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 30/06/2018 e a 31/08/2018 Sumário No contexto macroeconómico,

Leia mais

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 1º trimestre 2014

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 1º trimestre 2014 Análise de Conjuntura do Sector da Construção 1º trimestre 2014 Apreciação Global A análise dos diversos indicadores relativos ao primeiro trimestre de 2014, para além de confirmar a tendência de abrandamento

Leia mais

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Sul, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Sul, CRL Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Ribatejo Sul, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2016 Índice 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 4 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE RIBATEJO

Leia mais

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2 0 1 6 CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DE ALENQUER ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal março 2016 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

Comunicado dos resultados

Comunicado dos resultados Comunicado dos resultados 1º Trimestree de 2011 1. Destaques RESULTADOS LÍQUIDOS CRESCERAM 4% Melhoria dos resultados gerados Vendas cresceram 12% relativamente a 2010 A margem bruta caiu 0,9 pontos percentuais

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Junho de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Junho de Painel de Riscos do Setor Segurador Junho de 2018 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 31/03/2018 e a 30/05/2018 Sumário Em termos evolutivos, os

Leia mais

COMUNICADO. - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 2012 (NÃO AUDITADOS)

COMUNICADO. - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 2012 (NÃO AUDITADOS) COMUNICADO - Informação Privilegiada - DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE 212 (NÃO AUDITADOS) Em sequência da conclusão do apuramento dos resultados relativos ao exercício de 212, a "TEIXEIRA

Leia mais

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. RELATÓRIO E CONTAS 2016 1. Convocatória da Assembleia Geral 2. Estrutura e Prática de Governo Societário da Caixa de Crédito Agrícola de

Leia mais

Fundo de Pensões Multireforma

Fundo de Pensões Multireforma Fundo de Pensões Multireforma Relatório Financeiro 2008 VICTORIA Seguros de Vida, S.A. Edifício VICTORIA Av. da Liberdade, 200 1200-147 LISBOA Portugal www.victoria-seguros.pt ÍNDICE ÍNDICE 2 1. EVOLUÇÃO

Leia mais

MENSAGEM DO PRESIDENTE ÓRGÃOS SOCIAIS. Enquadramento Económico. Atividade. Análise Financeira. Movimento de Associados. Considerações Finais

MENSAGEM DO PRESIDENTE ÓRGÃOS SOCIAIS. Enquadramento Económico. Atividade. Análise Financeira. Movimento de Associados. Considerações Finais 5 MENSAGEM DO PRESIDENTE 7 ÓRGÃOS SOCIAIS 11 Enquadramento Económico 29 Atividade 35 Análise Financeira 49 Orientação Estratégica Previsível para 2017 53 Movimento de Associados 55 Estrutura, Prática de

Leia mais

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SOUSEL CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Sousel,

Leia mais

Painel de Riscos do Setor Segurador. Janeiro de

Painel de Riscos do Setor Segurador. Janeiro de Painel de Riscos do Setor Segurador Janeiro de 2019 1 1 Os dados das empresas de seguros e as variáveis financeiras referem-se, respetivamente, a 30/09/2018 e a 30/11/2018 Sumário A avaliação efetuada

Leia mais

Projeções para a economia portuguesa em 2016

Projeções para a economia portuguesa em 2016 Projeções para a economia portuguesa em 2016 95 Projeções para a economia portuguesa em 2016 As projeções para a economia portuguesa apontam para uma desaceleração do PIB, de 1,6 por cento em 2015 para

Leia mais

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, CRL Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Estremoz, Monforte e Arronches, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2016 Índice 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL 4 2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE CRÉDITO

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal março 2019 - Newsletter ÍNDICE ÍNDICE... 1 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global.......2 Atividade setorial...3 - Produção...3 - Volume de negócios...5 Comércio

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal novembro 2015 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 5 Comércio internacional...

Leia mais

A atividade económica da Madeira nas estatísticas do Banco de Portugal

A atividade económica da Madeira nas estatísticas do Banco de Portugal Ana Margarida de Almeida Diretora-Adjunta Departamento de Estatística 22 outubro 2014 Funchal Agenda 1. Introdução 2. Estatísticas Monetárias e Financeiras 3. Estatísticas da Balança de Pagamentos e da

Leia mais

Análise de Conjuntura

Análise de Conjuntura Análise de Conjuntura 2º trimestre 2014 APRECIAÇÃO GLOBAL Os dados estatísticos disponíveis para o 2º trimestre de 2014 parecem confirmar finalmente, e pela primeira vez em muitos anos, uma evolução trimestral

Leia mais

Resumo do Relatório de Política Monetária

Resumo do Relatório de Política Monetária Resumo do Relatório de Política Monetária Produto Interno Bruto real cresceu 3,9% em 2016. Previsão para 2017 aponta para o intervalo entre 3% e 4%, de acordo com o Relatório de Política Monetária do Banco

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal março 2017 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal junho 2015 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal junho 2017 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal maio 2016 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 5 Comércio internacional...

Leia mais

VAB das empresas não financeiras aumenta 3,7%, em termos nominais, em 2014

VAB das empresas não financeiras aumenta 3,7%, em termos nominais, em 2014 Empresas em Portugal 2010-28 de setembro de 2015 VAB das empresas não financeiras aumenta 3,7%, em termos nominais, em Os dados preliminares de das estatísticas das empresas reforçam os sinais positivos

Leia mais

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO 1.º SEMESTRE 215 RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE SEGURADORA ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões Relatório de evolução da atividade seguradora 1.º Semestre 215 I. Produção e custos

Leia mais

BNC - BANCO NACIONAL DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO, S.A.

BNC - BANCO NACIONAL DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO, S.A. BNC - BANCO NACIONAL DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO, S.A. BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 E 2000 2001 ACTIVO Notas Activo Amortizações Activo 2000 Bruto e Provisões líquido 1. Caixa e disponibilidades

Leia mais

1. Principais Indicadores do CA Silves

1. Principais Indicadores do CA Silves Índice 1. Principais Indicadores do CA Silves...2 2. Relatório da Administração: 2.1. Mensagem da Administração Introdução ao Relatório de Gestão...3 2.2. Enquadramento Macroeconómico e Mercado Bancário...10

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal outubro 2018 - Newsletter ÍNDICE ÍNDICE... 1 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global.......2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 5

Leia mais

Em Junho, o indicador de sentimento económico aumentou +1.8 pontos na União Europeia e na Área Euro.

Em Junho, o indicador de sentimento económico aumentou +1.8 pontos na União Europeia e na Área Euro. Jun-03 Jun-04 Jun-05 Jun-06 Jun-07 Jun-08 Jun-09 Jun-10 Jun-11 Análise de Conjuntura Julho 2013 Indicador de Sentimento Económico Em Junho, o indicador de sentimento económico aumentou +1.8 pontos na União

Leia mais

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 3º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) Finibanco-Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 175.000.000 Matriculado na Conservatória

Leia mais

2016 Relatório e Contas Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal de Contas. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL

2016 Relatório e Contas Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal de Contas. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL 2016 Relatório e Contas Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal de Contas Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vale de Cambra, CRL Relatório da Gestão do Conselho de Administração Introdução Estabilidade

Leia mais

RELATORIO E CONTAS CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA

RELATORIO E CONTAS CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA RELATORIO E CONTAS 2016 CCAM VALE DO DÃO E ALTO VOUGA 2 O Banco nacional com pronúncia local. Relatório e Contas 2016 ÍNDICE Convocatória de Assembleia Geral Órgãos Sociais Relatório do Conselho de Administração

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal outubro 2015 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal junho 2019 - Newsletter ÍNDICE ÍNDICE... 1 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global...2 Atividade setorial...3 - Produção...3 - Volume de negócios...4 Comércio

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal julho 2017 - Newsletter ÍNDICE ÍNDICE... 1 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global.......2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio

Leia mais

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º SEMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º SEMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º SEMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS) Finibanco-Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 175.000.000 Matriculado na Conservatória

Leia mais

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 2.º trimestre de 2017

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 2.º trimestre de 2017 Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes.º trimestre de 17 Lisboa, 17 www.bportugal.pt Redigido com informação disponível até de setembro de 17. Sistema Bancário Português: desenvolvimentos

Leia mais

PLANO ESTRATÉGICO RELATÓRIO TRIMESTRAL DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

PLANO ESTRATÉGICO RELATÓRIO TRIMESTRAL DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL PLANO ESTRATÉGICO RELATÓRIO TRIMESTRAL DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL 2.º Trimestre de 2014 I. Índice I. Índice... 1 II. Introdução... 2 III. Execução do orçamento... 2 1. Análise Orçamental Global... 2 2. Execução

Leia mais

RESULTADOS CONSOLIDADOS 30 DE JUNHO DE 2015

RESULTADOS CONSOLIDADOS 30 DE JUNHO DE 2015 RESULTADOS CONSOLIDADOS 30 DE JUNHO DE 2015 DESTAQUES CAPITAL Reforço da Solvabilidade LIQUIDEZ Sustentabilidade dos níveis de liquidez QUALIDADE DOS ATIVOS Melhoria da qualidade dos ativos Melhoria do

Leia mais

RESULTADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 Santander lucra EUR 3,426 bilhões com operações, aumento de 24%

RESULTADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 Santander lucra EUR 3,426 bilhões com operações, aumento de 24% RESULTADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 Santander lucra EUR 3,426 bilhões com operações, aumento de 24% Os resultados do primeiro semestre mostram a solidez e a consistência do modelo de negócios do Banco

Leia mais

RELATÓRIO AGREGADO Banco de Cabo Verde

RELATÓRIO AGREGADO Banco de Cabo Verde RELATÓRIO AGREGADO 2010 Banco de Cabo Verde Índice 1. Actividade... 3 1.1 - Estrutura das Aplicações... 3 1.2 - Origens dos Recursos... 4 2. Resultados... 5 3. Indicadores Prudenciais... 5 3.1 - Fundos

Leia mais

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N. Boletim Mensal de Economia Portuguesa N.º 11 novembro 2016 Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais Ministério

Leia mais

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 2.º trimestre 2018

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 2.º trimestre 2018 Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes 2.º trimestre 218 Lisboa, 218 www.bportugal.pt Redigido com informação disponível até 26 de setembro de 218. Refira-se, adicionalmente, que os indicadores

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal novembro 2017 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre)

ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre) ACTIVIDADE CONSOLIDADA DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EM 31 DE MARÇO DE 2007 (1º Trimestre) Aspectos Mais Relevantes da Actividade Resultados líquidos consolidados cresceram 16,8%, atingindo 224,3 milhões

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal março 2018 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

RESERVA CONTRACÍCLICA

RESERVA CONTRACÍCLICA } RESERVA CONTRACÍCLICA 8 de setembro de 18 Na sequência de uma decisão do Conselho de Administração de de setembro de 18, a percentagem de reserva contracíclica aplicável às exposições de crédito ao setor

Leia mais

C.C.A.M. Beira Baixa (Sul)

C.C.A.M. Beira Baixa (Sul) Relatório e Contas - 2016 0 ÍNDICE Página Convocatória da Assembleia Geral... 2 Perfil, da Caixa da Beira Baixa (Sul)... 3 Relatório do Conselho de Administração... 5 Proposta Para Aplicação do Resultado

Leia mais

Nota de Informação Estatística Lisboa, 23 de abril de 2012

Nota de Informação Estatística Lisboa, 23 de abril de 2012 Nota de Informação Estatística Lisboa, de abril de Banco de Portugal divulga estatísticas das contas financeiras das administrações públicas e da dívida pública Principais destaques No final de, a dívida

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal novembro 2018 - Newsletter ÍNDICE ÍNDICE... 1 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global.......2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios...

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal novembro 2016 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 5 Comércio internacional...

Leia mais

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA Atividade global Atividade setorial Produção Volume de negócios... 5

EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA Atividade global Atividade setorial Produção Volume de negócios... 5 SÍNTESE DE CONJUNTURA Nº 3 mensal dezembro 2014 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 5 Comércio

Leia mais

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCANHÕES, CRL

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCANHÕES, CRL 2016 Relatório e Contas do Conselho de Administração Parecer do Conselho fiscal Certificação Legal de Contas CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCANHÕES, CRL Caixa de Credito Agrícola de Alcanhões, CRL

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal dezembro 2015 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

Produto Interno Bruto diminuiu 3,5% em volume

Produto Interno Bruto diminuiu 3,5% em volume 1ºT 2001 3ºT 2001 1ºT 2002 3ºT 2002 1ºT 2003 3ºT 2003 1ºT 2004 3ºT 2004 1ºT 2005 3ºT 2005 1ºT 2006 3ºT 2006 1ºT 2007 3ºT 2007 1ºT 2008 3ºT 2008 1ºT 2009 3ºT 2009 1ºT 2010 3ºT 2010 1ºT 2011 3ºT 2011 1ºT

Leia mais

Comunicado Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007

Comunicado Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007 27 de Abril 2011 Actividade do Bank Millennium (Polónia) no 1º trimestre de 2011 O Banco Comercial Português, S.A. informa que o Bank Millennium S.A. com sede em Varsóvia, Polónia, entidade na qual detém

Leia mais

Apresentação ao Corpo Diplomático

Apresentação ao Corpo Diplomático Apresentação ao Corpo Diplomático Síntese da evolução da banca em 2018 Por: Sebastião Tuma Director de Estudos Económicos Tuneka Lukau Director de Supervisão Bancária Museu da Moeda, Março de 2019 ANGOLA

Leia mais

INFORMAÇÃO CONSOLIDADA. Exercício de (valores não auditados)

INFORMAÇÃO CONSOLIDADA. Exercício de (valores não auditados) Finibanco Holding INFORMAÇÃO CONSOLIDADA Exercício de 2005 (valores não auditados) Finibanco - Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 100.000.000 Matriculado

Leia mais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES Boletim de Conjuntura 4º Trimestre de 2017 Nº 01/2018 Março 2018 Reino Unido Dinamarca Itália Noruega Luxemburgo Grécia Bélgica Suiça Croácia Finlândia UE28 Alemanha Portugal

Leia mais

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES Boletim de Conjuntura 4º Trimestre de 2016 Nº 01/2017 Março 2017 ENQUADRAMENTO COMUNITÁRIO 1. ACTIVIDADE ECONÓMICA De acordo com o Eurostat, no 4º trimestre de 2016, o PIB

Leia mais

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 02 fevereiro 2017

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 02 fevereiro 2017 Boletim Mensal de Economia Portuguesa N.º 02 fevereiro 2017 Gabinete de Estratégia e Estudos Ministério da Economia GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais Ministério

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal fevereiro 2017 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 5 Comércio internacional...

Leia mais

PÁGINA DEIXADA EM BRANCO PROPOSITADAMENTE

PÁGINA DEIXADA EM BRANCO PROPOSITADAMENTE PÁGINA DEIXADA EM BRANCO PROPOSITADAMENTE 2 Relatório e Contas 2016 CA Pombal Relatório e Contas 2016 CA Pombal 3 ÍNDICE I. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 5 II. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 19 III. ACTIVIDADE

Leia mais

Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal C. R. L. Rua dos Três Lagares * Fundão * Tel: / Fax: Endereço

Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal C. R. L. Rua dos Três Lagares * Fundão * Tel: / Fax: Endereço Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal C. R. L. Rua dos Três Lagares * 6230 421 Fundão * Tel: 275750420 / Fax: 275752511 Endereço eletrónico: fundao@creditoagricola.pt Número de Pessoa

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal abril 2016 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

Nota de Conjuntura, Nº 6, Outubro de 2016

Nota de Conjuntura, Nº 6, Outubro de 2016 0 Nota de Conjuntura, Nº 6, Outubro de 2016 Resumo executivo Apesar de Clinton ser a favorita, uma eventual vitória de Trump poderia fazer cair os mercados bolsistas americanos, britânico e asiáticos em

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal setembro 2018 - Newsletter ÍNDICE ÍNDICE... 1 EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global.......2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios...

Leia mais

ANÚNCIO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 2003

ANÚNCIO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS EM 2003 CIMPOR-CIMENTOS DE PORTUGAL, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Alexandre Herculano, 35 1250-009 LISBOA Capital Social: 672.000.000 Euros Registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, sob

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal julho 2016 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1.º SEMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADOS)

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1.º SEMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADOS) APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1.º SEMESTRE DE 2010 (NÃO AUDITADOS) Finibanco-Holding, SGPS S.A. Sociedade Aberta Sede: Rua Júlio Dinis, 157 Porto Capital Social: EUR 175.000.000 Matriculado na Conservatória

Leia mais

Lucro líquido cresce 9% Custos de funcionamento sobem 0.9%

Lucro líquido cresce 9% Custos de funcionamento sobem 0.9% RESULTADOS CONSOLIDADOS DO GRUPO BPI NO 1º TRIMESTRE DE 2002 Lucro líquido cresce 9% Custos de funcionamento sobem 0.9% Lisboa, 24 de Abril de 2002 O Grupo BPI (Euronext Lisboa - Reuters BPIN.IN; Bloomberg

Leia mais

Em março de 2014, o indicador de sentimento económico aumentou +0.3 pontos na União Europeia e +1.2 pontos na Área Euro.

Em março de 2014, o indicador de sentimento económico aumentou +0.3 pontos na União Europeia e +1.2 pontos na Área Euro. Mar-04 Mar-05 Mar-06 Mar-07 Mar-08 Mar-09 Mar-10 Mar-11 Mar-12 Análise de Conjuntura Abril 2014 Indicador de Sentimento Económico Em março de 2014, o indicador de sentimento económico aumentou +0.3 pontos

Leia mais

Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo

Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo Contas Regionais 2014 e 2015Pe 16 de dezembro de 2016 Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo De acordo com os resultados preliminares de 2015, no Algarve

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal setembro 2016 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 5 Comércio internacional...

Leia mais

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA SÍNTESE DE CONJUNTURA Mensal janeiro 2018 - Newsletter ÍNDICE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE ECONÓMICA... 2 Atividade global... 2 Atividade setorial... 3 - Produção... 3 - Volume de negócios... 4 Comércio internacional...

Leia mais

Quadro 1. Outras finalidades Mar... Jun... Set... Dez Mar... 23,6 27,9 27,4 20,9 23,9 15,0 15,1 24,1. Dez Mar...

Quadro 1. Outras finalidades Mar... Jun... Set... Dez Mar... 23,6 27,9 27,4 20,9 23,9 15,0 15,1 24,1. Dez Mar... 1. Crédito ao consumo 1.1 Crédito ao consumo e endividamento dos consumidores A evolução da taxa de crescimento homóloga dos saldos em dívida no crédito bancário aos particulares para outros fins que não

Leia mais

PÁGINA 05 PÁGINA 07 PÁGINA 09 PÁGINA 11 ÍNDICE

PÁGINA 05 PÁGINA 07 PÁGINA 09 PÁGINA 11 ÍNDICE ÍNDICE PÁGINA 05 PÁGINA 07 A economia deverá manter uma trajetória de recuperação em 2017 com com um aumento de 1,3% do PIB e uma descida de 1,1 pontos percentuais na taxa de desemprego. A maior incerteza

Leia mais

Abrandamento no primeiro trimestre do ano

Abrandamento no primeiro trimestre do ano Síntese de Conjuntura 1º Trimestre 2018 Abrandamento no primeiro trimestre do ano 1.CONJUNTURA SETORIAL Nota: Os índices que se seguem resultam da média aritmética das respostas das empresas associadas,

Leia mais

Relatório Gestão 2016

Relatório Gestão 2016 Relatório Gestão 2016 ÍNDICE 1. CONVOCATÓRIA... 3 2. SUMÁRIO EXECUTIVO... 4 3. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO... 6 3.1 ECONOMIA INTERNACIONAL... 6 3.2 ECONOMIA NACIONAL... 8 3.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL...

Leia mais