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1 R E L A T Ó R I O E C O N T A S C C A M M O G A D O U R O

2 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. ÍNDICE CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA GERAL 5 ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO 7 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 18 Economia Internacional 18 Economia Nacional 21 Mercado Bancário Nacional 25 Mercados Financeiros 29 Principais Riscos e Incertezas para CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 36 MARKETING DE SEGMENTOS 49 CAIXA CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO MOGADOURO E VIMIOSO 67 Depósitos e Outros Recursos 68 Recursos de Outras Instituições de Crédito 69 Depósitos e Aplicações noutras Instituições de Crédito 69 Evolução do Crédito Concedido 70 Capitais Próprios 71 Resultados Líquidos 72 Rácios Normativos da Caixa Central 73 Indicadores de Rendibilidade 73 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 74 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO 77 PARECER CONSELHO FISCAL 167 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 170 Relatório e Contas de 2016

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4 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º e 24º dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L., pessoa colectiva nº , com sede na Avenida do Sabor, 59/61, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Mogadouro sob o mesmo número, com o capital social realizado de , convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 31 de Março de 2017, pelas 15:00 horas, na sede da Instituição, para discutir e votar as matérias da seguinte ORDEM DE TRABALHOS 1. Discussão e votação do Relatório de Contas da Caixa Agrícola relativo ao exercício de 2016 e parecer do Conselho Fiscal. 2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados. 3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola. 4. Apresentação e apreciação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola. 5. Deliberação sobre o pedido de exoneração de associados nos termos do n.º 2 do artigo 13º dos Estatutos. 6. Exoneração dos associados que não cumprem os deveres previstos no artigo 12º dos Estatutos. 7. Discussão de outros assuntos de interesse para a Caixa Agrícola. Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número. Nota: Não será admitido nesta Assembleia Geral o voto por correspondência, nem o voto por representação, por força do disposto no nº 1 do Artigo 42º e do nº 1 do Artigo 43º do Novo Código Cooperativo, aprovado pela Lei nº 119/2015, de 31 de Agosto. Mogadouro, 03 de março de 2017 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Rodrigues Jerónimo Relatório e Contas de

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6 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO 1. ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. 2. ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 3. ASSEMBLEIA GERAL A Mesa da Assembleia geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário. Relatório e Contas de

7 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: José Rodrigues Jerónimo Vice-Presidente: Manuel João Pimentel Secretário: Francisco Xavier Pimentel 3.2. Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de acção civil ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos. 4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Conselho de Administração é composto por um número mínimo de três membros efectivos e de um suplente. Relatório e Contas de

8 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Actualmente o Conselho de Administração é composto por 4 membros, com mandato para o triénio 2016/ Composição do Conselho de Administração Presidente: António Maria Pinto Vogal: Rui Manuel Martins Preto Vogal: Luís Nuno Pimentel Vogal: José Augusto Mariano Suplente: Alberto Manuel Pires 4.2. Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. 5. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO Relatório e Contas de

9 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos, e um suplente. Presidente: Ana Andrea Baptista Barranco Vogal: Raul Salomé Ovelheiro Amaro Vogal: Maria João Moredo Oliveira Suplente: Sofia Maria Ventura Diz O Conselho Fiscal reúne, por regra, cada três meses, tendo realizado em 2016, um total de 8 reuniões Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado para o cargo: Efetivo: Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A. Representada por: Dr. André Miguel Andrade e Silva Junqueira Mendonça Suplente: Oliveira Rego e Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Lda Relatório e Contas de

10 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. 6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES A) Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização 6.1. Em 18 de Dezembro de 2015 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto na Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE MOGADOURO E VIMIOSO, CRL Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE MOGADOURO E VIMIOSO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos: Relatório e Contas de

11 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos: a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações; c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital); e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital); f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22; g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. 2. PRINCÍPIOS GERAIS O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Relatório e Contas de

12 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos: a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização. 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL: Relatório e Contas de

13 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto. Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto. Para efeitos do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútua, todos os Administradores Executivos são considerados como Administradores Executivos a tempo inteiro e com dedicação exclusiva. Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição. Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/ Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução ( malus ) ou reversão ( clawback ). Relatório e Contas de

14 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição; e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal. Relatório e Contas de

15 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas Quadro com as remunerações auferidas em 2016 Remunerações brutas auferidas no exercício Órgãos Sociais findo em 31 de Dezembro de 2016 Assembleia Geral Presidente: JOSÉ RODRIGUES JERÓNIMO 450 Vice-Presidente: MANUEL JOÃO PIMENTEL 360 Secretário: FRANCISCO XAVIER PIMENTEL Conselho de Administração Presidente: ANTÓNIO MARIA PINTO Vogal: RUI MANUEL MARTINS PRETO Vogal: LUÍS NUNO PIMENTEL Vogal: JOSÉ AUGUSTO MARIANO Conselho Fiscal Presidente: ANA ANDREA BAPTISTA BARRANCO Vogal: AMÉRICO RODRIGUES 240 Vogal: ANTÓNIO JOSÉ SILVA 240 Vogal: RAUL SALOMÉ OVELHEIRO AMARO 720 Vogal: MARIA JOÃO MOREDO OLIVEIRA Revisor Oficial de Contas (excluindo IVA) SANTOS CARVALHO & ASSOCIADOS, SROC, S.A Relatório e Contas de

16 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. B) Política de Remuneração de Colaboradores 6.4. Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores: a) A caixa Agrícola teve ao longo do ano de colaboradores envolvidos na execução das tarefas associadas às funções de controlo constantes do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal. b) Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações: Remunerações brutas auferidas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2016 Colaboradores enquadrados no Aviso 5/2008 do BdP Assessor Administração Auditoria Interna Compliance Monitor Coordenador Geral Total Todas as remunerações são fixas, não se tendo verificado qualquer outro tipo de remunerações, fixas ou variáveis, diferidas ou não, no exercício de Relatório e Contas de

17 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO Economia Internacional A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes ( ) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre Relatório e Contas de

18 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam insustentáveis a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente 1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa). Fonte: Bloomberg, Janeiro Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados. Relatório e Contas de

19 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o Relatório e Contas de

20 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços ao consumidor. O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo). Economia Nacional A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9%. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em , valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%). 2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018). Relatório e Contas de

21 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%. Relatório e Contas de

22 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Indicadores macroeconómicos ( ) Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0 EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97-10,22-3,18 Preço do Petróleo (%) tav -41,0-27,6 57,0 Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3 Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1 Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0 Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5-1,7 Exportações tav 3,4 6,1 3,7 Importações tav 6,2 8,2 3,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8 Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0 Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0 Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2 Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00 Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00-0,30 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o Relatório e Contas de

23 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017 Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M, o que representa um aumento de 9,5 mil M face a Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M ). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração Relatório e Contas de

24 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. central de 13,3 mil M no final de 2015 para 17,3 mil M, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB. Mercado Bancário Nacional O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M ); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Relatório e Contas de

25 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro Dezembro de 2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015). Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro Dezembro de 2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de A quebra mais significativa verificouse no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de Relatório e Contas de

26 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país. Relatório e Contas de

27 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2016 Crédito Peso total Var. Homóloga Particulares Empresas Total % Particulares Empresas Total Aveiro ,3% -3,9% -5,1% -4,3% Beja ,9% -2,5% -0,7% -2,0% Braga ,0% -2,8% -8,9% -5,1% Bragança ,6% -2,3% 10,9% 0,4% Castelo Branco ,9% -3,7% -1,5% -3,2% Coimbra ,6% -3,6% 1,2% -2,4% Évora ,3% -4,1% 26,7% 4,8% Faro ,3% -6,9% 1,5% -4,7% Guarda ,6% -2,9% -5,2% -3,4% Leiria ,4% -4,4% -1,5% -3,3% Lisboa ,9% 1,7% -5,8% -2,1% Portalegre ,6% -3,8% -16,1% -7,1% Porto ,1% -3,0% -4,1% -3,4% Santarém ,8% -3,7% -0,4% -2,8% Setúbal ,7% -2,9% -15,2% -5,1% Viana do Castelo ,1% -3,3% -24,2% -9,1% Vila Real ,9% -2,5% 4,2% -1,2% Viseu ,9% -1,7% 6,3% 0,5% Reg. Autónoma Açores ,8% -4,4% -31,4% -12,5% Reg. Autónoma Madeira ,2% -3,8% -14,4% -7,4% Total % -1,6% -5,5% -3,2% Fonte: Banco de Portugal Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido % Habitação ,0% 80,8% 2,5% Consumo ,7% 11,7% 6,2% Outros fins ,8% 7,5% 15,4% Total ,6% 100% 3,9% Fonte: Banco de Portugal Relatório e Contas de

28 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Valores em milhões de euros Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016 Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,0% ,0% 5,9% Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5% Indústrias Transformadoras -0,3% ,7% 10,1% Energia -8,1% ,0% 0,7% Água e Saneamento -12,3% ,8% 2,0% Construção -11,8% ,7% 35,8% Comércio -0,9% ,7% 14,6% Transporte e Armazenagem -5,3% ,9% 7,5% Alojamento e Restauração 2,7% ,9% 10,4% Actividades Imobiliárias -15,2% ,3% 25,6% Saúde e Apoio Social 1,4% ,7% 4,7% Outros -4,7% ,0% 10,4% Total -5,5% % 15,7% Fonte: Banco de Portugal Mercados Financeiros Mercados Accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados Relatório e Contas de

29 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde Índices Accionistas (base 2010) 2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0, ,87 1,78 1,66 1,28 0,95 0,62 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). Relatório e Contas de

30 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de o ano da nota verde ). Relatório e Contas de

31 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Taxas de referência nos Mercados Monetários 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0-0,2-0,4-0,6 0,75 0,25 0,00-0, Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a - 0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de Matérias-primas Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista ( spot ) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Relatório e Contas de

32 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.). Relatório e Contas de

33 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base). Principais Riscos e Incertezas para 2017 A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. Relatório e Contas de

34 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles: i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a confiança dos stakeholders; e iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes. No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de: i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do overbanking ) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos os stakeholders. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA 3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. 3 European Securities and Markets Authority Relatório e Contas de

35 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE Resultado e Balanço Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM) Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados. Balanço Em milhares de euros Variação Abs. % Activo Disponibilidades ,2% Aplicações em Instituições de Crédito ,6% Crédito a Clientes (líquido) ,5% Crédito a Clientes (bruto) ,4% Provisões / Imparidades Acumuladas ,0% Aplicações em Títulos (líquido) ,4% Activos não correntes detidos para venda ,3% Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis ,1% Outros Activos ,8% Total Activo ,9% Passivo Recursos de bancos centrais e OIC ,3% Recursos de Clientes ,3% Passivos Subordinados ,2% Outros Passivos ,3% Total Passivo ,9% Capitais Próprios ,7% Total do Capital Próprio + Passivo ,9% Relatório e Contas de

36 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Demonstração de Resultados Em milhares de euros Variação Abs. % Juros e rendimentos similares ,0% Juros e encargos similares ,4% Margem Financeira ,6% Comissões líquidas ,1% Result. de operações financeiras ,0% Outros resultados de exploração (*) ,7% Produto Bancário ,6% Custos de Estrutura ,2% Custos de pessoal ,3% Gastos gerais administrativos ,9% Amortizações ,5% Provisões e imparidades ,8% Resultado antes de impostos ,1% Impostos, após correc. e diferidos ,5% Resultado Líquido ,0% (*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e outros resultados de exploração. Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2% 4, valor aquém dos 1,6% registados em A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de Apesar do aumento da procura interna em 2016, 4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal (Dez.2016). Relatório e Contas de

37 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. assistiu-se à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF 5 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%). Evolução do Resultado líquido (em milhões de euros) 72,1 56,3 24,5 1, Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em Evolução do Resultado Líquido Valores em milhões de euros 31-mar jun set dez-16 Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6 Caixa Central 5,3-13,8-13,7-9,3 SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1 Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente. 5 Sociedades não financeiras. Relatório e Contas de

38 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Decomposição do Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Margem Financeira ,6% Margem Complementar, da qual: ,9% Comissões líquidas ,1% Resultado de operações financeiras ,9 38, ,0% Outros resultados de exploração ,7% Produto Bancário ,6% A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo. É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas. Relatório e Contas de

39 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Produto Bancário - SICAM Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%). Margem Financeira Comissões Líquidas Res. Op. Financeiras Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se: i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos ( ) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros). Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais. Valores em milhões de euros Margem Complementar Produto Bancário Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Custos de Estrutura ,2% Custos de Pessoal ,3% Gastos Gerais Administativos ,9% Amortizações ,5% Relatório e Contas de

40 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram: - na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e - nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação). O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a Evolução do Crédito a Clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito bruto ,4% Provisões / Imparidades ,0% Crédito líquido ,5% A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs). Relatório e Contas de

41 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Evolução do Rácio de Crédito Vencido Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito total sobre clientes ,4% Crédito e juros vencidos (total) ,1% Crédito e juros vencidos < 90d ,9% Crédito e juros vencidos > 90d ,0% Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a. Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria. Evolução das Provisões/Imparidades Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Correcção de valor em crédito de clientes ,3% Imparidade de outros activos ,5% Provisões e imparidades do exercício ,8% Provisões e imparidades (stock) ,0% Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. - Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de milhões de euros em 2015 para milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros). Relatório e Contas de

42 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%). Valores em milhões de euros Activo Passivo Capitais Próprios Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro. Evolução do crédito e recursos de clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito a Clientes (líquido) ,5% Recursos de Clientes ,3% Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. - Outros Factores Relevantes Relatório e Contas de

43 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente e O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos ; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário 6, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão 7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida 8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam: O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português; O workshop Cooperar para Exportar dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola; A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa; 6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS 2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias. Relatório e Contas de

44 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa. Inauguração da 1ª Agência na Madeira No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola. A cerimónia de inauguração da Agência, realizada em Outubro de 2016, contou com a presença de diversas entidades locais, entre elas o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque. Dada a importância que a nova Agência representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim Nunca Estivemos Tão Próximos. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira. No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a Relatório e Contas de

45 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções operações e consultas realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de para (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções. Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os TPA activos. O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da Relatório e Contas de

46 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam: ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; ENERGIE Energia solar termodinâmica; CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; AGROPORTAL a porta do mundo rural; e Telemédia Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado. No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais facebook e instagram o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de fãs no facebook no final de Relatório e Contas de

47 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam: Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe Maratona no Rali Dakar 2016, em motociclismo; João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes; 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction. Relatório e Contas de

48 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. MARKETING DE SEGMENTOS SEGMENTOS E CAMPANHAS PLANEAMENTO DE MARKETING O Planeamento de Marketing de 2016 garantiu que as campanhas, acções e diferentes iniciativas fossem implementadas e desenvolvidas de acordo com o calendário previsto o que permitiu, através das vendas realizadas e do posicionamento que se atingiu, alcançar a maior parte dos objectivos comerciais previsto para o ano. As diferentes iniciativas foram planeadas de forma detalhada no que se refere aos principais aspectos da sua operacionalização. As iniciativas partilhadas com as diferentes Unidades de Negócio foram planeadas e devidamente articuladas por forma a ocorrerem na data prevista. Noutra vertente do planeamento foram definidos os objectivos comerciais para o Grupo, apresentados na IGC, com base nos macro-objectivos estratégicos. Estes objectivos foram ainda repartidos por Caixa e por Agência nos negócios de Banca, Investimento e Segurador a partir de um único modelo que caracteriza as Agências em função de variáveis como a dimensão, capacidade comercial, produtividade, margem e potencial de mercado. MARKETING ANALÍTICO Na preparação e implementação de campanhas, em articulação com as Áreas de Segmentos Empresas e Particulares, foi produzida informação relevante para análise dos segmentos-alvo, por forma a desenvolver, para cada uma das campanhas, a segmentação dos Clientes alvo e a identificação de um conjunto de oportunidades a serem disponibilizadas no CA GPS. Nos Data Marts foram desenhadas as segmentações sobre a base de dados, selecionados os Clientes dos segmentos-alvo, calculados os objectivos e desenvolvidos os modelos de acompanhamento das diversas iniciativas, através da produção de informação para rankings, relatórios de produção por contrato e respectivos angariadores para todas as campanhas, programas de vinculação, acções de recuperação de objectivos e 3 acções de colocação de Cartões de Crédito através da Linha Directa. No âmbito do processo de definição dos objectivos comerciais anuais foi extraída a informação necessária para popular a metodologia de distribuição dos objectivos por Agência. Na implementação do projecto dos Gestores de Clientes Empresa foi preparada toda a informação para o encarteiramento de Clientes nos Gestores e para a definição dos objectivos comerciais anuais. Ao longo do ano foi produzida informação para diferentes Direcções da Caixa Central, destacando-se, por ser mais regular, a informação de Clientes disponibilizada à DBD, a informação para a DNI relativa a Clientes importadores e para os escritórios de representação no exterior. No âmbito do Projecto CA Target foi assegurada a participação do Marketing Analítico em todas as actividades que foram realizadas desde a fase conceptual, passando pela fase de desenvolvimento e Relatório e Contas de

49 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. pela fase de validação dos eventos já desenvolvidos para o piloto, que decorreu no último trimestre de Ainda no âmbito do Projecto CA Target releva-se também a participação do Marketing Analítico em temas importantes e estruturais como a definição do modelo conceptual, a análise do catálogo de eventos, a construção do novo Data Mart de Clientes e a definição dos modelos analíticos de propensão de produto e churn de Cliente que vão permitir identificar as melhores ofertas. SEGMENTOS E PRODUTOS No decorrer do ano de 2016 foi dada continuidade à diferenciação e melhoria das propostas de valor dirigidas aos macro segmentos de Particulares e de Empresas, destacando-se as iniciativas concretizadas no âmbito de cada segmento, com particular relevo para aqueles que se identificam como prioritários para a estratégia e posicionamento do Grupo Crédito Agrícola Segmento ENI, Micro e Pequenas Empresas No segmento ENI, Micro e Pequenas Empresas foi implementado um preçário específico de taxas e spreads para Empresários em Nome Individual, devido ao maior risco deste segmento, diferenciandoo das empresas. Segmento Médias Empresas Este ano foi desenvolvido um particular esforço na elevação do nível de serviço proposto pelo crédito Agrícola a estes clientes, nomeadamente através da concretização das fases I e II do projecto de Gestor de Clientes Empresa. O protocolo estatal de adesão à Linha de Crédito com Garantia Mútua, IFD entre a IFD Instituição Financeira de Desenvolvimento, as Sociedades Portuguesas de Garantia Mútua (SGM) e o CA reforçou a proposta de valor para o segmento com as soluções de capacitação empresarial e de desenvolvimento de bens e serviços dirigidos à exportação, assim como de manutenção e criação de emprego. Relatório e Contas de

50 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Segmento Agricultura Este segmento define a matriz de identidade do Crédito Agrícola e em De modo a reforçar a abordagem ao mercado e tornar mais eficaz a comunicação para o Agro-negócio, manteve-se uma continuidade no posicionamento, imagem e comunicação em relação aos últimos 2 anos, que se focalizaram primeiro na produção e depois na transformação e evoluiu para o tema da modernização do sector com base na inovação, expresso no conceito Presentes no Futuro da Agricultura. No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM e para continuar a criar uma maior fidelização e incrementar a angariação de Clientes para o Crédito Agrícola, deu-se o apoio necessário às parcerias estabelecidas com diversas entidades e implementaram-se novas parcerias. O Crédito Agrícola esteve presente em sessões técnicas de divulgação / formação sobre o novo PDR 2020, aproveitando-se a presença para apresentar a oferta comercial do CA para o Sector Agrícola. Para a divulgação de cada Protocolo e dos benefícios oferecidos, foram produzidos materiais publicitários específicos que foram disponibilizados às CCAM e aos parceiros. Segmento Comércio e Serviços A actuação no segmento visou o aumento do grau de fidelização dos Clientes CA e a captação de novos Clientes, incrementando a vinculação em produtos essenciais ao negócio do Segmento de ENI, Micro e Pequenas Empresas do Sector cujo Código de Actividade Económica (CAE) seja o do Comércio e Serviços, e os sub-sectores Turismo/Alojamento, Saúde e Restauração. A carteira de Clientes Empresa do Crédito Agrícola continua a ter um peso crescente nos sectores de actividades acima mencionados, sendo que a estratégia comercial passou pela concretização de iniciativas que criaram um maior envolvimento creditício nestes sectores. Segmento Internacional No âmbito da dinamização do segmento Negócio Internacional, foi definida uma proposta de valor para o mesmo. Foram desenvolvidos produtos e estabelecidas parcerias estratégicas que complementam a oferta integrada para as Empresas com actividade internacional. Destacam-se, entre Relatório e Contas de

51 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. outras, as parecerias estabelecidas pela DNI com a Transitex, empresa de transportes internacionais, e com a Crédito y Caucion, que disponibiliza seguros de crédito. Segmento Institucional A actuação e interacção do Crédito Agrícola neste segmento tem-se focado essencialmente na concretização de protocolos e parcerias junto de organismos federativos e associativos com o intuito de, através das suas estruturas de associação, proporcionar condições favoráveis à concretização dos seus objectivos e políticas associativas que, tal como o próprio Crédito Agrícola, pretendem ter através dos seus associados uma forte intervenção social, empresarial e ambiental, consoante a natureza de cada uma das entidades. Segmento Associados Reforçou-se a diferenciação positiva do estatuto de cliente Associados através da implementação de condições diferenciadas para este segmento em todas as campanhas de marketing realizadas. Macro-Segmento Particulares Foi feita a reorganização da oferta relativa a alguns segmentos, o que determinou, entre outras alterações, que as Poupanças Cristas, Futuro e Geração Jovem passaram a estar disponíveis nos subsegmentos Juniores, Jovens e Jovem Adulto, respectivamente. Segmento Jovem Subsegmento CA Jovens O objectivo estratégico para o macro-segmento Particulares continua a ser o rejuvenescimento da carteira de Clientes, tendo o Crédito Agrícola vindo a investir nos segmentos mais jovens com o intuito de vincular os Clientes actuais e, acima de tudo, aumentar a captação de novos Clientes. Neste sentido, em 2016 deu-se continuidade ao Programa CA Nota 20, que premeia os melhores alunos a nível nacional entre o 7º e o 12º ano. Foi preparada uma cerimónia tipo igual para todas as CCAM com o intuito de lhe dar um carácter nacional, por forma a melhor posicionar o Crédito Agrícola no segmento Jovem. Ainda no sub-segmento dos 13 aos 17 anos foi criado um Programa de Fidelização, CA Faz Por Ti, em que os jovens ganham vouchers no valor de 50 para concertos, espectáculos ou exposições através de aberturas e reforços na conta Poupança Futuro. Para gerir este Programa foi utilizado o microsite CA Jovens (desenvolvido em 2015), que permite aos jovens acompanhar o resultado das suas Relatório e Contas de

52 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. poupanças e saber a posição em que se encontram no ranking que apura os elegíveis para atribuição de prémios. Foi lançado o cartão pré-pago com nova imagem GR8 no período da Campanha CA Jovens. Este cartão substitui o anterior BeFree, tendo o produto as mesmas características e benefícios, em que se destaca a isenção da anuidades e a possibilidade de os jovens dos 13 aos 17 anos poderem gerir a sua mesada com segurança e facilidade. Foi finalizado o período de implementação do Programa de Fidelização CA Destino, lançado em 2015 e que terminou em Setembro de 2016, com a entrega dos prémios: 50 passagens aéreas duplas. Subsegmento CA Juniores Dando continuidade à promoção da mascote Cristas, foram distribuídos este ano, como contrapartida de reforços efectuados no produto Poupança Cristas, os óculos e a prancha do Cristas, acessórios desenvolvidos e criados em 2015 para o mealheiro Cristas. Com o objectivo de se continuar a reforçar a notoriedade do CA junto dos mais novos e de se mostrar modernidade e dinamismo do Grupo, foi criado o Clube do Cristas, uma comunidade digital infanto-juvenil com diversas funcionalidades lúdicas, mas com a principal função de ensinar estes jovens a poupar de forma divertida e continua. Este clube foi lançado na campanha dos Juniores em 2016, com um jogo As Aventuras do Cristas, para 2 versões em tablet: ios e Android. Segmento Jovem Adulto Tendo como objectivo reter os Clientes deste segmento e tendo em consideração que uma parte dos mesmos sai do seu local de residência quando entra para a universidade, foi iniciado este ano um programa de iniciativas com o intuito de manter a ligação destes Clientes ao Crédito Agrícola e que será lançado no decurso do ano de 2017 CA Universitário +. Este programa de fidelização visa o aumento do vínculo com os Clientes Jovens em idade universitária e pretende premiá-los pela sua permanência e relacionamento com o Crédito Agrícola. Segmentos Portugueses no Mundo e Residentes não habituais Relatório e Contas de

53 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Foi criada uma página na rede social Facebook dedicada aos portugueses no mundo, que pretende aproximar esses portugueses do Crédito Agrícola e ser a génese de uma comunidade virtual dedicada à emigração portuguesa. Já no âmbito nacional foi feita uma acção de comunicação nas Agências do Crédito Agrícola que promoveu a oferta para este segmento. Foi igualmente lançada uma oferta bilingue para os residentes Não habituais que visa atrair negócio para o Crédito Agrícola, sobretudo no estrangeiro e especialmente no ramo imobiliário. Segmento CA Vida Activa Pretendeu-se continuar a apostar numa oferta competitiva para este segmento, tendo em conta as suas necessidades principais e os produtos que são mais valorizados. Foi assegurada a continuidade dos produtos de Crédito Habitação e Crédito ao Consumo entre os que têm os pricings mais competitivos do mercado. Complementarmente, tem vindo a ser desenvolvida uma comunicação digital regular focada nestes Clientes através das redes sociais. Tendo em conta que estes Clientes esperam cada vez mais eficiência, rapidez e facilidade na subscrição de produtos, especialmente nos canais digitais, foi desenvolvido um novo produto de Crédito ao Consumo com um montante pré-aprovado e de contratação imediata através do Online que será disponibilizado no início de Segmento CA Dedicado Foi dada continuidade à utilização de uma linha de comunicação diferenciada que expressa os valores mais relevantes para os Clientes do segmento e à sua utilização no canal digital, através das redes sociais, para a realização de acções de comunicação. Foram criados dois Fundos de Investimento específicos para este segmento, o CA Dedicado Valorização e o CA Dedicado Acumulação. Para apoiar a dinamização destes produtos, em articulação com a CA Gest, foram também desenvolvidos materiais de comunicação específicos, que as CCAM podem oferecer aos seus Clientes. PREÇÁRIO O ano de 2016 regista uma recuperação dos valores cobrados em comissões com um crescimento de 14% face ao ano anterior. Comissões de Preçário de Produtos e Serviços Bancários Cobradas no SICAM Relatório e Contas de

54 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. O crescimento da concessão de crédito, a inclusão de novas comissões e a actualização parcial do preçário, que ocorreu entre Junho e Novembro de 2016, constituíram os factos mais relevantes que contribuíram para o acréscimo verificado. A actualização e as novas comissões criadas praticamente só tiveram impacto no último trimestre de 2016, mas contribuíram para um acréscimo de euros. Em 2016 efectuaram-se 18 actualizações ao folheto de comissões e despesas e 19 ao folheto de taxas de juro, destacando-se, entre outras, as seguintes: - Foram criadas as comissões de alteração de titularidade para o segmento de Particulares e de gestão de descoberto para o segmento de Empresas e ENI; - A cobrança da comissão de gestão das contas correntes caucionadas para Outros Clientes passou a ser cobrada mensalmente, em vez de ser cobrada no momento da prestação. Desta forma, em vez de se assumir como uma comissão de processamento passou a representar o custo do serviço de gestão do contrato de crédito. - A comissão de imobilização, que sempre esteve no sistema IBS, foi migrada para a Ferramenta de Gestão de Preçário, permitindo uma maior flexibilidade na gestão do preçário de cada uma das Caixas e facilitando em processos futuros a actualização desta comissão; - Ao longo do ano foram efectuadas actualizações às taxas de juro passivas e activas reflectindo as tendências evidenciadas pelo mercado, mas procurando sempre posicionar o crédito Agrícola como um dos preçários mais atractivos: As taxas passivas foram actualizadas ao longo do ano, por forma a reflectir uma tendência de baixas taxas passivas no mercado, para melhorar o desempenho da margem financeira, mas procurando manter a atractividade das taxas, nomeadamente no segmento jovem, no sentido de prosseguir com a captação de Clientes Jovens e melhorar o indicador de rejuvenescimento da carteira; Relatório e Contas de

55 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Nas taxas activas foram actualizadas as taxas do Crédito Pessoal e do Crédito à Habitação, mantendo o posicionamento mais recente, que é estar entre os melhores do mercado para maior captação do segmento jovem. Esta estratégia tem contribuído de forma decisiva para melhorar o desempenho comercial e consequente ganho de quota de mercado; Foi criada uma tabela específica para descontos comerciais em taxa variável com base em taxas diferenciadas por rating. No que se refere a novas comissões automatizadas destacam-se as seguintes: Comissão de alteração de titularidade; Comissão de créditos sindicados; Comissão de garantias; Comissões de ordens de pagamento recebidas; Comissão de extractos TPA; Comissão de gestão de descobertos. Foram efectuadas melhorias no sistema e alterados os processos de cobrança de modo a permitir uma melhoria de cobrança da: Comissão de imobilização; E da comissão de gestão das contas correntes. As comissões de avaliação e autos de medição foram desagregadas no folheto de comissões e despesas para passarem a ser cobradas em função da área bruta dos terrenos ou imóveis em vez de serem cobradas em função do valor da respectiva avaliação. Na actualização anual do preçário, com prestação de deveres de informação, foram aprovadas alterações que se estimam poderem contribuir para um acréscimo de 7,5 milhões de euros, reflectidos entre o último semestre de 2016 e ao longo do ano de 2017, partindo do pressuposto que todas as CCAM actualizam o preçário em sintonia com o preçário do SICAM. Na sequência deste processo de actualização do preçário, com deveres de informação, foram efectuadas as devidas parametrizações a nível do SICAM e preparada toda a documentação de apoio às CCAM, para efectuarem as suas próprias parametrizações, assim como toda a preparação de envio da informação nos extractos em papel, informação digital no On Line e cartas mailing para os Clientes sem extracto no mês em que a informação é comunicada aos Clientes. Ao longo do ano foi dado o apoio às Caixas em diversas parametrizações próprias e específicas de cada uma e dados os necessários esclarecimentos às diferentes questões colocadas. Relatório e Contas de

56 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. No âmbito da gestão do preçário é ainda assegurada a disponibilização de ficheiros mensais de reporte para as Caixas, com detalhe por Agência das cobranças mensais de todas as comissões efectuadas nos vários sistemas. CAMPANHAS DE MARKETING Macrosegmento Empresas No âmbito do plano de Marketing de 2016, realizaram-se quatro campanhas de marketing dirigidas aos segmentos prioritários da Agricultura, Pequenas e Médias Empresas, Empreendedores e Comércio e Serviços, cada uma com uma duração de 10 semanas. Estas campanhas tiveram como objectivo principal a captação de crédito, a subscrição de capital e angariação de novos Clientes e Associados e o incremento da oferta complementar, nomeadamente, produtos de Seguros Vida e Não Vida direccionados para os segmentos em foco, o que contribuiu para a vinculação e fidelização de Clientes actuais e novos. Estas campanhas contribuíram de forma significativa para o aumento do Crédito de boa qualidade, ajudando a ampliar o produto bancário do Grupo. Segmento Agricultura A campanha da Agricultura atingiu no Crédito a Empresas um Grau de Realização do Objectivo (GRO) de 132%, correspondendo a cerca de 335 milhões de euros. Nos produtos complementares da oferta atingiram-se GRO de 271% e 107%, correspondendo a 242 mil e a 226 mil euros, em produtos de Seguros Não Vida e em produtos de Seguros Vida. Relatório e Contas de

57 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Segmento Pequenas e Médias Empresas Sendo prioritário e estratégico o crescimento do negócio com Clientes Empresa, a campanha de Marketing para o segmento de Pequenas e Médias Empresas decorreu sobre o mote Connosco, tem tudo para crescer, fazendo apelo á identificação do CA como o banco capaz de responder às necessidades de suporte à actividade e ao crescimento das Empresas. Esta campanha foi lançada em paralelo com a implementação da função de Gestores de Clientes Empresa, posicionando o CA no mercado com um amplo e competitivo leque de soluções e com um nível de serviço de maior especialização, proximidade e dedicação. Apesar de o grau de concretização global não ter alcançado os resultados esperados, os objectivos de crédito e de capital registaram um forte contributo para o crescimento da rúbrica de crédito às Empresas e ainda para a captação de novos Associados e Capital Social das Caixas de Crédito Agrícola, cumprindo assim alguns dos principais objectivos da campanha. Segmento Empreendedores Os Empreendedores são um segmento estratégico para o Crédito Agrícola e para o qual a instituição desenvolveu acções comerciais com o objectivo de promover o reconhecimento como Banco de apoio ao Empreendedor, com particular preocupação no apoio ao Jovem Empreendedor. A campanha desenrolou-se sob o mote Se a vida te dá limões reconhecendo as dificuldades com que os Empreendedores se deparam e às quais o Crédito Agrícola se propõe responder com soluções focadas nas necessidades financeiras de quem pretende concretizar projectos de negócio. No âmbito da campanha foram reforçadas as soluções disponíveis no CA Espaço 2020, continuando os Empreendedores a contar com um vasto leque de opções os auxiliam desde a fase inicial de projecto ao início e gestão corrente da sua actividade. Com um grau de concretização próximo dos 100% face aos objectivos propostos, esta campanha contribuiu de forma substancial para o crescimento da concessão de crédito às Pequenas e Micro Empresas e aos ENI e ainda para a captação de novos Associados e Capital Social das Caixas de Crédito Agrícola, atingindo assim os principais objectivos. Segmento Comércio e Serviços A Campanha dirigida ao segmento do Comércio e Serviços, que é o sector de actividade com maior representatividade de Clientes, só termina em 2017 e mostra uma tendência em que se perspectiva que os objectivos sejam atingidos ou superados, com um volume de crédito a atingir 208 milhões de euros. Nos produtos complementares os TPA atingiram o objectivo, o Seguro Não Vida Comércio e Serviços alcançou os 77% de GRO e o Seguro Vida CA Negócios cerca de 52% de GRO. Relatório e Contas de

58 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Macrosegmento Particulares No âmbito do Plano de Marketing de 2016, realizaram-se oito campanhas de marketing destinadas ao macro segmento de Clientes Particulares, cada uma com uma duração de 6 semanas. Segmento Jovem A campanha para o subsegmento dos Jovens entre os 13 e os 17 anos teve como oferta a Poupança Futuro, o Cartão GR8 e os Seguros CA Acidentes Pessoais Protecção Jovem e o CA Protecção Universitário (nas vertentes Protecção e Capital), utilizou na comunicação a imagem da jovem Teresa Almeida, Campeã Mundial de Bodyboard de A campanha contou ainda com a inovação criada na proposta de valor do Programa de Fidelização designado CA Faz Por ti e deu-se continuidade a mais uma edição do Programa CA Nota 20. Em termos de resultados a Poupança Futuro alcançou um volume de depósitos de 5,5 milhões de euros, com um GRO de 115%. O Seguro Não Vida CA Acidentes Pessoais atingiu um GRO de 130% e o Seguro Vida CA Universitário um GRO de 75%. Esta campanha contribuiu de forma significativa para a melhorar o objectivo estratégico do rejuvenescimento da carteira de Clientes através da captação de novos Clientes neste segmento. A campanha dos Juniores, subsegmento para Clientes até aos 12 anos, deu sequência à promoção da mascote Cristas e à oferta do mealheiro Cristas e, por cada reforço adicional nas novas ou nas actuais Poupanças Cristas, foi oferecido como acessório os óculos ou a prancha do Cristas. Na campanha foi feito o lançamento do Clube do Cristas, uma aplicação digital onde os representantes legais e os nossos Clientes mais novos (até aos 12 anos) podem registar-se para acederem a um conjunto de áreas com diferentes temas de interesse como, por exemplo, jogos do Cristas, agenda cultural de eventos, espectáculos e outras iniciativas para os mais jovens, galerias/álbuns personalizáveis com imagens, criação de convites para festas de aniversário e outras funcionalidades específicas para os mais jovens. Os representantes legais dos Clientes CA também podem convidar outros jovens (Clientes CA ou não), através dos pais, para participarem no Clube do Cristas e desta forma incentivar os pais dos jovens que ainda não sejam Clientes CA a passarem a sê-lo. Os não Clientes só têm algumas funcionalidades disponíveis, de forma a ganharem interesse e a quererem tornar-se Clientes. Nesta campanha a Poupança Cristas alcançou um volume de depósitos de 9,4 milhões de euros, obtendo um GRO de 153%. Abriram-se novas contas de Poupança Cristas, o que corresponde a Relatório e Contas de

59 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. um GRO de 117%. O Seguro Não Vida CA Acidentes Pessoais atingiu um GRO de 118% e o Seguro Vida CA Universitário um GRO de 35%. Segmento Jovem Adulto, Vida Activa, Dedicado e CA 55+ A campanha de angariação de novas activações do serviço Online Particulares com comunicação digital foi dirigida ao macrosegmento particulares, mas com enfoque nos segmentos CA Jovem Adulto e CA Vida Activa, uma vez que são os Clientes mais propensos à utilização deste serviço. Foi promovida a oferta aos Clientes da primeira anuidade de uma apólice do Seguro de Responsabilidade Civil Familiar e de um novo seguro de Protecção Hospitalar. Para dinamizar esta oferta foram feitos 6 sorteios publicitários semanais de iphones. Os objectivos da campanha foram atingidos em todos os produtos e serviços com um GRO de 190% no On-Line, com mais adesões, um GRO de 190% na Responsabilidade Civil Familiar e um GRO de 131% no seguro vida Protecção Hospitalar. A primeira campanha de crédito pessoal, destinou-se aos segmentos CA Jovem Adulto, CA Vida Activa e CA Dedicado. Apresentou como oferta o Crédito Pessoal, os Seguros Não Vida CA Automóvel e CA Habitação e os Seguros Vida de Protecção ao Crédito Pessoal. Nesta campanha foram concedidos cerca de 34 milhões de euros de crédito, que corresponderam a um GRO de 328%, no Seguro de Vida Protecção Crédito Pessoal foi atingido um GRO de 126% e no Seguro Automóvel um GRO de 93%. A campanha de Crédito Habitação destinou-se aos segmentos CA Jovem Adulto e CA Vida Activa. Teve como oferta o Crédito Habitação e os Seguros Protecção Crédito Habitação, CA Habitação e CA protecção Financeira Credor Hipotecário. Em termos de resultados o Crédito à Habitação obteve um GRO de 127%, com cerca de 46 milhões de euros concedidos e o Seguro Vida Protecção Crédito à Habitação e o Seguro Não Vida CA Habitação atingiram 58% e 57% de GRO, respectivamente. A campanha CA Protecção Família, destinada aos segmentos CA Jovem Adulto, CA Vida Activa e CA 55+, teve lugar em Julho e Agosto, e teve como oferta 3 Seguros de protecção (CA Vida Plena, CA Mulher e CA Saúde) e um Fundo de Investimento Imobiliário (CA Curto Prazo). O CA Vida Plena e o CA Mulher atingiram um GRO de 102%, com 167 mil euros, o CA Saúde alcançou 386 mil euros e 75% de GRO e os Fundos de Investimento um GRO de 93%, com 22 milhões de euros. A campanha de Crédito Pessoal realizada em Setembro e Outubro teve também como oferta o Crédito Pessoal, os Seguros de Vida de protecção ao crédito e os Seguros Não Vida CA Automóvel e CA Habitação, igualmente com condições especiais de subscrição para os Clientes. Relatório e Contas de

60 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Para os resultados da campanha em muito contribuiu o pricing muito atractivo do Crédito Agrícola na oferta de crédito. Na campanha foram concedidos 25 milhões de euros de Crédito Pessoal, atingindo um GRO de 197%. O Seguro de Vida Protecção Crédito Pessoal realizou um montante de 223 mil euros, com um GRO de 80% e os Seguros Automóvel e Habitação em conjunto realizaram 994 mil euros com um GRO de 86%. A campanha exclusiva para o segmento CA Dedicado teve como foco o Investimento e a Protecção. Na vertente de investimento a oferta integrava os novos Fundos de Investimento especificamente criados para este segmento, o CA Dedicado Valorização e o CA Dedicado Acumulação. Na vertente de protecção a oferta centrou-se nos Seguros Protecção Família, CA Mulher e CA Saúde Particulares com atribuição de descontos, sendo ainda oferecidos vales para viagens. Os Fundos de Investimento específicos para este segmento atingiram um volume de 2,3 milhões de euros, com um GRO de 117%, o Seguro de Saúde obteve 390 mil euros, correspondendo a 84% de GRO e os Seguros de Vida risco CA Mulher e Protecção Família atingiram 144 mil euros e 89% de GRO. Acções de Recuperação De forma a apoiar as CCAM que apresentaram um desvio na concretização dos objectivos comerciais anuais em famílias de produtos foram implementadas a partir de Setembro Acções de Recuperação de objectivos. As três Acções realizadas foram determinantes para os resultados que se alcançaram nos produtos CA CliniCard e CA Saúde, nos Fundos Mobiliários e principalmente nos produtos de Vida Risco. Desafios Comerciais Foi efectuada a dinamização do Desafio ao Cubo na aplicação do sistema de incentivos, utilizando os períodos que estavam planeados ao longo do ano, sempre em paralelo com as campanhas de crédito que estavam a decorrer. Estes desafios contribuíram de forma muito relevante para o resultado alcançado no crédito, principalmente no crédito a Empresas. Programas de Vinculação Estes programas têm como objectivo conseguir um primeiro grau de vinculação de Clientes quando estes só têm uma Conta de Depósitos à Ordem, fomentando a venda dos produtos que integram a oferta CA Express. Relatório e Contas de

61 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Decorreram 4 programas ao longo do ano, com a duração de cerca de 12/13 semanas com a oferta dos Serviço On-Line e Mobile, um Cartão de Débito, o Seguro de Vida CA Express Vida e o Seguro Não Vida Acidentes Pessoais CA Vinculação. OUTRAS INICIATIVAS Além das campanhas de marketing que foram implementadas, foram realizadas um conjunto de acções e iniciativas de dinamização e promoção de produtos e serviços, assim como implementados alguns projectos, destacando-se os seguintes: Solução CA Empresas Premium O Crédito Agrícola reforçou a sua aposta na parceria com o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) e com o Turismo de Portugal na consagração das empresas suas clientes com o estatuto PME Líder e PME Excelência, acentuando o seu apoio à obtenção destas certificações. Em resultado, no ano de 2016 o Crédito Agrícola registou um aumento significativo de Clientes com certificação PME Líder. Ainda em 2016 considerou-se ser relevante a actualização dos diversos suportes de comunicação, para dar maior visibilidade às Soluções CA Empresas Premium, oferta específica direccionada para as PME Líder e PME Excelência distinguindo-as com condições preferenciais de acesso à oferta do GCA. Espaço 2020 O Crédito Agrícola disponibilizou uma área que pretende facilitar o acesso a informação sobre o Acordo Portugal 2020 a Associados, Clientes e potenciais Clientes do CA. As iniciativas relativas ao CA Espaço 2020 realizadas procuraram dar continuidade aos objectivos Apoiamos os seus projectos no Portugal 2020 Em todos os passos e à divulgação do Crédito Agrícola como um Banco especializado no acordo com soluções específicas para os empresários. Relatório e Contas de

62 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Projectos Implementação e Suporte à função de Gestor de Clientes Empresa (GCE) O crescimento do negócio no segmento de Empresas, em particular junto das de pequena e média dimensão, é um objectivo prioritário para o Grupo Crédito Agrícola. Tendo em conta a competitividade crescente e o nível de experiência dos concorrentes é preciso dotar o Crédito Agrícola de uma maior especialização e capacidade para trabalhar o segmento das PME. Neste sentido, no primeiro trimestre ano de 2016 foi o momento de arranque efectivo da função de Gestor de Clientes Empresa tendo sido assegurados nesta primeira fase um conjunto de procedimentos essenciais e disponibilizado um leque de instrumentos de suporte à função. Destacamos entre estes, aqueles que se revelaram essenciais para o sucesso da implementação da função: Manual do Gestor de Clientes Empresa; Apresentação Institucional do GCA; Constituição das carteiras de clientes e sua caracterização; Disponibilização de sistemas de informação de suporte à mobilidade da função; Criação da função do Interlocutor Regional com o objectivo de dar suporte aos GCE. No segundo semestre de 2016 procedeu-se à execução da segunda fase de implementação da função, assegurando a disponibilização de novas funcionalidades nos Sistemas de informação existentes, direccionadas em exclusivo para o suporte à actuação dos GCE: Módulo Pipeline de gestão de Clientes Empresa no CA GPS; Mapas de acompanhamento diário de incidências; Actualização do Portal de Informação de Negócio. Concluído o ano de 2016, a função de Gestor de Clientes Empresas está capacitada para uma actuação comercial moderna, dinâmica e de proximidade, capaz de corresponder às expectativas dos Clientes Empresa com as necessidades mais complexas e sofisticadas. Simplificação do processo de venda No projecto de simplificação do processo de venda iniciou-se a implementação da primeira fase, que se focou nas finalidades de Crédito ao Consumo e em que foram definidas as características de um novo produto de Crédito ao Consumo com aprovação automática, o CA Crédito Flash. Foi também definido o processo de subscrição do novo produto e restantes finalidades de Crédito ao Consumo. Relatório e Contas de

63 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. CA Target Este projecto iniciou-se este ano, pretendendo contribuir para uma maior dinâmica comercial através da implementação de uma infra-estrutura que permite a identificação e disponibilização de oportunidades às Caixas comerciais baseadas na identificação de eventos que ocorrem no ciclo de vida do Cliente e no ciclo de relacionamento que este tem com o Crédito Agrícola. Pretende-se que permita aumentar o grau de contactabilidade com Clientes e reforçar a relação com os mesmos, gerando mais vendas. Protocolos No âmbito da estratégia de estabelecimento de protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, foram concretizados diversos acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais: ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; ENERGIE Energia solar termodinâmica; CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; AGROPORTAL a porta do mundo rural; Telemédia Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado. Em algumas parcerias acima referidas foram realizadas Acção de Comunicação juntamento com as CCAM e com as entidades parceiras, assim como desenvolvidos suportes de comunicação específicos para assegurar a divulgação das mesmas. Relatório e Contas de

64 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Participação em seminários ou congressos para o segmento Empresas e ENI Participação em diversos seminários e conferências dedicadas a temáticas relevantes para o segmento empresas e empresários: I Feira Nacional da Floresta Workshop Oportunidades de Financiamento para o desenvolvimento florestal ; Academia do Centro de Frutologia Compal; ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo; AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal; Acções de Comunicação Periódicas e Especializadas Em 2016, foi dada continuidade às acções de comunicação/dinamização dirigidas ao macro-segmento empresas e ENI procurando marcar presença através de meios ou suportes especializados: Newsletter CA Empresas; Newsletter Clube A; Redes Sociais (facebook, linkedin, Instagram e You Tube); Revistas e jornais especializados. Atribuição da Certificação Prémio 5 Estrelas O CA candidatou-se à atribuição do prémio 5 estrelas na categoria de serviço de atendimento ao cliente. Esta certificação é atribuída com base numa metodologia suportada em critérios auditados por um comité técnico e também com a realização de estudos de mercado feitos a Clientes e não Clientes, sendo necessária a obtenção de uma avaliação positiva superior a 70% para que seja atribuída. Este prémio contribuiu para reforçar o posicionamento do Crédito Agrícola como instituição bancária de referência no mercado. Estudo Basef-Banca Marktest De acordo com os resultados do BASEF Banca, o Crédito Agrícola foi em 2015 e na primeira vaga de 2016 do estudo, realizada no primeiro quadrimestre, o Banco que teve as pontuações mais altas do mercado em quatro critérios de grande importância para os Clientes: - A satisfação global com a instituição; - A satisfação com o atendimento que é prestado; - A satisfação com a qualidade dos produtos; - e a recomendação (i.e. disponibilidade dos Clientes para recomendarem o seu Banco a outros). Relatório e Contas de

65 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Implementação da presença do Crédito Agrícola nas Redes Sociais Foi realizado o projecto que pretende implementar a presença do Crédito Agrícola nas Redes Sociais (numa primeira fase no Facebook, Youtube e Instagram), com coordenação da DBD e participação do GCRI, que implica o envolvimento no planeamento de conteúdos relativos a segmentos e a produção/validação de conteúdos a divulgar. Foi também iniciada a criação de uma página para os portugueses no Mundo, que continuará a ser dinamizada de modo a aproximar o Crédito Agrícola de todas as comunidades de portugueses. Desenvolvimento / Implementação de infra-estrutura de comunicação digital Foi desenvolvida e implementada uma infraestrutura de Marketing Digital que vai permitir comunicar com os Clientes através de Marketing, SMS e através de Newsletters com o objectivo de dinamizar as campanhas e as diversas acções e iniciativas de Marketing, bem como o envio de mensagens ou outras comunicações a Clientes. Relatório e Contas de

66 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. CAIXA CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE MOGADOURO E VIMIOSO A acentuada diminuição na margem financeira ( ), influenciou significativamente o resultado liquido do exercício de 2016, que se situou em ,45, bastante inferior ao apurado no exercício anterior que havia atingido os ,52. A Caixa de Mogadouro e Vimioso está, em função do contexto atrás descrito, em linha com o SICAM, no entanto as condições de exploração do exercício não foram as mais adequadas, como se pode verificar pela acentuada descida das taxas Euribor, as quais terminaram o ano em percentagens negativas, o que penaliza em grande escala a rentabilização da margem financeira da caixa, uma vez que grande parte do crédito concedido está directamente ligado a estes indexantes de taxas de juro, especialmente o crédito habitação. Apesar do ligeiro aumento verificado no crédito ( ), o ainda maior aumento dos depósitos ( ) fez com que o rácio de transformação da caixa se situa-se a 31 de Dezembro em apenas 40,12 %, mantendo-se assim difícil a rentabilização dos recursos excedentários. Em virtude da acentuada queda das taxas Euribor, também a remuneração dos nossos depósitos na Caixa Central tem vindo a sofrer quebras significativas, sendo que no ano de 2016, esse redução foi mesmo de , que justificam grande parte da quebra da margem financeira. Também no produto bancário assistimos a uma acentuada quebra, cifrando-se o mesmo em , inferior em , em relação aos , quebra esta no entanto não tão acentuada como a da margem financeira, em função da variação positiva de na cobrança de comissões, e do aumento de dos outros resultados de exploração. Relatório e Contas de

67 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Rubrica Var. Var. % Juros de Crédito * ,28% Juros de Aplic. Caixa Central ,17% Juros de Recursos de Clientes ,53% Margem Financeira ,33% Saldo de Comissões ,49% Outros Resul. de Exploração ,60% Produto Bancário ,23% Ou seja, nos principais indicadores da actividade económica da caixa referente ao exercício de 2016, verificou-se uma brusca redução dos juros obtidos pela caixa, quer ao nível do crédito, quer ao nível das aplicações na caixa central, bem como uma enorme redução nos juros pagos aos recursos dos clientes, que saliente-se já não terão muito mais por onde reduzir, uma vez que no exercício de 2016, estes apenas foram remunerados num valor global de Depósitos e Outros Recursos Não obstante a reduzida remuneração dos recursos, o ano de 2016 fica marcado pelo acentuado crescimento dos recursos totais da caixa em 6,22 % em relação ao período homólogo, maioritariamente justificados pelos recursos do balanço, onde se verificou um acréscimo de 8,80 %, que correspondeu a um aumento de Recursos de Clientes Variação Absoluta Variação % Á Ordem ,00 % Poupanças ,26 % Dep. Prazo ,03 % Juros ,84 % Cheques e Ordens a Pagar % Recursos do Balanço ,80 % Fundos de Investimento Mobiliário ,12 % Fundos de Investimento Imobiliário ,06 % Relatório e Contas de

68 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Seguros de Capitalização ,29 % Recursos fora do Balanço ,07 % Total de Recursos ,22 % Recursos de outras Instituições de Crédito Os recursos de Instituições de Crédito respeitante ao refinanciamento de crédito ao investimento, no âmbito, da linha de crédito BCE, através da Caixa Central, ascendeu no ano de 2016 a 2.. Recursos de Outras Instituições de Crédito Variação Absoluta Variação % Recursos de I.C ,810 % Total de Recursos Outras I.C ,81 % Depósitos e Aplicações noutras Instituições de Crédito Olhamos agora aos nossos recursos, aplicados na sua grande maioria na Caixa Central. No final do exercício ascendiam a Aplicações variação Variação % Á Ordem ,02% Obrigações ,64 % Dep. Prazo ,68 % TOTAL ,48 % Relatório e Contas de

69 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Evolução do Crédito Concedido No que ao crédito concedido diz respeito, a nossa CCAM apresentou uma evolução ligeiramente favorável, conforme pode ser verificado pela variação absoluta de , ascendendo no final do exercício o total do crédito a , em comparação com os Esta ascenção, foi maioritariamente devida ao aumento do consumo por parte dos particulares, onde se verificou um aumento, quer ao nível do Crédito Pessoal, com uma variação absoluta de , que correspondeu a um aumento em termos percentuais de 76,34 %, quer no crédito à habitação, cuja variação em termos percentuais apenas se cifra nos 6,30 %, mas que corresponde a uma variação absoluta de Principais Rubricas do Crédito Variação Absoluta Variação % Crédito Habitação ,30 % Crédito Pessoal ,34 % Outros Créditos ,08 % Crédito Total ,75 % O crédito vencido, teve uma descida bastante significativa, tendo mesmo terminado o exercício com um valor residual de , que corresponde a apenas 1,16 % do total do crédito, devida em grande parte ao abate ao activo de uma situação já de uma elevada antiguidade no crédito vencido da caixa, bem como à atenção dispendida às novas concessões, e a um cada vez mais constante acompanhamento dos processos e à implementação de medidas de controlo. Relatório e Contas de

70 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Crédito em Atraso Variação Absoluta Variação % Crédito Vencido ,21 % Provisões Crédito ,67 % Provisões Riscos Gerais ,61 % Outras Provisões ,99 % Total de Provisões ,66 % Como se pode verificar, também ao nível das provisões se assistiu no decorrer do ano de 2016 a uma acentuada quebra no total das provisões, maioritariamente justificadas, como já havia sido referido, ao abate ao activo de um crédito vencido de elevada antiguidade da instituição. O total das provisões cifrou-se no final no exercício em , inferior em em relação a 2015, sendo que a grande justificação para esta redução foi a quebra verificada nas provisões de crédito, com uma redução de em relação ao ano transacto. Capitais Próprios Descrição Variação Absoluta Variação % Capital ,86 % Reservas e Res. Transitados ,28 % Resultados ,49 % Capital próprio ,44 % Os capitais próprios foram reforçados em , que representa um aumento em termos percentuais de apenas 2,44 %, uma vez que sendo este referido aumento fruto dos resultados do período, este foi substancialmente inferior ao ano de 2015, em função da redução do mesmo (58,49 %) em relação ao ano de Relatório e Contas de

71 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Resultados Líquidos Verificamos assim que os resultados tiveram um decréscimo significativo de 58,49 %, em grande parte devido à quebra da margem financeira, nomeadamente dos juros das aplicações na Caixa Central. Rubrica Variação Var. % Juros de Crédito * ,28% Juros de Aplic. Caixa Central ,17% Juros de Recursos de Clientes ,53% Margem Financeira ,33% Saldo de Comissões ,49% Outros Resul. de Exploração ,60% Produto Bancário ,23% Custos com Pessoal ,56% Gastos Gerais Administrativos ,55% Custos de Funcionamento ,64% Resultado Bruto de Exploração ,80% Provisões e Imparidades ,03% Resultado Líquido ,49% Tiramos assim como notas mais importantes do quadro acima exposto: A descida da margem financeira em 23,3 %, principal influenciador da quebra dos resultados, foi principalmente devida à enorme quebra dos juros pagos pela Caixa Central, um quebra que ultrapassou os 60 %; A diminuição do produto bancário em 13,23 %, resultante da quebra da margem financeira, sendo amenizado pelo aumento do saldo de comissões e maioritariamente pelo aumento significativo dos outros resultados de exploração; Os custos com o pessoal tiveram uma subida de 5,56 %, fruto das actualizações salariais dos colaboradores; Apesar destas condicionantes, pode ainda assim considerar-se que os resultados líquidos foram satisfatórios, e estiveram em linha de conta com o estimado no plano de actividades e orçamento para 2016, que apontavam para um resultado líquido de Relatório e Contas de

72 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Rácios Normativos da Caixa Central Rácio Orientação Variação período homólogo Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido <= 3% 0,29 % 0,16 % -44,83 % Crédito Vencido Bruto há + 90 dias/crédito Total <=5% 3,98 % 1,11 % -72,11 % Rácio de Eficiência < 60% 64,23 % 74,77 % 16,41 % Activo Líquido/Nº Empregados > ,69 % Produto Bancário/Nº Empregados > ,34 % Comissões Líquidas/Produto Bancário > 20% 19,83 % 23,65 % 19,26 % Garantias obtidas para o crédito concedido Reais > 65% 68,51 % 70,95 % 3,56 % Rácio de Transformação < 85% 42,21 % 40,12 % -4,95 % Como se pode verificar, a grande maioria dos rácios tiveram um comportamento positivo, sendo que no final do exercício, a caixa apenas incumpria com o rácio de eficiência, o que se deveu à queda significativa do produto bancário, e o qual se espera possa vir a ser colmatado. Indicadores de Rendibilidade Ren Méd. Caixas Rácio Agrícolas Rent. Mg Financeira = Mg. Financeira / Activo Líquido 2,34 % 1,68 % 1,95 % Rent. Mg Complementar = Mg. Complementar / Activo Líquido 0,58 % 0,57 % 0,89 % Rent. Produto Bancário = Prod. Bancário / Activo Líquido Médio 2,94 % 2,39 % 3,01 % Custos com Pessoal / Activo Líquido 0,84 % 0,81 % 0,97 % F.S.Terceiros / Activo Líquido 0,66 % 0,58 % 0,76 % Rent. do Activo = Res. Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,94 % 0,37 % 0,61 % Também aqui, a rendibilidade de alguns dos rácios foi bastante condicionada, em função da enorme redução da margem financeira. Relatório e Contas de

73 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Apesar das dificuldades ainda evidenciadas pela generalidade da Banca, conseguiu a CCAM Mogadouro e Vimioso apresentar um resultado líquido do exercício que ascendeu a um total de ,45. Entende a administração que o resultado líquido acima referido proporciona a remuneração do capital subscrito e realizado pelos sócios, com montante igual ou superior a 500. No final de 2016, os associados detinham de capital social, pelo que se propõe que a caixa suporte uma remuneração equivalente a 1 %, da qual resultaria um rendimento de 5.551,93, a ser distribuído pelos sócios que reúnam as condições referidas, após aprovação do Banco de Portugal. Vem a administração propor, em conformidade com os artigos 33º e 34º dos Estatutos, o resultado do exercício de ,45, seja distribuído da seguinte forma: Proposta de Aplicação de Resultados, em Euros 2016 Reserva para Formação e Educação Cooperativa 2.118,83 Reserva para Mutualismo 2.119,00 Capital Social ,00 Resultados Transitados ,00 Reserva Legal ,69 Distribuição de Rendimentos de Títulos de Capital 5.551,93 Total ,45 Os resultados transitados, negativos, no valor de ,00, serão integralmente, cobertos pelos resultados. O Capital Social da Caixa será reforçado, em ,00, sendo atribuídos novos títulos de capital, com o valor nominal de 5. Assim, aprovadas que sejam as propostas apresentadas, chegaremos aos seguintes valores: Relatório e Contas de

74 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. RUBRICA 31/12/2016 Aumento Diminuição Após aprovação Capital Social , ,00 0, ,00 Reserva Legal , ,69 0, ,07 Reserva P/Form. e Ed. Coop , ,83 0, ,48 Reserva para Mutualismo , ,00 0, ,35 Reserva de Reavaliação ,00 0,00 0, ,00 Reserva especial 0, , ,00 0,00 Total de reservas , , , ,90 Resultados Transitados , ,00 0,00 0,00 Capital + reservas ,38 0,00 0, ,90 Terminamos com os habituais agradecimentos, a todos os nossos clientes e entidades, com especial apreço para os nossos associados, pela confiança com que nos têm distinguido. Agradecemos também a todos os nossos órgãos sociais, Mesa de Assembleia e Conselho Fiscal, bem como a todos os nossos colaboradores, pela ajuda prestada ao longo de todo o exercício. Um último e especial agradecimento aos nossos Revisores Oficiais de Contas e seus colaboradores, pelos esclarecimentos e ajuda prestados ao longo da realização dos seus trabalhos. Mogadouro, 03 de março de 2017 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Maria Pinto Rui Manuel Martins Preto Luís Nuno Pimentel José Augusto Mariano Relatório e Contas de

75 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Relatório e Contas de

76 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO 77

77 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE MOGADOURO E VIMIOSO, C.R.L. BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em Euros) Provisões, Activo imparidade e Activo Activo ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas Caixa e disponibilidades em bancos centrais Recursos de bancos centrais 22 Disponibilidades em outras instituições de crédito Passivos financeiros detidos para negociação 23 Activos financeiros detidos para negociação 7 - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - Recursos de outras instituições de crédito Activos financeiros disponíveis para venda Recursos de clientes e outros empréstimos Aplicações em instituições de crédito Responsabilidades representadas por títulos 27 Crédito a clientes ( ) Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura 14 Activos com acordo de recompra 13 - Passivos não correntes detidos para venda 29 Derivados de cobertura 14 - Provisões Activos não correntes detidos para venda (21.322) Passivos por impostos correntes 20 Propriedades de investimento 16 - Passivos por impostos diferidos 20 Outros activos tangíveis , , Instrumentos representativos de capital Activos intangíveis 18 - Outros passivos subordinados 32 Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos , ,35 Outros passivos Activos por impostos correntes , ,91 Total do Passivo Activos por impostos diferidos , ,48 Outros activos , ,36 Capital Prémios de emissão 35 Outros instrumentos de capital 36 Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Lucro do exercício Dividendos antecipados Total do Capital Total do Activo ( ) Total do Passivo e do Capital O anexo faz parte integrante destes balanços. 78

78 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE MOGADOURO E VIMIOSO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em Euros) Outras Reservas e resultados transitados Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de (15.590) Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota...) (10.645) (10.645) - (10.645) Aplicação do resultado do exercício de 2014: Transferência para resultados transitados - (47.999) (47.999) Constituição de reservas Distribuição de dividendos Aumento de capital por incorporação de Reservas Aumento de capital Reembolso de capital (3.100) (3.100) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de (10.645) Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota...) (10.635) (10.635) - (10.635) Aplicação do resultado do exercício de 2015: Transferência para resultados transitados - (22.891) (22.891) Constituição de reservas Distribuição de dividendos Aumento de capital por incorporação de Reservas Aumento de capital Reembolso de capital (11.585) (11.585) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de (10.635) O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. 79

79 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE MOGADOURO E VIMIOSO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em Euros) RUBRICA Notas Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares 38 (54.741) ( ) Margem financeira Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões 41 (23.171) (23.194) Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultad 42 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 Resultados de reavaliação cambial Resultados de alienação de outros activos 45 (5.900) Outros resultados de exploração Produto bancário Custos com pessoal 47 ( ) ( ) Gastos gerais administrativos 48 ( ) ( ) Amortizações do exercício 17 e 18 (35.591) (41.408) Provisões líquidas de reposições e anulações 30 (62.896) (1.107) Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber (4.640) de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações Resultado antes de impostos Impostos correntes 20 (7.933) (82.598) diferidos 20 (62.325) (7.546) Resultado líquido do exercício O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. 80

80 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE MOGADOURO E VIMIOSO, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (Montantes expressos em Euros) Resultado individual Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - - Impacto fiscal - - Transferência para resultados por alienação - - Impacto fiscal - - Outras reservas de reavaliação - Fundo de Pensões G P Actuariais (30.730) (47.999) Pensões - regime transitório (22.891) (10.645) Outros movimentos - - Total Outro rendimento integral do exercício (53.621) (58.644) Rendimento integral individual O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. 81

81 CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO MOGADOURO E VIMIOSO, CRL Fluxos de caixa das actividades operacionais DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Recebimento de juros e comissões Pagamento de juros e comissões (77.912) ( ) Pagamentos ao pessoal e fornecedores ( ) ( ) Contribuições para o fundo de pensões - - (Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (70.257) (90.144) Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais (Aumentos) / diminuições de activos operacionais: Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - - Activos disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura - - Activos não correntes detidos para venda (1.000) (4.641) Outros activos ( ) ( ) Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais: Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - - Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos (18.616) ( ) Caixa líquida das actividades operacionais ( ) Fluxos de caixa de actividades de investimento Variação de activos tangíveis e intangíveis Recebimento de dividendos (13) (4) Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 0 ( ) - - Caixa líquida das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento Aumento de capital Diminuição de capital - - Pagamento de dividendos - - Variação de passivos subordinados - - Reservas ( ) ( ) ( ) - - Caixa líquida das actividades de financiamento (23.946) (50.289) Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) ( ) Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício (b)

82 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM) é uma instituição de crédito constituída em 19 de Junho de 1984 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Avenida do Sabor, n.º 59/61, em Mogadouro e através de um balcão situado no concelho de Vimioso. Nos exercícios económicos de 2016 e 2015, não ocorreram eventos relevantes na estrutura de capital da Caixa, não ocorreram aberturas nem encerramentos de balcões, nem operações com grande impacto nas contas do exercício. As presentes demonstrações financeiras foram autorizadas para emissão pelo Conselho de Administração da Caixa no dia 24 de Fevereiro de 2017, sendo assinadas nesta data como evidência deste facto. Após este momento, as mesmas não poderão ser mais alteradas, salvo decisão em contrário, deliberada em Assembleia Geral de Cooperantes. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo n.º 3 do Artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de Dezembro. As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) iii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 83

83 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em Reservas de reavaliação. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2007, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Direcção da Caixa que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas Comparabilidade da informação As demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2015 são comparáveis com as demonstrações financeiras agora apresentadas Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. 84

84 b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21. Os dividendos são registados como proveitos no exercício em que é decidida a sua distribuição. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. 85

85 Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;. Estarem em incumprimento há mais de:. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 180 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao ativo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica Outros resultados de exploração. iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e 86

86 extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção: - Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; - Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1% no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica Outros resultados de exploração. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. 87

87 i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu bid-price ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de discounted cash-flows. Quando são utilizadas técnicas de discounted cash-flows, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do 88

88 capital próprio reserva de justo valor até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que 89

89 corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a Caixa não possuí empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo de qualquer montante. vi) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: 90

90 Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. Derivados de cobertura Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; Descrição do(s) risco(s) coberto(s); Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em Juros e rendimentos similares e Juros e encargos similares, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e 91

91 passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; Derivados contratados com o objectivo de trading. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Passivos financeiros ao justo valor através de resultados, respectivamente. g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. h) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao 92

92 custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. 93

93 Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. l) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do 94

94 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. 95

95 m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2006 no montante de Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos: Valor Impacto Valor Bruto Fiscal Líquido Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2006 de acordo com o PCSB Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e Activos intangíveis IAS Responsabilidades com pensões IAS Prémio de antiguidade IAS Encargos com saúde IAS Impostos diferidos IAS Provisões IAS ( ) Activos detidos para venda IFRS 5 - ( ) Aplicação do IAS 32 e do IAS 39 Títulos de capital Diferimento de comissões associadas a operações de crédito Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - De cobertura - De negociação - Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura - Mais valias potenciais - Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortiz IAS 39 - ( ) (24.768) Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2006 de acordo com as NCA

96 4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal. Nestes exercícios, a segmentação dos resultados da Caixa são relativos a um único segmento de negócio, a Banca Comercial. 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - - Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro: Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - * - * - - Juros a receber De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. 97

97 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro: Organismos financeiros internacionais Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - * - * - - Sucursais de outras instituições de créditos nacionais Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - * - * - - Outras instituições de crédito Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - * - * - - Juros a Receber

98 7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não existem operações desta natureza. 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem operações desta natureza. 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Outros - - Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida - - Instrumentos de capital - - Outros - - Crédito e outros valores a receber - - Imparidade

99 10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Aplicações em Instituições de Crédito no País: No Banco de Portugal: Mercado monetário interbancário - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de compra com acordo de revenda - - Outras aplicações - * - * - - Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário - - Aplicações a muito curto prazo - - Depósitos Empréstimos - - Operações de compra de acordo com revenda - - Aplicações subordinadas - - Outras aplicações Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro: Bancos Centrais: Aplicações a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de compra com acordo de revenda - - Outras aplicações - * - * - - Organismos financeiros internacionais: Aplicações a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de compra com acordo de revenda - - Aplicações subordinadas - - Outras aplicações - * - * 100

100 Sucursais de outras instituições de crédito nacionais: Aplicações a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de compra com acordo de revenda - - Aplicações subordinadas - - Outras aplicações - * - * - - Em outras instituições de crédito: Aplicações a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de compra com acordo de revenda - - Aplicações subordinadas - - Outras aplicações - * - * - - Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura Provisões Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos - - Mais de cinco anos Juros a receber CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: 101

101 Crédito interno Médio e longo prazos Empréstimos à habitação bonificado Empréstimos à habitação regime geral Empréstimos com garantia real Empréstimos sem garantia real Contratos de locação financeira Clientes - - CCAM - - Empresas do grupo - - Empréstimos subordinados (CA Seguros) - - Curto prazo Outros créditos Cartão crédito - - Outros créditos - - Créditos em conta corrente Clientes Empresas do grupo - - Descobertos em depósitos à ordem Empresas do grupo - - Outros residentes Crédito ao exterior Médio e longo prazo Empréstimos Curto prazo Outros créditos Descobertos dep.ordem - não residentes - - Outros créditos a clientes Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido (41.505) Receitas com rendimento diferido (41.505) Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - - Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Provisões Para crédito e juros vencidos ( ) ( ) Para crédito de cobrança duvidosa ( ) ( ) ( ) ( )

102 Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de Euros e Euros, respectivamente, registada na rubrica Provisões do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos

103 12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Titulos detidos até à maturidade: Títulos cotados: Títulos emitidos por residentes Instrumentos de dívida De dívida pública portuguesa De outros emissores públicos nacionais - - De outros residentes: Dívida não subordinada - - Dívida subordinada - - Títulos emitidos por não residentes Instrumentos de dívida De emissores públicos estrangeiros - - De organismos financeiros internacionais - - De outros não residentes Dívida não subordinada - - Dívida subordinada - - Títulos não cotados: Títulos emitidos por residentes Instrumentos de dívida De dívida pública portuguesa - - De outros emissores públicos nacionais - - De outros residentes: Dívida não subordinada - - Dívida subordinada - - Títulos emitidos por não residentes Instrumentos de dívida De emissores públicos estrangeiros - - De organismos financeiros internacionais - - De outros não residentes Dívida não subordinada - - Dívida subordinada - - Outros investimentos detidos até à maturidade Títulos cotados - - Títulos não cotados

104 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não existem operações desta natureza. 14. DERIVADOS DE COBERTURA Não existem operações desta natureza. 15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Equipamento - - Outros Outros activos não correntes detidos para venda: Filiais - - Associadas - - Outros activos não correntes detidos para venda - * - * Imparidade: Imóveis (21.322) (24.932) Equipamento - - Outros O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma: Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis (24.932) ( ) (21.322) Equipamento Outros (24.932) ( ) (21.322) (21.322) Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis (29.573) (4.641) (24.932) Equipamento Outros (29.573) (4.641) (24.932) (24.932) A entidade responsável pela avaliação dos activos não correntes detidos para venda foi a FENACAM, NIPC , registada na CMVM com o código AVFII/05/

105 16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Não existem operações desta natureza. 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Outros activos tangíveis durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: 106

106 Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios ( ) (22.056) Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis ( ) (22.056) Equipamento: Mobiliário e material (54.758) (1.644) Máquinas e ferramentas (54.144) (2.077) - - (431) Equipamento informático (37.554) (49) - - (431) 0 Instalações interiores (25.032) (1.022) Material de transporte (94.773) (3.163) Equipamento de segurança (2.502) Outro equipamento ( ) (5.579) - - (797) ( ) (13.535) - - (1.659) Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: ( ) Activos tangíveis em curso ( ) (35.591) - - (1.659) Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios ( ) (21.980) Outros Obras em imóveis arrendados Outros imóveis ( ) (21.980) Equipamento: Mobiliário e material (54.003) (755) Máquinas e ferramentas (52.167) (2.409) Equipamento informático (37.909) (54) Instalações interiores (24.314) (718) Material de transporte (81.511) (13.263) Equipamento de segurança (2.502) Outro equipamento ( ) (2.231) - - (2.962) ( ) (19.430) - - (2.962) Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: ( ) Activos tangíveis em curso ( ) (41.410) - - (2.962)

107 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS Não existem operações desta natureza. 19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica investimentos em filiais tem a seguinte composição: Participação Valor de Valor de efectiva (%) balanço balanço Empresa Sector de actividade Sede CCCAM FINANCEIRO LISBOA 0, FENACAM FEDERAÇÃO LISBOA 0, CA SERVIÇOS SERVIÇOS LISBOA 0, ,5 6012,5 CA SEGUROS SEGUROS LISBOA 0, IMPARIDADE ACUMULADA Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Activo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido Caixa Central ( ) CA Seguros & Pensões SGPS CA Vida CA Seguros CA Informática , , ,94 Fenacam Nota: Dados provisórios em fase de auditoria, podendo ainda ser alterados No final de cada exercício os Serviços Financeiros procedem à avaliação da existência de quaisquer indícios de imparidade sobre as participações financeiras registadas nesta rubrica. A nossa conclusão, em 31 de Dezembro de 2016, indica-nos que o valor pelo qual estes investimentos se encontram registados no balanço são integralmente recuperáveis. 108

108 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 eram os seguintes: Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Pagamentos por conta - - Outros - - Imposto sobre o rendimento a recuperar Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a pagar

109 O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: 2016 Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em IAS 39 Resultados Transitados Reservas Activos tangíveis e imparidade Activos intangíveis Prémio de antiguidade Encargos com saúde Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido ( ) Provisões para riscos gerais de crédito Provisões para riscos bancários gerais Provisão para aplicações financeiras Provisões para imóveis Provisões para outras aplicações Provisões para outros riscos e encargos Pensões Reformas antecipadas Desvios actuariais Contribuição efectuada ( ). Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente Reavaliação de instrumentos financeiros derivados Valias fiscais Prejuízos fiscais reportáveis Comissões Correcções no justo valor dos elementos cobertos Valorização dos activos disponíveis para venda Carteira de títulos detidos até à maturidade ( ) (62.325)

110 2015 Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção da em em Resultados em em IAS 39 Resultados Transitados Reservas Activos tangíveis e imparidade Activos intangíveis Prémio de antiguidade Encargos com saúde Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido (9.516) Provisões para riscos gerais de crédito Provisões para riscos bancários gerais Provisão para aplicações financeiras Provisões para imóveis Provisões para outras aplicações Provisões para outros riscos e encargos Pensões Reformas antecipadas Desvios actuariais Contribuição efectuada ( ). Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente Reavaliação de instrumentos financeiros derivados Valias fiscais Prejuízos fiscais reportáveis Comissões Correcções no justo valor dos elementos cobertos Valorização dos activos disponíveis para venda Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: Impostos correntes Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias Prejuízos fiscais reportáveis Total de impostos reconhecidos em resultados Lucro antes de impostos Carga fiscal 24,27% 22,46% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2013 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. 111

111 Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada como segue: Taxa de Taxa de imposto Montante imposto Montante Resultado antes de impostos Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 2,13% ,20% Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 0,00% - -1,59% (9.516) Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% - Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% - Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% - ( ) Diferenças permanentes Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% - Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% - Variações patrimoniais negativas (0,11%) (323) -0,05% (323) Outras diferenças permanentes 0,00% - 0,10% 617 Tributações autónomas 2,09% ,58% ( ) Imposto corrente sobre o lucro do exercício Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 22,14% ,26% Custo com imposto do exercício 26,25% ,51% Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores (44.401) Impostos correntes sobre os lucros

112 21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Outros metais preciosos Devedores por operações sobre futuros - - Sector Público Administrativo IVA a recuperar - - Reembolso IMT Despesas a debitar a clientes - - Bonificações a receber - - Outros devedores diversos ( ) Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Seguros - - ( ) - - Outras * Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar - - Operações activas a regularizar ( ) - - Outras Imparidade Outros activos Outros devedores diversos - - ( ) (17.875) (17.875) (17.875) (17.875) RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não existem operações desta natureza. 113

113 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não existem operações desta natureza. 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem operações desta natureza. 114

114 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Recursos de instituições de crédito no país Mercado monetário interbancário - - Recursos a muito curto prazo - - Depósitos Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - - Outros recursos Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Organismos financeiros internacionais Recursos a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - - Outros recursos - * - * Sucursais de outras instituições de crédito nacionais Recursos a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - - Outros recursos - * - * Outras instituições de crédito Recursos a muito curto prazo - - Depósitos - - Empréstimos - - Operações de venda com acordo de recompra - - Outros recursos - * - * - - Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - - Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura: 115

115 Até três meses Entre três meses e um ano - - Entre um ano e três anos - - Entre três e cinco anos - - Mais de cinco anos RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes - - Cheques e ordens a pagar Outros - - Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos Mais de cinco anos

116 27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não existem operações desta natureza. 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não existem operações desta natureza. 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Não existem operações desta natureza. 117

117 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Saldos em Reposições e Saldos em Reforços anulações Utilizações Transferências Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa ( ) Crédito e juros vencidos (44.417) ( ) Risco-país ( ) ( ) Provisões: - Riscos gerais de crédito (7.431) Outros riscos e encargos Riscos bancários gerais (7.431) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda (3.610) Outros activos Outros devedores (3.610) Outras provisões ( ) ( ) Saldos em Reposições e Saldos em Reforços anulações Utilizações Transferências Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa (4.889) Crédito e juros vencidos ( ) Risco-país ( ) Provisões: - Riscos gerais de crédito (12.597) Outros riscos e encargos Riscos bancários gerais (12.597) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda (4.641) Outros activos Outros devedores (4.641) ( )

118 Com vista a melhorar o processo de suporte e estimativa das provisões necessárias para as carteiras de crédito, o Sistema do Crédito Agrícola Mútuo está presentemente a implementar um novo modelo de imparidade, o qual permitirá o cumprimento dos requisitos previstos nas normas internacionais de contabilidade (IAS39) tal como o previsto no Aviso n.º 5/2015 do Banco de Portugal. De acordo com os dados preliminares relativos a 2017, a implementação deste modelo na Caixa Agrícola implicou um reforço total da imparidade de crédito, em aproximadamente euros, montante que não se afigura relevante para o Balanço da Instituição e que, de acordo com a nossa convicção poderá mesmo vir a ser reduzido ao longo de INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não existem operações desta natureza. 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Não existem operações desta natureza. 119

119 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores e outros recursos Recursos diversos Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Imposto sobre o Valor Acrescentado Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Fornecedores de bens Outros credores Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados - - Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - - Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Subsídio de morte - - Remunerações variáveis - - Outros - - Por gastos gerais administrativos - - Outros - Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Outras - - Valores a regularizar Posição cambial - - Operações sobre valores mobiliários a regularizar - - Outras operações a regularizar * *

120 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Aceites e endossos - - Créditos documentários abertos - - Outros passivos eventuais - - Compromissos perante terceiros - - Contratos a prazo de depósitos - - Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por subscrição de títulos - - Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - - Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança Valores administrados pela instituição - - Outras CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte: N º de Valor N º de Valor títulos títulos % títulos títulos % Títulos de capital Títulos próprios ,59% ,11% Títulos dos associados ,41% ,89% ,00% ,00% Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República I Série B, nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias. 121

121 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos ( ) Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidos De activos financeiros disponíveis para venda ( ) Outros instrumentos de capital Reserva legal Outras reservas Resultados transitados Lucro do exercício Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. 122

122 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de disponibilidades em bancos centrais Depósitos à ordem no Banco de Portugal - - Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - - Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - - Juros de outras disponibilidades - - Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - - Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Créditos tomados - factoring - - Operações de locação financeira Mobiliária - - Imobiliária - - Operações de compra com acordo de revenda - - Outros créditos Particulares Habitação Operações de locação financeira - - Outros créditos * * Consumo Operações de locação financeira - - Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira - - Outros créditos

123 Crédito externo Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos - - Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósitos à ordem - - Créditos tomados - factoring - - Operações de locação financeira Mobiliária - - Imobiliária - - Operações de compra com acordo de revenda - - Outros créditos - - Particulares Habitação Operações de locação financeira - - Outros créditos Consumo Operações de locação financeira - - Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósitos à ordem 6 - Operações de locação financeira - - Outros créditos - - Outros créditos e valores a receber (titulados) Emitidos por residentes - - Emitidos por não residentes - - Juros de activos titularizados não desreconhecidos Crédito a clientes - titularizado Crédito interno - - Crédito ao exterior - - Outros créditos e valores a receber - titularizados - - Juros de activos com acordo de recompra - - Juros de investimentos detidos até à maturidade Títulos de dívida emitidos por residentes - - Títulos de dívida emitidos por não residentes - - Outros investimentos detidos até à maturidade - - Outros juros e rendimentos similares * Valor muito elevado, uma vez que é 10% do total desta rubrica, pelo que pedimos para detalhar e se necessário para este efeito acrescentar linhas ao quadro. NOTA: O quadro não poderá ser reportado com * 124

124 38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no país no estrangeiro - - Juros de recursos de clientes e outros empréstimos Juros de passivos financeiros de negociação instrumentos financeiros derivados - - Juros de derivados de cobertura - - Juros de passivos subordinados - - Outras comissões pagas: operações de crédito - - Outros juros e encargos similares RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Activos financeiros disponíveis para venda Emitidos por residentes - - Emitidos por não residentes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas 13 4 Investimentos em empreendimentos conjuntos - - No estrangeiro Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos Outros instrumentos de capital

125 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias prestadas Garantias e avales Fianças e indemnizações (contragarantias) - - Créditos documentários abertos - - Outras garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos - - Outros compromissos irrevogáveis - - Compromissos revogáveis Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito - - Outras operações sobre instrumentos financeiros - * - * - - Por serviços prestados Depósito e guarda de valores - - Cobrança de valores Administração de valores - - Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestão - - Comissão de emissão de unidades de participação - - Comissão de resgate de unidades de participação - - Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Montagem de operações Operações de crédito Por operações de factoring - - Outras operações de crédito * * Outros serviços prestados * * Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa - - Em operações fora de Bolsa - - Outras operações realizadas por conta de terceiros - * * Outras comissões recebidas *

126 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias recebidas - - Por compromissos assumidos por terceiros - - Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Operações de crédito - - Cobrança de valores Administração de valores - - Outros * * Por operações realizadas por terceiros - - Outras comissões pagas RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não existem operações desta natureza. 127

127 43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital - - Outros - - * Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida - - Instrumentos de capital - - Outros - - * RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em activos não financeiros Outros activos tangíveis (5.922) - ( ) - - Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - - (5.922) OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: 128

128 Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos - - No estrangeiro Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos Ganhos em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Ganhos realizados - - Ganhos não realizados - - Propriedades de investimento Propriedades de investimento em locação financeira - - Propriedades de investimento em locação operacional - - Outras propriedades de investimento Ganhos realizados - - Ganhos não realizados - - Outros activos tangíveis Locação financeira - - Locação operacional - - Outros activos tangíveis Ganhos realizados - - Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - - Outros activos não financeiros - * - * - - Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional - - Ganhos em operações descontinuadas - - Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Outros * Outros encargos de exploração Quotizações e donativos Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo Outros encargos e gastos operacionais * *

129 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família - - Segurança Social SAMS Outros - - Outros encargos sociais obrigatórios: Subsídio por morte - - Outros Outros - - Encargos sociais facultativos - - Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais - - Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição: Cons. Administração 4 3 Chefias e gerência 3 3 Quadros técnicos 2 3 Administrativos 6 6 Outros

130 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza - - Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância Limpeza - - Informações - - Bancos de dados - - Mão de obra eventual - - Outros serviços especializados: Estudos e consultas Consultores e auditores externos Tratamento de valores 51 - Avaliadores externos ( ) Outros serviços de terceiros

131 49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: Activos: Associadas Coligadas Outras empresas do Grupo Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas Total Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Outros activos Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Custos: Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados Gastos gerais administrativos Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: Garantias recebidas Compromissos perante terceiros As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. 132

132 50. PENSÕES DE REFORMA Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia CA Seguros, S.A.. 1) IMPACTO CONTABILÍSTICO 1.i) OBJECTIVO Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo, o Crédito Agrícola assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma antecipada (regime da Segurança Social de flexibilização da idade de reforma), reforma por velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Foi constituído um fundo de pensões destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pósemprego. O presente documento destina-se a explicar e documentar os movimentos contabilísticos associados à contabilização dos benefícios aos empregados (Fundo de Pensões, SAMS e prémio de antiguidade) de acordo com a norma IAS 19 Revisto Benefícios aos empregados. 1.ii) ENQUADRAMENTO A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista. As principais alterações foram: Reconhecimento Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas atuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas atuariais deverão ser totalmente reconhecidos em outro rendimento integral no ano em que ocorrem; Eliminação do conceito "retorno esperado dos ativos". 133

133 Apresentação Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações; Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (ativo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (ativo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios); Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e ativos do plano. 1.iii) CONTABILIZAÇÃO EM NCA 1.iii.a) Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007 Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à IAS 19 Benefícios dos empregados, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA s foram as seguintes: Fundo de pensões A.1. Responsabilidades PCSB A.2. Impacto da transição para IAS 19: A.2.1. Tábua de mortalidade A.2.2. Pressupostos financeiros A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. A.4.)

134 Encargos com saúde (SAMS): B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores B.2. Com licenças sem vencimento 0 B.3. Com pré-reformados 0 B.4. Com pensões em pagamento B. Total Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores C.2. Com licenças sem vencimento 0 C. Total De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM MOGADOURO E VIMIOSO prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de

135 Assim, em o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora são reconhecidos em resultados transitados, é como segue: Nº anos a diferir Data limite de diferimento A Alteração da tábua de mortalidade anos 2016 A Alteração dos pressupostos financeiros anos 2014 A Excesso de cobertura em PCSB anos 2014 B.2007 Encargos com saúde (SAMS) anos 2016 No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS 19, no que respeita a: - Alteração dos pressupostos financeiros; - Excesso de cobertura em PCSB. Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a: - Alteração da tábua de mortalidade; - Encargos com saúde (SAMS). Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte: * A Alteração da tábua de mortalidade B.2016 Encargos com saúde (SAMS) TOTAL TOTAL = A B.2016 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS

136 1.iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2016 Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM MOGADOURO E VIMIOSO com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes: 31/12/ /12/2015 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Idade de reforma Método de avaliação Pressupostos financeiros: Taxa de desconto Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios Taxa de crescimento das pensões Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/ de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 TV 88/90 EVK 80 (**) Projected Unit Credit (*) 1,40% 1,00% 1,40% 1,40% TV 88/90 EVK 80 (**) Projected Unit Credit (*) 1,40% 1,00% 1,40% 1,40% (*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : Préreformados, reformados e pensionistas : 2,30% 2,10% 1,75% 2,70% 2,30% 2,00% (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-e/2013 Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, préreformados e pensões em pagamento, referente à CCAM MOGADOURO E VIMIOSO, é o seguinte: 137

137 F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores F.2 Com licenças sem vencimento 0 F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pósemprego referente à CCAM MOGADOURO E VIMIOSO é o que a seguir se apresenta: G.1 + Custo do serviço corrente G.3 + Custo dos juros Líquido Net Interest -776 G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas 0 antecipadas G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM MOGADOURO E VIMIOSO foi o seguinte: A (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.1 (+) Contribuições efectuadas H.1.1 Pela CCAM MOGADOURO E VIMIOSO 0 H.1.2 Pelos empregados H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) H.4 (-) Prémios de seguro pagos H.9 (+) Participação de resultados no seguro H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros

138 H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões H (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2016 (H A ) O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de G.1 (+) Custo do serviço corrente G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados G.2 (+) Custo dos juros G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reforma s 0 antecipadas H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas 0 H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões F.2016 (=) Responsabilidades totais em K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 F.2015) O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte: F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008)* 0 I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%)

139 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19. Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral reservas de reavaliação. No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no rendimento integral, foi o seguinte: RI.2015 Desvios atuariais em RI.ano Desvios atuariais gerados em 2016 Ganhos e perdas atuariais RI.2016 Desvios atuariais em Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento 0 N.2015 Total Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento 0 N.2016 Total Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no ativo 797 O.2. Com licenças sem vencimento 0 O. Total

140 REGISTOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2016 Registo do impacto da adopção do IAS 19 no Fundo de pensões: a) Pela amortização do impacto da alteração dos pressupostos financeiros e atuariais Alteração da tábua de mortalidade A Db: # Resultados transitados - Alteração de políticas contabilísticas A Cr: # Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões Encargos a diferir Registo da variação anual com o SAMS: a) Pela amortização do impacto da transição B.2016 Db: # Resultados transitados - Alteração de políticas contabilísticas B.2016 Cr: # Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido Fundo de pensões Encargos a diferir Registo do impacto da adopção do IAS 19 Revisto no Fundo de pensões: a) Pelo movimento das responsabilidades totais e dos ativos do Fundo G.1.1 Db: # Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões Custo do serviço corrente 141

141 G.3. Db: # # Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões G.5. Db: # Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões -776 Custo dos juros líquidos Net Interest 0 Custo com reformas antecipadas G.4.Ano Db: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais (Ganhos) e perdas atuariais H.8 Db: # Responsabilidades com pensões e outros benefícios - Valor patrim. do fundo de pensões H.4 Db: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais K. Cr: # Responsabilidades com pensões e outros benefícios - Responsabilidades totais H.1.1 Cr: # Outras operações activas a regularizar H.2 Cr: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais H.9 Cr: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais Variação na quota-parte do Fundo de Pensões Pelo pagto do prémio de seguro efectuado pelo Fundo Pensões Variação nas responsabilidades 0 Contribuições efectuadas pela CCAM 0 Capital recebido de seguro Participação no resultado do seguro Nota: Por interpretação do ROC às contas consolidadas, a partir do exercício de 2015, os prémios de seguros pagos e o rendimento seguro não devem afetar a demonstração de resultados dos participantes no fundo. Assim, para efeitos de registo e apresentação entende-se que estes valores devem ser considerados como remensurações, pelo que passam a ser registados na rubrica Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais. 142

142 b) Pelo registo de impostos diferidos ativos referentes ao acréscimo de responsabilidades com reformas antecipadas G.5.a Db: # Ativos por impostos sobre o rendimento - Ativos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos 0 G.5.a Cr: # Rendimentos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Em passivos 0 c) Pelo registo da utilização de impostos diferidos ativos referentes ao pagamento de pensões referentes a reformas antecipadas H.5.1.a H.5.1.a Db: # Encargos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Em passivos Cr: # Ativos por impostos sobre o rendimento - Ativos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos 0 0 Registo da variação anual com o Prémio de antiguidade: a) Pelo acréscimo de responsabilidades com o prémio de antiguidade O. Db: # Gastos com pessoal - Remunerações adicionais - Prémio de antiguidade - Estimativa IAS 19 O. Cr: # Encargos a pagar Outros encargos a pagar Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade

143 Nota: Se o valor indicado em O. (# ) for negativo, o mesmo deve ser registado a crédito na conta # Redução responsabilidades-prémio Antiguidade-Estimativa IAS 19" por contrapartida do débito na conta # Encargos a pagar Outros encargos a pagar Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade. b) Pelos impostos diferidos ativos referentes ao acréscimo das responsabilidades com o prémio de antiguidade O.a Db: # Ativos por impostos sobre o rendimento - Ativos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos 179 O.a Cr: # Rendimentos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Em passivos 179 Nota: Se o valor indicado em O.a (# ) for negativo, o mesmo deve ser registado a débito na conta # Encargos por impostos diferidos-por diferenças temporárias em passivos"." por contrapartida do crédito na conta # Ativos por impostos sobre o rendimento - Ativos por impostos diferidos - Por diferenças temporárias - Em passivos. NOTA GENÉRICA: Para o cálculo dos impostos diferidos por simplificação usou-se uma taxa agregada de 22,5% (IRC + derrama municipal). A taxa indicada tem em consideração a taxa de imposto para o exercício de 2017, constante do Orçamento de Estado para A Caixa Agrícola deverá utilizar e somar à taxa a aplicar, as taxas de derrama estadual, caso considere aplicáveis, confirmando igualmente a taxa de derrama municipal considerada (1,5%). 2) ENQUADRAMENTO E IMPACTO FISCAL 144

144 Tendo em conta o enquadramento contabilístico relevante, procedemos ao enquadramento e respectivo impacto fiscal das realidades respeitantes à aplicação da IAS 19. Por forma a simplificar a nossa análise, optámos por separar o enquadramento/impacto fiscal associado a cada uma das realidades em questão, nomeadamente: Reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões Enquadramento fiscal das responsabilidades com o Fundo de Pensões (excepto as relacionadas com as Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007); Enquadramento fiscal das responsabilidades com Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007; Regime transitório Responsabilidades com o SAMS pós-emprego até ; Impacto fiscal no exercício de Reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade Enquadramento fiscal dos prémios de antiguidade; Impacto fiscal no exercício de Cumpre referir que, na parte respeitante ao impacto fiscal no exercício de 2016, de cada uma das realidades acima referidas, e tendo em vista uma maior clareza na respectiva análise, optámos por reproduzir determinados quadros contendo os registos contabilísticos que irão ser efectuados relativamente à matéria em apreço. 145

145 De notar que todas as referências aos artigos do Código do IRC dizem respeito à respectiva redacção em vigor a 31 de Dezembro de i) Reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões 2.i).a) Enquadramento fiscal das responsabilidades com o Fundo de Pensões (excepto as relacionadas com Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007) (i) Perda líquida no exercício (somatório dos montantes registados em gastos do exercício, variações patrimoniais e resultados transitados) Em conformidade com a actual e conhecida posição das autoridades fiscais sobre esta matéria (enquadramento fiscal respeitante à temática do Fundo de Pensões), são genericamente considerados gastos fiscalmente dedutíveis os encargos com contribuições para Fundos de Pensões e equiparáveis ou para quaisquer regimes complementares de segurança social que garantam, exclusivamente, o benefício de reforma, pré-reforma, complemento de reforma, benefícios de saúde pós-emprego, invalidez ou sobrevivência a favor dos respectivos trabalhadores, desde que (1.º requisito): (i) os mesmos se encontrem contabilizados como gasto do exercício ou nas rubricas de variações patrimoniais ou de resultados transitados; e (ii) tenha havido uma entrega efectiva ao Fundo de Pensões, no mesmo exercício ou em exercícios anteriores, daquelas importâncias contabilizadas. Por outro lado, tais encargos apenas configurarão, na sua totalidade, gastos fiscalmente dedutíveis no caso de não ser ultrapassado o limite previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, que fixa como limiar máximo de dedução a importância correspondente a 15% da massa salarial 2.º requisito - 146

146 (entendendo-se por massa salarial as despesas com pessoal escrituradas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao exercício). Tal limite não será, contudo, aplicável às contribuições suplementares destinadas à cobertura de responsabilidades por encargos com Pensões, em resultado da aplicação das normas internacionais de contabilidade, quando efectuadas por determinação do Banco de Portugal durante o período transitório fixado por esta instituição (cfr. alínea a) do nº 13 do artigo 43.º do Código do IRC). No entanto, neste caso, tais contribuições deverão ser enquadradas no âmbito do artigo 92.º do Código do IRC (resultado da liquidação). Em face do exposto, passaremos de seguida a explicitar os procedimentos a serem adoptados no âmbito do 1.º e do 2.º requisitos atrás mencionados, bem como no âmbito do regime previsto no mencionado artigo 92.º do Código do IRC. Por fim é apresentado um exemplo prático no qual tais realidades se encontram determinadas. 1.º Requisito Tendo em vista confirmar o 1.º dos requisitos enunciados (i.e., que o valor das contribuições efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2016 é superior ao valor total dos montantes registados, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições), foi preparado um ficheiro em Excel a ser preenchido pela CCAM para o efeito (o referido ficheiro será enviado em conjunto com o presente documento). Após o respectivo preenchimento, o ficheiro contendo a correspondente análise deverá ser incluído no dossier fiscal. A este respeito, e partindo do pressuposto que as dotações efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2016 (inclusive) foram superiores ao somatório ao valor total dos montantes registados, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições, esse 1.º requisito estará cumprido, existindo, neste caso, uma folga acumulada correspondente à diferença positiva entre (i) o valor das contribuições efectuadas pela CCAM para o Fundo de Pensões nesses exercícios e (ii) o montante total registado, nesses anos, em gastos do exercício, em variações patrimoniais e em resultados transitados referentes a essas contribuições. Existindo a referida folga acumulada restará à CCAM confirmar a aplicação do 2.º requisito, considerando, para o efeito, o valor total dos custos do 147

147 exercício, das variações patrimoniais e dos resultados transitados contabilizados em Contudo, na eventualidade desta condição não se verificar, a CCAM, para além dos ajustamentos fiscais a serem efectuados a constar do ficheiro em Excel em anexo relativo ao 1.º requisito, deverá, no âmbito da aplicação das regras infra descritas (vide 2.º requisito), considerar, como valor a ser comparado com o limite de 15% aí mencionado, a diferença positiva (a haver) entre o valor total das contribuições efectuadas para o Fundo de Pensões nos exercícios de 2007 a 2016 e o valor já registado em gastos do exercício, variações patrimoniais e resultados transitados, nos exercícios de 2007 a 2015, referente ao reconhecimento de responsabilidades com o Fundo de Pensões e que foi, nesses exercícios de 2007 a 2015, fiscalmente reconhecido. 2.º Requisito Adicionalmente, e tendo em vista a determinação do valor referente ao reconhecimento das responsabilidades com o Fundo de Pensões que configurará um gasto fiscalmente dedutível no exercício de 2016, há ainda que atender ao 2.º requisito acima mencionado (limite previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC). Assim, e tal como sucedia no passado, os montantes relativos a contribuições para o Fundo de Pensões, destinados à cobertura de encargos com Pensões, que forem contabilizados em gastos do exercício de 2016 (nas rubricas de gastos com o pessoal) e em variações patrimoniais decorrentes de perdas actuariais (na rubrica # 588) e que configurem gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito, e que não excedam, conjuntamente com os demais gastos registados no exercício previstos no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC (tais como, a título de exemplo, gastos suportados com contratos de seguros de doença, de acidentes pessoais e de vida enquadráveis nesse preceito legal), o referido limite de 15%, serão considerados gastos fiscalmente dedutíveis. Por outro lado, os montantes registados no exercício de 2016 na rubrica de resultados transitados (# 612) referentes ao impacto da alteração dos pressupostos decorrente da adopção da IAS 19 no Fundo de Pensões e que configurem gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito têm enquadramento no número 13 do artigo 43.º do Código do IRC, anteriormente referido (ou seja, não é aplicado, neste caso, o referido limite de 15%, como expressamente referido neste preceito legal), devendo, consequentemente, o saldo dos montantes registados a débito dessa rubrica # 612 e dos montantes registados a 148

148 crédito da mesma rubrica, ser inscrito no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC do exercício de Regime previsto no artigo 92.º do Código do IRC Resultado da liquidação Não obstante o disposto no parágrafo anterior, e no que diz respeito, unicamente, aos montantes reconhecidos, a débito e/ou a crédito, na rubrica # 612, referentes ao Fundo de Pensões, no âmbito da adopção das NCA (i.e. somatório dos montantes indicados em A e B.2016 do presente documento), enquadráveis no regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC, importa ainda atender ao disposto no artigo 92.º do Código do IRC (resultado da liquidação), tendo em vista a determinação, em conjunto com outras realidades aí enquadradas, do valor a ser eventualmente considerado no campo 371 do quadro 10 da declaração modelo 22. Para efeitos da determinação do valor a ser considerado como tendo enquadramento no regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC e, consequentemente, no artigo 92.º do mesmo Código, importará, em primeiro lugar, confirmar se a importância correspondente a 15% da massa salarial (limite mencionado no âmbito do 2.º requisito), é, ou não, superior ao valor dos gastos do exercício de 2016 que configuram gasto fiscal no âmbito do 1.º requisito. Isto porque, apenas deverão ser enquadradas no referido regime previsto no n.º 13 do artigo 43.º do Código do IRC e, como tal, no âmbito do disposto no artigo 92.º do mesmo Código, as contribuições suplementares para Fundos de Pensões resultantes da adopção das NCA, reflectidas contabilisticamente na rubrica #612, que não couberem, em conjunto com os gastos do exercício fiscalmente dedutíveis, no mencionado limite de 15% da massa salarial. Assim, e caso o referido limite de 15% (já considerando os montantes registados na rubrica # 612 relativos a esta matéria) não seja excedido, não existirá qualquer outro tipo de controlo/procedimento adicional que tenha que ser efectuado para efeitos fiscais, nomeadamente no que respeita à aplicação do artigo 92.º do Código do IRC. Inversamente, caso esse limite de 15% seja excedido, e mesmo não pondo em causa a sua dedutibilidade enquanto gasto fiscal, a parte da variação patrimonial que exceder/não couber dentro do referido limite deverá, então, ser 149

149 considerada para efeitos do cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do Código do IRC. Exemplo prático O exemplo prático a seguir apresentado pretende demonstrar o enquadramento fiscal das várias realidades acima descritas - saldo devedor / (saldo credor): 1.º Requisito "Folga" acumulada (contribuição > gasto fiscal) # Gastos com pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) (1) 350 Outras rubricas de custos enquadráveis no n.º 2 do artº 43º do CIRC (2) 20 Total dos montantes reconhecidos em gastos do exercício (3) = (1) + (2) 370 # 5880 (Ganhos) e perdas actuariais (4) 30 Total dos montantes reconhecidos em variações patrimoniais (5) = (4) 30 # Fundo de Pensões (A , B.2016) (6) Total dos montantes reconhecidos em Resultados Transitados (7) = (6) Total dos gastos do exercício, variações patrimoniais e Resultados Transitados <= à "Folga" acumulada (8) = (3) + (4) + (6)

150 2.º Requisito Massa salarial (9) Taxa definida no n.º 2 do art. 43.º do CIRC (10) 15% Limite nos termos do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (11) = (9) x (10) 750 Valores a serem considerados como gasto fiscal (1.º e 2.º Requisitos) e valor para o artigo 92.º do CIRC Gastos do exercício e variações patrimoniais valor considerado fiscal no âmbito do 1.º Requisito Gastos do exercício e variações patrimoniais - Dentro do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (2.º Requisito) (12) = (3) + (4) 400 (13) 400 a) Gastos do exercício e variações patrimoniais - Fora do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (14) = (13) (12) 0 Resultados Transitados valor considerado fiscal no âmbito do 1.º Requisito (15) = (6) b) Resultados Transitados - Dentro do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (16) = (11) - (13) 350 Resultados Transitados - Fora do limite do n.º 2 do art. 43.º do CIRC (Artigo 92.º CIRC) (17) = (6) - (16) Valores a serem considerados para efeitos fiscais - 1.º e 2.º Requisitos (18) = (13) + (15) Valor a ser considerado para efeitos do artigo 92.º do CIRC (19) = (17) c) a) Na medida em que o limite de 15%, previsto no n.º 2 do artigo 43.º do CIRC, não se encontra ultrapassado, o valor de 370, reconhecido em resultados, não deverá ser objecto de qualquer ajustamento no quadro 07, e o valor de 30, reconhecido em variações patrimoniais, deverá ser deduzido no quadro 07, ambos da declaração modelo 22 de b) Este montante (saldo devedor) encontra-se reconhecido em resultados transitados, pelo que o mesmo deverá ser deduzido no quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC do exercício de Este montante deverá ser considerado no cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do CIRC. Deste modo, esse valor deverá ser considerado no campo com o descritivo Custo fiscal reconhecido relacionado com as contribuições extraordinárias para o Fundo de Pensões derivadas das NIC (art. 43º n.º 13 do CIRC), na parte que exceda o(s) limite(s) previsto(s) no(s) número(s) 2 e 3 do artigo 43º do CIRC. (ii) Ganho líquido no exercício (somatório dos montantes registados em gastos do exercício, variações patrimoniais e resultados transitados) 151

151 Caso seja apurado um ganho líquido, o mesmo não deverá ser sujeito a tributação em sede de IRC, pelas seguintes razões: Uma vez que a dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões está dependente de realização de contribuições para o fundo, igualmente a tributação dos ganhos deverá estar dependente do reembolso de montantes; O ganho líquido deve-se ao apuramento de ganhos actuariais. Conceptualmente, os ganhos actuariais reduzem a necessidade de efectuar contribuições para o fundo de pensões. Atendendo a que a dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões está condicionada à realização de contribuições, essa redução traduz-se numa diminuição de deduções fiscais; O reconhecimento dos ganhos actuariais em capitais próprios resulta de uma mera reclassificação contabilística, não se traduzindo, por isso, num efectivo incremento patrimonial. O ganho líquido deverá consumir, no respectivo montante, o eventual custo não fiscal acumulado apurado em exercícios anteriores. Estando em causa um ganho líquido, deverá ser acrescido ao resultado do exercício o valor respeitante aos gastos registados no exercício. 2.i).b) Enquadramento fiscal das responsabilidades com Reformas Antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007 Em nossa opinião, nas situações de reforma antecipada (por doença ou invalidez ou na situação de invalidez presumível por acordo), o enquadramento tributário das dotações efectuadas para Fundos de Pensões destinadas à cobertura de responsabilidades geradas por situações de reforma antecipada não deve ser efectuado à luz do artigo 43.º do Código do IRC, mas antes nos termos do artigo 23.º do mesmo Código (de acordo com o qual se consideram gastos 152

152 os que forem suportados para obter ou garantir os rendimentos sujeitos a IRC, nomeadamente os encargos de natureza administrativa, tais como remunerações, pensões ou complementos de reforma, contribuições para fundos de poupança-reforma, contribuições para fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares de segurança social). Com efeito, estamos perante encargos decorrentes de acordos celebrados com os trabalhadores e que constituem verdadeiros direitos adquiridos destes últimos. Ou seja, não estamos no domínio das meras expectativas e da incerteza quanto à efectividade dos custos, que caracterizam as situações enquadráveis naquele artigo 43.º, mas sim perante encargos efectivos que geram rendimentos tributáveis em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) na esfera do respectivo beneficiário. Assim, os encargos com as contribuições para o Fundo de Pensões por responsabilidades com reformas antecipadas, em obediência ao disposto no n.º 12 do artigo 18.º do Código do IRC, devem ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que as reformas são pagas pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente. De referir que o anteriormente exposto se encontra em conformidade com a posição já expressa pela Autoridade Tributária quanto a esta problemática. Desta forma, os valores registados em gastos do exercício, relativos às reformas antecipadas acordadas a partir de 1 de Janeiro de 2007, deverão ser expurgados para efeitos de apuramento do lucro tributável, mediante a respectiva inclusão no campo 715 do quadro 07 da declaração modelo 22 de 2016, sendo que os montantes pagos a este título pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007 deverão ser deduzidos no campo 761 do mesmo quadro 07. Este último montante será dado a conhecer à CCAM pela respectiva sociedade gestora. 2.i).c) Regime transitório Responsabilidades com o SAMS pós-emprego até Com a introdução das NCA passou a ser obrigatório o reconhecimento do valor actual das responsabilidades por serviços passados relativos ao SAMS. A partir do exercício de 2008, inclusive, o financiamento das responsabilidades com o SAMS da CCAM passou a ser assegurado pelo Fundo de Pensões, pelo que, a partir dessa data, tais responsabilidades passaram a ter enquadramento no número 2 desse artigo 43.º do Código do IRC previstas (vide ponto 1.i.).a) supra). 153

153 Contudo, até à aprovação da Lei do Orçamento do Estado para 2007 (OE 2007), os encargos relativos a responsabilidades com o SAMS, em obediência ao princípio da especialização dos exercícios constante do artigo 18.º do Código do IRC e ao disposto no artigo 23.º do mesmo Código, deviam ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que eram efectuados os respectivos pagamentos pelo Fundo de Pensões para o SAMS. Assim, e tomando em consideração o tratamento fiscal que foi conferido a esta realidade no exercício de 2007 à luz das regras então em vigor, e atendendo a que não foi criado qualquer regime fiscal transitório relativo à realidade em apreço, somos da opinião que deverá ser apurado o valor que, à data de 31 de Dezembro de 2007, correspondia à folga /diferença positiva existente entre (i) os montantes contabilizados como gastos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS (os quais não relevaram para efeitos do apuramento do respectivo resultado fiscal) e (ii) os montantes transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS (os quais foram considerados como gasto fiscal), por forma a apurar o valor a deduzir em futuras declarações modelo 22 de IRC. Salientamos, a este respeito, que, apesar de, como acima referido, não estar previsto na legislação aplicável o tratamento fiscal a conferir aos valores que foram, no passado, entregues ao Fundo de Pensões relativos aos SAMS e que, a 31 de Dezembro de 2007, não haviam ainda sido fiscalmente considerados, entendemos que a CCAM terá legitimidade para deduzir fiscalmente tais encargos ( folga anteriormente referida) até à concorrência do valor que, em cada exercício, o Fundo de Pensões transferir para o SAMS (relativamente ao exercício de 2016, vide valor inscrito em H.6.do presente documento). De referir que o exposto no parágrafo anterior é apenas aplicável nas situações em que se verifique existir a referida folga, ou seja, nas situações em que, com referência a 31 de Dezembro de 2007, os montantes contabilizados como custos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS sejam superiores aos valores transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS. É que, caso não exista folga [o que poderá suceder nos casos em que, ao invés de um acréscimo de responsabilidades, se tenha antes verificado, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2007, uma diminuição das responsabilidades (registada como um menos custo/proveito) de montante superior ao reconhecimento, no exercício de 2007, na rubrica de resultados transitados, de um nono das responsabilidades referente a SAMS], a diferença positiva entre estas duas realidades (menos custo/proveito registado no exercício de

154 subtraído do valor registado em resultados transitados nesse mesmo exercício) já deverá ter sido relevada para efeitos fiscais nos exercícios de 2008 e/ou 2009, não existindo, portanto, qualquer valor a recuperar/deduzir adicionalmente relativamente a esta matéria. Vejam-se os seguintes exemplos que pretendem ilustrar as duas situações anteriormente comentadas: Exemplo 1: Custos do exercício Resultados Transitados Montantes reconhecidos em rubricas de resultados do exercício/resultados Transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007: Aumento (Diminuição) das responsabilidades com o SAMS (custo acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de ) (a) Reconhecimento anual em Resultados Transitados relacionados com as responsabilidades com SAMS (variação patrimonial negativa ocorrida em 2007 que não relevou para efeitos fiscais) (b) Total da variação anual com SAMS reconhecida em 2007 (1) Montante total transferido pelo Fundo de pensões nos exercícios de 2008 a 2015 para o SAMS (2) "Folga " a 31/12/2015 (3) = (1) - (2) Montante transferido pelo Fundo de pensões para o SAMS em 2016 (c) (4) Valor a ser deduzido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de 2016 (5) = menor entre (3) e (4) Valor a deduzir em exercícios futuros (6) = (3) - (5)

155 (a) Este montante encontra-se reconhecido em custos do exercício de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em M. do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de (b) Este montante encontra-se reconhecido em resultados transitados de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em B do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de (c) Valor indicado em H.6. do presente documento. Exemplo 2: Montantes reconhecidos em rubricas de resultados do exercício/resultados Transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007: Custos do exercício Aumento (Diminuição) das responsabilidades com o SAMS (custo acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente ao exercício de 2007) (a) (40.000) Resultados Transitados Reconhecimento anual em Resultados Transitados relacionados com as responsabilidades com SAMS (variação patrimonial negativa ocorrida em 2007 que não relevou para efeitos fiscais) (b) Total da variação anual com SAMS reconhecida em 2007 (1) (4.000) Valor do proveito líquido que foi/deveria ter sido relevado na declaração modelo 22 de IRC de 2008 (c) (4) = (1) (4.000) (a) Este montante encontra-se reconhecido em custos do exercício de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em M. do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de (b) Este montante encontra-se reconhecido em resultados transitados de 2007 (saldo devedor). Para efeitos desta análise, vide montante inscrito em B do documento explicativo de contabilização dos benefícios aos empregados (IAS 19) e respectivos impactos fiscais referentes ao exercício de (c) O valor indicado - (4.000) - deverá ter sido acrescido na declaração modelo 22 de IRC referente a 2.i).d) Impacto fiscal no exercício de 2016 Seguidamente iremos apresentar o impacto fiscal em IRC, no exercício de 2016, decorrente dos movimentos contabilísticos relativos ao reconhecimento 156

156 das responsabilidades com o Fundo de Pensões quer em Resultados Transitados, quer em gastos do exercício. Notamos que, no que diz respeito ao reconhecimento de impostos diferidos, tal como apresentado neste documento, os mesmos não são relevantes para efeitos fiscais, ou seja, tais gastos ou rendimentos deverão ser desconsiderados para efeitos do apuramento do resultado fiscal de 2016 (sendo acrescidos no campo 725 ou deduzidos no campo 766 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2016, respectivamente). (1) Registo do impacto da adopção do IAS 19 no Fundo de Pensões Pela amortização do impacto da alteração dos pressupostos financeiros e actuariais Alteração da tábua de mortalidade A Db: # Resultados transitados - Alteração de políticas contabilísticas A Cr: # Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões Encargos a diferir (2) Registo da variação anual com o SAMS Pela amortização do impacto da transição B.2016 Db: # Resultados transitados - Alteração de políticas contabilísticas B.2016 Cr: # Despesas com encargos diferidos - Outras despesas com encargo diferido - Fundo de pensões Encargos a diferir

157 Impacto fiscal: Caso se encontre cumprido o 1.º requisito enunciado no ponto 1.i).a) supra, o montante das variações patrimoniais, registadas na rubrica # 612, inscritas em A e B.2016, relevam para efeitos fiscais, pelo que o valor líquido das mesmas (variação patrimonial negativa) deverá ser deduzido no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2016 (cfr. número 13 do artigo 43.º do Código do IRC). Caso contrário, dever-se-á atender às regras atrás enunciadas (vide ficheiro em Excel em anexo com o título Anexo ao Documento Explicativo - IAS 19-1.º requisito relacionado com a dedutibilidade fiscal dos encargos relativos ao Fundo de Pensões 2016 ). Contudo, o montante global dessas variações patrimoniais, o qual terá um saldo devedor, deverá ser adicionado aos restantes gastos com o pessoal reconhecidos no exercício, enquadráveis no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, bem como às variações patrimoniais por ganhos e perdas actuarias, por forma a aferir se o somatório daí resultante excede ou não o limite de 15% da massa salarial previsto nesse preceito legal (vide exemplo a este respeito no ponto 1.i).A) supra). Apenas no caso do referido limite ser excedido, a parte da variação patrimonial que exceder/não couber dentro do mesmo deverá ser considerada para efeitos do cômputo do resultado da liquidação previsto no artigo 92.º do Código do IRC (cf. exemplo previsto no ponto 1.i).A) supra). Caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H.4, -H2, -H9) e com os resultados transitados (A , e B.2016) resulte num ganho líquido, o valor destes resultados transitados não poderá ser deduzido no quadro 07 da declaração Modelo 22. (3) Registo em gastos/variações patrimoniais do exercício Pelo movimento das responsabilidades totais e dos activos do Fundo 158

158 G.1.1 Db: # Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões Custo do serviço corrente G.3. Db: # # Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões G.5. Db: # Gastos com pessoal - Encargos sociais obrigatórios - Fundos de pensões -776 Custo dos juros líquidos Net Interest 0 Custo com reformas antecipadas G.4.Ano Db: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais (Ganhos) e perdas atuariais H.8 Db: # Responsabilidades com pensões e outros benefícios - Valor patrim. do fundo de pensões H.4 Db: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais K. Cr: # Responsabilidades com pensões e outros benefícios - Responsabilidades totais H.1.1 Cr: # Outras operações activas a regularizar H.2 Cr: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais H.9 Cr: # Fundo de Pensões Ganhos e perdas atuariais Variação na quota-parte do Fundo de Pensões Pelo pagto do prémio de seguro efectuado pelo Fundo Pensões Variação nas responsabilidades 0 Contribuições efectuadas pela CCAM 0 Capital recebido de seguro Participação no resultado do seguro 159

159 Impacto fiscal: Para além do cumprimento do 1.º requisito enunciado no ponto 2.i).a) supra, os montantes inscritos em G.1.1. e G.3 deverão ser considerados para efeitos de cálculo do limite de 15% previsto no número 2 do artigo 43.º do Código do IRC, cálculo este que se encontra demonstrado através de um exemplo no ponto 1.i).A) supra (caso contrário, dever-se-á atender às regras atrás enunciadas). Para o cumprimento do 1º requisito (entregas efectivas de contribuições para o Fundo de Pensões no exercício ou em exercício anterior), aos montantes do parágrafo anterior devem ser adicionados os valores dos resultados transitados (A e B.2016) bem como das variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H.4, -H.2 e -H.9). Perda líquida Assim, caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H4, -H2, -H9) e com os resultados transitados (A e B.2016) resulte numa perda líquida (valor positivo na célula assinalada a vermelho), a mesma será fiscalmente dedutível, de acordo com os requisitos que têm sido seguido de dedução fiscal dos encargos com o fundo de pensões: a. Dedução dos encargos na medida das contribuições efectuadas para o fundo de pensões Corresponde ao cumprimento do 1.º requisito enunciado no ponto 2.i).a) acima, ou seja, que esse valor tenha cobertura nas contribuições efectivamente entregues ao Fundo em 2016 ou em exercícios anteriores; b. Até ao limite de 15% da massa salarial do exercício. Tendo em conta os condicionalismos descritos em a. e b., a diferença positiva entre o valor da perda líquida e o gasto registado em resultados (somatório de G G.3) poderá ser inscrita no campo 704 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de

160 Caso o valor da perda líquida seja inferior ao valor do gasto registado em resultados (somatório de G G.3.), a diferença positiva entre o valor desse gasto e a perda líquida deverá ser acrescida no campo 723 do Quadro 07 da declaração Modelo 22. Ganho líquido Caso o somatório dos gastos com o pessoal - Fundo de Pensões (G.1.1., G.3.) com as variações patrimoniais por perdas e ganhos actuariais (G.4.ano, H4, - H2, -H9) e com os resultados transitados (A e B.2016) resulte num ganho líquido (valor negativo na célula assinalada a vermelho), esse ganho líquido não será objecto de quaisquer ajustamentos no quadro 07 da declaração Modelo 22. No entanto, uma vez que está em causa um ganho líquido, deverá ser acrescido no campo 723 do Quadro 07 o valor respeitante ao gasto registado em resultados, que corresponde ao somatório de G G.3. Este ganho líquido consumirá eventual saldo de custo não fiscal acumulado apurado em anos anteriores. Por outro lado, o montante inscrito em G.5. deverá ser acrescido para efeitos de apuramento do lucro tributável referente ao exercício de 2016 (vide a este respeito os comentários constantes do ponto 1.i).B) supra). Cumpre referir que, caso o campo H.5.1. se encontre preenchido, esse valor (que respeitará ao pagamento, pelo Fundo de Pensões, de reformas a colaboradores reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de 2007) deverá ser deduzido ao quadro 07 para efeitos de apuramento do lucro tributável (vide a este respeito os comentários constantes do ponto 1.i).B) supra). Este valor deverá coincidir com o montante que será dado a conhecer à CCAM pela respectiva sociedade gestora como sendo respeitante aos pagamentos efectuados em 2016 pelo Fundo de Pensões aos reformados antecipadamente a partir de 1 de Janeiro de Por fim, o montante inscrito em H.6. deverá ser deduzido para efeitos de apuramento do lucro tributável referente ao exercício de 2016 caso exista ainda uma folga /diferença positiva existente entre (i) os montantes contabilizados como custos do exercício/resultados transitados relativos a contribuições para o SAMS no exercício de 2007 (os quais não relevaram para efeitos do 161

161 apuramento do respectivo resultado fiscal) e (ii) os montantes transferidos/pagos pelo Fundo de Pensões para o/ao SAMS nos exercícios de 2008 a 2016 (os quais foram considerados como custo fiscal) - vide a este respeito os comentários constantes do ponto 2.i).C) supra). 2.ii) Reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade Seguidamente iremos apresentar o impacto fiscal em IRC, no exercício de 2016, decorrente dos movimentos contabilísticos relativos ao reconhecimento das responsabilidades com Prémios de Antiguidade. Notamos que, no que diz respeito ao reconhecimento de impostos diferidos, tal como apresentado neste documento, os mesmos não são relevantes para efeitos fiscais, ou seja, tais custos ou proveitos deverão ser desconsiderados para efeitos do apuramento do resultado fiscal de 2016 (sendo acrescidos no campo 725 ou deduzidos no campo 766 do quadro 07 da declaração modelo 22 de IRC de 2016, respectivamente). 2.ii).a) Enquadramento fiscal Com a introdução das NCA passou a ser obrigatório o reconhecimento do valor actual das responsabilidades por serviços passados relativos a prémios de antiguidade. Os encargos relativos a responsabilidades com prémios de antiguidade, em obediência ao princípio da especialização dos exercícios constante do artigo 18.º do Código do IRC, bem como ao disposto no artigo 23.º do mesmo Código e no n.º 12 do referido artigo 18.º, apenas devem ser reconhecidos, para efeitos fiscais, no momento em que os prémios são pagos aos colaboradores. Em face do exposto, e no caso concreto da CCAM, os custos registados na rubrica # (vide O. do presente documento, se o valor for positivo), relativos ao acréscimo, entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, das responsabilidades referentes a prémios de antiguidade, não deverão relevar para efeitos fiscais, ou seja, tal valor deverá ser acrescido para efeitos da determinação do lucro tributável de Inversamente, caso seja verificada uma diminuição dessas responsabilidades, a qual originará o registo de um proveito na rubrica # (vide O. 162

162 do presente documento, se o valor for negativo), tal valor deverá ser deduzido para efeitos da determinação do lucro tributável de Adicionalmente, dever-se-ão considerar como custos fiscalmente dedutíveis os montantes efectivamente entregues aos respectivos beneficiários (registados na rubrica # ). Dado que estes montantes já se encontram relevados em custos do exercício, não existirá qualquer ajustamento a ser efectuado para efeitos de apuramento do lucro tributável a este título. 2.ii).b) Impacto fiscal no exercício de 2016 Pelo acréscimo de responsabilidades com o prémio de antiguidade O. Db: # Gastos com pessoal - Remunerações adicionais - Prémio de antiguidade - Estimativa IAS 19 O. Cr: # Encargos a pagar Outros encargos a pagar Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade Nota: Se o valor indicado em O. (# ) for negativo, o mesmo deve ser registado a crédito na conta # Redução responsabilidades - Prémio Antiguidade-Estimat.IAS 19" por contrapartida do débito na conta # Encargos a pagar Outros encargos a pagar Por gastos com pessoal - Prémio de antiguidade. Impacto fiscal: O montante indicado em O., se for positivo (gasto), deverá ser acrescido no Campo 715 do Quadro 07 da declaração Modelo 22 do IRC do exercício de Inversamente, se o montante indicado em O. for negativo (rendimento), deverá ser deduzido no Campo 761 do Quadro 07 da declaração Modelo 22 do IRC do exercício de

163 51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Mogadouro e Vimioso está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Segurador a % por Origem 2016 Ramos Não Vida CA , , ,31 44,9% Seguros Ramo Vida CA Vida , , ,11 55,1% Fundos de Pensões CA Vida 0,00 0,00 0,00 0,0% Total , , ,42 100,0% A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM. 164

164 52. FUNDOS PRÓPRIOS No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dando lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola: Em 31 de Dezembro de 2016 os valores dos fundos próprios da Caixa Agrícola apresentam-se, de acordo com os cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, segundo os reportes Corep, com a aplicação das regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola: FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE Em euros Δ 14/15 Fundos Próprios totais ,74% Common equity tier 1* ,74% Tier 1* ,74% Tier ,00% Posição em risco de ativos e equivalentes ,63% Requisitos de fundos próprios ,10% Crédito ,96% Operacional ,68% Rácios de solvabilidade (a) Common equity tier 1* 39,00% 41,00% 41,00% 0 PP Tier 1 * 39,00% 41,00% 41,00% 0 PP Tier 2 0,80% 0,00% 0,00% 0 PP Total* 40,00% 41,00% 41,00% 0 PP 165

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166 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. PARECER DO CONSELHO FISCAL ANO 2017 Relatório e Contas de

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168 Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. Em cumprimento do disposto no art. 32 dos Estatutos, vem o Conselho Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mogadouro e Vimioso, C.R.L. emitir parecer sobre o Relatório e as Contas relativas ao exercício de O Conselho Fiscal acompanhou, como era sua obrigação, a actividade desenvolvida pelo Conselho de Administração ao longo de todo o exercício, tendo solicitado todos os esclarecimentos que entendemos pertinentes. Verificamos e fiscalizámos todos os aspectos da nossa competência e mesmo outros que não nos diziam directamente respeito, mas que o Conselho de Administração entendeu pôr à nossa consideração. É com enorme satisfação que constatamos que a certificação legal emitida pelos Revisores Oficiais de Contas não contém qualquer reserva ou ênfase, o que significa que as demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada a realidade da instituição, pelo que podemos concluir que os resultados estão correctamente determinados e que foram respeitadas as normas legais e princípios contabilísticos aplicáveis. Salientamos ainda a necessidade de uma maior dinâmica comercial, que se revele preponderante, em virtude da cada vez mais reduzida margem financeira, para a obtenção de resultados líquidos positivos, bem como um acompanhamento diligente de todos os créditos concedidos, para que os níveis reduzidos de crédito vencido se mantenham. Assim, deliberamos, por unanimidade, dar parecer favorável ao Relatório e Contas, apresentado pelo Conselho de Administração, propondo a sua aprovação pela Assembleia Geral. Mogadouro, 17 de março de 2017 O Conselho Fiscal Dra. Ana Andrea Baptista Barranco Dr. Raul Salomé Ovelheiro Amaro Dra. Maria João Moredo Oliveira Relatório e Contas de

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